O puro sangue e a trouxa escrita por andy z


Capítulo 27
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para meus queridos leitores. Continuem acompanhando. E em breve nova capa para a parte dois.



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No último capítulo de o Puro sangue e a Trouxa...

Naquela noite quase não dormi pensando em morar em Londres. Eu não sei porque, mas parecia o certo a fazer. E nesse momento eu tive a certeza de que eu iria encontrar em Londres a cura para o vazio dentro de mim.

(***)

DRACO MALFOY

Dois meses, treze dias e quarenta e duas horas desde o momento em que Miranda deixou minha vida. Não durmo direito, não como, não faço nada a não ser procurar meu pai para manda-lo de volta para Azkaban. Eu tenho um plano: Vou achar meu pai, prede-lo e recuperar as memórias de Miranda quando for seguro para ela, mas meu plano não está ocorrendo como planejado. Desde sua aparição na festa de natal, meu pai sumiu do mapa. E a cada dia que fico sem ela é como se tirassem um pedaço da minha alma.

— Senhor Malfoy? – Escuto a foz de um dos elfos domésticos – O jantar está servido e a senhora Malfoy lhe chama.

— Não estou com fome – Respondo o mesmo de sempre. Eu passo praticamente o dia todo fora de casa, investigando e procurando a localização de meu pai. Raramente eu como e quando o faço não como grandes quantidades. É como se nada tivesse gosto.

— Ela não ia gostar de ver você desse jeito filho – A voz de minha mãe surge momentos depois do elfo sair.

— Ela não está aqui – Respondo rispidamente, mas me arrependo depois de falar assim com minha mãe.

— E quando ela voltar? – Minha mãe continua – Ficara triste quando ver você tão magro e se acabando na bebida – Me repreende.

Ela não entende. A bebida é a única coisa que faz a dor passar, mesmo que seja por algumas horas apenas é melhor que nada.

— Isso se ela voltar – Respondo virando o resto do uísque de fogo que desce queimando pela minha garganta – Se mal conseguem acha-lo, como vão prendê-lo? Miranda nunca voltara – Era a dura realidade. Ela estava melhor sem mim.

— Não fale assim Draco – Minha mãe se aproxima de mim ficando ao meu lado e colocando a mão no meu ombro – Mantenha a esperança. Se você a perder o que restara?

— Nada – Eu repondo – Mas foi o que me restou mamãe, nada – Aparato direto para o meu quarto onde ninguém pode entrar graças ao feitiço que coloquei.

Sentado na cama olho para o criado mudo onde está a única coisa que me restou de Miranda. Pego o colar de prata com a esmeralda em forma de coração que lhe dei para se proteger, mas que não foi o bastante e me lembro dos momentos em que passamos juntos, talvez os mais felizes de minha vida.

Quando eu achei que ela era meu castigo pelas coisas que fiz:

— Você só pode ser o meu castigo – Eu penso e voz alta, mas ela simplesmente sorri para mim daquele jeito de “pode fazer o que quiser, mas não vou lhe deixar em paz” – Você com certeza é o meu castigo.

Quem diria que o meu castigo no final seria minha redenção.

Quando ela me apresentou aquela bola de pelos que chama de Boney:

— Draco o que faz aqui? – Ela pergunta quando abre a porta da varando do seu quarto.

— Vim lhe fazer uma visita – Respondo parecendo mais calmo do que eu estava na verdade.

— Normalmente as visitas entram pela porta da frente – Ela diz sorrindo daquele seito que faz meu coração tentar escapar do meu peito.

— Trouxa fazem isso, mas sabemos que não sou trouxa – Respondo fazendo ela levantar a sobrancelha.

— Odeio quando nos chama de trouxas... – Ela diz, mas é interrompida por uma bola de pelos que corre por entre suas pernas e começa a morder a minha calça.

— Mas o que? – Eu pego a minha varinha e estou a ponto de transformar essa bola de pelos em cinzas quando Miranda pega o mesmo no colo.

—Não!!! – Ela grita – Draco essa é Boney minha cadelinha – Ela coloca a cadelinha perto de mim que começa a rosnar na mesma hora – Ela é boazinha.

— Diga isso para minha calça – Digo apontando para a mesma que agora falta um pedaço.

— Desculpe por isso – Ela coloca a bola de pelos dentro do seu quarto e fecha a porta da sacada – Ela normalmente gosta das pessoas, você tem que ver ela com Deniel e muito fofo.

Ao ouvir o nome desse trouxa meu sangue começa a ferver de ódio. Não gosto que ela fale dele.

— Talvez ela não goste de bruxos – Miranda sugere.

— Mas é só ela, não é? – Pergunto fazendo uma brincadeira, nem me lembro qual foi a última vez que fiz isso.

— Não sei, ainda estou decidindo – Ela diz levando continuando a brincadeira.

Sinto falta até da bola de pelos.

Queria saber come ela está, se está feliz, se está gostando de ter uma vida normal, mas eu prometi a mim mesmo que a deixaria em paz. Meu pai poderia localiza-la e usa-la contra mim.

Tento pensar que fiz o certo, que a deixei segura, mas isso não diminui a dor que sinto no peito.

MIRANDA MALONE

A viagem de avião foi tranquila ou quase tranquila. Becca não parava de falar da mansão, da universidade ou de Londres. Só parou quando viu que coloquei fones de ouvido para ter um pouco de paz.

Quando chegamos do aeroporto internacional de Londres começamos a procurar por Deniel.

— Você tá vendo ele? – Becca pergunta virando a cabeça para todos os lados.

— Não estou... Ali!!! – Digo apontando para onde Deniel está segurando uma placa cor de rosa que me faz quase morrer de rir – Deny!!! – Digo abraçando ele.

— Hey Mira – Ele diz ainda me abraçando – Becca como sempre cheia de bagagens – Diz debochando dos dois carrinhos cheios de malas.

— Bagagens que você vai carregar – Ele diz – Mas acho que está esperando as pessoas erradas – Diz debochando da placa que Deny ainda segura.

— A gráfica imprimiu errado – Ele diz passando a mão no cabelo em sinal de constrangimento.

Na placa tinha escrito:

Bem-Vinda Mila e Beck

— Tudo bem que tal a gente ir andando? – Sugiro salvando Deny de Becca ou seria Beck.

— Boa ideia, a mansão fica num bairro que eu nunca ouvi falar – Diz Deny.

— Melhor ainda é mais misterioso – Diz Becca pegando uma pequena bagagem de mão – Quem sabe arrumo um vizinho ricaço para mim?

— Duvido muito, não acho que existam pessoas da nossa idade naquele bairro, só um bando de velhos e se tiver são um bando de ricos esnobes com quem não quero me meter.

— Uiiii, Miranda chata!!! – Becca debocha indo na frente enquanto Deny empurro com esforço seu carrinho de bagagens.

— O que você colocou aqui Becca? Trouce a Califórnia inteira? – Deny diz vermelho pelo esforço e eu começo a rir.

— Só o essencial – Responde Becca.

— Vamos logo quero chegar logo em casa – Digo correndo apressando os outros. Não sei porque, mas estou ansiosa para chegar nessa mansão o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Até o próximo capitulo.