01 de julho, Quando Tudo Começou a Mudar escrita por Corujinha Maria


Capítulo 23
What's happening, Percabeth? - Part. 2


Notas iniciais do capítulo

Voltei, consegui 5 comentários, coisa que não acontecia a muito tempo.
Bom, o capítulo não era para existir, era só para eles conversarem e pronto.
Mas então veio a linda recomendação, e este é o especial Percabeth.
Desculpem pelo fim, já adianto, mas isso vai ser importante na fic.
Beijos doces.
~corujinha-maria.



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Percy POV

Não entendi nada quanto a Annie, Will e Apolo me fazendo perguntas sobre o meu pai e meu aniversário, mas resolvi deixar para lá.

Eu a Annabeth fomos ao jardim e começamos a conversar. Na verdade a fazer um jogo de perguntas e respostas, cada um perguntava algo e o outro respondia. Um de cada vez.

— Cor favorita? - pergunto.

— Não tenho exatamente uma, cada cor serve para um ocasião. Mas gosto de cinza. - responde observando as estrelas.

Estávamos deitados na grama do jardim que havia nos fundos, vendo as estrelas. De vez em quando ela falava sobre alguma constelação que o pai e a mãe a ensinaram quando pequena, e então voltávamos ao jogo.

— Comida favorita? - ela perguntou.

— Todas azuis. - respondo.

— Ok Smurf. Sua vez de perguntar.

— Hipoteticamente, o quê uma garota hipotética sente por um garoto hipotético que está vendo as estrelas com ela? - pergunto me deitando de lado para vê-la.

— Hipoteticamente, esta garota poderia estar a fim dele, e esperar que ele tome alguma atitude... - ela apoiou a cabeça na mão e deitou de lado junto a mim - ... ou ela poderia estar apenas a fim de ver as estrelas. Qual você acha que seja a certa para esta hipótese?

— Aposto na 1°. - digo e então a beijo.

Parecia que meu cérebro estava derretendo e escorrendo pelo corpo.

Vamos nos suspendendo durante o beijo até estarmos sentados. Eu de perninha de índio (N/A: Coisa mais infantil, perninha de índio) (N/P: Perninha de índio é forever, a posição mais confortável para se sentar no chão) e ela no meu colo com uma perna de cada lado meu.

Paramos o beijo apenas por falta do maldito ar.

— Então... eu... acertei? - pergunto ofegante.

— Hipoteti...camente ... sim. - diz mais ofegante que eu.

Afinal, eu amo nadar e consigo ficar um bom tempo sem respirar, já ela parecia um peixinho fora-d'água.

— Fica comigo? - pergunto.

— Não posso. - ela responde depois de retomar o fôlego.

— Por quê?

— E... eu, eu não posso, somos meio amigos, meio inimigos. - responde abaixando a cabeça.

— Só hoje. - peço levantando seu cabeça com o dedo indicador e a beijo.

Um simples selinho que com seu permissão eu aprofundo.

Annabeth POV

Ficamos juntos durante um bom tempo, até que decidimos ir nos recompor, afinal as roupas estavam amassadas e os lábios bem, mais bem, avermelhados e inchados, tirando os cabelos bagunçados, porém o dele é normal.

Voltamos e vamos ao internato, estamos entrando no carro quando um vulto vem correndo:

—Ei! - grita. - Vocês podem me dar uma carona? - pergunta.

— Vamos Reyna. - diz Will.

A reconheço, é a garota de quem Will falava e tentou ficar com Percy, por isso empurro Percy para o banco da frente e deixo Reyna entrar primeiro, assim ela fica atrás do motorista e ao lado de Will.

— Minha irmã se esqueceu de mim. Tenho que voltar rápido, o Sr. D. queria que eu chegasse antes da meia-noite, já são quase 6.

Olho pela janela e vejo um lampejo de luz, já estava amanhecendo e eu nem notei.

Chegando ao internato Percy me puxa e pede para que eu tire meus sapatos.

— Mas por qual motivo super importante eu tenho que tirar meus sapatos? - pergunto.

— Nós precisamos correr, e a única que eu sei que corre do mesmo jeito de salto e descalça é a Silena. Vamos, precisa ser rápido.

Com muita relutância tiro meus saltos que Percy segura, agarro a calda de meu vestido (aquele da foto do capítulo do jantar) e corro atrás de Percy.

Quando ele finalmente para de correr, estamos no terraço que eu nem sabia da existência do internato. Paro ofegante, afinal, corremos quase o internato todo e subimos 6 andares de escada, ele deveria querer me matar, e se eu não morresse, ele me atirava daqui.

Pois foi exatamente o contrário. Ele pegou as minhas mãos e me levou para a beirada com ele, onde havia uma cadeira igual as de clube para os que ficam na piscina. Ele se sentou e me puxou para o seu colo, ficamos sentados ali, abraçados, olhando o nascer do sol.

Percy POV

Ficamos ali vendo o nascer do sol sem dizer nenhuma palavra, apenas apreciando a companhia um do outro.

Decidimos ir para os dormitórios porque já estava tarde, ou melhor, cedo.

Estou andando pelo jardim com a Annie, estávamos enrolando para ir dormir, queríamos que o momento nunca acabasse.

Porém acabou.

Avistamos Reyna vindo em nossa direção com um sorriso estampado no rosto, que sumiu rapidamente quando viu nossas mãos dadas, mas voltou com a mesma rapidez.

Ela chegou em mim e me puxou para um beijo, sinto minha mão ser solta e saio do beijo ao qual eu não correspondi.

Olho para os lados a procura de Annabeth e a vejo correndo para dentro do internato.

— Onde você pensa que vai gatinho? - pergunta Reyna me olhando com um sorriso que deveria ser censurado e segurando meu braço. - Agora que aquela lá já foi, podemos aproveitar em paz.

— Aproveitar? - me solto dela. - Vai aproveitar qualquer outra sua vadia, eu não quero aproveitar nada.

Ela fica com uma cara surpresa e eu saio correndo atrás da Annabeth.

— EI! - grito quando chego ao corredor dos armários, depois deles é a sala de estar e os dormitórios. - Me espera.

— Vai ficar com a Reyna. - diz sem olhar pra mim e continua correndo.

Porém eu tenho um preparo físico bem maior do que o dela e a alcanço rapidamente.

— Espera! - seguro seu braço e a viro para mim.

— Me solta. - diz ela e eu a solto. - O quê quer?

— Por quê você saiu?

— Não ia ficar pagando de vela na pegação de vocês.

— Que pegação? A única coisa que você veria ia ser eu dando um fora nela.

— Por quê? - pergunta.

— Porque eu gosto de outra garota. - respondo me aproximando dela.

— Ah, faça-me o favor, a maior parte do tempo você anda com os "fodinhas" e nos ignora, esquece que apenas nós somos seus amigos de verdade. Vá catar uma lá da sua turminha. - responde brava.

— Eu fico com vocês sim. - respondo dando um passo para a frente.

— Só quando eles saem para se drogar, beber ou quando você precisa de alguém. - diz dando um passo para frente. Nesse ponto nem falávamos, estávamos gritando.

— Cala sua boca. Eu sempre ando com vocês, está assim só porque ninguém te quer ao contrário de mim. Ficou com ciúmes foi? - grito fazendo voz fina. - Fique sabendo que eu não sou seu!

— Ciúmes o caramba. E todos sabem sua condição financeira? Porque se soubessem nem chegariam perto de você.

— Cala a boca. - grito pela segunda vez.

— Vem calar, pobrezinho.

Nem percebemos, mas a cada grito dávamos um passo para a frente, e nesta altura já estávamos colados. Eu pego e a beijo.

Na hora sou correspondido, era um beijo rápido e feroz, a prenso nos armários, até que o ar começa a faltar e nos soltamos.

Ela dá um tapa na minha cara e sai andando.

— Agora eu já entendi! - grito.

Ela para de andar e se vira para mim de braços cruzados.

— Já entendi porque sua mãe te largou e nunca voltou, e porque seu pai te quis longe. Você é bipolar e se acha a dona da razão.

— E eu sei porque seu pai não te quis. Ele achou melhor nem vê no que o filho se transformaria, e para não morrer de desgosto depois, então ele morreu logo.

— Não ouse falar do meu pai.

— Não ouse falar de minha família.

— Se não aguenta a verdade de ser abandonada por ser o que é, a culpa não é minha. A posto que se você não tivesse nascido, sua mãe ainda estaria com o seu pai em um feliz casamento, sem precisar do pai do Will.

— Se você não tivesse nascido, sua mãe ainda seria feliz com o seu pai, formariam um lindo casal, e ele não morreria.

Estávamos gritando poucas e boas um para o outro até que Will chegou.

— EI! PAREM JÁ COM ISSO! - grita. - O quê pensam que estão fazendo? Ninguém tem culpa de nada, agora parem já de discutir.

Vejo Annabeth sair correndo chorando para o dormitório.

— Feliz agora? - pergunta Will bravo.

Ele sai em direção ao dormitório e eu penso na última coisa que disse a ela:

" Você ó trouxe desgraçada na vida de todos, sua mãe, seu pai e vai trazer para muitos mais. Você nem deveria existir"

Vou para o dormitório e choro, me sinto na liberdade, apesar de falar tudo de ruim para ela, ela retrucou e isso me feriu profundamente.

Autora POV

Bianca chega ao internato com Malcolm, que por um acaso acha a irmã que estava procurando: Annabeth Chase.

Imediatamente eles formam um laço muito grande.

Percy e Annabeth nem se falam mais, no aniversário dele, ela nem chegava perto dela, mas quando um não via, o outra estava olhando com o coração partido.

Mais tarde veio as férias, Thalia e Annabeth viajaram para Londres, Piper e Jason foram para Paris, Silena e Charles para Califórnia, Percy ficou no mesmo lugar trabalhando 16 horas por dia, tendo apenas suas 8 horas de sono livre, para ajudar sua mãe, aquele mês havia sido apertado. Os irmãos Di Ângelo juntamente com Malcolm foram para Rússia com seu pai para tratar de negócios e ter um tempo em família.

O ano acabou, já era meio de janeiro e todos estavam de volta, decidiram fazer uma festa do pijama na casa dos Grace. Todos com muitas novidades para revelar.

— Que bom que chegaram. - disse Thalia abrindo a porta para os amigos entrarem juntos com mais alguns que ela não conhecia.

— Então, quem começa a contar o quê fez? - pergunta Silena.

— Bom, nós...

 

 


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Notas finais do capítulo

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