And I have done this all before, and nothing ever changes.
Waiting gets harder everytime, I don't know how to stay still.
And nothing more left to lose, throw it all away
Maybe the last chance I get to see your face
I can't afford to leave here¹
(P.O.D. - This Time)

Ele espera.
Enquanto os dias passam, enquanto o sol se põe depois de outro sol.

Ele espera e pensa nela.
Ele pensa em olhos verdes e cabelos trançados rodopiando conforme ela dança.
Ele pensa em um abraço caloroso e um doce e tímido sorriso.
Ele pensa em um ‘sim’ quieto, mas forte, uma sensação queimante em seu estômago.

Ele pensa em dias melhores. Dias felizes.
E ele também pensa em uma mentira tranquilizadora, e um repentino borrão roxo. Ele pensa na traição, na farsa. Pensa sobre a tristeza. O choque.
Ele repete a mesma cena de novo e de novo e deseja que tivesse sido apenas um sonho.

Mas ele também pensa em seus olhos lacrimejantes e arrependidos.
Ele pensa em um pedido triste de desculpas, sua voz trêmula.
Ele pensa em seus sentimentos conflitantes e deseja que ele tivesse tido mais tempo para esclarecer as coisas com ela.

Mas por agora isso é tudo o que ele tem: uma consequência de um erro tolo, um sentimento controverso. A silenciosa espera até que sua sentença acabe. Um minúsculo fio de esperança para se segurar.

Enquanto isso, em sua cela solitária, Kuvira descansa, suas costas apoiadas na parede úmida.
Mais um dia. Completamente sozinha.

Ela olha através da sua pequena janela para o céu azul escuro e ela pensa.
Ela pensa em vívidos olhos verdes, brilhando com explicações brilhantes e rascunhos geniais.
Ela pensa em um tímido segurar de mãos e um hesitante primeiro beijo.
Ela pensa em pedido nervoso, mas também engraçado, e um belo anel repousando em seu dedo.

Ela pensa em dias mais calmos. Dias felizes.
E ela também pensa em uma decisão dura, um sacrifício. Ela pensa na culpa, no arrependimento.
Pensa na tristeza. No luto.
Ela repete a mesma cena de novo e de novo e deseja que ela pudesse refazer suas decisões.

Mas ela também pensa em um quieto sussurro no meio do caos.
Ele pensa em seus olhos compreensivos, sua voz nostálgica.
Ela pensa na angústia e nas dúvidas e deseja que ela tivesse tido mais tempo para esclarecer as coisas com ele.

Mas por agora isso é tudo o que ela tem: uma memória agridoce, um forte arrependimento, um longo tempo sozinha para repensar suas decisões. A silenciosa espera até que sua sentença acabe. Um minúsculo fio de esperança para se segurar.

Ela suspira e marca outro dia em sua contagem.
Ela aceita sua punição, ela se arrepende.

Enquanto os dias passam, enquanto o sol se põe depois de outro sol.
Ela espera.

¹E eu tenho feito isso bem antes, e nada nunca muda.
A espera fica cada vez mais difícil, eu não sei como ficar imóvel.
E não resta mais nada a perder, largue tudo,
Talvez essa a última chance que tenho de ver o seu rosto
Eu não posso deixar esse lugar