Um para o Dinheiro, Dois para o Show escrita por Ramona Malfoy


Capítulo 1
I - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Como estão? Não sei se algum de vocês já me acompanhou em outras histórias, mas gostaria de dizer que fiquei muito tempo longe das fanfics e essa é a primeira tentativa que resolvi postar e ainda não decidi se haverá ou não uma continuação. Como não quero me demorar por aqui, não deixem de ler as notas finais, certo?! Enjoy!



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Era novamente noite de Quinta-feira e tudo no apartamento de Malfoy estava pronto.

O pequeno Scorpius estava bem penteado, vestido com seu pijama habitual e com os dentes escovados. Pronto para ir pontualmente para a cama às nove horas, logo após sua aula de piano com sua mentora Consuelita.

Partes das luzes da espaçosa sala estavam acesas e a lareira acesa criando um ambiente à meia-luz que se arrastava até a sala de jantar, esta que já estava preparada para duas pessoas com um fino vinho do porto pronto para ser servido.

Agora só restava esperar até que a campainha soasse para que se desse início as duas horas mais longas da semana de Draco, que agora se distraía com algo na televisão enquanto o pequeno loiro se divertia sozinho, observando alguns troféus sob o vidro da cristaleira.

Pontualmente às sete horas da noite o som estridente fez o homem despertar de seu transe e rapidamente se por de pé, caminhando a passos largos até a porta de madeira.

Um sorriso galanteador despontou automaticamente enquanto os dedos longos e precisos giravam a maçaneta para receber a mentora de seu filho, mas no momento em que os saltos grossos se chocaram contra o piso de madeira ele soube que aquela não era a mulher que esperava.

Aquele passo elegante e firme em nada se parecia com a forma dançante de que Consuelita caminhava e, ao olhar para os pés daquela mulher, não pôde ver as canelas delicadas ou as pernas bem torneadas a barra da calça social cobria completamente toda a região, apenas deixando visível o peito do pé sutilmente mais largo do que estava acostumado.

Enquanto os olhos tempestade subiam rapidamente pelo corpo da desconhecida ele tinha cada vez mais a certeza de que não era quem ele estava esperando. Onde estava a moça sensual e enérgica com seus vestidos insinuantes e cabelos loiros?

– Boa noite, senhor Malfoy. Eu sou Hermione Granger, a mentora de piano substituta.

– Substituta? E onde está Consuelita?

A mulher de lisos cabelos castanhos pigarreou, dando um passo para dentro do apartamento.

– Bem, Consuela infelizmente teve um acidente de trabalho e acabou quebrando alguns ossos, em especial alguns de suas mãos. Ela ficará alguns meses de repouso e me pediu para dar continuidade às aulas de piano do pequeno Demétrius.

– Scorpius.

– Ah, sim. Perdão. Onde ele está?

Draco estava frustrado. Alguns meses de repouso. Por que mulheres bonitas tinham de ser tão avoadas? Apesar de se incomodar profundamente com o linguajar formal e a expressão duramente séria da substituta, pensava que se a loira fosse apenas um quinto daquela forma esse tipo de acidente nunca ocorreria.

– Scorpius, sua mentora chegou. – disse num tom desanimado.

O pequeno maço de cabelos loiros correu com pressa pela sala e só parou quando viu a figura estranha parada próxima à porta.

– Quem é você? – perguntou um tanto tímido.

Inesperadamente a mulher se abaixou até que ficasse do tamanho do menino de sete anos e sorriu, levando sua mão até a bochecha do garoto.

– Eu sou Hermione Granger, vou mentorear suas aulas de piano enquanto Consuelita não puder, tudo bem?

– Sim, senhorita Hernimone Green... Grá... Gransner.

– Pode me chamar de Senhorita Jane, querido. Estava dormindo?

– Não, senhora! É que meu pai sempre me manda para a cama logo depois da aula de piano, então já me deixa vestido.

A morena arqueou uma sobrancelha.

– É mesmo? – ela direcionou um olhar ferino ao homem próximo da porta. – E que tal se hoje você vestisse algo parecido com... – Hermione retirou um pequeno pedaço de papel do bolso e mostrou ao menino depois de entregar-lhe. – O que esse homem está vestindo? Depois você pode colocar o pijama novamente e seu pai te colocará na cama no horário determinado.

Os olhos azuis do menino cintilaram ao ouvir a ultima parte e ele assentiu animado, correndo escada à cima para se trocar.

Respirando fundo, a mulher se levantou e começou a caminhar em direção às janelas, abrindo uma a uma. Draco deu um passo à frente.

– Ei, o que pensa que está fazendo?

– Estou deixando o ambiente adequado para uma aula de piano. O senhor pode acender as luzes?

– Mas que audácia! Eu nem a conheço e já quer dar ordens ao meu filho e ditar o modo que devo receber minhas visitas! – o homem exclamou com impaciência.

Calmamente a mulher se virou e o olhou profundamente nos olhos, estudando-o. O loiro não esboçou reação nenhuma além de bufar alto.

– Veja bem, senhor Malfoy. Eu não sou uma visita, não estou aqui para jogar conversa fora ou fazê-lo desperdiçar seu precioso tempo. Não sei como funcionavam as “aulas” que Consuela oferecia aqui, entretanto sei como as minhas seguem. O piano é uma arte que, primeiramente, deve ser respeitada e, depois, aprendida com humildade. É necessária uma vestimenta adequada, um ambiente arejado e bem iluminado para que as lições se discorram. Se não está satisfeito com o meu modo de ensinar pode a qualquer momento suspender as aulas até que Consuelita esteja de alta.

Draco sentiu a raiva se acender vividamente em seu interior e não disse mais nada, os passos baixos já ecoavam pela escada e ele sabia que Scorpius já estava descendo.

Aquele não era o momento adequado para colocar aquela sujeita ríspida e presunçosa em seu devido lugar. O os olhos tempestade ficaram mais escuro e ele lhe deu as costas, ignorando o garotinho animado que queria mostrar-lhe como estava elegante.

Não tinha tempo para essas banalidades, tinha muito trabalho a fazer.

– * –

As horas passavam quase voando por seus olhos e faltavam pouco mais de cinco minutos para o fim de sua primeira aula com o menino Scorpius. Ele era uma criança doce e extremamente inteligente, mas seus conhecimentos sobre piano eram quase nulos: Seus pequenos dedos não tinham firmeza para tocar, a postura não era a correta e, apesar de quase um ano de aulas, o pequeno não sabia tocar nem metade de uma música.

Conhecia sua prima Consuela mais do que a própria mãe a conhecia. Era uma excelente pianista, bailarina, cozinheira e tudo mais que desejasse ser. Uma mulher linda e cheia de talentos, mas sem compromisso com nada e mesmo assim nunca havia precisado batalhar pelo que almejava.

Os homens caíam aos seus pés para abrirem caminho até o topo, até o céu se desejasse, porém ela não se importava. Tudo o que realmente buscava eram aventuras românticas com todos os homens que conseguisse até encontrar seu “grande e verdadeiro amor”, que na opinião de Hermione já haviam sido dispensados aos montes. Homens gentis, inteligentes, educados e completamente apaixonados pela excentricidade de Consuelita.

Particularmente a morena adorava sua prima e o modo extrovertido com que levava a vida, entretanto, saber que a loira não valorizava aquilo que Granger tanto tinha lutado para conquistar a revoltava, era impossível se conformar.

Os minutos passaram rápido enquanto a mulher conciliava suas reflexões sobre sua prima com as técnicas básicas que estava ensinando à Scorpius.

O menino parecia adorar a atenção que tinha e em algum momento lhe disse que as aulas de piano consistiam quase sempre com uma conversa de sua mentora com seu pai enquanto tentava arduamente tocar algo sem se embaralhar, Hermione prometeu que isso não mais aconteceria enquanto ela fosse ensiná-lo.

Pouco tempo depois dessa conversa Draco apareceu um tanto mal-humorado, carregando o pijama colorido do pequeno.

– Vamos, Scorpius, está na hora de ir para a cama.

– Tudo bem, pai. Boa noite, senhorita Jane! – ele se aproximou da mulher e lhe beijou a mão um pouco desajeitado, arrancando um riso de lado dos adultos.

– Boa noite, Scorpius.

Assim que terminaram de se despedir, o garoto e seu pai subiram as escadas até o andar de cima e a morena juntou suas partituras e pertences para esperar até que o dono do apartamento viesse dispensá-la, o que não demorou muito.

Logo, o homem loiro cruzou seu caminho e abriu a porta em silêncio.

–... Senhor Malfoy, gostaria de me desculpar caso tenha sido muito invasiva...

– A senhorita realmente foi. Boa noite. – ele não permitiu que ela completasse sua fala e logo se despediu, acenando com a cabeça antes de fechar a porta.

Aquela atitude apenas fez com que Hermione respirasse fundo antes de tomar qualquer atitude.

Pelo visto as aulas não seriam apenas as de piano para Scorpius, mas tinha algumas coisas para ensinar ao mesquinho herdeiro das empresas Malfoy e, com certeza, o faria.

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Leia também minhas outras One Shots:

Até Que A Luna Nos Separe | Carpe Diem | Carta Para Sirius | Inverno | Íris |Diamond Eyes | Dark Paradise | Misguided Ghosts | The Real Alice | Rafaella | Número da Sorte | De: Hermione Granger, Para: Draco Malfoy | Más Intenções | Desejo.

E a longfic Boneca (finalizada).


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Espero realmente que tenham gostado e, gentilmente, gostaria de pedir que, se possível, deixe um comentário com a sua opinião/crítica construtiva. Só assim saberei se devo continuar e esse piloto foi escrito justamente para isso, hahaha.Por hoje é só, mas espero vê-los nos comentários e, quem sabe, num próximo capítulo!Obrigada pela atenção! Beijinhos! ♥