Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 4
Capitulo 3 - Apenas pizza, vinho e conversa, não um encontro


Notas iniciais do capítulo

Eaeee geente. Existe pessoa mais indecisa com dia de postagem do que eu? Provavelmente não kkk
Mas o dia não mudou, os capítulos continuam saindo regularmente todos os domingos, mas como eu tenho um bom tanto de capítulos adiantados resolvi postar mais um antes do dia. Ia postar só amanhã, mas estou esbanjando felicidade com as news de Olicity kkk então estou boazinha e o cap sai hoje mesmo.
Enfim, boa leitura!



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Tudo o que eu quero de você é te ver amanhã

E a cada amanhã

Talvez você me empreste o seu coração

E seria demais pedi-lo todos os domingo

E já que estamos falando nisso

Acrescente todos os outros dias

(Not a bad thing – Justin Timberlake)

Xxxxxxxxxxxx

Cheguei à empresa ainda pensando no momento que tive com... Felicity. Eu poderia repetir esse nome inúmeras vezes sem me cansar de como ele soava. Meu Deus, o que esta acontecendo comigo?

Cheguei em minha mesa e observei o computador em cima dela. Já estava me esquecendo que tinha que descer até o departamento de TI procurar pela tal Srta.Smoak. Peguei o objeto e voltei pela porta, fui até o elevador e apertei o botão.

(...)

Caminhei pelo departamento, tentando ignorar as pessoas que me olhavam com curiosidade e nada discretamente.

–Com licença. – parei uma mulher no caminho e ela me olhou parecendo surpresa por me ver ali, talvez não tendo total certeza de que era mesmo eu – Pode me dizer onde fica a sala da Srta.Smoak?

–Ãn, claro. É no fim do corredor dois, á direita.

–Obrigada.

Continuei meu caminho até chegar em frente a porta da sala, abri a porta e entrei. Franzi o cenho a olhando, enquanto ela se virava na cadeira, mordendo uma caneta. Não era possível uma coincidência tão grande. Abri um sorriso e pigarreei para ela notar minha presença.

–Felicity Smoak? – falei, sem conseguir tirar o sorriso do rosto, não seria possível eu ter tamanha sorte. Seria? Ah seria.

Ela pareceu congelar no lugar por um segundo e a escutei murmurar algo para sim mesma. E então se virou lentamente em minha direção.

–Oliver? – balançou a cabeça. – Quer dizer, Sr.Queen.

Sorri e me aproximei dela.

–Já disse que para você é Oliver, Loira.

Ela inclinou a cabeça levemente para o lado, parecendo me avaliar.

–Você já sabe o meu nome, porque o do “Loira?”

–Não sei, gostei de te chamar assim, mas eu adorei o seu nome também. Então, você trabalha para mim? Agora muita coisa do que você disse faz sentido.

–Do que precisa? – desviou do assunto quando um sorriso enfim brotou em seus lábios.

Me lembrei do motivo para estar ali e estendi o computador a ela.

–Derrubei café nele, Jerry me disse que você daria um jeito.

–Disse é?

–Disse.

–É, não vai ser difícil. – disse o avaliando rapidamente. -Estará pronto até o fim do dia.

–Tudo bem, obrigada.

Continuei a olhando, sem conseguir parar de pensar em quantas vezes nós já “colidimos” um com o outro nos últimos dias.

–Que tal o Big berly burguer? – perguntei.

–O que? – ela parecia surpresa.

–Depois que sair do trabalho, o que acha? Ai podemos conversar.

Ela pensou um pouco e novamente eu vi aquele olhar hesitante, ela teria algo importante para fazer depois?

–Lembra que eu disse que estava aqui para resolver um problema?

Assenti.

–Eu tento resolve-los todos os dias depois que saio do trabalho.

–Hmm e daria para quebrar essa rotina só por hoje.

Ela suspirou pesadamente.

–Oliver... Era disso que eu estava falando, esse era o motivo por eu não querer me envolver. Não posso me distrair. De jeito nenhum.

–Certo, e onde você vai revolver o problema?

–Ãn, em meu apartamento. – respondeu um pouco hesitante com o que eu faria com sua resposta.

–Posso te ajudar.

–Oliver, já disse que não pode. Não é algo tão simples assim, eu venho tentado há meses.

–Felicity... Pode me dizer mais sobre?

Ela suspirou pesadamente e me encarou por alguns segundos.

–Estou procurando uma pessoa.

A olhei um pouco assustado e abaixei o tom de voz, olhando rapidamente para os lados me certificando de que estávamos sozinhos.

–Você é uma agente secreta?

–O que? Não! É complicado. Uma pista sobre essa pessoa me trouxe aqui e eu tento conseguir mais novas todos os dias.

–Tudo bem, e não podemos conversar enquanto você faz o que tem de fazer em sua casa?

Ela pensou um pouco, bateu com a caneta ritmicamente na mesa avaliando minha proposta, respirou fundo e assentiu com a cabeça.

–Tudo bem, vamos para minha casa, mas que fique claro, vamos conversar, nem tente fazer algo Oliver.

–Não se preocupe. Eu disse que antes de qualquer coisa nós iríamos conversar e nos conhecer.

–Isso até parece um encontro.

–Hmm, eu não o tinha nomeado assim com medo de você dar para trás, mas se prefere assim...

–Ah Deus, estou perdida. –disse, mas um sorriso brincava em seu rosto.

–Talvez. Então... Eu vou indo agora.

–Certo.

FELICITY

Porque esse sentimento de que vou me arrepender fica na minha cabeça? É como se... Como se eu estivesse esquecendo Miles, esse sentimento fica me assombrando desde que comecei a trabalhar na QC. Como se em algum lugar ele esteja pensando que segui com a minha vida e o esqueci. Me sinto mal com isso, mas apenas quando paro para pensar, pois quando estou falando com Oliver, quando ele me faz sorrir com seu jeito insistente em se aproximar de mim eu... Me sinto diferente, como se os problemas ficassem escondidos em um canto afastado do meu cérebro.

Não sei bem onde isso vai dar, mas agora já entrei nessa e sinceramente não quero sair.

(...)

O fim do expediente chegou e no momento estou a caminho da minha casa com Oliver ao meu lado no carro.

–Então, me fale sobre você. Alem dos problemas.

–Hmm. – tentei fazer minha mente evitar as lembranças ruins sempre que eu parava para pensar em meu passado. Apesar de doloroso me foquei nas lembranças boas. – Fiz faculdade e passei em segundo lugar no MIT, turma de dois mil e nove.

–Segundo? Ual!

–Sim, foi bem legal. Não tem muito o que dizer sobre mim. Quando eu era adolescente tinha um jeito meio gótico.

–Você? Gótica?

–Sim.

Oliver riu e pegou uma mexa do meu cabelo preso.

–Realmente, não é loiro. Você pinta!

–Autch, descobriu o meu segredo. – brinquei.

Oliver riu soltando meu cabelo.

–E sua família?

–O que tem ela?

–Ué, me fale sobre ela.

Permanecia em silencio, não sabendo ao certo o que dizer.

–Ah. Faz parte do assunto “problemas”? – perguntou.

Assenti sem conseguir encará-lo.

–Tudo bem então, sem perguntas sobre família.

–Agora fale sobre você. – pedi.

Estacionei o carro e descemos, caminhando calmamente até o elevador.

–Bem, não tem nada de muito novo para contar. Está tudo na internet.

–Desculpe cortar o seu barato, mas ainda não tive tempo de dar um stalkeada em você.

–Ah, certo. – pensou um pouco enquanto assistíamos os números no painel do elevador mudarem. –Moro com minha irmã Thea e minha mãe. Meu pai... – parou de falar.

–Está tudo bem, eu sei o que houve com ele, isso eu li.

–Certo. Ãn. Thea é minha pessoa favorita no mundo. Ela cuida de mim como eu cuido dela, o que pode parecer uma coisa meio ridícula de se dizer já que ela é mais nova e o pensamento de que ela cuida de mim pode parecer meio estranho, mas é a verdade. Ela me ouve e me aconselha e eu faço o mesmo por ela. Não escondemos nada um do outro.

Ignorei a dor mínima em meu peito e forcei um sorriso.

–Legal, isso deve ser ótimo, a relação de vocês dois. E sua mãe?

Sua expressão mudou para uma fechada.

–Ela... Está diferente depois da morte do meu pai.

–Entendo... – destranquei a porta e entrei com Oliver logo atrás de mim.

Ascendi às luzes e Oliver olhou em volta.

–Legal o seu apartamento.

Ri de sua mentira, tudo estava uma bagunça e sem pinturas.

–Eu acabei de me mudar, está horrível.

–Quando pretende decorar?

–Não pretendo. Não vou ficar por muito tempo. Talvez uns seis meses no máximo.

–Ah. – seu tom era decepcionado.

Me sentei no sofá e ele fez o mesmo, peguei o telefone e sorri.

–Vou pedir pizza, do que você quer?

–O que você pedir está bom para mim.

Assenti e fiz o pedido.

–Então, e relacionamentos? –perguntei. –Acredito que esse é um tópico infinito para você.

Peguei meu computador e conferi meus programas, nada novo. Comecei a atualizá-los para melhorá-los.

–Namorei uma vez. Laurel Lance, mas não foi um namoro muito saudável se você quer saber. A traí algumas vezes e mesmo quando ela descobria não fazia nada, não terminava. Sua irmã gostava de mim e... – suspirou pesadamente e eu o olhei curiosa. – Eu tive um caso com ela.

–Traiu sua namorada com a irmã dela?

–Hmm, sim.

Inacreditável.

–Eu sei, é... Uma coisa horrível. Nós terminamos depois disso e hoje em dia nós mal nos falamos, apenas quando é necessário. Mas isso faz tempo, eu mudei agora.

Tentei não mostrar minha hesitação que havia voltado em relação a ele e a duvida sobre suas palavras voltando a martelar em meu cérebro. Novamente o apito em minha cabeça que dizia que eu ia sair machucada nessa historia apitava sem parar.

–E qual o motivo da mudança?

Novamente sua expressão ficou séria.

–Meu pai. Era o que ele queria, vivia querendo que eu fosse responsável com a empresa e queria que eu tomasse um rumo na vida. Bem, eu não o escutei até que ele... Até ele morrer. Então realizei pelo menos um de seus desejos e tomei responsabilidade o suficiente para cuidar da empresa. É difícil e demorei para me acostumar, na verdade ainda estou me acostumando. Mas estou fazendo por ele, pela minha família.

–Isso é bom. – respondi. – As coisas que fazemos pela nossa família, são grandes coisas. Ainda me lembro de como minha mãe batalhou para que eu fosse para o MIT.

E o que era isso? Eu estava mencionando minha mãe? O que estava acontecendo comigo? O que Oliver esta fazendo comigo?

–E o que houve com ela? – Oliver perguntou hesitante, provavelmente com medo de eu recuar outra vez.

–Ela... Morreu alguns meses atrás. Assassinada. – o bolo se formou em minha garganta e meu coração disparou de forma dolorida em meu peito. –Na... Minha frente. – minha voz não passou de um sussurro.

–Sinto muito. – respondeu. –Pegaram o assassino?

Fiquei em silencio, revivendo em minha mente inúmeras vezes todo o ocorrido. O barulho do tiro ecoando em minha mente e as ultimas palavras de minha mãe antes de morrer, os choros e os barulhos das sirenes.

–Ah meu Deus, Felicity. É isso que está fazendo? Procurando o assassino?

–O que? Não! – tirei logo a idéia de sua cabeça. –Ele... Ele foi pego. Desculpe eu só... Me perdi em algumas lembranças.

Oliver pegou minha mão e fitei seus olhos me olhando intensamente, não havia percebido o quanto estávamos próximos.

–Sei como isso é doloroso Felicity. Sinto muito por sua perda e o modo como ela aconteceu. Sei que pode parecer uma frase clichê para todos que conta essa história. – mal sabe ele que é a primeira vez que eu conto a alguém. – Mas eu realmente sinto. Meu pai foi assassinado e acredito que ninguém deva passar por isso, presenciar a morte de pai ou mãe assim. E eu realmente sinto que isso aconteceu com você.

E pela primeira vez, desde que tudo aconteceu as palavras me confortaram. Algo se aqueceu dentro de mim e meu coração bateu acelerado em meu peito, não mais dolorosamente como agora apouco. Continuei fitando Oliver nos olhos, pensando em que mais ele continuaria a me surpreender.

A campainha tocou e nós pulamos assustados no mesmo lugar. Senti minhas bochechas esquentarem e sorri.

–É a pizza.

Me levantei e peguei o dinheiro em cima do balcão e fui atender a porta. Peguei a pizza e voltei para a sala, abrindo a caixa e pegando uma fatia, Oliver fez o mesmo e fui colocar um pouco de vinho para nós.

–Obrigada. – falei quando voltei a me sentar ao seu lado, sem conseguir deixar de agradecer.

–Pelo o que? – perguntou.

–Pelo o que disse. Ninguém nunca... Ninguém nunca conseguiu me confortar sobre isso antes. Não como agora.

–De nada, Loira.

Oliver sorriu e eu fiz o mesmo, percebendo o quanto a cada vez se tornava mais fácil sorrir com Oliver.Eaeee


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Okay, o capitulo não ficou muito grande, ele foi mais para mostrar o inicio de uma conversa mais saudável entre eles, para que se conhecessem mesmo. Só que, mesmo eles querendo ir "Devagar" nada é muio de seguir regras e planejamento na vida desses dois né? Uma coisa vai dar um empurrãozinho. Mas só no próximo hahaaa.
Não sou tão má assim, ai vai trecho no próximo cap:

"-Eu não sei bem, queria começar isso como um caso, se lembra de como cheguei nela naquele dia no café? Queria apenas uma noite. Mas sua rejeição mexeu comigo e eu tentei novamente no dia seguinte e acabou que isso tomou rumos que eu não imaginava. Não quero apenas uma noite com ela, Tommy porque eu entendi. Entendi que isso nem sempre é tão legal assim, que para mudar meu modo de viver eu tenho que começar por mim mesmo e Felicity mesmo que inconscientemente está me ajudando nisso, porque eu tenho vontade de conhecê-la. Vontade de fazê-la sorrir inúmeras vezes assim como ela faz comigo."

"-Felicity, é James.
Murchei a anciedade de imediato.
—Ah, o que tem ele? – perguntei sem vontade.
—Quer te ver, disse que se você for até lá ele conta o que houve com Miles.
—O que? Ele enlouqueceu se acha que vou visitá-lo.
—Felicity, não é por ele, é por Miles.
Dig tinha razão. Era uma chance de encontrá-lo eu não podia desperdiçar isso, mesmo que seja completamente repugnante olhar nos olhos do homem que assassinou minha mãe.
—Tudo bem. – respondi em um sussurro. – Eu vou, mas vou por Miles."