O puro sangue e a trouxa escrita por andy z


Capítulo 43
Aborto de sangue


Notas iniciais do capítulo

Sorry Midracules (quem shippa Miranda e Draco) eu estava em época de provas e sabem como é. Espero compensa-los ;). Bjssss!!!!



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Chegamos à entrada da mansão mais rápido do que eu queria, só para encontrar meu pai andando de um lado para o outro, vermelho como um tomate, tamanho a sua raiva. E minha mãe mexendo os dedos nervosamente enquanto Becca encara os dois sentada no ultimo degrau da escada com a cabeça apoiada nas mãos tentando entender o motivo da visita inesperada dos meus pais.

— Becca – Meu pai para de andar e minha mãe para de mexer os dedos e olham para mim – Pode nos deixar a sós?

— Claro a senhorita aqui vai ao shopping – Becca vai em direção a porta e pega seu casaco – Foi bom vê-los de novo senhor e senhora Malone – E sai, o barulho dos seus saltos se distanciando deixando para trás eu, meu namorado bruxo ex-comensal e meus pais que até algumas horas eu nem sabia que eram bruxos.

O silêncio reinou no ambiente. Meu pai agora encarava Draco como se estivesse prestes a matá-lo.

— Seu... – Meu pai do nada puxa uma varinha de dentro do casaco (desde quando ele tem uma varinha?) e aponta para meu namorado. Eu e minha mãe agimos rapidamente. Ela segurando meu pai e eu  me atirando na frente de Draco que até aquele momento, eu não tinha notado, estava com a varinha na mão.

— Pai, eu juro que se o senhor tentar feri-lo eu nunca o perdoarei – Ameaço ainda na frente de Draco.

— Filha, seu pai não fazer nada – Ela pega a varinha da mão do meu pai e eu respiro fundo, mais aliviada.

— Vamos todos nos acalmar e conversar – Minha mãe como sempre tenta aliviar a situação.

— Tem um lugar onde não seremos incomodados.

(***)

— Há quantos anos não venho nesse escritório do tio Arturo. Foi o único lugar que me passou pela mente para ter essa conversa com meus pais. Agora estávamos aqui, Draco em uma das confortáveis poltronas e eu no braço da mesma em um dos cantos da parede perto de um quadro coberto por um pano.

— Já veio aqui antes? – Pergunto para os meus pai quando mamãe senta de frente para mim.

— Era o escritório do meu pai – Meu pai explica – Quando me mudei para os estados unidos seu avô não se conformou e me tirou do testamento e quando ele morreu seu tio ficou com a casa e o escritório.

— Eu lembro – Meu pai me contou essa historia mil vezes. Minha mãe era americana e estava passando as férias em Londres quando conheceu meu pai em um festival de musica. Eles se apaixonaram imediatamente e quando ela teve que voltar para a Califórnia ele nem hesitou em segui-la, mas meu avô não ficou muito feliz com isso. Eu só não sabia que tinha bruxos nessa historia.

— Porque? Porque não me contaram? – Pergunto tentando segurar as lagrimas que tentam escapar e Draco aperta a minha mão. Eui olho para as nossas mão unidas no meu colo e com uma respiração funda reúno coragem o suficiente para escutar a verdade.

— Para protege-la querida – Minha mãe responde.

— Me proteger de que?- Pergunto frustrada.

— Dele – Meu pai acena para Draco que olha para trás de sí.

— Eu? – Pergunta apontando para sí mesmo.

— Ele? – Pergunto ao memo tempo que ele.

— Pessoas como ele – Meu pai continua – Comensais da morte.

— Mas oque eles iriam querer comigo? – Eu sinto a mão de Raco apertar a minha ainda mais.

— Existe um feitiço muito antigo – Minha mãe começa – feito por um bruxo das trevas muito poderoso e invejoso. Ele ansiava pelos poderes dos outros bruxos e queria tudo para sí.

— Ele criou um feitiço repleto de magia negra – Meu pai continua – Esse feitiço roubava os poderes de bruxos já mortos e os transferia para o bruxo que o lançou.

— Não entendo onde vocês querem chegar – Aperto a mão de Draco a ponto dos nós dos meus dedos ficarem brancos.

— Para realizar o feitiço e preciso alguns ingredientes – Minha mãe explica esitante – E o principal deles é...

— O coração de um aborto de sangue – Draco completa, surpreendendo a todos – Meu pai possuia um livro que continha um feitiço que precisava de um coração de aborto.

— Mas o que diabos é um aborto de sangue? – Pergunto frustrada por não estar entendendo nada.

— Aborto de sangue é uma criança trouxa nascida de uma familia puro sangue. – Draco explica – São muito raras e valiosas e existem menos de uma dezena no mundo.

— Mas oque eu – Foi como se uma lampada se acendesse. Eu me levanto da poltrona e vou em direção a mesa de carvalho antigo onde apoio as mão quando o quarto começa a rodar. Sem o calor da mão de Draco sobre a minha eu sinto frio.

— Eu...Eu sou um aborto de sangue – Não foi uma pergunta. Eu sabia que era verdade – Por isso seu pai me quer – Me dirijo a Draco que se levanta da poltrona com um olhar torturado –Ele quer o meu coração para realizar o feitiço.

Eu vi quando os olhos de Draco refletiram meu pânico. Ele vem em minha direção e me embala em seus braços me acalmando e fazendo o medo sumir.

— Ele não vai encostar em você, eu não permitirei – A voz de Draco me acalma me lembrando que meus pais estavam a poucos metros nos observando, eu me separo dele.

— Uma coisa ainda não entra na minha cabeça – falo olhando para meus pais com as bochechas vermelhas como tomates – Como conseguiu esconder isso por tanto tempo? E os meus primos? E tios? Até a vovó Viollet?

— Entenda querida, todos queriamos protege-la – Minha mãe veio até mim e enchuga um lágrima que escapou – Todos nós te amamos e queriamos que tivesse uma vida normal.

— Então quando percebemos que você não tinha magia você tinha dois anos. Então decidimos que era melhor scondermos sua existência. Moravamos aqui em Londres sabia? – Mamãe com os olhos marejados continuou a historia – Fingimos um acidente com uma poção que você “achou” por acidente e foi envenenada. Fingimos estar de luto por sua morte e nos mudamos para a california onde eu tinha parentes.

— Vovó Viollet e Tia Berta.

— Isso querida. Toda nossa familia concordou em esconder sua existência para proteger nosso maior tesouro – Mamãe coloca a mão no meu rosto e enxuga as lágrimas que caem em cascata pelo meu rosto.

— Vocês desistiram de tanto por mim – Digo. Minha voz rouca pela choradeira.

— E fariamos tudo de novo – Meu pai chega perto e abraça eu e minha mãe – Nós  dois.

Eu olho por cima do ombro dos meus pais e vejo um escritorio fazio.


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