Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 35
Capitulo 34 - Alguns herós caem


Notas iniciais do capítulo

Eaeee galerinha. Sinto muito mesmo pela demora, mas não tive muito tempo e além disso o único computador funcionando em casa resolveu que queria tirar umas férias kkkk mas agora voltou, eu estava com muita prova e trabalho pra fazer e também um pouco nervosa de postar esse capitulo, acho que enrolei um pouquinho também. Mas enfim, espero que gostem. Boa leitura!



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Seja meu amigo

Me segure, me proteja

Me descubra, eu sou pequena e necessitada

Me aqueça e me respire

Ai, eu me perdi de novo

Me perdi e não estou em lugar nenhum pra ser encontrada

É, eu acho que devo estar quebrada

Eu me perdi de novo, e me sinto desprotegida

(Breathe me – Sia)

—Laurel, você precisa sair daí! – ouvimos Tommy dizer pelo comunicador, com certeza falando com Laurel por telefone. –Não, saia logo, me prometa. Me prometa, Laurel!

Ela pareceu prometer já que ele se acalmou.

—Tommy, e Felicity? – pergunto.

—Nada ainda, Oliver.

Droga. Dig e eu ainda estávamos a caminho da outra máquina, que estava sendo mais difícil de se chegar até. Havia muito caos e revolta. Impeço minha mente de considerar a possibilidade do pior já ter acontecido com ela, afinal, qual seria o propósito de James e Cooper a pegarem só para matá-la logo? Eles queriam nos torturar, eu tenho que me apegar á idéia de que ela está viva.

—Oliver, achei Felicity! – Tommy grita agitado e ouço ele digitar freneticamente no teclado.

—Onde?

—No Glades, eles a levaram perto de onde a Laurel trabalha, e os dois lugares são perto da segunda máquina. – ele fica visivelmente tenso novamente. -Droga.

—O que?

—Laurel ainda não saiu de lá.

—Alguns agentes da A.R.G.U.S. chegaram para nos ajudar, eu os mandei para lá. Enquanto resgatam Felicity, nós desativamos as máquinas. – diz Dig. –Laurel pode voltar com eles.

Ouvimos ele digitar em seu celular para ligar novamente para Laurel.

—Estamos chegando, quanto tempo? – pergunto.

—Dois minutos.

—Laurel! Você tem que sair daí, o próximo terremoto está prestes a acontecer. Vá embora. – alguns segundos de silencio depois ele parecia mais agitado. –Está chegando um pessoal para ajudar, Felicity foi sequestrada e está em algum lugar ao seu lado, volte com as pessoas que estão indo para resgatá-la ou saia agora, o que vier primeiro, apenas fuja. Nã-Não Laurel, você não pode, é perigoso demais, tem pessoas armadas com ela.

—Tommy, o que está acontecendo? – pergunto a ele.

—Laurel, você não pode fazer isso. Oliver, ela quer ir atrás de Felicity. Sim, eu estou falando com Oliver, Laurel não me importa que você sabe usar uma arma, saia daí.

A ligação se encerra, mas Tommy estava longe de estar calmo.

—Oliver, eu estou indo de moto pra aí.

—O que? Não Tommy.

—Sem discussão, eu estou indo. Não posso deixar que nada aconteça com ela.

—Mas...

—Tenho as instruções para desativar a outra máquina, vai dar tudo certo. Temos um minuto.

Dig e eu enfim chegamos e saltamos rapidamente da van. O caos no Glades estava bem maior e não podíamos nem imaginar o trânsito que estava para sair da cidade. Dig e eu seguimos o caminho para a segunda máquina, enfim encontrando com alguns capangas de Damien. As armas funcionavam muito bem, a maioria deles estavam caídos desacordados no chão. Passando pelas ruas não pude ignorar o fato de que Felicity estava em algum daqueles locais, talvez em alguma casa ou um galpão.

—Oliver, foco. – Dig pede enquanto corremos. –Ela vai ficar bem, tudo vai ficar bem.

Seria uma ótima fala para um minuto atrás. Sentimos o chão abaixo de nós tremer e não havia mais dúvidas, o tempo havia acabado, era tarde demais.

—Não! – Dig e eu paramos de correr. –John. – meu desespero é quase palpável. – A Felicity. – sussurro, deixando claro que eu não sairia dali sem ir atrás dela, não importa quantos terremotos estivessem pra acontecer e ele com certeza estava concordando comigo.

Começamos a correr no caminho contrário.

—Tommy! Não da mais tempo, qual é o endereço?

—Vou mandar por mensagem!

—Oliver, eles não conseguiram. As construções já estão cedendo e os agentes não conseguiram chegar até elas.

Entramos os dois na van, dirigindo em alta velocidade pela cidade. Os tremores começavam a piorar. Ao chegar em frente ao pequeno prédio depois de Tommy nos mandar o endereço, nós encontramos chegando de moto.

—Tommy, é muito perigoso, você não tem qualquer treinamento, não devia estar aqui!

—Estou aqui sim, Oliver! Você não pode me impedir.

—hey! – ouvimos uma voz conhecida e nos viramos. Era Roy, ele vinha correndo todo vestido apropriadamente e com equipamentos como o nosso. –Cheguei a tempo?

Suspiro aliviado por ter chego mais ajuda.

—Na hora certa. –digo  -Vamos entrar.

—Espera. –Dig segura meu braço, hesitante. -Oliver e se isso desabar?

—Se desabar significa que todos que estão lá dentro morrem, e eu não vou assistir isso acontecer daqui de fora. Não tenho mais medo de morrer Dig, tenho medo de perdê-la para sempre.

Ele assente e então entramos no lugar. A poeira já começava a cair conforme os tremores aumentavam, anunciando que era muito possível que tudo fosse abaixo. O lugar parecia ser um hotel simples e velho.

—Felicity! – chamo.

Ouvimos resmungos duplos e então nos colocamos a correr, chegando a o que parecia ser a sala da recepção. Felicity e Laurel estavam amarradas, cada uma virada de costas para a outra e se debatiam.

—Oliver! Estávamos esperando por você.

Observo Cooper parado de um lado com o revolver em punho e James do outro. Sinto toda a minha fúria borbulhar dentro de mim e subir lentamente para minha cabeça. Cerro os punhos em busca de pensar racionalmente, uma vez que a vida das duas ali estavam em perigo.

—Escuta. O terremoto começou, e é bem possível que... – olho em volta, mas não há bem uma palavra pra definir o lugar. –Isso daqui desabe, conosco aqui dentro.

—Oh, isso significa que está com pressa, Queen? – Diz Cooper, indo até Felicity e cortando a corda que prendia seus tornozelos, mas deixando as das mãos. Ele a levanta a força enquanto ela tenta escapar. Ele aponta a arma pra ela, claramente dizendo para ficar quieta e a raiva é também transparente em seus olhos. –Bem, é você ou ele. – diz para ela, alternando a arma em sua direção para a minha e só então ela para realmente de se debater.

—Pare de brincar Sheldon, acabe logo com isso. – James intervém, tomando o lugar dele e pegando Felicity. Sem pensar e agindo por impulso avanço alguns passos, mas o terremoto piora o suficiente para todos nos desequilibrarmos, não dando tempo de Cooper ir até Laurel ou eu até Felicity, o tremor para novamente e nos ajeitamos, procurando equilíbrio.

—Certo, então agora... – Cooper para de falar novamente quando o tremor piora e um alto barulho começa a preencher todo o lugar. O teto acima de nós começa a rachar rapidamente e antes que qualquer um de nós pense em fazer algo o enorme pedaço de concreto começa a cair. A cena parece se desenrolar em câmera lenta.

Com toda a agitação e susto, Cooper dispara a arma ao mesmo tempo em que Felicity bate o cotovelo nele e consegue se desvencilhar de seu aperto, dando passos para longe dele, vindo em minha direção, porém sendo impedida pela  barragem que caí próximo a ela e por cima de James, não restando dúvidas de que ele está morto, uma grande pedra acerta a cabeça de Cooper e ele caí desacordado, sem dar para saber se está vivo ou morto.

Ouço Felicity gritar, o tremor ainda continua e me viro para olhá-los. Paralizo com o que vejo e outros grandes pedaços de concreto começam a cair do teto, me obrigando a recuar alguns passos, o concreto caindo bem em minha frente, a cena que vi martelando sem dó em minha mente. Muitos outros pedaços começam a cair, cercando-nos e a poeira sobe rapidamente. Me sinto completamente claustrofóbico, colocando um pedaço da camisa sobre o nariz, tentando não respirar tanto pó.

O tremor não para e muito menos o barulho do prédio desabando. Mais alguns minutos depois e tudo se aquieta. O chão enfim para de tremer, também tendo parcialmente se rachado. Continuo paralisado, tentando ouvir algo, ouvir que estavam bem. Minha testa sangrava e eu me sentia completamente tonto. Pois eu sentia que ver a cena de Tommy atingido pela bala do revolver de Cooper, antes da barreira cair em minha frente, não era nem o começo dos ferimentos que se seguiriam por todos nós.

FELICITY

Tusso tentando expulsar toda a poeira que havia inalado. As lágrimas rolam por meus olhos enquanto pressiona o pedaço da camisa de Dig no ferimento no abdômen de Tommy.

—Laurel... – ele balbucia.

—Calma Tommy, na-não se esforce, eu tenho certeza e que ela... ela está bem.

Não sei muito o que fazer, preciso saber se Oliver, Roy e Laurel estão bem. Felizmente o primeiro grito é o dela, gritando pelo nome de Tommy.

—Laurel! Onde você está? – Grita Dig. – Você está bem?

Olho em volta, assustada ao perceber em com estávamos cercados.  Assim que as barreiras das pedras me separam de Oliver eu corri, até Laurel que ainda estava amarrada no chão, mas mais pedras começaram a cair e tive que me afastar, acabei me juntando a Dig e Tommy. Roy havia ido na direção contrária a nossa, conseguindo passar por uma abertura e chegar até Laurel. Ou pelo menos assim espero.

—Estou bem! – ela tosse. –Onde está Tommy? Os outros estão bem?

Então Roy não estava com ela? Onde ele estava? E Oliver?

—Oliver! – Dig e eu gritamos juntos. Sem resposta. O desespero cresce em mim, não, eu não poderia perdê-lo. –Oliver!

O silencio permanece e meu olhos começam a arder.

—Roy! – chamo.

—Laurel, Roy não está com você? – Dig pergunta.

—Não, ele não conseguiu chegar até mim.

—Roy! Oliver! – chamo novamente.

—Estou aqui! – enfim ouço Oliver me responder.

—Você está bem? – pergunto. Há silencio novamente e imagino no pior.

—Como está Tommy? – pergunta, parecendo falar com dificuldade.

Olho para Tommy, que parece lutar pela consciência, meus dedos estavam cada vez mais molhados com o seu sangue.

—Ele... Não parece muito bem, mas logo vão nos tirar daqui.

—Eu duvido! – grita para que possamos ouvir, mas sua voz ainda parece sair com dificuldade. - Tem muitos locais demolidos, não deve ser apenas nós que estamos presos!

—Porque Roy não responde? – pergunto a Dig ao meu lado. –Ele tem que estar bem John.

—Ele deve estar bem, Felicity, talvez apenas desacordado. – tenta me tranqüilizar e me apego a essa idéia.

—Pessoal! Não queria causar pânico, mas... Acima de mim parece haver outro pedaço querendo cair e eu estou ainda toda amarrada! - ouvimos Laurel e meu estômago se embrulha só de pensar em outro de nós machucado.

—Onde você está, Laurel?

—Eu tinha me arrastado um pouco para perto de Oliver, mas quando a pedra caiu na frente dele eu tentei chegar mais perto, só que outra nos separou, porém acho que tenho contato com as três partes. Com a de Oliver, com a de Roy e com a de vocês.

Tommy geme de dor, parecendo ter ficado um pouco mais lúcido e sua mão vai para cima da minha.

—Xii, eu sei que está doendo, agüente firme. – sussurro para ele.

—O que houve com Tommy? – Laurel pergunto, começando a se desesperar. –O que houve?

—O tiro que Cooper disparou pegou nele.

—E está muito ruim?

—Bem, não parece bom.

—Laurel. – Dig volta a se pronunciar, indo com cuidado para uma das barragens laterais onde várias pedras haviam se juntado em cima da outra, realmente nos cercando. –Consegue ver esse pequeno buraco aqui? – pergunta, colocando três dedos no pequeno buraco entre uma pedra e outra.

—Ai, espera, tem tanta poeira ainda... Hm, sim eu consigo ver.

—Okay, eu vou começar a desfazer a pirâmide de cima para baixo.

—Isso não é perigoso? Pode desabar de novo. – digo.

—Bem, é um risco, se não fizermos isso o outro pedaço pode cair em cima dela.

Assinto concordando, mas começo a me afastar no caso de um novo desabamento acontecer, arrastando com cuidado Tommy comigo. Ele parecia novamente a beira da inconsciência e o sangue já encharcava a minha mão, a muito tendo transpassado o tecido rasgado da blusa de John.

—Tommy... –sussurro, tocando seu rosto e fazendo ele me olhar, seus olhos abriram com dificuldade e começo a me desesperar, ele não poderia morrer. –Por favor, você não pode... Não pode morrer. – sussurro.

—Está...Tu-tudo bem.

—Não...

—Eu... vim por causa dela, por vocês. – tenta puxar o ar para dentro dos pulmões, mas parece que o que entra não é o suficiente. –Para salva a minha garota e a garota do meu melhor amigo.

As lagrimas rolam quentes por meu rosto enquanto assisto o brilho em seus olhos se tornarem opacos.

—Vo-Você conseguiu, nós... estamos bem, Laurel ficará bem. Nós vamos conseguir e você também vai ficar bem.

Ele maneia a cabeça lentamente em negativa, a mão ainda repousava em cima da minha.

—Mal sinto as pernas, tudo esta dormente. – sua voz é apenas um fio, fraca e dolorosa.

—Mas, não... Tudo vai ficar bem. Você não pode... Oliver ele... Vai ficar destruído e Laurel também.

—Está tudo bem, eu... estou em paz enquanto Laurel está segura. Vocês tem que sair daqui e acabar com tudo isso. Oliver ficará bem, ele... Ele tem você.

—Mas...

—Vo-Você não o deixará novamente, não é? Prometa-me, ele precisa tanto de você...

—Não, eu nunca vou deixá-lo novamente. Eu juro. – as lágrimas correm mais e mais por meu rosto sem pedir permissão.

—Bom... –sussurra, os olhos parecendo pesar outra vez e se fechando.

—Tommy. – chamo, me negando a aceitar que estávamos o perdendo. –Tommy!

É em vão. Ele perdeu a consciência e não tenho a mínima coragem de verificar o seu pulso.

Olho para Dig que já havia retirado algumas pedras cuidadosamente.

—Oliver! – chamo com a voz tremula. –Porque você está tão quieto? O que houve com você? Não tente me enganar, você não está bem!

O ouço se mexer e meu coração dói, agoniado e preocupado.

—Acho que bati a cabeça, me sinto tonto.

—Não pode dormir, Oliver. Por favor, não durma.

—Eu sei... Eu... Estou tentando. Como está Tommy?

—Ele... – olho seu amigo desacordado em meu colo, minhas mãos ainda pressionam a ferida da bala, esperançosa de que ele estava apenas desacordado. –E-Está inconsciente. –Coma s mãos trêmulas movo meus dedos até o pescoço de Tommy e procuro seu pulso com a ponta dos dedos trêmulos. Meu coração perde uma batida quando constato o pior.

Ouço Oliver suspirar pesadamente.

—Acho que mais essa deve dar, Laurel! – diz Dig, retirando mais uma pedra. Aparentemente Laurel já havia se soltado já que o ajudava a empurrar as pedras, Dig deve ter jogado alguma faca para ela, eu nem mesmo havia percebido.

Continuo olhando para Tommy, torcendo com todas as forças para que eu apenas não tenha conseguido pegar o ritmo constante de seu pulso e que ele ainda estivesse vivo.

—Oliver, continue comigo, não durma! – mantenho minha conversa com Oliver para ele não ceder á inconsciência. Minhas voz sai trêmula e praticamente todo o meu corpo fazia o mesmo. Eu estava com seu amigo possivelmente morto com a cabeça em meu colo, eu ainda pressionava a ferida. EU precisava ouvir a sua voz e saber que estava bem a medida do possível.

—Ainda aqui, baby. – responde.

Dig afasta mais uma pedra e novamente tudo começa a tremer.

—Dig! – tento chamá-lo para se afastar dali, mas com o novo tremor não é possível nos mexermos muito.

Toda a montanha de pedras que Dig desfazia cuidadosamente cede de uma vez, parte cedendo para o lado dele e parte para o lado de Laurel que parece conseguir se desvencilhar de algumas. A parte de cima do teto que antes era risco de cair em Laurel enfim cedeu, havia uma grande estaca de ferro fincada nele, mas estando preso por algum cabo em meio ao concreto, parte se pendurou, balançando até nossa direção enquanto o cabo cedia. Paralisei e prendi a respiração enquanto assistia o pedaço cair por cima de Dig e ao estaca de ferro entrar imediatamente nele, atravessando um pouco abaixo de seu peito.

Ouço-o puxar o ar com força, o grito estrangulado parte de meus lábios e deito a cabeça de Tommy no chão, enquanto corro até Dig. Muito sangue saía de sua boca e eu sentia que podia desmaiar a qualquer momento, tamanha fraqueza que sentia no corpo. Seus olhos procuram os meus e deixo as lágrimas caírem livremente por meu rosto enquanto me ajoelho ao seu lado, isso eu não suportaria. Não perder John.

—Não, John, você não pode. Não pode me deixar! – imploro em meio ás lágrimas que já rolavam desesperadas por minhas bochechas.

Ouço ao longe Oliver questionar o que aconteceu, mas sou incapaz de responder.

Dig parecia ter muita dificuldade de falar, lutando pela vida e eu estava completamente sem saber o que fazer.

—Nunca. –murmura entrecortadamente. –E-Eu tinha uma missão Felicity, protegê-la e a-ajudá-la na sua de achar seu irmão. Eu... Cumpri essa missão.

—Não Dig, eu não posso fazer isso sem você, não posso!

—Você é forte, vai conseguir derrotar Damien, falta pouco agora. – ele tosse, expelindo mais sangue e o viro de lado delicadamente, para que não engasgue. – Diga –puxa o ar com extrema dificuldade. -Diga á Lyla que a amo e por favor, vigie ela e Sara por mim.

—Na-não... Não diga isso, você vai ficar b...

—Felicity... – sussurra pouco antes de tussir novamente, expelindo mais sangue pela boca. –Está tudo bem.

—Não, para de dizer isso! Eu não posso sem você!

—Saiba que foi mais do que uma missão para mim, você foi como ganhar uma irmã, me fazendo ter novamente um caçula para vigiar.

—Novamente?

Ele sorri para mim, sem responder.

—Não se feche novamente para o mundo, Loira. Vo-Vocês va-vão conseguir. E-Eu sei que... – para de falar, puxando o ar pela boca, mas sem parecer adiantar muito.

—John! – soluço segurando sua mão na minha e apertando, desesperadamente pedindo para que ele não se fosse. –Por favor.

Assisto seus olhos se fecharem lentamente e soluço desesperadamente, sentindo toda a esperança escorregar por entre meus dedos, em dando uma sensação de claustrofobia e derrota.

—Não... – toco com a ponta dos dedos ao redor da barra de ferro atravessada nele, todo meu corpo treme e sinto que irei cair despedaçada a qualquer momento.

Olho minhas mãos completamente sujas de sangue, de duas pessoas. Mãos fortes e conhecidas se depositam em meus ombros, me viro, encontrando o olhar de Oliver, dolorosamente. Olhando em direção ao corpo de Tommy, Laurel está em cima dele, chorando copiosamente e vejo toda a dor e desolação no olhar de Oliver.

Nos abraçamos ao mesmo tempo, forte e em busca de conforto. Me separo, me lembrando que ele tinha se machucado. Olho para seu corpo procurando algum ferimento sério, tem apenas o da cabeça, que sangra um pouco.

—Oliver... – ele tinha os olhos fechados com força, como se dissesse para si mesmo que enquanto não abrisse os olhos, não doeria tanto. Mas percebo as lagrimas que escorrem por suas pálpebras fechadas.

Ouvimos um barulho alto e meu corpo estremece com o pensamento de que podia ser mais um tremor. Mas não era, homens uniformizados passam por entre as aberturas das pedras. Mas não eram a policia. Não. Eram... Os capangas de Damien.

—Não... –sussurro. Sinto Oliver me segurar mais firmemente enquanto saca novamente sua arma, porém não tem tempo suficiente. São entre quatro a cinco homens apontando as armas para nós e sem delicadeza nenhuma eles nos separam, o aperto em meu braço dói muito.

Luto o máximo que posso, sentindo minha mente ainda envolta no torpor de ver John e Tommy mortos no chão, um deles segura Laurel, mas não parece ter intenção de levá-la conosco. Oliver e eu começamos a ser arrastados para fora, Oliver tenta lutar, mas vejo quando o homem que o segura e dá choque nele com um aparelho. Oliver já estava enfraquecido e machucado, não teria muito mais energia para lutar contra eles.

—Não... – luto novamente conta o aperto firme em meu braço. Não adianta nada e assim que saímos de todos aqueles escombros o cara me joga para frente sem aviso, me fazendo cair no chão. Oliver cai ao meu lado.

—Você está bem? – pergunta e assinto com a cabeça.

—Não por muito tempo, não é? – uma voz diz.

Olhamos para frente e nos apoiando um no outro para nos levantarmos o mais rápido que podíamos. Damien estava ali, enfim tendo aparecido. Vestido em seu impecável terno, como se não estivesse em meio a um bairro completamente destruído. Olho em volta percebendo a instabilidade dos muros a nossa volta e torço para mais nada cair sobre nós.

—Damien. – Oliver rosna seu nome e Damien sorri sínico para ele, parecendo se deliciar com nosso estado.

—Oliver. – responde como se fosse um cumprimento. –Eu avisei não foi? Eu avisei para não lutarem contra mim, para aceitarem. Você podia ter saído daqui com a sua família e seus amigos. Todos eles estariam vivos agora.

Oliver não diz nada, mas sinto a raiva exalar dele.

—Ainda assim... Não vamos nos curvar, não vamos parar de lutar, enquanto você não cair. –Oliver responde e Damien encena um suspiro como se estivesse cansado.

—Depois de tudo isso vocês continuam idiotas. Adivinhe só, Oliver Queen, vocês não vão poder fazer nada, porque os dois irão morrer hoje. Ele aponta a arma para o meio de nós dois e antes que pudéssemos pensar ele atira, obrigando que Oliver e eu abríssemos espaço entre nós dois outra vez. A bala atinge a parede atrás de nós, mas não tivemos tempo de ficar aliviados já que a parede começa a ceder para frente.

—Oliver! – grito ao perceber que ele seria atingido, mas não há tempo. Ele tenta correr para desviar, mas ainda assim é atingido, a parede não o esmaga, mas o atinge com força fazendo-o perder a consciência imediatamente.

Tento correr até ele, mas Damien dispara a arma novamente e sinto minhas costelas doerem horrivelmente, minhas pernas cedem e caio no chão. Fecho os olhos com força sentindo a enorme dor e queimação, meus ouvidos zumbiam e meu estomago enjoava. Levando a mão até o ferimento sangrando, procuro com o olhar Oliver inconsciente. Me sinto completamente paralisada, sem saber o que fazer, ou como fazer. Todo o meu corpo doía e Damien parecia achar que eu estava desacordada.

—Não... – sussurro, sentindo-me completamente esgotada, as lágrimas voltam a cair furiosamente enquanto observo Damien ir em direção á Oliver com a arma em punho. Ele iria matá-lo.

Não, isso não podia acontecer, eu não iria perder mais ninguém, não iria prender Oliver, nós tínhamos feito planos, nós precisamos ter um futuro juntos. Eu não iria perder isso, eu não podia.

Olho em volta e as lagrimas caem com mais força quando vejo a arma de Oliver caída um pouco a minha frente. Tento me mexer, mas o movimento parece que me mataria, tamanha a dor que se espalhava por meu corpo. Tento conter o gemido para Damien não perceber que estou acordada, agradeço por seus capangas não estarem mais ali para me dedurarem e impedirem. Ignoro a dor o máximo que posso, eu tinha que agüentá-la eu tinha que chegar naquela arma e salvá-lo, eu precisava fazer isso.

Damien parecia falar com Oliver mesmo inconsciente, eu escutava sua voz cheia de sarcasmo ao fundo. Minha visão estava embaçada, primeiro pelos meus óculos que eu já havia perdido há muito tempo, segundo por sentir meu corpo pesado, principalmente minha cabeça. Torci para a bala da arma de Damien não estar envenenada ou coisa do tipo.

Só mais um pouco e eu chegaria na arma, mais um pouco... Estico a mão e meu corpo todo gela ao ouvir Damien puxar o gatilho. Enfim consigo alcançar a arma, ao longe finalmente posso ouvir o som de sirenes. Puxo o gatilho e sem ter mais tempo para pensar miro o máximo que Possi em Damien e disparo duas vezes. O barulho me surda momentaneamente, fazendo um zumbido em meus ouvidos e tento focalizar minha visão. Damien tinha caído.

Eu mal podia acreditar, ele estava caído. Solucei, incapaz de conter as lágrimas, a dor era cruciante. Sentia tantas coisas ao mesmo tempo, que era sufocante. Eu precisava chegar até Oliver. As sirenes ficavam cada vez mais altas e eu torcia para que chegassem logo, eu precisava sentir Oliver respirar, sentir de que ele estava bem.

Continuei me arrastando pelo chão, cortando a distancia que faltava e o choro apenas piorou quando enfim cheguei até ele. Segurei seu braço e me enfiei com dificuldade entre ele, fazendo o braço desfalecido me envolver. Encaixei a cabeça na curva de seu pescoço, podendo sentir sua pulsação, ouvindo sua respiração entrecortada e molhando sua pele com minhas lágrimas.

Sentia meu corpo cada vez mais fraco e a consciência lentamente me deixar. A mão que pressionava minha ferida amoleceu, fecho os olhos, deixando de me preocupar com o que aconteceria comigo agora.

—Eu te amo. – sussurro fracamente, me aconchegando para mais perto dele. –Por favor, não me deixe também.

Meu corpo relaxou e a dor se esvaiu quando enfim cedi a inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? GENTE kkkk não me odeie, sei que Dig é o amorzinho de todo mundo e que ninguem queria passar pela morte de Tommy outra vez kkk Mas eu queria matar alguem além do tommy e vou dedurar que a Luzi Smoak me ajudou a escolher, então briguem co =m ela também. kkkkk, sorry. Apesar de triste isso vai impulsionar um "avanço" nas vidas de Oliver e Felicity, juntos e individualmente.
Espero que tenham gostado, podem vir me xingar eu deixo, meu coração ta doendo por vocês, porque né, é sofrencia também escrever essas coisas kkkk.
Preciso dizer que fiquei feliz com alguns leitores novos que apareceram para comentar, não hesitem galera, venham me falar o que acharam. Comentem, favoritem, recomendem kkkk.
Também vou avisar que dessa vez não vai ter trecho. Comecei o proximo capitulo, mas ainda não tem o suficiente para trecho. Vou tentar colocar alguma coisa ans respostas dos comentários durante a semana, dependendo de quando eu terminar o capitulo, okay?
Acho que falei tudo, venham se manifestar, bjss e até semana que vem.