Imouto escrita por Mitsue chan


Capítulo 17
Tomando a decisão


Notas iniciais do capítulo

Oi, de novo! Como vocês estão? Se preparando para as festas?
Aqui está mais um capítulo fresquinho pra vocês! Boa leitura :)



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Kakashi corria até o foco daquela confusão o mais rápido que conseguia, temendo não chegar a tempo. Ele sabia que, durante o encontro com Zabuza e Haku, Naruto havia liberado um pouco do chakra da kyuubi, mas o Hatake não vira tudo acontecer. Desse modo, não tinha certeza se o garoto seria capaz de diferenciar amigos de inimigos enquanto estivesse naquele estado e, se por acaso ele atacasse Kaori e ela também perdesse o controle, seriam dois desastres naturais incontroláveis.

Chegando à entrada da caverna, tudo que via eram pessoas saindo, umas correndo, outras sendo arremessadas. Ele espiou o lado de dentro.

No momento em que o chakra de Naruto explodira daquele jeito, Sasuke e Sakura foram jogados para o lado e bateram de encontro com a parede rochosa, caindo dolorosamente no chão por ainda estarem com os pés e mãos amarrados. Assim que a dor abrandou, Sakura percebeu que havia caído logo ao lado de um amontoado de armas e rapidamente se contorceu até que pudesse pegar um kunai e cortar as cordas que prendiam suas mãos atrás das costas. Depois disso passou para os pés e, por fim, foi libertar Sasuke.

Enquanto isso, Naruto jogava cada um dos bandidos para fora da caverna com velocidade e violência, parando apenas quando viu o que o contratante dos mercenários fazia. Ele havia se recuperado do golpe e rapidamente voltara a agarrar Kaori, recolocando a arma em seu pescoço.

– Pare, ou eu vou matá-la! – ele gritou para Naruto, que apenas o encarou de voltas, não parecendo realmente escutar a ameaça.

Kakashi viu o exato momento em que o homem proferiu essas palavras. Sua mente se dividia entre estranhar o fato de Kaori não reagir, se preocupar com a consciência de Naruto e seus outros alunos e se espantar com o rosto desfigurado do homem que mantinha sua imouto refém. Entretanto tudo isso foi ignorado quando seus músculos agiram sozinhos, e logo ele já estava ao lado do homem, que se surpreendera com sua aparição repentina, torcendo o pulso que segurava a kunai.

– Só por cima do meu cadáver – ele rosnou e afastou-o de Kaori com um chute que o jogou para longe.

Ele fitou a garota com mais atenção e percebeu que ela encarava a figura raivosa de Naruto com os olhos arregalados em um misto de medo e raiva. Kakashi decidiu que se preocuparia com isso depois de tratar do problema mais imediato, que era conter seu aluno ensandecido.

– Naruto – ele chamou, dando um passo a frente – Pode me ouvir?

O loiro lhe direcionou um olhar de olhos vermelhos, mas sua expressão não mudou, embora ele também não avançasse.

Sasuke e Sakura permaneciam afastados, sem saber como parar o amigo.

– Naruto! – a Haruno tentou – pare om isso!

Ela tentou se aproximar, mas o chakra que saía do corpo do Uzumaki a repeliu. Sasuke a puxou para suas costas novamente e a manteve lá.

– Oe, Usuratonkachi! – ele gritou – Retome o controle!

Depois de ouvir a todos, Naruto pareceu realmente escutar suas vozes e, aos poucos, sua energia se aquietou. Ele piscou algumas vezes, levemente confuso, tendo apenas vagas memórias do que havia acontecido, seus ohlos voltando a cor normal.

– Muito bem – Kakashi se pronunciou depois de um tempo – Acho que agora podemos relaxar.

Só aí que todos começaram a se mover. O Time 7 se reuniu e Kakashi se abaixou para ajudar Kaori a se levantar de onde estivera sentada, mas a mão que ele estendia foi prontamente rechaçada com um tapa da garota. Ele a fitou surpreso e recebeu de volta um par de olhos raivosos.

– Por que? – ela se pôs de pé – Por que ele pode e eu não?!

Kakashi nem precisou perguntar para entender do que ela falava, mas ele se colocou de pé e ficou em silêncio, esperando sua imouto se livrar de tudo que queria falar, sendo seguido por seus alunos que não sabiam como reagir.

– Achei que o Hokage tivesse me isolado por eu ser perigosa – Kaori continuou, sua voz estava embargada e ela tremia de raiva – Eu passei todo aquele tempo sozinha e desisti da minha graduação por ordem dele! Joguei fora todo o meu esforço porque ele disse que era melhor! Agora descubro que tem alguém como eu na vila e que pode viver normalmente! Por que?!

Todas aquelas dúvidas já haviam cruzado a mente de Kakashi e o Sandaime tinha respondido todas elas. A diferença entre o modo de lidar com os poderes de Naruto e Kaori estava no conhecimento. A kyuubi estava selada e todos sabiam como lidar com ela, apesar de seu poder. Um jinchuriki era algo relativamente normal e controlável. Já com Kaori, não se sabia de nada. Era um poder desconhecido, de abrangência desconhecida e natureza desconhecida. Até agora ninguém sequer imaginava como lidar com ele, e toda informação que tinham estava com um monge que vivia sozinho em uma montanha e que se recusava a dividir seus ensinamentos com qualquer um que não fosse dedicar sua vida para aprendê-los. No final, a melhor solução era mandar Kaori para treinar com ele, depois de conferir se o homem era mesmo o que dizia ser e se era confiável.

Além de tudo isso, ainda havia o fato de o Yondaime ter selado a kyuubi no próprio filho esperando que ele a controlasse, o que só seria possível se o garoto se tornasse mais forte. Se Kaori se tornasse mais forte, uma das possibilidades era de poder gerar um desastre ainda maior.

Kakashi poderia tentar explicar isso de todas as maneiras possíveis, mas no estado em que se encontrava, Kaori não aceitaria nada.

– Odeio isso tanto quanto você – ele respondeu com a voz baixa só para ela ouvir – Mas não tem outro jeito.

Eles ficaram em silêncio e o único som era o da respiração pesada de Kaori, até que ela fez menção de se virar e sair da caverna, mas seu ferimento na perna, ainda sem ter sido devidamente tratado, a impediu de dar sequer um passo, a levando ao chão novamente. Sentiu quando seu oniisan se aproximou por trás e tentou afastá-lo, mas ele a pegou no colo e a carregou para fora da caverna, sendo seguido por seus alunos que não se atreviam a falar nada.

Eles desceram pelo paredão rochoso até voltarem ao solo, adentrando na floresta e montaram acampamento em uma pequena clareira. Sakura tratou do ferimento de Kaori e Kakashi mandou seus cães de invocação de volta para o local da batalha. Fora isso, nada mais fora dito ou feito. Naruto, Sasuke e Sakura estenderam seus fuutons em um canto, Kakashi ficou um pouco mais afastado e Kaori, mais ainda. Sem conversar sequer uma vez, eles foram dormir.

No meio da madrugada, Kakashi, já sabendo que não conseguiria dormir e decidido a ficar de vigia durante toda a noite, viu quando Kaori se levantou. Ela havia se remexido durante seu sono e finalmente havia desistido de tentar descansar. Ela simplesmente saiu de perto do acampamento e Kakashi não a impediu. Desde que ele pudesse sentir seu chakra e saber que ela estava segura, ele a deixaria ficar sozinha por um tempo para pensar. O que ele não esperava era que, algum tempo depois de sua imouto se levantar, Naruto faria o mesmo, trocando apenas um olhar rápido com seu sensei antes de seguir a garota.

Quanto a isso, Kakashi não sabia se ficava preocupado ou aliviado, mas estava disposto a se arriscar. Conhecendo seu aluno, ele poderia muito bem ser o remédio de que Kaori precisava no momento.

...

Depois de horas fingindo dormir e sentindo o olhar de seu oniisan sobre si, Kaori se levantou e saiu sem se importar em dar satisfação. Ela só precisava ficar um pouco sozinha e colocar os pensamentos em ordem, decidir se sentia raiva, medo ou o que quer que a estivesse deixando tão confusa. Encontrou o lugar perfeito para ficar em paz a beira de um riacho, perto de uma queda d’água, que ficava poucos metros a leste de onde tinham montado acampamento. Tirou os sapatos e se sentou com os pés na água.

O frio repentino arrepiou cada pelo de seu corpo, mas era uma sensação relaxante e Kaori se concentrou nela até que seu corpo se acostumasse com a baixa temperatura. Só aí se permitiu refletir sobre tudo o que estava acontecendo. As lembranças que tivera durante aquele conflito na caverna eram impactantes, e pareceram estar apenas esperando por uma brecha para voltarem a sua mente. Ela era odiada na própria vila, quase matara uma criança e acabara por se tornar um estorvo para seus pais. Apesar disso, suas memórias com eles eram felizes, nada de rostos ou acontecimentos muito específicos, só o fantasma de um calor aconchegante e acolhedor que se recebe de quem se ama.

Depois disso, sua vila fora atacada e sua falta de controle resultara na destruição total de seu lar. Sua parte racional lhe dizia que não tinha culpa, que era apenas uma criança assustada, que não pode controlar seu medo. Entretanto, não podia deixar de sentir o peso de tantas vidas sobre suas costas. Pessoas que tinham histórias, sonhos, planos e famílias, assim como o homem com rosto desfigurado que a raptara. Desfigurado por ela.

Seu sangue gelava só de pensar em como ele parecia decidido em tirar-lhe a vida, até estava feliz com isso. Nunca achou que pudesse ser alvo de tanto ódio, mas era apenas isso que ele demonstrava.

Depois de toda essa confusão em seu passado, seu futuro parecia ainda mais incerto. Uma terra do outro lado do mundo, um mestre estranho e a suposta promessa de controlar suas habilidades destrutivas. A única certeza em tudo isso era a de que ficaria longe de seu oniisan e isso doía mais do que tudo, não importando o quão zangada estivesse com ele.

Pra piorar tudo, não podia se sentir mais injustiçada desde que vira o que um dos alunos de seu oniisan era capaz. Pelo jeito, Naruto também tinha um poder perigoso e era sujeito e ataques raivosos. Apesar disso, ele morava no centro da vila, tinha amigos, se formara na Academia e saía em missões como se fosse um genin qualquer. Por que ela não podia ter tudo aquilo? Por que fora condenada a se isolar do mundo, jogando todo seu esforço no lixo?

Kaori ainda pensava sobre isso quando um barulho sutil chamou sua atenção. Ela se colocou de pé, mas nem precisou se preocupar muito, pois Naruto surgiu dentre as folhagens.

– Ah. É você – Kaori disse ao vê-lo, sentando-se novamente no chão – Não deveria estar acordado.

– Não consegui dormir – o loiro respondeu, se sentando ao lado dela.

– Mentira. Você ronca, e muito alto.

Naruto coçou a nuca e sorriu, constrangido.

– Tem razão-ttebayo! – ele ficou mais sério – Mas eu vi quando você saiu.

Kaori fitou as águas lentas do rio para não ter de olhar nos olhos do garoto. Naquele exato momento, ele não era exatamente sua pessoa preferida no mundo, apenas um colega temporário que tinha tudo que ela almejava.

Sua expressão deve tê-la entregado, porque ele também não parecia nada feliz.

– Imaginei que você ficaria assim – ele resmungou para ela e Kaori o olhou zangada – Tá pensando no que aconteceu na caverna, não é?

– Humpf – a garota bufou – Não é da sua conta!

– É sim-ttebayo! Você ficou estranha depois daquilo, o que eu até entendo. Só não sei por que ficou com tanta raiva de mim!

– Não sabe? – ela indagou, incrédula, sentindo a necessidade repentina de desabafar, e foi o que fez, gesticulando efusivamente – Você é uma bomba-relógio humana, assim como eu, mas pode viver tranquilamente na vila, se tornar genin e sair em missões! Era tudo o que eu queria! Mas o Hokage simplesmente decidiu que eu viveria afastada de tudo e de todos! Passei dias inteiros sozinha, vendo meu oniisan uma vez ou outra e morrendo de medo de um dia ele não voltar mais! - a essa altura sua voz já estava carregada de amargura – Ouvia os risos das pessoas em cada maldito festival da vila, via os fogos ao longe, imaginava como meus antigos amigos estariam, mas não passava disso. E ainda tinha que ver meu oniisan se isolar junto comigo e imaginar como ele estaria melhor sem mim. E você ainda pergunta o por que?!

O silêncio pairou entre eles por longos segundos enquanto Kaori tentava recobrar a compostura.

– Ah – Naruto disse, nem um pouco abalado – Então era só isso?

As mãos de Kaori caíram em seu colo e ela não poderia estar mais chocada com a estupidez do garoto.

isso?

– Não é grande coisa-ttebayo. Eu é que devia ter inveja de você – Naruto respondeu e, vendo a confusão da garota, continuou – Você disse que eu vivo tranquilo na vila, mas não é verdade. Desde que eu era pequeno as pessoas me odeiam por algo que eu não entendo. Elas não falavam comigo e nem deixava que seus filhos fossem meus amigos, só me tratavam como algum tipo de monstro que só estava ali como um projeto de caridade – ela o fitava atentamente enquanto falava, estranhando o fato de, apesar de sua história, ele não estivesse triste – Também perdi minha família, mas pelo menos você teve o Kakashi-sensei para cuidar de você.

Kaori ficou em silêncio depois do que ele havia dito. Realmente, quando ele colocava daquele jeito, ela tinha tido bastante sorte por ser encontrada por alguém como seu oniisan. Poderia ter definhado até a morte nos destroços de sua vila, mas por mero acaso, um anjo de Konoha a salvara.

– Essa missão – Naruto mudou de assunto – É por causa desse seu poder estranho, né?

Ela assentiu, surpresa por ele ter descoberto.

– É sim – respondeu – Eu vou treinar com um monge que vive em uma montanha. Dizem que ele pode me ensinar a controlar isso.

– Viu? Outro motivo pra se alegrar! Eu queria ter alguém pra me ensinar a controlar o que tem dentro de mim.

Se, antes, Kaori sentia raiva de Naruto, agora sentia pena. As coisas que ele disse a fizeram perceber que a situação dele era ainda pior. Contudo, o grande sorriso que ele lhe direcionava não deixava abertura pra qualquer coisa sequer perto de pena ou compaixão. Ele estava radiante.

– Parece que nós dois tivemos sorte! – ele concluiu – Você encontrou um oniisan e um mestre, e eu encontrei amigos-ttebayo!

Sorte? Kaori nunca havia encarado as coisas desse jeito, pelo menos não desde que descobrira que teria de ficar isolada. Sem que pudesse evitar, um pequeno sorriso brotou em seus lábios, o que pareceu alargar ainda mais o de Naruto.

– Parece que está se sentindo melhor – ele se levantou e estendeu uma mão para ela – Agora vamos dormir porque eu não quero que Kakashi-sensei nos castigue por não acordarmos na hora.

A Hatake sorriu ainda mais e aceitou a ajuda para levantar, calçou os sapatos e voltou para o acampamento, se sentindo muito mais leve.

...

Algum tempo depois de Naruto ter saído, ambas as crianças voltaram e, por mais que não demonstrasse, Kakashi estava preocupado com o resultado do encontro deles. Quando os ouviu se aproximando, virou apenas o rosto para vê-los, sem mover o corpo que se recostava no tronco de uma árvore.

Naruto apareceu primeiro, desejou boa-noite e se deitou em seu Fuuton, nada fora do normal. Mas, para sua surpresa, Kaori respondeu o garoto e, após lhe direcionar um tímido, porém verdadeiro, sorriso, também foi dormir.

Com um suspiro aliviado, Kakashi sentiu um peso sair de suas costas. Sua imouto não estava mais com raiva dele, o que era muito bom, pois, com a despedida iminente se aproximando, ele não queria deixa-la para trás com sentimentos ruins. Se tivessem de dizer “adeus” um para o outro, que pelo menos estivessem em paz.

Não que isso fosse diminuir a saudade que já imaginava que sentiria. A mera visão de sua casa sem a presença calorosa e brilhante de sua imouto o entristecia. Não teria ninguém para lhe desejar boa-noite, ninguém para quem pudesse cozinhar, ninguém para correr para lhe abraçar durante a noite por temer pesadelos... ninguém para lhe esperar em casa. Com Kaori longe, ele sentia que a solidão voltaria. Ele só escondia toda essa saudade e insegurança porque sabia que ela estaria segura e que, um dia, retornaria para ele.

Kakashi balançou a cabeça para espantar esses pensamentos. Não era do tipo de homem que sofria por antecipação, mas enfrentava os problemas imediatos, e um problema em particular ainda se remexia em sua mente. Depois da breve batalha na caverna, ele dera prioridade a levar seus alunos e sua imouto para um lugar seguro para descansarem, mas para isso teve de se abster da tarefa de perseguir os criminosos. Já havia mandado seus cães de volta para aquele local, mas tudo que encontraram foram alguns corpos, armas, estoques de comida e uma máscara. Uma pequena parte dos bandidos tinha escapado e já devia estar longe. Mas o que realmente o enervava era o fato de o rastro do responsável por mandarem capturar Kaori ter desaparecido junto com seu proprietário. Se nem mesmo seus cães o encontravam, ele com certeza tinha feito algo diferente, provavelmente também era um ninja. Assim que deixasse sua imouto em segurança em seu destino final, faria um pequeno desvio na rota de volta para a vila para procurar pelo homem.

Por agora, apenas zelaria por suas crianças.

...

No meio de um pântano escuro e inabitado, uma luz branca brilhou e dela surgiu o homem. Ele caiu de joelhos sobre a lama e logo começou a afundar, suas roupas ficando pesadas e o puxando para a morte certa. Com muito esforço ele se desvencilhou do agarre daquela gosma e se ancorou a uma pedra que estava por perto, praguejando a plenos pulmões.

Na pressa de sair daquela enrascada, ele correra para fora da caverna e se tele transportara sem visualizar com clareza seu destino, indo acabar naquele pântano fedorento e asqueroso.

Foi só quando se viu em solo firme que se permitiu descansar e planejar o que faria a seguir.

Depois do que acontecera, duvidava de que fosse reencontrar qualquer um dos mercenários que contratara, nem mesmo o líder deles, para quem havia ensinado seu jutsu de tele transporte. Só podia amaldiçoa-los por terem sido tão fracos. Se bem que duvidasse que qualquer um pudesse ter enfrentado a fúria daquela criança, mas tinha de sentir raiva de alguém.

Sentia raiva do líder por ter trago as crianças, do garoto por ter arruinado seus planos, do Copy Ninja de Konoha por tê-lo encontrado e golpeado, de si mesmo por não ter sido rápido o suficiente em cumprir seu objetivo e, acima de tudo, sentia muita raiva daquela garota que destruíra sua vila e escapara de sua punição. Devia tê-la matado quando ainda era uma criança indefesa, mas algo o impedira. Talvez medo, talvez ódio ou até mesmo pena. Mas isso não seria mais um problema, pois não havia dó nem compaixão, apenas ódio e a promessa de que a faria pagar por tudo o que fez, nem que morresse tentando.

Tocou o lado direito de seu rosto e fechou os olhos, se lembrando de sua casa. Os rostos de sua mulher e filhos, de sua mãe, de seus vizinhos e até do padeiro. Lembrava-se também dos cadáveres deles, queimados, afogados, soterrados ou quebrados.

Não desperdiçaria outra chance. A garota pagaria. Por todos eles.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram? Que o espírito natalino possua vocês agora para que possam comentar e recomendar! Até a próxima. Ja ne o/



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