Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 31
Capitulo 30 - Querem me quebrar e lavar as minhas cores


Notas iniciais do capítulo

Eaeeeee gente. Sei que demorei, desculpa. Voltei de viagem domingo retrasado passado e fiquei essa semana toda escrevendo. BOA NOTICIA. quer dizer, mais ou menos. Esse capitulo, assim como o proximo, não estão super grandes como os outros anteriores. Está grande, mas não como vocês estão acostumados. Não tem lá umas 4000 palavras kkkk mas ta num tamanho razoável.
A boa noticia é que TALVEZ saia capitulo no meIo da semana, ja que praticamente terminei de escrever o proximo e la nas notas finais desse terão OS TRECHOS.
SIM, PODEM COMEMORAR, ELES VOLTARAM! pelo menos por esse capitulo hehehehe)
Enfim, espero que gostem do capitulo, boa leitura!



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Socorro! Socorro!

A nave está caindo lentamente

Eles acham que sou louco, mas não conhecem o sentimento

Eles estão todos em volta de mim

Circulando como se fossem abutres

Eles querem me quebrar e lavar as minhas cores.

Limpar as minhas cores!

Você faz tudo ficar bem, bem, bem

Bem, bem e bem

Nós somos iguais

Oh, você manda toda a dor embora, embora, embora

Embora, embora e embora

Me salve Se eu me tornar

Meus demônios

(My Demons – Starset)

 

Xxxxxxx

Abro a porta do quando encontrando o corpo pequeno deitado de baixo das cobertas. Estava acordado, olhando para o teto, parecendo pensativo. Era um cenário engraçado de se ver ao se tratar de uma criança, mas Miles tinha uma maturidade que as crianças de sua idade não tinham. Parecia entender quando as coisas não estavam boas e fazia o possível para não dar trabalho ou preocupações.

—Hey. – chamo e ele se vira para mim, sentando-se na cama.

—A encontraram? – perguntou esperançoso. Os olhos brilhando em expectativa.

—Sinto muito amigo, ainda não.

—Oh. – volta a ficar cabisbaixo, mas assente deixando claro que entende.

—Mas eu vou. – me aproximo, sentando-me na beira da cama. –Eu prometo.

—Você já me prometeu há uma semana, não precisa prometer de novo, Oliver.

Sorrio e bagunço seus cabelos.

—Sei que não. Só não quero que se esqueça. Eu vou achá-la.

Ele sorri e assente.

—Sei que vai. Você não quebra promessas.

—Não quebro.

—Seu ombro está melhor? – pergunta.

Dou uma rápida olhada para meu ombro onde tinha recebido um dos tiros. O outro havia sido próximo á costela, apenas de raspão. Damien deixara claro que não queria me matar, os tiros devem ter sido sua idéia de aviso.

—Está melhor, já posso mexê-lo melhor, vê? – mexo o ombros para que veja. Ele sorri feliz por minha recuperação.

—Oliver.

—Sim?

Seus olhos me fitam penetrantes, como se estivesse em duvida se devia falar.

—Hey, o que foi? Pode me contar qualquer coisa.

—Foi... hmm. –para novamente, respirando fundo ao continuar. -Meu pai fez isso? Sequestrou a Licy e atirou em você?

O olho surpreso. Não esperava por essa, eu não sabia ao certo até onde Felicity havia contado a ele sobre o pai.

—Está tudo bem, eu sei. –esclarece. - Meu pai é o cara mau, ele fez escolhas erradas e ainda faz.

Deus, como podia ser tão parecido com ela?

—Bem, ele fez não é mesmo? – respiro fundo e me aproximo mais. –Não foi ele diretamente. Ainda não sabemos onde ele está, mas sabemos que quem fez tudo isso é para quem ele trabalha.

Ficou novamente pensativo.

—Certo. – conclui. –Entendi.

—Você deve dormir.

—Você vai sair de novo? Para procurá-la?

—Sim, eu vou. Vai se comportar?

—Sim, eu gosto da tia Thea, ela gosta de brincar com meus dinossauros. Mas, eu fui meio chato esses dias. Não queria brincar.

—Bem, talvez brincar te distraia um pouco, o tempo passa mais rápido e logo, logo Felicity estará aqui com você de novo.

Ele assente e olha para a caixa distante onde estavam seus brinquedos.

—Acho que tem razão. Tem certeza que não posso ajudar a procurar?

—Não pode, Felicity iria querer que ficasse aqui e seguro. Nós estamos trabalhando nisso, vamos trazê-la de volta.

—Eu... Queria ajudar.

—Ajuda ficando aqui, a salvo.

Assente uma vez mais. Ficamos alguns segundos em silencio ao qual achei que ele falaria mais, por isso não saí ou falei mais nada.

—Eu gosto de você, Oliver. – diz com sinceridade, voltando a me olhar nos olhos. –Licy estava feliz. Ela nunca estava.

Nunca?

—Nunca?

Nega com a cabeça.

—Não. Eu me lembro que ela e... Mamãe estavam sempre preocupadas comigo, as vezes choravam baixinho. Mas, quando eu perguntava o que havia de errado elas sorriam para mim e tentavam me fazer pensar que estava tudo bem. Eu esquecia por um tempo, mas isso voltava a acontecer. Mas, depois que saímos daquele lugar estranho e ficamos juntos de novo eu não vi mais ela chorar baixinho, ou fingir para mim. Ela ria de verdade, sorria de verdade, brincava comigo e gostava disso de verdade. Era sorri bastante, principalmente com você.

Não sei bem o que dizer, era algo bom eu ouvir mais uma vez o quanto fazia Felicity feliz. E de alguém tão próximo e importante para ela.

—Você não é um cara mal. Igual os caras maus que ficavam comigo, mamãe e a Licy.

—Não... Acho que não sou. – estava chocado demais para dizer algo a mais.

Mas então, ele me surpreende ainda mais, saindo de baixo das cobertas e ficando de joelhos na cama, jogando os braços ao redor do meu pescoço em um abraço.

—Estou feliz por você fazer parte da família.

Sinto meus olhos arderem e o sorriso surgir em meus lábios. Nunca pensei que fosse me apegar tanto a uma criança, já que nunca tive contato com muitas e principalmente nunca pensei que eu me daria bem com alguma. Mas, Miles estava ali, com seus seis anos e meio dizendo que me considerava da família e isso, era a melhor coisa que eu tinha escutado desde que Felicity fora arrancada de mim.

—Tudo bem. – pigarreio para tirar o fio de emoção em minha garganta. –Agora cama, hora de dormir. Felicity me mataria se soubesse que te deixei acordado até quase dez horas, olha só.

—Ela iria mesmo. – diz se divertindo com a situação e voltando para de baixo das cobertas.

—Esta bem? Quente o suficiente?

—Sim.

Assinto e novamente bagunço seus cabelos.

—Boa noite então.

—Oliver. – me chama quando faço menção de apagar o abajur ao seu lado. –Tem tempo de me contar uma história? Não sei se consigo dormir sem elas. Mas, tudo bem se não puder, posso chamar Thea.

Me surpreendi por querer fazer aquilo, por querer contar uma historia a ele e assisti-lo adormecer.

—Hmm, claro, mas eu não sei contar aquela que Felicity sempre te conta.

—Tudo bem, você pode inventar uma se quiser. Pode ser qualquer coisa.

—Qualquer coisa?

—Uhum.

—Tudo bem, me deixe pensar...

(...)

Sorrio ao ver que ele havia adormecido. Arrumo as cobertas por cima dele e dessa vez apago o abajur. Me levanto da cama, me sentindo leve por aquele pequeno momento com meu mini cunhado.

—Oliver... – ouço sua voz sonolenta dizer quando estou prestes a deixar o quarto.

—Sim? – sussurro, me virando para ele e notando que estava de olhos fechados e a voz saiu em apenas um sussurro sonolento.

—Você é um bom irmão mais velho... Como Licy. Obrigado pela história.

Sorrio e saio do quarto.

—De nada amigo. – sussurro antes de fechar a porta.

FELICITY

Andando de um lado para o outro, sentia meus pés pesados, minha cabeça pesava e doía. Meu estomago roncava enlouquecido de fome. Água e comida haviam chegado apenas uma vez naquela semana, demorei um pouco para enfim comer, já que tive medo de estar com veneno ou algo assim, mas não tive escolha, tive de comer. Porem, isso foi há três dias atrás e novamente meu estomago se remoia, implorando por algum alimento.

O que estava acontecendo lá fora? Será que Oliver e os outros estavam bem? Como estaria Miles sem mim? O que estaria acontecendo?

Isso me fazia lembrar todas as mesmas perguntas que eu fazia da primeira vez em que fui seqüestrada, uma experiência nada legal e era impossível eu deixar de pensar que tinha uma alta possibilidade de ficar ali por muitos mais anos e anos novamente. Já passei por isso uma vez, não podia se repetir, definitivamente não!

Me sentei no chão, colocando a cabeça entre os joelhos e tentando melhorar minha respiração que estava um pouco desregulada. Meus pulmões queimavam e abri os olhos, enxergando minha mão embaçada e levemente tremula. O que estava acontecendo?

Me levantei novamente, percebendo ter sido um grande erro já que tudo a minha frente estava embaçado e girando. Eu não sentia o chão abaixo de mim e meus pulmões apenas pareciam barrar o ar mais e mais. Levei a mão ao peito, desesperada para conseguir respirar, mas foi em vão.

Me segurei a parede, desesperada. Me arrastei até a porta, batendo com força na mesma, tentando avisá-los.

—Me solta! Me solta, por favor! – gritei. –Não consigo... Não consigo re-respirar.

O esforço para falar apenas piorou a situação, sentia que iria desmaiar a qualquer segundo. Aquilo se parecia com... Um ataque de pânico, talvez. Bati novamente na porta, mas ninguém veio ao meu socorro.

Escorreguei pela parede até atingir o chão, tentando novamente puxar o ar enquanto pontos pretos se faziam em minha frente. Eu precisava sair dali logo, precisava. Não agüentaria ficar mais cinco anos presa, não conseguiria, não iria suportar.

OLIVER

Nada novamente, nem uma pista sobre Felicity e eu tinha aquele constante aperto no peito que já estava me deixando mais que angustiado. Eu precisava encontrá-la logo, era um desespero que eu não conseguia descrever. Eu precisava dela, precisava achá-la e protegê-la. Eu precisava.

Caminhei por meio a estrada de terra, dando uma ultima olhada para o carro parado atrás de mim. Respiro fundo ao ver um pouco mais longe, Damien. Eu precisava fazer um novo acordo com ele, precisava tentar de tudo. Eu tinha que ter Felicity de volta.

—Confesso que fiquei surpreso por sua ligação ter demorado tanto, percebeu que pode destruir essa cidade pedra por pedra, mas sem que eu permita você não vai encontrá-la?

Tento controlar minha raiva, da ultima vez não deu muito certo.

—Sem conversinha. Quero um novo acordo. O que você quer por ela?

—Está disposto a me dar tudo?

Hesito. Se por tudo ele queria dizer, absolutamente tudo... Sim, eu daria tudo por Felicity, mas esse “tudo” também estava incluso muitas outras vidas, de todas as pessoas morando na cidade e Felicity definitivamente não gostaria que eu sacrificasse uma cidade por ela. Aquela era uma pergunta para mim, mas a resposta não cabia apenas a mim.

—O que você quer? – volto a perguntar.

—Você sabe o que eu quero. Tem que me entregar as ultimas peças do projeto, o mais rápido possível.

—Você não vai soltá-la se eu ajudar, vai matar todos nós!

—Não me importo com o que você supõe Queen, eu apenas estou dizendo que esse é o acordo, essa é minha parte do trato que estou exigindo. Ninguém quebra um acordo com Damien Dahrk, fique sabendo disso.

Observei ele se afastar, apenas conseguindo ficar paralisado ali, sem saber ao certo o que fazer. Damien entrou em seu carro e partiu e eu continuei ali, olhando para o nada por onde ele havia sumido.

Já era hora, tínhamos que colocar o plano inicial em pratica para poder salvar Felicity. Starling city que nos desculpasse, mas aquela era uma batalha inevitável, logo Damien teria de todo jeito as peças que faltavam do projeto e não havia duvidas de que ele usaria contra a cidade, precisávamos de Felicity para que todo o plano desse certo.

Situações desesperadas, exigiam medidas desesperadas. Decidi o que fazer, eu apenas tinha de fazer uma ligação para Central City, mais especificamente para a Star Labs.

(...)

Dois dias depois

Passei pela porta de vidro, sendo acompanhado por Dig e seguindo Barry.

—Caitlin. – a mulher sentado no computador se vira para Barry ao ouvir ele chamá-la. –Eles chegaram.

—Oh, sim claro. – ela se levanta e caminha até mim parecendo um pouco nervosa. –Lembro-me de ter visto você, mas acho que não fomos realmente apresentados.

Seguro sua mão estendida para mim.

—Oliver Queen.

—Caitlin Snow.

Ela cumprimenta Dig também e aproveito para olhar ao redor.

—Então... Vão mesmo poder nos ajudar? – pergunto.

—Mas é claro. Afinal, Felicity foi pega aqui, quem a pegou passou pelas câmeras de seguranças e os alarmes da Star Labs, é o mínimo que podemos fazer. Felicity é uma ótima pessoa, saiba que faremos o possível para ajudá-la.

—Obrigada. – respondo realmente agradecido.

—E qual é o plano exatamente? – Barry pergunta.

—Bem, hm. Primeiramente, precisamos descobrir onde ela está.

—Não deve ser muito difícil. – Barry interrompe. –No tempo que esteve aqui, alem de trabalhar em todas as coisas malucas que vocês vão usar para o plano de emergência contra o tal Damien, ela veio me ajudando a achar uma pessoa que procuro. Instalou ótimos programas de procura nos computadores, pode levar um tempo, mas... Acho que conseguimos lidar com ele e encontrá-la.

Novamente respiro aliviado, isso era algo ótimo de se ouvir.

—Bem, tendo esse primeiro passo concluído, nós vamos... Invadir o lugar e tirá-la de lá.

—Invadir? Só pode estar brincando. – me viro par a nova voz que se fez no lugar. –Olá, Cisco Ramon. –se apresenta ao notar meu olhar confuso. –E eu digo que isso é uma péssima idéia. Como pensa que vamos conseguir invadir o lugar? Não somos da policia. Porque ainda não ligou para a policia, afinal?

—Porque, isso não é algo com que a policia possa lidar e... O plano não acaba ai.

Me viro para Diggle.

—Precisa ligar para a A.R.G.U.S.

—O que? Eu não tenho certeza se Amanda vai concordar com isso, Oliver. Eu quero dizer, é claro que estiveram todo esse tempo ajudando Felicity, mas ai invadir a fortaleza de Damien, que é provavelmente onde Felicity está. Exigiria muito mais do que ela estaria disposta a dar. Amanda Waller não é realmente o que todos vocês pensam. Ela não faz boas ações exatamente, tudo o que ela faz tem um propósito e se ela ajudou Felicity todo esse tempo não foi apenas por compaixão, foi para acabar com algo maior que poderia se tornar um grande problema futuramente e ela conseguiu fazer parte do que pretendia. Convencê-la de algo assim... Daria trabalho.

—Vocês disseram que a A.R.G.U.S. fazia as coisas que a policia não pode fazer. Ela quer algo? Ótimo, damos a ela a chance de saber onde Damien se esconde e acabar com ele. Não precisamos de todos os agentes, apenas alguns, para nos apoiar.

—Então você pretende ir também? –novamente é Cisco quem argumenta. - Entrar na casa de Hades?

—Mas é claro que pretendo ir, é a minha namorada.

—Sim, claro, mas... Você é Oliver Queen. – solta um riso debochado. –Sabe, o Oliver Queen, todo metido a playboy, desculpe falar, mas... é o fato.

—Sim, claro e passei metade da minha vida fazendo aulas que você nem imagina, como uma perfeita criança mimada. Acho que tudo enfim vai servir para alguma coisa.

Me viro para Dig novamente.

—Vai ligar?

Ele suspira derrotado, mas assente.

—Sim, claro. Precisamos salvá-la. Mas, Oliver. Você sabe que depois que fizermos isso... A coisa vai estourar. Damien vai atacar e teremos que revidar se quisermos que Starling continue de pé.

—Sim eu sei, mas era algo inevitável. Uma hora ou outra ele iria atacar. O que mudou é que agora, nós atacaremos primeiro.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Eu sei, pequeno, mas pensem no capitulo do meio da semana e que hoje tem trecho kkkkk. Proximo capitulo também tem mais do pessoal da Star Labs.

“O suor escorria por meu corpo e a exaustão era presente. Derrubo Roy, mas sou atingido por um forte golpe de John e também vou ao chão.”

“-Lutar? Vocês pensam que são o que? Heróis? Que vão salvar a cidade do cara mau? –se aproxima mais e sorri enquanto sussurra. –Deixa eu te contar um segredo: Não existe essa besteira de heróis”


“-O-O que você quer? – não pude evitar que minha voz tremesse. Ele estava... diferente.
—Está com medo? – um sorriso diabólico se forma em seu rosto e isso distribui um arrepio ao longo de minha espinha.
—Na-não. É caro que não.
—Pois eu acho que está.”


“Corri até la e abri, dando de cara com as grades e um pequeno corpo encolhido na parede no fundo da sala escura.
—Felicity!”



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