Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 32
Capitulo 31 - Eu quase enlouqueci


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente, vou falar rapidinho que to correndo.
Vou viajar amanhã, tipo, eu soube hoje disso kkkk por isso vim correndo corrigir o capitulo pra postar, ele felizmente ficou maior do que pensei que ficaria então está maior do que o capitulo passado. Espero que gostem. Boa leitura!



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Perdida nesse momento

E o tempo continua passando

E se eu pudesse ter apenas um desejo

Eu desejaria ter você ao meu lado

Oh, oh eu sinto sua falta

Oh, oh eu preciso de você

E eu te amo mais

Do que jamais amei

E se hoje eu não vir o seu rosto

Nada mudou

Ninguém pode tomar o seu lugar

Fica mais dificil a cada dia

Diga que você me ama mais do que jamais amou

Bem, eu tento viver sem você

Mas as lágrimas caem dos meus olhos

Eu estou sozinha e me sinto vazia

Deus, eu estou dilacerada por dentro

Eu olho para as estrelas

Esperando que você faça o mesmo

De alguma forma me sinto mais próxima

E posso ouvir você dizer

Oh, oh eu sinto sua falta

Oh, oh eu preciso de você

(Stay – Miley Cyrus)

 
Desviei de um chute e revidei com outro. Sinto o pé de Roy atingir minhas costelas e ignoro a dor, me virando para ele depois de ter atingido Dig e me empenhando em revidar seus golpes.

O suor escorria por meu corpo e a exaustão era presente. Derrubo Roy, mas sou atingido por um forte golpe de John e também vou ao chão. Levanto a mão em sinal para que pare e fecho os olhos. Não pela dor, mas realmente para recuperar o fôlego, precisava de uma pausa.

Já fazia algum tempo que eu não lutava pra valer com alguém e depois de quatro horas ali, treinando sem parar com John e Roy eu realmente precisava de uma pausa.

—Podemos parar por hoje, Oliver. – Diggle sugere enquanto Roy se levanta e vai até a garrafa de água, jogando uma para cada de nós.

Nego com a cabeça, bebendo generosos goles de água.

—Estamos aqui há horas, podemos parar por hoje.

—Preciso estar melhor do que isso se for ter que enfrentar Damien.

—Sim e também precisa estar descansado.

—Preciso estar pronto! – cerro os punhos por não ter conseguido controlar o tom de voz e bufo frustrado. –Preciso estar melhor.

—Tudo bem, mas por hoje chega. Olha, ainda são cinco e meia da tarde. Podemos tomar um merecido banho, comer algo reforçado e acertar mais detalhes do plano e então dormir, Oliver. Amanhã levantamos cedo e continuamos isso.

—Ainda não consigo lidar com o fato de que sei onde ela está, mas preciso esperar para agir, John. Fico imaginando o que ela está passando naquele lugar e cada minuto que passamos aqui, comendo, dormindo em nossas camas, tomando banho é cada minuto que ela passa lá sozinha, sendo quem sabe torturada, com certeza passando fome e contando cada segundo. Cada segundo em que ela passa sozinha e o resgate não chega. Cada segundo em que ela pensa que aquilo pode durar mais anos como da primeira vez.

—E eu estou contando cada segundo assim como você, mas precisamos aproveitá-los de todas as formas, precisamos estar ótimos, fisicamente e psicologicamente para que tudo de certo e não exaustos, Oliver.

Passo a mãos nos cabelos, sentindo o suor e meus músculos gritam por descanso. Eu iria enlouquecer se não a tirasse daquele lugar logo. O plano tinha que funcionar.

—Tá, tudo bem. Vamos mais uma vez e então descansamos. – me levanto e me preparo.

Diggle e Roy trocam um olhar, mas por fim assentem concordando e também se preparando para continuarmos.

FELICITY

Belisquei os últimos pedaços do sanduíche mal feito que tinham me oferecido. Tudo que me deram para comer tinha um gosto estranho e eu não queria nem imaginar o que significava. Se estava estragada, ou com alguma coisa ruim implantada ali ou se o cozinheiro era uma cara nojento e suadão ou se simplesmente faziam de propósito.

Porem, era a única coisa que eu tinha para sustento, então tinha que tapar o nariz e enfiar goela abaixo e empurrar com a pouca água. Suspiro ao ver que o lanche ruim e a água haviam acabado. Me levanto e vou até a parede do fundo, pegando o pedaço de pedra no chão e fazendo um risco na parede, que se juntou com os outros riscos que marcavam todos os dias em que eu estava ali.

No começo hesitei em fazer isso, pois foi exatamente o que eu fiz da primeira vez e isso parecia fazer os dias se arrastarem mais devagar, mas foi inevitável. É torturando ficar em um lugar sem saber que dia era ou quantos dias haviam se passado. Consigo contar as horas pelas rondas dos guardas em frente à cela, vejo a sombra deles parados em frente á porta e observo as trocas e às vezes escuto as poucas conversas.

Tentava constantemente não perder as esperanças a cada dia. Depois do breve ataque de pânico, acordei novamente na sela, porem em um canto diferente o que me fez ter certeza de que tinham entrado para me checar, mas visto que não era nada serio aos olhos deles, apenas me deixaram ali novamente. Não havia tido outro ataque de pânico completo, mas as vezes a falta de ar se fazia e eu me obrigava a me controlar, a manter a calma.

Pois, se eu deixasse que as esperanças morressem, então eu não teria mais forças para suportar mais nada.

Paro para me imaginar como uma vela em meio a um blackout, queimando aos poucos e consequentemente derretendo, o derretimento de seu conteúdo è o tempo e aquela chama acesa que o derrete è a esperança, amor, pureza. Minha vela esteve queimando por anos, mesmo nos anos em que estive em cativeiro, mas no momento em que aquele dia chegou, o dia em que perdi mamãe e Miles foi o dia em que uma pessoa vai e assopra aquela chama daquela vela, e simplesmente tudo o que sobrou da vela foi apenas um pedacinho minúsculo. Naquele dia meu pai e toda a H.I.V.E. apagou minha vela, eu não me incendiava mais e pensei que nunca voltaria a fazê-lo.

Ate Oliver aparecer em minha vida, ele foi aquela pessoa que vê aquela pobre vela pequena e apagada, a acende e a usa para acender uma maior.

Oliver fez isso a mim, me acendeu, me deu uma leve chama de amor, esperança e minha pureza e tranquilidade e com o passar dos dias ele simplesmente ascendeu uma nova vela, maior, mais forte, mais potente e intensa. Me sinto viva, Feliz, completa e amada ao seu lado, me sinto viver novamente. Eu não deixaria que essa vela se apagasse novamente, não poderia fazê-lo, eu tinha que ser forte como nunca e me manter ali até que Oliver viesse ao meu encontro, pois eu sei com todo o meu ser, eu tenho a certeza de que ele nunca vai desistir de me procurar, de encontrar uma maneira de me salvar. Ele não desistiria de mim, então eu não poderia desistir dele.

Pulo de susto ao ouvir minha porta ser aberta abruptamente e fico completamente surpresa ao ver que é Damien quem enfim da às caras.

—Olá, Felicity.

—O que você quer? Me tira daqui!

—Oras, e porque eu faria isso?

—Porque não faria?

Damien maneia as mãos em um gesto displicente.

—Vamos ao que interessa. – se aproxima de mim, sentando-se em um banquinho que trouxeram. Olho em seus olhos, enojada em apenas estar no mesmo lugar que ele. –Alguém quer conversar com você, mas daqui a pouco.  E então, o que está achando da estadia?

Estava completamente incrédula, ele chegava ali e achava que simplesmente íamos conversar? Eu não queria conversar, eu queria sair dali, o mais rápido possível. Juntei uma quantidade rápida de saliva e disparei em direção a ele que se encolheu e fechou os olhos. Um misto de revolta e diversão passou por seu rosto enquanto se limpava.

—Ousada, mas um tanto idiota. – diz. –Sabia que seus amiguinhos estão provavelmente pensando em alguma besteira para te tirar daqui, não sabe?

—Claro que estão, e tenho certeza de que o plano deles será perfeito.

Sorri malicioso e maneia a cabeça negativamente.

—O ponto é que, você sabe o que vai acontecer caso eles por um milagre consigam te salvar, não é? – pergunta como se tivesse certeza que eu sabia a resposta. E eu realmente sabia.

Ele iria atacar.

—Sim, eu sei. Mas, não temos medo de você, nós iremos lutar.

—Lutar? Vocês pensam que são o que? Heróis? Que vão salvar a cidade do cara mau? –se aproxima mais e sorri enquanto sussurra. –Deixa eu te contar um segredo: Não existe essa besteira de heróis, isso não é televisão e eu vou seguir com o meu plano e não tem absolutamente nada que vocês possam fazer. Nada. Vocês não tem nada.

—Temos um ao outro.

—Então morrerão juntos, mas saiba que morrerão. Pois, se Queen conseguir te tirar daqui e ainda assim continuar resistindo a seguir com o contrato, eu vou mata cada pessoa dessa cidade, pode ter certeza disso.

—Como eu disse: Nós lutaremos, temos muito mais do que você pensa que temos.

—Veremos. – se levanta, novamente limpando o rosto onde eu havia cuspido e não posso evitar o leve sorriso que ameaça em meus lábios. –Sua visita está esperando.

A porta se abre novamente e quando Damien sai... Quem entra é James. Mas não da forma que eu estava acostumada. Os cabelos grisalhos estavam completamente revoltos, como se tivesse acabado de receber uma grande descarga elétrica. Aviam grossas olheiras em baixo dos olhos, completamente visível a distancia. Os olhos estavam vermelhos, quase que vermelho sangue e o rosto estava pálido. Ele me olhava com os olhos vidrados, sem piscar uma única vez por todos os segundos que me olhou.

—O-O que você quer? – não pude evitar que minha voz tremesse. Ele estava... diferente.

—Está com medo? – um sorriso diabólico se forma em seu rosto e isso distribui um arrepio ao longo de minha espinha.

—Na-não. É caro que não.

—Pois eu acho que está.

—O que houve com você?

—O que quer dizer?

—Você está... Nojento.

—Estou apenas como eu sou por dentro. Era o que você queria não era? Que eu deixasse a máscara cair, pois foi o que eu fiz, querida. – apesar da palavra, não havia nada de carinhoso na forma que ele falava. Era puro sarcasmo e ironia.

—Você é louco!

—Completamente! Sou completamente louco! – ri exageradamente, gargalhando de uma forma que fez com que o som penetrasse em minha mente e me dando a certeza de que provavelmente me daria pesadelos só de lembrar da cena. –Sou louco por poder, por tudo que eu vejo que posso pegar do mundo e que vocês não vêem. Mas eu vejo, eu vejo tudo, eu anoto tudo, calculo tudo, planejo tudo e eu tenho tudo aquilo que eu quero. Tudo!

—E qual o propósito de vir aqui e me dizer tudo isso? Qual é o grande projeto que planejou para sua filha?

—Oh, minha filha não é? Você se lembra disso então? Lembra da pequena ligação de sangue que temos?  Oh, interessante, porque é apenas isso que temos agora, uma pequena ligação de sangue. Você foi um erro, assim como o outro bastardo de seu irmão. Eu não me importo, eu não os amo e não me arrependo nem por um segundo de tudo o que fiz.

—Mas...

—“Mas”? Mas o que?

—Se o que diz é verdade, porque não nos matou? Porque enganou Damien e disse que havia nos matado e depois nos prendeu, porque não teve coragem de se livrar de nós?

—Porque eu ainda era cego, eu ainda não via tudo, não anotava tudo, não calculava e não planejava tudo com a mesma precisão que faço hoje. Porque eu ainda tinha um resquício, porém eu me tratei de me livrar dele.

—Se livrar dele?

—Sim, me livrar de cada parte da alma podre que eu tinha, da alma que me deixava fraco. Matei Donna, me livrei de seu irmão e fiz de sua vida um inferno e foi ai que eu percebi a sensação libertadora que era. Ser livre, não me importar com nada e nem ninguém, nem mesmo comigo. Eu me libertei, eu simplesmente me livrei de tudo o que me deixaria fraco, assim como Damien queria que eu fizesse. Eu não sou mais fraco, sou completamente sem amor e completamente bem com isso. E fazer isso, apenas abriu minha mente para todo o resto, tudo o que pretendo conquistar. Por isso agora eu vejo tudo, eu anoto tudo, calculo tudo, planejo tudo e eu tenho tudo aquilo que eu quero.

Observei sua expressão perturbada e isso me incomodou, ver como ele havia chegado ao fundo do poço. Era visível que tudo o que dizia era verdade, pois ele era praticamente a imagem retratada de uma pessoa completamente sem amor e sentimentos. E ele era apenas uma casca vazia.

OLIVER

Pego a touca preta que Diggle me estendia e respiro fundo enquanto a coloco. Estávamos quase prontos e tudo o que tenho feito desde que começamos a nos aprontar foi torcer e pedir para que tudo de certo, para que consigamos salvar Felicity e toda a cidade das mãos de Damien.

—Terminei de conferir os programas, está tudo certo. – me viro para Dr.Well em sua cadeira e assinto agradecido, ele, junto de Caitlin e Cisco iriam nos guiar durante toda a missão, nos informando onde haviam capangas, destravando portas elétricas e etc. Barry seria nossa emergência, diz que por ter crescido com seu pai adotivo Joe, aprendeu alguns poucos golpes e quando entrou para a policia, apesar de não ser sua área, aprendeu a atirar. Então ele ficaria na van para a hora de fugirmos e apenas iria nos ajudar se realmente precisássemos. Muita gente já estava correndo risco de vida ali.

—Certo, está na hora?

Ele olha o relógio e termino de colocar a ultima arma no coldre.

—Vocês têm cinco minutos, se apressem. – responde sério, manuseando a cadeira até parar novamente em frente aos computadores.

(...)

O primeiro soco de um veio, seguido do primeiro chute de outro. Entramos no lugar, mas o numero de guardas era muito maior do que imaginávamos. Me livro dos golpes com certa facilidade, os treinos deram um grande resultado.

Dig e três agentes da A.R.G.U.S. tinham entrado na frente para se livrar dos capangas que tinham armas e eu, Roy e mais dois agentes vínhamos atrás desmaiando os outros. Observo um deles vir sem hesitar em minha direção, ele era bom e me deu certo trabalho revidar seus golpes com rapidez, mas logo pego seu rito e consigo desmaiá-lo.

Larguei o corpo desfalecido no chão e sem me dar um segundo para respirar volto a correr pelo corredor extenso. Aquele lugar parecia um labirinto, mesmo com o mapa estava sendo difícil correr e não errar nenhuma entrada e eu não poderia errar. Tudo tinha que dar perfeitamente certo.

Aperto o ponto em minha orelha, ouvindo os vários sons de luta e me pergunto se algum deles está lutando contra Damein. Era um pouco estranho ele nunca aparecer quando tínhamos alguma “missão de resgate” como havia sido quando Felicity me resgatou. Tento não pensar que isso pode ser parte de algum de mais de seus planos doentios, não me importo realmente se no momento estou sendo um peão em seu jogo de xadrez, o que me importa é achar Felicity e tirá-la dali.

—Oliver, para a esquerda e não direita! – ouço a voz de Dr.Wells e paro imediatamente, voltando pelo caminho que tinha entrado e entrando na entrada certa. Estaco no lugar ao perceber que o corredor tinha várias portas.

Era bem obvio que aquele lugar não era a sede da H.I.V.E. Já que era um lugar bem estranho, com aspecto de que até pouco tempo atrás estivera abandonado. Parecia ser algum tipo de campo de treinamento. Talvez por isso Damien não aparecia nos lugares quando invadíamos, já que não era seu lugar de trabalho.

—Em qual porta? Estou perto?

—Sim, corra até o fim do corredor e vire a direita, terá um corredor igual. Entre na penúltima porta.

Começo a correr novamente.

—Como estão os outros?

—Se preocupe com a sua parte da missão.

—Mas...

—Oliver, Foco!

Ele estava certo, a informação de que alguém estava machucado poderia tirar meu foco momentaneamente, mas não saber a informação também não ajudava muito.

—Oliver, tem alguém no caminho.

Paro em frente ao corredor e saindo de uma das portas tinha um homem. Ele não estava mascarado como os capangas de Damien, tinha um tablet nas mãos e parecia nervoso. Ao me olhar, rapidamente tenta pegar uma arma, mas sou mais rápido, apontando a minha para ele que paralisa.

—Parado. –caminho até ele, com cuidado e atenção. Pego o tablet de suas mãos e o deixo no chão depois de ver que apenas mostrava as câmeras do lugar. Puxo sua arma e também a aponto para ele.

—O que pensa que está fazendo? Uma estúpida missão de resgate? Isso vai custa caro, você sabe não é? E não é a dinheiro que me refiro.

—Quem é você?

Ele não aprecia ser qualquer um, parecia ser alguém talvez importante ali.

—Oliver! Rápido. –ouço Wells me apressar.

—Não da tempo. – digo ao estranho, tratando logo de atingir um golpe contra ele, o fazendo desmaiar.

Continuo a correr até a penúltima porta do corredor e a abro sem hesitar, era um pequeno cômodo com uma outra porta no fim dele. Corri até la e abri, dando de cara com as grades e um pequeno corpo encolhido na parede no fundo da sala escura.

—Felicity!

O corpo não se mexeu e senti meu coração palpitar desesperado. Ao ver que ela está em uma distancia segura, pego o dispositivo em meu bolso e o grudo na grade, me afastando e apertando o botão. A grade explode e isso parede enfim despertar Felicity, que levanta-se rapidamente, continuando sentada, mas os olhos arregalados se focam em mim e relaxo o corpo, aliviado por enfim ter encontrado-a.

—Oliver... –sua voz sai sussurrada e incrédula.

Corro até ela e me ajoelho ao seu lado, olhando-a inteira para me certificar de que não havia um arranhão sequer. Não havia, mas seu rosto estava absurdamente pálido, haviam olheiras profundas e parecia que se ela desencostasse da parede cairia. Levo uma mão ao seu rosto fervendo e a preocupação dobra de tamanho.

—Meu amor... Vou te tirar daqui.

—Você veio. –sussurra, enquanto passo seu braço por meu pescoço e a ajuda a se levantar, então passo meu outro braço por de baixo de seus joelhos e a sustento em meu colo.

Felicity deita a cabeça em meu peito e respira fundo, dando um leve sorriso em seguida, os dedos se agarram com a força que podia em minha roupa. –Eu sabia que viria. – seus olhos se fecham.

—Felicity. Hey, olha pra mim, Felicity.

Seus olhos se abrem um pouco, mas ela parece incapaz de sustentá-los assim.

—Não se preocupe, vai ficar tudo bem, tudo bem amor.

Volto a sair pela porta que tinha entrado, segurando firmemente em meu colo, da onde ninguém se atreveria a tentar tirá-la.

(...)

FELICITY

Três dias depois

Sinto os lábios quentes e ansiosos de Oliver deslizar por meu pescoço, distribuindo um arrepio gostoso por meu corpo e sorrio levemente, me negando a abrir os olhos, mesmo que eu já estivesse acordada há uns quinze minutos e sentindo ele me observar eu não queria abrir os olhos e ter que sair dali, ter que deixar essa realidade.

Simplesmente queria permanecer naquele quarto com Oliver pelo resto da minha vida, ainda assim parecia não ser tempo suficiente. Mesmo sem querer abrir os olhos, foi difícil deixar minhas mãos paradas depois que ele enfim decidiu tentar me acordar. Levo as mãos até sua cabeça e adentro os fios curtos do cabelo com meus dedos, sentindo minha respiração começar a ficar irregular.

—Você já estava acordada não é mesmo? – pergunta em tom divertido.

—Gosto de sentir você me observar, fiquei tempo demais sem sentir essa sensação.

Mesmo contra vontade abro os olhos para encontrar os seus azuis intensos me olhado. Oliver escala meu corpo, se apoiando nos joelhos e cotovelos para não deixar o peso sobre mim, sorrio e puxo seus lábios contra os meus, enlaçando seu quadril com minhas pernas.

Sinto-o estremecer e separar nossos lábios, dando um sorriso para mim, mas segurando minhas mãos que já queriam trilhar ansiosamente todo o caminho de seu corpo. Ele havia se negado a me tocar realmente nesses dias, alegando que eu precisava estar cem por cento e ao me faria gastar mais energia do que podia.

Tudo bem que precisei de um tempo, mas para um terceiro dia de recuperação, já estou bem o suficiente para isso ao meu ver.

—Hmm, Oliver...

—Loira, você é muito impaciente. – volta a dar breves beijos em meu pescoço, passando para o lóbulo de minha orelha, bochecha e boca.

—Oliver, eu estou bem!

—O medico discorda, ele disse repouso, Felicity. Uma semana.

—Repouso, não absoluto.

—Mas também não vamos abusar.

Reviro os olhos. Ele diz isso, mas fica ai me torturando com todos esses beijos e esse corpo maravilhosamente quente em cima de mim.

—Quer que eu saia? – responde, levantando uma sobrancelha.

Novamente meu filtro inexistente me traído.

Passo os braços em volta de seu pescoço.

—A ultima coisa que quero é que qualquer um de nós saia daqui. - ondulo meu corpo de baixo dele, roçando suavemente nossos lábios. Sinto seus dedos se apertarem mais fortemente em minha cintura e os dentes mordiscarem meu lábio inferior, claramente se controlando.

—Digo o mesmo, mas precisamos. Aposto que dentro de dez minutos um certo geniozinho vai estar aqui no meio.

Sorrio, lembrando desse habito que Miles adquirira desde que voltei. Acordava cedo e se enfiava em meio a mim e Oliver.

—Ele esteve realmente bem nesse tempo?

—Sim, hey, cuidei muito bem do seu caçula, okay?

Rio, assentindo com a cabeça.

—Acredito. Depois pergunto para Thea como foi.

—Thea. Isso é um absurdo, ela ficou com a parte fácil.

—Então confessa que ela ficou com uma parte?

—Como eu disse, só a parte fácil, tipo, brincar.

O beijo novamente em meio ao riso.

—Mas, falando sério. Ele ficou bem, nos demos muito bem.

—Que bom.

Oliver desliza os dedos por meu rosto, afastando meu cabelo e vejo suas íris brilharem.

—O que?

—Eu te amo. – diz, dançando os olhos por meu rosto. – demais e eu senti tanto a sua falta.

Sinto as lágrimas virem aos meus olhos.

—Eu também te amo, eu também senti sua falta. Demais.

—Quase enlouqueci quando descobri que ele te pegou.

—Quase enlouqueci quando me contou que levou dois tiros de Damien.

—Quase enlouqueci quando percebi que não podia fazer nada para te salvar. Até bolarmos o plano.

—Quase enlouqueci ficando tanto tempo longe de você.

—Quase enlouqueci com aquela carta!

—Estou quase enlouquecendo com você e essa sua greve!

Oliver ri com vontade e volta a colar mais o corpo contra o meu.

—Felicity Smoak, nunca imaginei a senhorita tão insistente.

Dou de ombros.

—Fazer o que, já são meses.

Ele não me responde, apenas ri mais um pouco antes de me beijar com vontade e eu soube que seus argumentos tinham acabado, senti o ambiente ficar mais quente ao sentir suas mãos subirem por dentro de minha roupa. Porem o clima foi completamente cortado ao ouvirmos passos apresados e o trinco da porta se mexer. Empurro Oliver de cima de mim para de volta ao seu lado da cama.

—Seus dez minutos acabaram. – sussurro e logo em seguida sinto a movimentação na cama enquanto Miles sobe nela, carregando seu travesseiro.

Abrimos espaço para ele que se aconchega no meio, sinto seu braço me circular em um abraço e sorrio ao vê-lo fechar os olhos novamente.

Eu havia sentido muita falta daquilo. De estar em casa, estar com Oliver. Estar com meu Baby Brother.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee, gostaram? Calma que o confronto com o Damien ainda não foi nesse, a guerra ainda vai estourar kkkk.
Desculpem os erros que tivessem encontrado, eu corrigi bem correndo mesmo kkkk volto no domingo a noite e por isso não teremos capitulo segunda feira, ja que nem comecei o capitulo novo ainda (ia começar hoje pra terminar amanhã e postar os trechos juntos com esse capitulo). Mas pra compensar um pouquinho vou da rum spoiler: Um personagem antigo vai reaparecer no próximo cheio de historia pra contar kkkk. Enfim, espero que tenham gostado e comentem!!!! Bjsss.



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