Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 30
Capitulo 29 - O cair da ultima pétala


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente. Okay, pelo milésimo capitulo pedindo desculpas pelo atraso. Eu iria postar no dia dessa vez, mas quinta feira eu tirei o dente do ciso (Aleluia) e a coisa foi mais complicada do que eu pensei e ainda por cima eu passei mal por causa de um dos remédios a semana inteira. Vou tirar os pontos amanhã (ja que a coisinha não caiu aff) então hoje fiquei melhor e terminei o capitulo e aqui estou eu para postar.
Esse capitulo está um pouco diferente de todos os anteriores, ele não foi dividido em POV's. Eu espero que vocês gostem, boa leiura!



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De joelhos, eu pedirei

uma Última chance para uma última dança

Porque com você, eu resistiria

A todo o inferno para segurar sua mão

Eu daria tudo

Eu daria tudo por nós

eu daria qualquer coisa, mas não desistirei

Porque você sabe

você sabe, você sabe

Eu te amo

Eu sempre te amei

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se

Eu não te ver mais

Eu quis

Eu quis que você ficasse

Porque eu precisava

Porque eu preciso ouvir você dizer

Eu te amo

Eu sempre te amei

(Far Away – Nickelback)

Xxxxxxxx

10 Semanas depois.

Miles caminha até Felicity enquanto ela fazia suas torradas para o café da manhã. Puxa uma cadeira e espera até o prato estar em sua frente e a irmã mais velha sentar-se junto a ele.

—Licy. – suas sobrancelhas se juntam em forma de casinha e olha com curiosidade para a irmã. Felicity da atenção a ele, esperando que continue. –Já faz tanto tempo. Nós nunca mais veremos Oliver?

Felicity suspira cansada, se Oliver não saia de seus pensamentos nem por um segundo ela não poderia culpar o irmão por enfim fazer essa pergunta a ela. Ele não entendia e ela sabia que a cabeça dele devia estar uma grande confusão.

—Sim, claro que veremos. Mas ainda estamos tentando resolver os problemas, se lembra? Ainda não podemos nos ver, Miles.

—Nem telefonar? – perguntou inocente.

—Não, nem telefonar. Sinto muito, mas logo vai acabar, você vai ver. Então poderemos voltar para Starling, veremos Oliver e poderei colocar você em uma escola. O que acha? Gostaria disso?

—Sim! ir a escola seria legal.

Ela sorri docemente para ele.

—Só mais um pouco de paciência, tudo bem? Agora coma que temos que ir logo para a Star Labs.

Miles assente enquanto volta a comer sua comida e Felicity se perde nos pensamentos de como ela tanto quanto Miles já ao agüentava mais aquela situação, aquela separação toda. Ela precisava tanto vê-lo, ou falar com ele, da forma que fosse. Precisava tanto.

(...)

Oliver rolou entre os dedos o pedaço de cartolina onde estava a planta de mais uma das peças do complicado projeto que Damien o estava mandando fazer. Ele fora inteligente o suficiente para não dar a Oliver a planta do projeto completo, por isso ele estava construindo peça por peça, sem deixar que ele olhasse o projeto inteiro, então ele estava mandando que seus funcionários da QC construíssem algo que nem mesmo ele sabia o que era e isso estava deixando-o cada vez mais nervoso.

É claro que antes de mandar a planta para o departamento que o construía, Diggle dava um jeitinho de mandar uma copia para a Star Labs, onde Felicity estava montando peça por peça no computador, na esperança de que em algum ponto descobrisse o que era a tal coisa maligna. A boa noticia era que essa era a ultima peça para o projeto e isso deveria dar para que eles descobrissem o que Damien tanto queria com isso.

—Dig, e então?Alguma noticia?

—Ainda não, Oliver. Falei com Roy há dez minutos e ele disse que Felicity estava a caminho da Star Labs, talvez daqui algumas horas.

Oliver andou de um lado para o outro impaciente, ansioso demais para saber o que era que ele vinha mandando seus funcionários fabricar por tantas semanas.

—Isso não é o que mais me preocupa. Ele mandou fazer duas de cada peça, o que significa que terão duas dessa coisa. Como se uma já não parecesse ruim o suficiente.

—Eu sei, mas temos que manter a calma e primeiro descobrir o que isso faz.

—Acha que ele pode usar para alguma coisa na cidade?Para fazer algum mal?

—Não, porque ele iria querer fazer algo contra a cidade? Ele apenas a encontrou por causa de Felicity não foi? Não é como se ele estive planejando a muito tempo algo contra a população daqui.

—Bem, ele pode te decidido de ultima hora.

—Oliver, não pira. Se ficar se torturando desse jeito vai pirar. Primeiro descobrimos o que é e depois tomamos uma decisão.

—Eu sei. – sentou-se derrotado em sua cadeira, colocando a cabeça entre as mãos. –Eu só... Preciso que isso acabe logo.

—Calma, Oliver. Quando Damien baixar a guarda na vigia em você vamos dar um jeito de fazer você e Felicity se comunicarem.

Sentindo o coração pesado de saudades, Oliver assente, sabendo que Diggle tem razão, mas não conseguindo controlar de seu coração bater dolorido em sue peito, ansiando para encontrá-la logo, ou ao menos conversarem por celular. Qualquer coisa.

(...)

O dia inteiro. O maldito dia inteiro tentando descobrir o que raios Damien Dahrk estava fazendo. Felicity tinha o computador em cima das pernas cruzadas na cama. Passara o dia inteiro na Star Labs combinando todas as peças do tal projeto e tentando montá-lo. Depois de não ter sucesso, passara a desenvolver um programa que faria isso para ela, porem ele estava dando mais trabalho do que o imaginado. A única coisa que ainda a motivava a não deixar para depois é que estava quase acabando.

Mais alguns códigos aqui e ali e mais alguns ajustes e pronto! Ela já podia deixar que o programa montasse o projeto e dissesse a ela o que ele era.

Observou as palavras “processando” se ascender em sua tela e esperou ansiosamente, observando a barrinha verde ser preenchida. Respirando fundo e cansada, ela encostou a cabeça nos travesseiro, fechando os olhos por um momento apenas para descansar a mente e seus olhos.

Inevitavelmente, como todas as outras vezes, seus pensamentos foram direto para Oliver. Imaginou os olhos azuis a olhando intensamente, imaginou o toque quente de suas palmas em sua pele, imaginou os lábios pressionados contra os seus e sentiu seu coração disparar, louco de saudades.

Ela só precisava falar com ele, ela precisava dizer a ele o quanto tinha saudades. Precisava fazer algo, nem que tivesse de ir pra China e ligar para que fosse difícil Damein rastrear, se fosse uma carta dificultaria mais ainda e... carta!

Uma carta! Era isso, era tão simples! Uma simples carta, porque nenhum dos dois tinha pensado nisso antes? Em um mundo tecnológico desses eles somente tinham pensado em ligações, nem ao menos passou por suas cabeças voltar à moda antiga e mandar uma carta. Até porque cartas não davam para ouvir a voz um do outro, mas teria que servir, era melhor do que nada.

Pulou da cama, indo rapidamente atrás de papel e caneta. Seria a primeira carta que escrevia para ele, na verdade a primeira carta que escrevia a qualquer pessoa. Quem em pleno século XXI vivendo em um meio absurdamente tecnológico como ela pensaria em escrever cartas?

Voltou para a cama, com papel e a caneta vermelha. Vasculhando em sua mente inúmeras maneiras de começar. Mas, não foi tão difícil assim, quando colocou a caneta no papel e começou, as palavras simplesmente fluíram facilmente, como se ela realmente estivesse conversando com ele. Depois que terminasse, pediria para Roy mandar de uma forma rápida para Diggle para que ele entregasse para Oliver por ela.

Quando a barrinha verde em seu computador enfim chegou ao fim, Felicity teve de respirar fundo antes de ver todo o projeto pronto. Guardou a carta finalizada e clicou para ver o projeto.

Seu coração disparou assim que ela leu tudo o que aquilo poderia fazer e não houve duvidas de que Damien usaria aquilo contra a cidade. O motivo não estava claro, mas ele iria com certeza. Oliver não poderia continuar fazendo parte daquilo, eles tinham que impedir Damein de fazer isso, eles tinham que fazer algo!

Mesmo com tudo que ela, com a ajuda da Star Labs, estavam fazendo, não daria para impedir algo assim. Sem falar que Damien provavelmente planejava matar todos eles no processo daquela coisa.

Ela pegou rapidamente o celular, tinha que avisar Roy para ele avisar Diggle e eles tinham que bolar um plano logo, um plano diferente já que não imaginavam que Damien faria tal coisa. Eles tinham que agir, não havia mais tempo.

(...)

—Não há mais nada que eu possa fazer John, eu vou lá e vou falar com ele. – Oliver rugiu com raiva, sabia, ele sabia que não era boa coisa o que Damien estava fazendo. Mas também, não que seria algo desse porte, não algo contra a cidade. O que ele ganharia com aquilo afinal?

—Oliver, não faça nenhuma besteira.

—O que sugere que eu faça? Não posso fingir que não sei de nada.

—Sim, mas se chegar confrontando-o, ele pode querer dar o troco ou coisa assim.

—Temos um acordo, ele não pode fazer mal a ninguém importante pra mim e o que ele planeja fazer, vai não só machucar quem eu amo, mas a mim e a todas as outras pessoas dessa cidade. Eu vou lá e ele não vai usar essa coisa, ele não vai.

Soltou enfurecido o papel com o desenho do projeto em cima da mesa, vestiu o paletó apressado e pegou o celular, saindo a passos largos da empresa.

Oliver tinha certeza que nunca tinha dirigido tão rapidamente assim. Diggle nunca ia com ele nos encontros com Damien, Oliver achava melhor evitar esse tipo de exposição. Tinha ligado para Dahrk e ele o esperava, Oliver sabia que a conversa não seria fácil, mas não poderia recuar agora. Tinha que agir antes que fosse tarde demais.

Parou no local isolado, vendo Damien parado com a mesma pose de sempre, apenas esperando por ele.

—Espero que seja urgente para ter me tirado tão abruptamente dos meus negócios. – disse á Oliver.

A fúria queimou em suas veias e Oliver não pensou duas vezes antes de fechar o punho e dirigi-lo rapidamente em direção ao queixo de seu inimigo, atingindo com força desmedia. Ignorando os dois capangas armados ali, eles não atirariam nele. Precisavam dele então não o matariam.

—Que merda você pensa que está fazendo? – Damien disse enfurecido, não erguendo o tom de voz, mas deixando claro sua revolta.

—Eu sei, eu descobri o que você está fazendo.

—Oh, imaginei que isso aconteceria quando eu pedisse para construir as ultimas peças.

—E então?

—E então o que?

—Você realmente pretende usar aquilo contra a cidade não é?

—Acha que vou usar uma maquina de terremoto para destruir Starling e fazer parecer um desastre natural incomum nessa área e deixar que você morresse no processo? Mas é claro que não, que tipo de monstro você acha que eu sou?

—Então... – Oliver o incentivou a continuar explicando, confuso e não completamente convencido de que ele não faria nada.

—Eu planejava avisar a você para que saísse da cidade com sua família antes.

—O que? Vai mesmo acabar com a cidade? – ele perguntou, tentando controlar a raiva e obter respostas - Por quê?

—A cidade já está morrendo, Oliver, não percebe? – Damein gesticulou com as mãos, ansioso para fazer Oliver entender seu ponto, completamente alucinado com a sua idéia. –E vocês, com suas presidências e empresas multibilionárias ficam se matando para salvá-la. Mas, olhe só, eu faço parte, Queen, de uma organização que quer que vocês a deixem morrer! Vou fazer algo muito melhor com ela depois.

—Não precisa matar as pessoas pra isso.

—Preciso, porque as pessoas também fazem com que ela morra, as pessoas são grandes contribuintes para isso e elas atrapalham meus planos.

—Não vou te ajudar a fazer isso.

—Você já está ajudando e não há como voltar.

—Pois eu paro de ajudar! Você não pode fazer isso, eu não vou permitir que faça.

—Você não pode me impedir de fazer nada. – riu, achando graça da bobeira que Oliver lhe falava.

—É o que vamos ver. – Oliver deu as costas a ele. Não sabia o que iria fazer, mas tinha que fazer algo, não podia ajudá-lo a fazer mais nada.

—Não vire as costas para mim! Você não pode quebrar o acordo, eu não sou homem de fazer ameaças vazias, você irá se arrepender disso.

—O que irá fazer? Explodir minha cabeça? –Oliver perguntou em ironia. – Não vou mais ficar sentado e assisti-lo destruir tanto, eu vou impedir você!

Sem querer ouvir mais nada, Oliver continuou andando e entrou novamente no carro. Dando partida e seguindo caminho de volta para casa. Ainda atordoado e desesperado. Estavam completamente encurralados, sem saber o que fazer. Sabia que chegaria a hora que teriam que lutar, estavam se preparando para isso, mas não pensou que teria que ser tão cedo.

Xxxxx

Permaneceu as próximas horas sentado em sua cadeira na presidência da QC, a noite já estava chegando e seus funcionários indo embora, mas Oliver tampouco se incomodou em se mexer. A cabeça explodia e o peito se comprimia em preocupação. Não sabia o que fazer e enquanto mais pensava, sua mente viajava em imaginar vários cenários de como aquilo tudo acabava e nenhum dos cenários teve um final feliz, em todos eles alguém que era importante para ele morria, senão todos eles. Como ele lutaria contra Damien de uma forma que não machucasse ninguém? Era praticamente impossível.

—Hey, Oliver. – levantou os olhos para encontrar John parado em sua frente. –Você não deveria ir para casa?

—Ficarei mais um pouco.

—Fazendo o que? Se torturando pensando em uma maneia de atacar Damein? Já temos nosso plano, Oliver, assim que ele atacar, nós atacamos. 

—Vamos esperar que ele ataque primeiro? É loucura, Diggle.

—Talvez, mas precisamos pensar com calma, ou ele pode fazer algo ruim, muito ruim.

—Posso fazer algo pior.

—Você não pode, você é uma pessoa boa, Damien não é. Não desça ao nível dele.

Assentiu ainda não concordando. Apenas queria encerrar o assunto.

—Acharam algo sobre o pai de Felicity? – perguntou. Estavam atrás do homem desde que ele havia fugido. Mas ele desaparecera completamente, como um fantasma.

—Não, nem mesmo um rastro. E por falar em Felicity... – ele estendeu a Oliver um envelope todo branco. –Não foi nada fácil receber isso discretamente, mas conseguimos.

—Isso... É-É dela? – Oliver perguntou esperançoso, com medo de não ser, mas assim que Diggle assentiu ele se agarrou ao papel como se fosse a ultima água do planeta, o ultimo suspiro que ele fosse dar em terra. Desde o começo esperava ansioso por qualquer coisa dela e vice versa e ela havia... O escrito uma carta? Riu, imaginando o quão estranho isso foi para ela que era cheia de tecnologia. Felicity Smoak voltando ás antigas e lhe escrevendo uma carta.

—Bem, vou descer e pegar um café, comer alguma coisa. Você quer algo? – Diggle perguntou, já saindo pela porta.

Oliver apenas balançou a cabeça negativamente, abrindo o envelope rapidamente. Ignorando a risada divertida de Diggle que olhava a cena.

—Tudo bem então, vou deixar você sozinho para namorar sua preciosa carta.

Oliver amassou um papel e jogou na direção de Diggle que saiu da sala ainda rindo do amigo.

Desdobrando o papel que estava perfeitamente dobrado ao meio ele começou a ler, se sentando mais confortavelmente na cadeira, esquecendo do peso do mundo em suas costas e apenas devorando cada palavra. Era incrível, como se estivesse com ela em sua frente, quase podia ouvir o tom sonoro de sua voz, falando baixinho em sua orelha, cada palavra escrita ali com sua letra caprichosa.

Ao terminar de ler, ele a releu, e então novamente, e outra vez. Nunca se cansaria. Ele apenas queria abraçá-la, apertá-la fortemente contra ele, a beijar e nunca, jamais se separar dela novamente.

A porta de sua sala foi aberta violentamente e um Diggle ofegante passou por ela, ele parecia extremamente aflito e isso bastou para Oliver se levantar, a preocupação já começar a maquinar em sua mente.

—O que aconteceu?

—Oliver, eu sinto muito, sinto tanto. Eles... Damien, eles... Eles levaram Felicity.

—O que? – gritou, incrédulo e sentindo algo dentro dele se partir.

—Foi tudo muito rápido e um plano muito bem arquitetado, não tiveram tempo de fazer nada. Em um momento ela estava e no outro não.

Sentindo seu coração bater como louco em seu peito, Oliver começou a andar.

—Damien mandou uma mensagem, você tem que encontrá-lo no lugar de sempre. E dessa vez eu vou junto, Oliver.

—Aquele maldito, ele vai pagar por isso, se ele encostar num fio de cabelo dela, eu o mato! Mato com minhas próprias mãos, o mato Diggle!

A raiva era evidente em sua voz, ele seria capaz de matar Damien se ele fizesse mal a Felicity, não importava o que aconteceria com ele depois, nem que ele também morresse no processo, mas ele o mataria.

Apertou o botão do elevador. A mente criando um universo aparte daquele, completamente transtornado, só conseguia pensar em Felicity em perigo, em Felicity nas mãos daquele monstro.

“Querido Oliver,

Já faz algumas semanas não é mesmo?Não sei por que demorei tanto para pensar nesse meio de comunicação em particular. Acho que estávamos com tanto medo de Damien descobrir qualquer coisa e colocar todo nosso plano a perder que nós o imaginamos sendo quase que onipresente. Mas realmente não acredito que ele confisque suas cartas, até porque estou a colocando em um envelope disfarçado e mandando através de Roy. Sei que temos muito acontecendo em nossas vidas agora, mas não estou escrevendo para falar de qualquer plano ou de qualquer maluco que esteja querendo destruir tudo e a todos.

Estou aqui apenas para falar sobre nós.”

Saiu do elevador e Diggle foi em direção ao volante, e os dois saíram em alta velocidade novamente. Passando pelos carros e pelos sinais vermelhos. Sem se importar com mais nada, Diggle telefonou para Roy e colocou no viva voz. Roy contava o que havia acontecido.

—Foi tudo muito rápido, a fumaça começou a subir enquanto estávamos na Star Labs. Felicity voltou para lá depois que descobrimos o que era o projeto e estávamos pensando no que fazer. Bem, a fumaça tinha alguma coisa para dopar, e todos nós caimos desacordados. Eu sinto muito Oliver, eu não pude fazer nada para impedir e esse era o meu trabalho. Eu falhei com você e com Felicity, com todo mundo.

Ontem, depois de colocar Miles para dormir (ele sente muito sua falta, por falar nisso.) Eu olhei para a janela e vi a lua, já fazia algum tempo que eu não o fazia e apenas me peguei pensando em como olhá-la me fazia lembrar a nós. Da primeira vez que nos separamos, quando estávamos bêbados e ligamos um para o outro, eu estava olhando a lua enquanto falávamos e é um tanto curioso que sempre que sinto saudades... Eu simplesmente a procuro. Talvez o fato de que a lua é a mesma para todo mundo tenha algo a ver com isso.”

—E Miles? – Oliver perguntou preocupado com o menino.

—Graças a Deus Felicity tinha deixado-o com uma babá, ele está conosco, ainda está dormindo, não vamos acordá-lo para dizer que sua irmã sumiu.

—Não faça isso, não faça nada que possa assustá-lo. – Oliver instruiu. – Estou indo encontrar Damien e ele vai soltar Felicity, queria ele ou não. Eu vou forçá-lo a soltar.

Já fazem algumas semanas, mas não houve um dia sequer em que não pensei em você, em que não pensei em nós. Imaginei como será quando tudo isso acabar, quando pudermos viver em paz, juntos. Me imaginei levando Miles para a escola e depois nós dois, você e eu, caminhávamos calmamente até a QC, onde seria apenas um local de trabalho. Imaginei que o único “problema” que teríamos, seria todas as fofocas que correria por toda a empresa sobre nós dois. Imaginei em como seriamos impossíveis e constantemente flagrados em meio a beijos urgentes. Seriamos apenas... Duas pessoas vivendo uma vida juntos.”

 

Ele também tinha falhado. Não só Roy, Oliver também tinha falhado com Felicity. Pelo menos era isso que ele repetia em sua mente. Ele tinha prometido que iria protegê-la e não o fizera, deixou que fosse levada, não estava perto para ajudá-la, estava longe, muito longe para protegê-la como tinha prometido. E agora ela estava em algum lugar, novamente seqüestrada e devia estar com medo, com medo de novamente ficar anos ali. Ele tinha que libertá-la. E rápido.

E eu desejo tanto isso, sinto tanto sua falta e lamento tanto estarmos tão, tão longe um do outro. Anos atrás eu realmente não imaginava que algo assim fosse acontecer, depois de ter sido tão duramente enganada por um namorado e por meu pai, duas pessoas que eu amava. Eu realmente deixei de acreditar em tal sentimento. Sabe, amar alguém sem medidas e fazer todas as loucuras possíveis por ela, sem segundas intenções, um sentimento lindo e puramente partido do amor pelo outro. Eu não acreditava mais, eu não queria mais, eu não procurava mais e não sentia mais.”

Felicity acordou, sentindo o peito pesado e a mente lerda. Mas isso não retardou sua percepção de onde ela estava. O lugar era pequeno e apertado, havia uma porta e uma pequena portinhola no fim dela, obviamente pare passar comida. Se levantou trêmula e olhou em volta, observando as parede. Totalmente sem saída. Seu coração estava acelerado e seus pulmões pareciam se comprimir dentro de si.

Enfiou os dedos no meio dos cabelos, começando a se desesperar. Estava presa novamente, havia sido seqüestrada novamente. O pesadelo estava recomeçando... Ela estava sozinha mais uma vez.

Correu até a porta, começando a soar com força a madeira, gritando repetidamente para que a libertassem.

Ela não podia pensar assim, não estava sozinha. Oliver iria procurá-la, Oliver e todos os seus amigos. Ela não estava mais sozinha, mas ainda assim, sua mente insistiu em viajar para anos atrás, quando ela ficara dias sem comida, isolados do mundo em um pequeno quarto sujo. Sem saber o que seria de sua vida e o desespero apenas aumentava dentro dela. Iria enlouquecer.

Acontece que, alguém deu em cima de mim em uma fila para o café, deu em cima de uma Felicity que estava considerando... voltar a querer aquele sentimento, mas ao mesmo tempo, que tinha um extremo medo de se entregar novamente. Acontece também, que o “alguém” ganhou nome e um pequeno espaço na curiosidade de minha mente e na pequena esperança de meu coração.”

Oliver nunca sentira tamanho desespero em toda sua vida. Damien havia avisado e ele não escutara e agora ele tinha Felicity em mãos, podendo fazer o que bem entendia com ela, apenas para chantageá-lo, para puni-lo e isso estava matando-o por dentro.

Em sua mente repetiu para si mesmo que não iria permitir. Não iria permitir que nada acontecesse com sua loira, nada. Prometeu isso incansavelmente durante todo o caminho até Damien, ele não suportaria perdê-la. Não suportava a idéia de vê-la machucada, ele iria fazer algo. Qualquer coisa para tê-la de volta.

Oliver, você me conquistou pouco a pouco. Você lutou pelo espaço em meu coração e você conquistou com vitoria cada mínima parte dele, você correu atrás de cada pedaço partido e se esforçou para montar o quebra cabeça em que eu me encontrava emocionalmente, você não apenas fez eu acreditar novamente no amor, mas me fez senti-lo tão intensamente quanto eu nunca senti antes.

Nunca fui muito dessas de “amor verdadeiro” ou de contos de fadas, mas me lembro de um em particular que mamãe sempre lia para mim e eu adorava. “A bela e a fera”. É claro que não é bem nossa situação, mas existe a semelhança onde dois corações completaram um ao outro, onde um recuperou partes perdidas um do outro, onde descobrimos nossos respectivos demônios e compartilhamos um com o outro para que tivéssemos onde nos apoiar e simplesmente... Pedir por ajuda, querer ajuda, ansiar por ser liberto. E ao simples cair da ultima pétala, quando já não havia mais tempo ou esperança nós resgatamos um ao outro. É algo lindo Oliver.”

Chegou ao local e saiu do carro apresado, fechando a porta com força e dando passadas largas pelo lugar, procurando por seu inimigo. Mas, Damien não estava ali.

—Onde você está? – gritou, girando no mesmo lugar, olhando cada canto atrás dele. –Apreça!

—Oliver! – ouviu Diggle gritar. Mas já era tarde.

Oliver sentiu o impacto contra ele e caiu no chão. O ombro queimava horrivelmente, o barulho lhe ensurdeceu momentaneamente, ainda ecoando pelo vendo. O som do disparo. E um segundo surgiu, mas dessa vez ele não conseguiu identificar com precisão onde fora. Sentia apenas dor e incapacidade.

Ele não parava de falhar, não parava de falhar com sua amada. E se ele estivesse morrendo? Felicity estava presa em algum lugar e ele não podia ajudar no momento, não podia ter o pescoço de Damien em suas mãos e enforcá-lo, não podia olhar em seus olhos e assisti-lo morrer.

Sentiu as lágrimas se formarem em seus olhos.

Nosso amor é algo lindo e olhe só, é por ele que estamos lutando, não pensamos em desistir, não pensamos em terminar por ser complicado demais, por não querer os problemas um do outro. Não, nós batalhamos juntos desde o começo e assim será até o fim. Termine como terminar, há uma coisa que Damien não pode nos tirar, o amor que sentimos um pelo outro. Isso ele não pode, e enquanto o tivermos, então teremos o combustível necessário para terminar com o pesadelo e podermos viver o que nossos corações tanto anseiam.”

Viu Diggle entrar em seu campo de visão, pontos pretos começavam a se fazer em sua frente e ele sabia que desmaiaria. Viu as mãos de Diggle sujas de sangue e sabia que o sangue era seu. Quantos tiros ele levara? Não sabia ao certo.

Mas, novamente sua mente havia se desligado e ele apenas conseguia pensar em como havia falhado com Felicity, em como havia deixado que ela fosse levada novamente. Ele tinha que viver, ele tinha que libertá-la e tinha que matar Damien, tinha que cuidar de Miles até que achassem Felicity, ele tinha muito o que fazer ainda, não podia morrer, não podia se deixar levar pela escuridão. Ele tinha de viver, por ela, por seu amor. Ele tinha de lutar. Tudo por ela, qualquer coisa por ela.

Seus olhos pesaram e a escuridão o levou, a inconsciência chegou sem conseguir ser impedida.

Eu só tenho a agradecer a você, obrigada por estar sempre ao meu lado. Por me proteger como podia, por não desistir de nós, por juntar os meus cacos e por me deixar juntar os seus. Por dar tudo de você para mim como nenhum outro jamais faz, obrigada por simplesmente... Colocar seus braços ao meu redor e me fazer inquebrável. Como eu nunca fui feita.”

Eu te amo.

Com todo o meu coração, sua loira, Felicity Smoak.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Como eu disse, a coisa começou a ficar tensa né kkkkk. Deixa eu dar um recado rapidão, talvez (bem talvez mesmo) eu vá viajar esse fim de semana e nãos sei eu dia eu volto, se eu for não dará pra postar capitulo segunda. E também como ainda tenho que começar a escrever o proximo ja que não escrevi nada durante essa semana que fiquei passando mal, também não sie se terá capitulo mesmo se não viajar kkkk prometo fazer o possivel, tenho as datas marcadas em cada capitulo então atrasar também é ruim pra mim kkkk.
Enfim, espero que tenham gostado do capitulo, comentem! bjsss.



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