O puro sangue e a trouxa escrita por andy z


Capítulo 21
Cortando o mal pela raiz


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vcs, mas onde estão meu leitores?



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No último capítulo de O puro sangue e a trouxa...

– O que será que Draco está fazendo aqui? – Estava tão perdida em pensamentos que não notei o barulho de algo quebrando do lado de dentro da loja, quando eu olho vejo Draco segurando com força o senhor pelo colarinho da camisa e o puxando por cima do balcão.

Eu nunca pensei que Draco fosse capaz de uma atrocidade dessas, principalmente com um idoso. Ele começa a gritar o que parece ser uma ameaça para o velho que começa a tremer e responder desesperadamente, nessa hora Draco olha para um espelho pendurado na parede acima do balcão e vê o meu reflexo apavorado na vitrine. Começo a correr para longe daquela loja e para longe daquela mentira chamada Draco.

(***)

Continuo correndo até chegar em frente a uma loja de Artigos de Quadribol, meus pulmões estão a ponto de me matar. De repente sinto uma mão no meu braço me puxando para trás e eu grito, mas uma mão tapa a minha boca.

– Cala a boca – Draco me vira de frente para ele – O que por Merlin você faz aqui?

– Me solta!!! – Eu grito tentando me soltar – Não é da sua conta o que eu faço ou deixo de fazer.

– Se acalma pelo amor de Merlin – Ele diz ainda me segurando.

– Me acalmar? Me acalmar? – Eu grito com mais raiva do que eu já estava – Passei uma semana sem ter notícias suas e quando eu te vejo o que você está fazendo? – Ele não responde e eu nem esperava que respondesse – Você agredindo um idoso.

– Me deixa explicar – Ele pede sem me soltar – Não é o que você pensa.

–Então o que era? – Eu pergunto um pouco mais calma e ele olha de um lado para o outro como se procurasse alguma coisa ou alguém.

– Aqui não – Ele diz ainda olhando para os lados – Vamos para minha casa – Antes mesmo de eu responder já estávamos aparatando.

DRACO MALFOY

Aparatamos na biblioteca, eu não acreditei nos meus olhos quando eu vi Miranda pelo reflexo daquele espelho na Travessa do Tranco, mas assim que ela saiu correndo eu fui atrás dela.

Miranda se solta de mim e caminha até o outro lado da sala ficando o mais longe de mim possível.

– Pode começar a explicar – Ela diz cruzando os braços na frente do corpo e o gesto me deixa hipnotizado – Estou esperando – Ela diz me tirando dos meus pensamentos sobre beijar certa garota que me olha como se fosse me matar.

– Por onde eu devo começar... – Digo bagunçando meus cabelos, uma mania que eu adquiri com o passar dos anos.

–Comece do começo Draco – Ela diz me interrompendo.

– Muito bem... – Eu decidi contar tudo para ela, além disso não pensei em mais nada – Lembre que eu disse que meu pai estava morto? – Ela acena com a cabeça, mas percebo que seu olhar mudou de repente – Eu menti, ele está vivo e....

– Eu sei – Ele diz descruzando os braços e eu franzo o cenho não entendendo – Um dos livros que eu comprei foi sobre famílias antigas do mundo bruxo e nele dizia que seu pai estava preso em Azkaban e também sei o motivo – Eu não acredito – Eu só gostaria de saber, porque você não me contou a verdade?

– Nem passou pela minha cabeça lhe contar – Eu digo – Não tinha a menor importância na época.

– E agora tem? – Ela pergunta e eu respiro fundo.

– Sim – Eu digo e ela me olha sem entender – Ele fugiu – Eu digo logo de uma vez e seus olhos quase saltam para fora das orbitas.

– O quê? – Ela diz sentando na poltrona – Mas o que isso tem a ver comigo? – Eu quase começo a rir de sua inocência.

– Os aurores são vamos dizer, são os nossos policiais – Eu comecei explicando – Eles apareceram aqui no mesmo dia que a notícia saiu no jornal – Eu vou até a escrivaninha, abro a gaveta e tiro o jornal que contem a notícia que vem me assombrando e entrego para ela que começa a ler – E eles nos disseram que meu pai poderia tentar nos encontrar – Ela levanta os olhos do jornal e olha para mim.

– Mas eles não estão protegendo vocês ou coisa parecida? – Ela diz e eu balanço a cabeça.

– Eles estão, mas não é essa a questão – Ela franze o cenho não entendendo – Eles também nos disseram para termos contato zero com os trouxas, pois devido ao histórico do meu pai... – Eu não continuo esperando que ela entendesse e pelo seu olhar ela entendeu.

– Ah – Ela diz olhando para a parede sem dizer nenhuma palavra.

– Tudo bem!!! – Eu grito não aguentando mais o silêncio e fazendo ela pular da cadeira – Saia correndo pela porta e nunca mais fale comigo – Cansado eu me jogo na poltrona mais próxima, fecho os olhos e espero ouvir o som da porta batendo, mas o que escuto são passos vindo em minha direção e de repente sinto algo quente e suave encostando na minha bochecha. Quando eu abro os olhos vejo Miranda sentada no braço da minha poltrona.

– Isso não muda nada Draco – Ela diz passando a mão no meu cabelo, por um momento uma sensação de paz me preenche, mas só dura o tempo suficiente para eu lembrar do motivo dessa conversa.

– Como não muda nada? – Eu me levanto, fazendo com que ela caia para trás na poltrona – Você não entende que corre perigo ficando perto de mim? – Ela se ajeita na poltrona ficando numa posição meio deitada com as pernas cruzadas o que não ajuda na minha concentração, pois ela está de vestido.

– Isso parece um dos meus livros de romance – Ela diz – Ela quer ficar com ele, ele quer ficar com ela, ele não fica com ela porque é perigoso e ela não concorda com ele.

– E como é que isso acaba? – Eu pergunto e ela se levanta e vem na minha direção e só para quando chega bem perto de mim.

– E eles viveram felizes para sempre – Esse não era o final que eu esperava.

– Não estamos em um livro Miranda – Eu digo cansado.

–Eu sei que não – Ela coloca a mão no meu rosto – Nós vamos dar um jeito, eu prometo – E ela me beija fazendo com que todos os meus problemas sumam de repente – Posso só falar uma coisa? – Ela diz quando nos separamos.

– Sim – Respondo no automático ainda sobre os efeitos do beijo.

Miranda de uma hora para outra puxa minha orelha com força me fazendo gritar de surpresa.

– Nunca mais me deixe entendeu? – Eu concordo com a cabeça – Senão eu juro por tudo que é mais sagrado que eu vou atrás de você com uma tesoura – Concordo novamente e ela larga a minha orelha e me dá um selinho – Que bom que chegamos a um acordo – Ela diz sorrindo – Eu tenho que ir para casa agora – Ela vai em direção a porta, mas eu chamo seu nome – O que?

– Eu tenho mais duas perguntas.

– Fale.

– Primeira – Eu começo – Como você chegou ao Beco diagonal?

– No dia em que você me levou lá eu comprei pó de Flu – Ela diz – Eu achei que poderia precisar.

– Certo – Achei melhor não comentar, eu não queria brigar mais – Segunda pergunta – Come outra vez – Por que você viria atrás de mim com uma tesoura? Eu não entendi – Ela começa a rir e abre a porta para sair.

– Por que eu iria cortar o mal pela raiz se é que você me entende – E com isso ela sai pela porta rindo e me deixando de boca aberta. Acho que vou começar a usar feitiços de proteção.... E vou esconder as tesouras.

NARRADOR

Tudo começou a voltar para os eixos só que Miranda e Draco não esperavam que outra pessoa tivesse visto eles no Beco Diagonal.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Quem será a pessoa que viu eles no beco diagonal?