Imouto escrita por Mitsue chan


Capítulo 2
Posso derrotar um exército de ninjas assassinos, posso fazer isso!


Notas iniciais do capítulo

Já estou postando o segundo! Por que? Gosto dessa história e quero compensar por estar demorando na outra. Me agradeçam por eu estar renegando minha necessidade de dormir! Boa leitura!
Ps.: Sei que o título tá estranhamente grande, mas tem que ser assim nesse capítulo.



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O Hokage olhava para Kakashi de modo curioso. Aquela missão não teve o resultado esperado e o maior problema era a figura escondida atrás das pernas do homem de cabelos brancos. A garotinha parecia bastante apegada a ele, o que não era nenhuma surpresa, já que depois de um longo tempo, sozinha e assustada, aquele estranho chega e lhe dá comida, água e uma capa para se esquentar. Não era necessariamente carinhoso, mas cuidadoso. Ele havia tomado conta dela durante a de viagem de volta, mas ela nunca pronunciara uma palavra.

Kakashi estava claramente desconfortável com a situação. A criança precisava de um lugar pra ficar, porém, se alguém tentasse se aproximar dela, ela se agarrava às calças de Kakashi e não soltava por nada. E, se por ventura a separassem dele, abria o berreiro. Seu salvador de cabelos brancos era a única pessoa em quem ela confiava.

O Sandaime sabia qual era a alternativa mais adequada, o problema era saber se Kakashi concordaria com isso. Ele deu um breve suspiro e algumas baforadas no cachimbo.

– Parece, Kakashi, que você é a única pessoa que pode se aproximar dela – ele disse cautelosamente – Devido às circunstâncias preciso pedir que você cuide dela até resolvermos o que fazer. Eu o liberarei de todos os seus deveres como ANBU.

Os olhos normalmente sérios de Kakashi se arregalaram. Como ele poderia cuidar de uma criança? De um bebê? Mal sabia lidar com pessoas da sua idade. Jamais seria capaz de criar a garota.

Contudo, infelizmente, ele via a lógica do Hokage. Uma pessoa de fora, ainda mais com uma terra natal tão suspeita, não poderia simplesmente ficar nas mãos de qualquer um. Deveria ficar com alguém que pudesse cuidar dela, defendê-la e, no pior dos casos, detê-la. Juntando isso ao fato de que a criança parecia completamente apegada ao rapaz, ele era o mais indicado. Dessa vez, foi o homem de cabelos brancos quem suspirou. Isso seria complicado, pior que uma missão Rank-S.

– Tudo bem – ele respondeu – Acho que posso dar conta disso por um tempo.

– Ótimo! – o Hokage disse, sorrindo. A verdade era que o maior motivo de estar deixando a pequena sob a custódia do rapaz era porque acreditava que a alegria e a inocência de uma criança poderiam curar seu coração ferido. Ele viu Kakashi se curvar e virar para sair da sala. A garotinha ficou completamente confusa assim que viu que seu esconderijo havia se movido. Então se virou correndo para segui-lo. O Hokage riu. Isso ia ser bem interessante.

Kakashi andava pelas ruas de Konoha com as mãos nos bolsos e totalmente consciente da pequena presença que o seguia, agarrada ao tecido de sua calça e olhando assustada para tudo e todos. Bom, era óbvio que estava confusa. Nunca havia visto aquele lugar na vida.

Depois de sair da torre do Hokage, Kakashi percebeu que recebia olhares curiosos, e ficou irritado. Odiava quando se interessavam por sua vida. Só relaxou quando entrou em casa e trancou a porta. Mas seu alívio foi momentâneo, pois foi só se virar e dar de cara com a garotinha parada no seu corredor de entrada. Ela segurava a barra de seu vestido e só naquele momento Kakashi percebeu que ela estava toda suja. Assim que ele chegou da missão foi direto relatar o ocorrido ao Hokage, então a criança se encontrava no mesmo estado em que fora encontrada.

Deveria mandar que ela fosse se limpar... qual era o nome dela mesmo?

– Ei, hã, garota – Kakashi tentou se comunicar – qual o seu nome?

Ela apenas o olhou, curiosa. Talvez fosse pequena demais para responder? Naquela idade já devia falar. Ou será que estava só assustada? Antes que pudesse ficar preocupado, Kakashi ouviu uma vozinha fina responder:

– Kaori. E o seu, moço?

– Hã... – Kakashi gaguejava. A criança era bem esperta – me chamo Hatake Kakashi.

– Hatake Kakashi – ela repetiu com segurança – muito prazer.

Kaori estendeu uma mãozinha gordinha para o homem que a olhava embasbacado. Que criança mais prematura! Ele se colocou sobre um joelho e delicadamente apertou a mão estendida dela, que era extremamente pequena quando comparada à dele. Depois de um aperto de mãos amigável, a garotinha falou de novo:

– Você ia me mandar tomar banho, certo?

– Bem, sim.

– Que bom. Meu cheirinho tá ruim. Onde fica o banheiro?

– No fim do corredor, última porta à esquerda. Você... precisa de ajuda?

– Não, obrigada. – dizendo isso, Kaori se virou e saiu. Kakashi ficou onde estava. Aparentemente, ela não seria um fardo tão pesado como ele pensava. Ao se recuperar do choque ele imaginou que precisava preparar algo para ela comer. Estava abrindo o primeiro armário quando ouviu uma voz:

– Kakashi-sama – Kaori o chamava com todo o respeito. Ela estava enrolada em uma toalha e arrastava a maior parte no chão, por ser muito pequena. Tinha só a cabecinha pro lado de fora da porta e parecia envergonhada.

– Acho que eu preciso de ajuda.

Kakashi se levantou e foi ver qual era o problema. Percebeu que a garotinha era muito pequena para caber na banheira, devia ter medo de afundar. Ele teria que dar banho nela. Meio constrangido, ele ligou a água e, enquanto esperava encher, olhou para a garota.

– Acho que vou ter que te dar banho. – ele disse.

– Não precisa, – Kaori respondeu – vai atrapalhar Kakashi-sama.

– Não tem jeito. Você poderia se afogar.

– Mas... – ela hesitou, corando e fitando o chão – você é menino.

Dessa vez foi Kakashi quem corou um pouco. Aquela criancinha tinha vergonha dele. Mas por que?! Ela pensava que ele iria atacá-la ou algo parecido? Como explicar para um criança que só tem noções básicas de sexo masculino e feminino que ele, um homem adulto e desconhecido, tinha permissão de vê-la nua?

– Hã... bem, sim, mas... eu sou grande e nunca, digo...

Ele estava muito desconfortável. Como faria isso? Até que viu sua salvação! Um banquinho de metal que ele mantinha ao lado da banheira para que pudesse pegar o que quisesse enquanto tomava banho. Ele colocou o objeto dentro da banheira e perto da escadinha que subia até a borda.

– Você senta aí, assim não afunda. Qualquer coisa é só gritar. – e saiu quase correndo de volta para a cozinha.

Calma, Kakashi, ele pensava você pode derrotar um exército de ninjas assassinos, então pode fazer isso!

Mal sabia ele que esse se tornaria seu mantra.


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Notas finais do capítulo

E aí? Minha primeira fic que não é SasuSaku. O que acharam?! Comentem!



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