Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 27
Capitulo 26 - Proposta


Notas iniciais do capítulo

Eaeeeeee gente. Me desculpem! Eu sei que demorei muito, mas viajei antes do que pensei que iria e voltei depois do que pensei também. Quando voltei veio visia em casa por uma semana. Também tenho que lembrar vocês do que eu tinha falado um tempo atras lembram?Que eu disse que preciso trocar de óculos por ele estar fraco e isso me da muita dor de cabeça, por ficar forçando a vista, tonturas e tudo o mais. Pois é, não troquei o óculos ainda e pra ajudar meus quatro dentes do ciso (pois é, os quatros de uma vez) estão nascendo. O que aumenta a dor de cabeça, dor de ouvido, febre. Só Deus na causa kkkk então ta meio dificil escrever esses dias, ainda que divido o pc com a minha mãe, eu tinha dito quando postei I swear que iria postar o capitulo ontem, mas choveu muito e a internet não funcionava. Realmente não foi por querer que atrasei o capitulo, sinto muito.
Enfim, temos uma açãozinha nesse capitulo, sinto por estar postando ele logo depois da bomba que foram os spoilers da volta da série né, pobre de nossos corações kkkk Espero que gostem do capitulo, boa leitura!



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Se uma grande onda cair

E cair sobre todos nós

Então eu espero que haja alguém lá

Que possa me trazer de volta para você

Se eu pudesse, então eu iria

Eu vou aonde quer que você vá

Bem lá em cima ou lá embaixo

Eu vou aonde quer que você vá

Fuja com meu coração

Fuja com minha esperança

Fuja com meu amor

Agora eu sei exatamente como

Minha vida e o meu amor poderão continuar

Em seu coração, em sua mente

Eu ficarei pra sempre com você

(Wherever you Will go – The Calling)


Eu podia sentir as batidas frenéticas do meu coração, batendo desesperadamente dentro de mim, podia sentir meus pulmões darem leves comprimidas, expulsando o ar que entrava com dificuldade. Minhas mãos geladas tremiam levemente enquanto estava sentada no grande sofá da mansão Queen. É claro que Thea e Moira chamaram a policia e nenhum deles entendiam a finalidade do vídeo. Uma vez que os seqüestradores não falaram sobre barganha ou qualquer outra coisa, o vídeo simplesmente era de Oliver sendo espancado enquanto acorrentado.

–Se voltarem a fazer contato, deve nos alertar Senhorita Smoak. – ouço a voz de Lance me dizer e apenas assinto com a cabeça.

–Nós avisamos qualquer coisa. – Thea assegura enquanto os acompanha até a porta.

Os investigadores estavam trabalhando no carro de Oliver, em câmeras de seguranças, em testemunhas enquanto eu estava sendo obrigada a permanecer sentada esperando. Ah, mas não ia mesmo. Eu tinha que fazer algo, antes que fosse tarde demais, antes que Damien fizesse o pior.

–Felicity, onde você vai? – Thea pergunta quando me levanto.

–Preciso fazer algo, Thea.

Corro as escadas para o andar de cima e entro no primeiro quarto onde Miles está adormecido na cama. Pego-o no colo com cuidado para não acordá-lo e volto a descer as escadas.

–Fazer o que? – Thea volta a perguntar. –Felicity não é seguro. Você agora é importante para Oliver e os seqüestradores devem saber disso, nenhuma de nós três deve dar bobeira por ai.

–Não darei bobeira, e também tenho Dg e Roy, ficarei bem.

–E Miles? Onde quer que você vá fazer o que quer que ache que pode fazer, você vai levá-lo?

–Mas, o que quer que eu faça? Preciso levá-lo.

–Ele está dormindo, deixe ele aqui. Ficara seguro e bem, temos policiais e seguranças por toda a mansão e a mídia, ninguém estranho entra ou sai daqui. Será uma preocupação a menos para você.

–Oliver foi seqüestrado, não deixarei que vocês ainda tenham que se preocupar com ele.

–Não será um incomodo, temos as empregadas caso ocorra algo emergencial, eu olho ele, não se preocupe. Pode confiar em mim.

Olho em seus olhos e suspiro, vendo sinceridade ali. Olho Miles completamente apagado em meu colo e sorrio, acariciando suavemente sua bochecha.

–Tudo bem... – Thea se aproxima e passo Miles para seus braços. –Qualquer coisa me liga.

–Liga se encontrar algo.

–Não se preocupe, eu tenho que conseguir algo e eu vou conseguir.

Depois de uma ultima olhada para meu irmão, abro a porta e saio. Diggle sai do carro em que estava, desligando alguma ligação em que estava.

–John... – estava esperando alguma argumentação contra da sua parte, mas ele ergue a mão para que eu não fale nada.

–Eu estava mesmo me perguntando quanto tempo levaria até você aparecer. Vamos, sei que não via descansar até encontrá-lo.

–Nunca. – entro no carro e ele rapidamente vai para o outro lado do motorista.

OLIVER

Encarando o chão branco abaixo de mim o ar entrava cada vez com mais dificuldade em meus pulmões, Damien havia mexido nas correntes e agora elas me suspendiam completamente. Simplesmente não podia tocar no chão, e toda vez que me mexia tentando me soltar simplesmente balançava para frente e para trás, me causando náuseas e ainda mais dificuldade de respirar com a pressão em meu abdômen.

Sinto cada músculo meu doer e abro os olhos com dificuldade, observando as gotas de sangue no chão, a única coisa com cor que eu via, o sangue que escorri dos meus lábios cortados pelos socos anteriormente. Damien ainda não havia me dito o que queria, algo que não fazia nenhum sentido, porque me manter preso sem dizer o que queria?

Bem, a única alternativa que me vinha a mente era a pior. Ele tentaria chantagear Felicity, querendo algo dela, uma vez que eu não o via já há algumas horas, talvez fosse isso que estivesse fazendo agora mesmo. Esse pensamento era o que estava me mantendo acordado, ainda puxando o ar o máximo que conseguia, ainda tentando pensar em uma forma de escapar e ainda me balançando nas correntes, por mais que isso me fizesse sentir ainda pior. Eu precisava sair dali.

Talvez eu fosse morrer, talvez ele apenas estivesse adiando por querer me torturar, e seu plano desde o inicio era me matar para fazer mal á Felicity. Afinal, ela tinha me avisado, certo? A maldita audiência de Miles a qual Damien aparentemente tinha ajudado não passava de uma distração para conseguir me seqüestrar sem dificuldades, ele tinha dito a Felicity que de qualquer forma ela perderia. Com todo esse trabalho ele só podia estar mesmo querendo me matar no fim.

Respirei fundo e novamente me agitei sobre as correntes, sentindo o embalar de trás para frente, remexendo meus pulsos em tentativas falhas de me soltar, eu não podia ficar ali pensando em minha possível morte, eu tinha de lutar. Enfim ouço a porta ser aberta e não sei se fico preocupado ou aliviado com isso, principalmente quando percebo não ser a policia ou coisa assim.

–Curtindo a estadia? – Damien solta em deboche com um sorriso sarcástico no rosto.

Não respondo, me negando a dar qualquer tipo de mais humilhação em sua frente. Queria apenas sair dali e socá-lo até que estivesse a beira da morte.

–O que você quer?

–Você realmente não muda o disco, nem um pouco divertido. Sempre perguntando o que eu quero, como se estivesse disposto a dar qualquer coisa, mas sabemos que não é verdade, não é?

Levanta as sobrancelhas em minha direção com a insinuação e sinto meu sangue ferver.

–Não ouse chegar perto de qualquer um deles. –ameaço.

–Poupe seu tempo fazendo ameaças vazias, você acha o que? Que vou sair te ameaçando com sua família? Talvez, mas não agora. Vamos falar de negócios.

–Negócios?

–Claro, ou achou que eu te manteria aqui preso como um ratinho de laboratório? Não obrigada, você não é um hospede muito legal.

–O que você quer?

–Que trabalhe para mim, quero que entre para a H.I.V.E.

Continuo o encarando, esperando que dissesse algo sarcástico no minuto seguinte que denunciasse que ele estava brincando. Mas, isso não aconteceu.

–De jeito nenhum!

–Ah, então você vai continuar preferindo o jeito difícil, não é?

Agitei-me novamente nas correntes, não querendo mais ouvir nada daquela oferta, não aceitaria tal coisa, nunca, nem que ele me matasse.

–Nunca vou aceitar algo assim, desiste.

–Bem, é uma escolha sua aceitar ou não, mas não é uma escolha sua decidir as consequencias de sua decisão.

–O que quer dizer?

–Quero dizer que, você pode negar se quiser, mas isso me deixara furioso, e você não quer me ver furioso, não vai querer que eu me vingue ou tente forçá-lo.

–Se ousar chegar perto da minha família eu acabo com você!

–Bem, você definitivamente não está em posição de medir força comigo, eu estou no controle aqui, você apenas tem que dizer sim ou não para minha oferta e independente dela eu lhe deixo ir, mas você partirá com a consciência de que cada decisão vai haver uma conseqüência.

–Pra que precisa de mim?

–Preciso fazer um projeto... Interessante. E você é dono de uma empresa multibilionária, eu ainda não tenho um empregado com esse cargo. E então, o que você decide?

Não sabia simplesmente o que responder.

–O que esse projeto faria? Seria apenas isso e depois eu poderia sair não é?

–Não, não é assim que funciona, você vai sair quando eu quiser que você saia, mas talvez eu considere deixar se meu plano der certo. Preciso do projeto pronto o mais rápido possível, vai ser... Seu projeto de inicialização, o primeiro que fará por nós e depois é oficialmente parte da HIVE. É uma iniciação melhor do que ter que matar suas fraquezas não acha?

Continuo olhando-o sem saber ao certo o que dizer com toda aquela insinuação. Era insano eu sequer considerar aceitar, mas se eu não aceitasse ele faria algo ruim, muito ruim com quem eu amo.

Um toque de celular preenche o silencio do local e Damien pega o aparelho do bolso.

–Ora, veja só. Parece que a Srta.Smaok enfim conseguiu algo, ela é realmente muito inteligente.

Ele atende a ligação e fecho os punhos ao ver seu sorriso irritante no rosto.

–Oh, ele está sendo muito bem tratado, quer dar um oi? – ele estende o celular para mim e toda minha raiva se esvai, tomando o desespero, seu lugar.

–Felicity! – chamo, queria dizer que estava bem, pedir para que não fizesse qualquer loucura por mim e que se mantivesse segura. Mas, Damien afasta o celular antes que eu falasse algo mais. –Não!

–É claro que não, que tipo de pessoa acha que sou. Estou dando plena escolha á ele.

Ele caminha até a porta, mas ao contrario do que penso ele não sai por ela. Damien pressiona o enorme e branco botão que havia ali e então eu sinto o impacto forte do meu corpo no chão, enfim não mais pendurado no ar, mas as correntes permanecem firmemente presas.

–Vamos ver. – encerra a ligação e caminha até mim.

–O que acha de um trato? Lhe darei alguns dias para pensar, quando tiver uma resposta dê um jeito de me contatar, se demorar de mais eu vou até você. E pode ter certeza que não será um encontro agradável como esse.

A porta se abre e Damien sai por ela. Mas logo em seguida, depois de sentir novamente a picada em meu pescoço tudo escurece e sou engolido pela inconsciência.

FELICITY

Era arriscado e toda a adrenalina corria por minhas veias enquanto eu estava amarrada a Dig, que tinha um pára-quedas nas costas. Ajeitei meu capacete e olhei para baixo. Grande erro, minha mente simplesmente gritava o quão idiota eu era por estar fazendo isso, olha essa altura!

–Dig...

–Não olhe para baixo. – diz enquanto arruma o equipamento. –É por Oliver, lembra?

Respiro fundo e assinto, prendendo meu lábio inferior entre os dentes, tentando conter o pavor.

–Por Oliver. – digo para mim mesma. –Não imaginei que fossemos saltar de para-quedas.

–Bem, não podemos simplesmente entrar pela porta da frente.

–Sim, mas... – antes que eu possa terminar de falar sinto o impulso. Dig havia pulado sem nem me avisar!

Meu cérebro trava, não consigo gritar e meu coração bate mais rápido do que nunca em meu peito. O vento bate contra nós, fazendo barulhos em nossos ouvidos e quando enfim encontro minha voz e consigo gritar, protejo os olhos para que Dig e eu atravessemos o vidro.

Logo atrás de nós vinha Roy e mais três agentes da A.R.G.U.S. que segundo Dig estavam devendo favores a ele.

Tento controlar minha respiração depois d éter atravessado o vidro, cada vez mais aumentando a percepção de como isso foi uma loucura. Nunca me imaginei pulando de para-quedas.

–Felicity, é pela direita. –Diz Dig, se desamarrando de mim e pegando sua arma. -Vai! Vamos te cobrir.

Me cobrir?

A porta se abre e vários capangas de Dahrk aparecem atirando. Dig e os outros se apressam em atacar e rapidamente me abaixo, indo o mais rapidamente para o caminho que Dig me indicara.

Enfim passo pela porta, encontrado um corredor e suspiro aliviada por estar fora do fogo cruzado. Pego o tablet rapidamente e vejo o mapa nele, que consegui encontrar depois de ter rastreado Oliver, o ponto verde indica ele e eu não estava muito longe. Devia ter alguma passagem secreta nessas paredes segundo meu mapa, mas aonde?

Me levanto e olho preocupada para os lados, procurando se alguém aparecia, mas ninguém surgiu. O barulho de dentro da sala onde eu acabava de sair aumentava, o que significa que a luta ali não está nada fácil. Preciso ser rápida.

Começo a passar as mãos pelas paredes, olhando o mapa e também procurando algo na parede que denunciasse uma passagem. Viro o corredor e ouço vozes juntamente com passos de pessoas correndo. Encosto a mão na parede e uma porta se abre abruptamente, me fazendo cair sobre ela, me arrasto para dentro rapidamente e me levanto, usando meu peso o Maximo que pude para fechar a porta novamente.

O silencio que se fez foi estranho, a sala provavelmente era a prova de som do lado de fora. Respiro fundo tentando normalizar minha respiração ofegante, me viro e pela primeira vez noto a cor das paredes e da porta. São todas absurdamente brancas. Sigo por um corredor estreito e bem iluminado, quase queimando minhas retinas. Hesito em abrir a porta no fim do corredor, não sei o que vou encontrar aqui, e se for mais capangas? Mas, e se for Oliver?

Puxo o ar com força e firmo a mão na maçaneta branca, forço de uma vez a entro na sala, também toda branca, mas esse fato não me importou mais a partir do momento em que encontro Oliver acorrentado, sua cabeça pendia para baixo, parecendo desacordado e meu coração bate dolorido dentro de mim enquanto forço minhas pernas bambas a correrem até ele.

Vejo o sangue no chão e seu rosto machucado, as lagrimas queimam em meus olhos.

–Oliver! – o chamo, segurando seu rosto em minhas mãos. –Oliver, vamos acorde, por favor.

Forço as correntes de seu pulso, tentando solta-las, mas em vão.

–Oliver.

Ele se mexe e quase suspiro aliviada.

–Hey, sou eu, olha pra mim, Oliver.

Ele força o olho inchado a se abrir, os olhos desfocados me procuram e quando param para me fitar vejo a tentativa de um sorriso.

–Loira.

–Oliver! Vou te tirar daqui.

–O botão. – murmura. –O botão.

Olho em volta, a procura. Mas era difícil, uma vez que era tudo malditamente branco aqui. Observo um perto da porta e corro até la, apertando o botão sem hesitar. As correntes se abrem, mas Oliver não se meche, parece não ter forças para isso. Corro novamente até ele.

–Hey, vamos Oliver, vamos sair daqui.

Seguro seu braço e o circulo em meu pescoço, ele tenta se levantar, mas sem sucesso.

–Ele... Me deu algo, não consigo, Felicity. Não... Consigo. –Ele cai novamente desacordado para o meu completo desespero.

(...)

OLIVER

Tudo parecia simplesmente lerdo, eu provavelmente tinha acordado há cerca de cinco minutos, mas minha percepção das coisas parecia travada. E somente agora eu conseguia reunir forças para tentar abrir minhas pálpebras pesadas. Respirei fundo completamente aliviado por não ter mais o aperto das correntes em mim, eu não sentia qualquer tipo de dor, apenas o corpo pesado e preguiçoso. Apesar da lenta percepção eu pude notar algo pressionado em meu braço e minha mão tocando algo quente, envolto em algo.

Sorri quando a primeira coisa que meus olhos conseguiram focalizar foi a cabeleira loira, logo depois percebi que ela estava deitada na cama comigo e havia envolvido meu braço em volta de si. Sua respiração era lenta e tranqüila enquanto ressonava em meu peito, completamente aconchegada em mim. Ainda não acredito que ele foi mesmo me buscar, ou talvez eu tenha alucinado.

Percebi que estava em um hospital e obriguei minha mente a se lembrar de tudo que ocorreu, algo não muito inteligente já que isso distribuiu uma tensão imediata por todo meu corpo. Observo Felicity e a preocupação me invade. Eu não poderia fazer isso, não poderia entrar para a HIVE e ficar submisso a qualquer ordem de Damien, eu não poderia fazer isso e ficar com Felicity ao mesmo tempo, não seria certo. Alem do que, eu não poderia fazer como seu pai e a deixar para entrar para uma organização criminosa como essa, eu não deixaria que ela passasse por isso novamente. Terceiro ponto era que eu não quero ser esse tipo de pessoa, não quero entrar em uma máfia e ser um criminoso, porém Damien deixou claro que a resposta negativa para sua oferta não o deixaria feliz e por mais que eu não quisesse ter, eu tinha medo, não só por mim, mas por minha família e Felicity. Ele não pensaria duas vezes antes de fazer qualquer maldade com alguma delas, e isso eu definitivamente não suportaria.

Sinto minha garganta seca e puxo o ar com força, enfim sentindo um leve incomodo em meus pulsos e abdômen onde as correntes estiveram. Felicity se remexe em meus braços e sorrio ao ver que está acordando. Espero pacientemente até que seus olhos enfim se abram e ela pisque algumas vezes, olhando em volta antes de levantar a cabeça e focar o olhar em mim.

–Oliver! – se levanta rapidamente, sentando na cadeira ao meu lado e levando as mãos para o meu rosto. –Meu Deus, eu quase morri do coração. Como você está? Está com dor? Consegue falar? Se lembra de mim? Vou chamar uma enfermeira e...

–Felicity! – minha voz sai falha e com dificuldade. Tusso, sentindo minha garganta raspar ainda mais. –estou bem, preciso de água.

Ela se levanta e vai até a porta, abrindo-a e chamando uma enfermeira, então volta para dentro e pega um copo de água para mim. Bebo tudo com desespero.

–Devagar, Oliver.

Sinto sua mão segurar a minha e seu olhar fixo em meu rosto. Suspiro, pensando em tudo que eles passaram com meu sumiço. Devolvo o copo e ela o coloca na mesinha ao lado.

–Desculpe. – digo. –Talvez tenha assustado vocês.

–Assustado? Eu estava prestes a ligar pra tudo quanto é medico pra te fazer acordar logo, fosse quem fosse. Alias, sua mãe também, está cheio de jornalista lá fora.

–É... Eles são bem empenhados.

–É uma loucura. – sinto seus dedos deslizarem por meu rosto, e os dedos tocarem meus lábios voltando pelo percurso anterior e o refazendo mais vezes, parando uma vez mais em minha boca.

–O que está fazendo?

Puxa o ar suavemente e sorri para mim.

–Apenas me certificando de que é real. – um brilho de lágrimas se faz em seus olhos.

–Hey... Está tudo bem, estou aqui, Loira. Alias, graças a você.

–Dig, Roy e alguns agentes da ARGUS ajudaram.

–Como saíram de la?

–Hm... Bem, foi estranho, foi fácil, como se Damien quisesse que saíssemos de la. E isso me preocupa ainda mais. – respira fundo, correndo os olhos por meu rosto, ainda tocando com as pontas dos dedos. -Oliver, você estava... Eu pensei que estivesse... – enfim algumas lágrimas escapam e levo minha mão até sua face, secando os rastros molhados por suas bochechas.

–Já passou, estou aqui. Está... Tudo bem. – a abraço e ficamos assim por alguns segundos até ela decidir que não era o suficiente e colar os lábios nos meus. O gosto doce explodiu em minha boca e me permiti me perder nela, segurando seu rosto mais firmemente contra o meu, me dando conta de que a saudades dela era maior do que imaginava e que se não parássemos agora, na pararíamos mais.

Ouvimos uma tossida forçada, o que fez com que nos separássemos. Era a enfermeira que sorriu constrangida para nós e veio em minha direção para me examinar.

(...)

Passamos correndo do hospital para o carro, desviando dos jornalistas e suas inúmeras perguntas. Segurei a mão de Felicity firmemente na minha, parecia que ela ainda não havia se acostumado muito bem com tudo isso.

–Tudo bem? – pergunto quando já estamos na segurança do carro.

–Sim, é só... Estranho. Como você lida com isso desde pequeno?

Dou de ombros.

–Não sei. Acho que é mais o costume, mas às vezes realmente nos tira do sério.

–É, você bateu em um deles uma vez.

–O que? Como sabe disso?

–Ah, Oliver, se está na internet eu posso achar.

Rio alto e passo meu braço em volta de seus ombros, trazendo-a para mais perto.

–Minha garota nerd.

Suas mãos pequenas circulam meu corpo e a sinto respirar fundo com a cabeça em meu peito.

–Estou tão feliz por você estar bem.

–É, eu também.

–Oliver, sei que não falamos disso ainda porque você estava no hospital e sua mãe e Thea ficaram ao seu lado o tempo todo também, mas... O que Damien queria?

Respiro fundo, eu estava adiando aquela conversa, pois queria aproveitar o máximo possível sem ter que pensar na tal oferta. Me assusta que minha resposta “sim” esteja me convencendo mais do que a “não”. Prefiro sacrificar a mim mesmo do que por em risco a vida de quem é importante para mim, por outro lado eu não sabia como fazer isso, não sabia como nossa relação poderia sobreviver a mais uma separação. Não que eu achasse que o amor entre nós acabaria com o tempo, não é isso, mas eu não sei quanto tempo levaria até podermos voltar e eu não poderia pedir a Felicity para esperar.

–Ele... Não disse, não deu tempo. Não entendi muito bem nada do que aconteceu lá, fiquei desacordado a maior parte e quando acordei ele não disse nada com nada. Desmaiei novamente e quanto acordei estava no hospital. –minto. Apenas diria a verdade quando eu tivesse uma resposta para mim mesmo, pois se eu contasse, ela iria me perguntar o que eu tinha decidido.

–Hm, estranho. – parece refletir um pouco, respira fundo e abre um sorriso. Ah esse sorriso, o que eu faria sem ele? Como eu poderia me afastar desse sorriso.

O carro para e percebo estar em minha casa. Sorrio feliz por ter saído daquele lugar, por ter voltado para minha família e Felicity. Saímos do carro e seguro a mão de Felicity enquanto andamos até a porta, os seguranças me cumprimentam e agradeço enquanto giro a maçaneta.

–Oliver! – a voz infantil encheu o cômodo e antes que eu pudesse raciocinar Miles se jogou contra mim e o segurei, ignorando a dor mínima ainda presente pelo meu corpo.

–Miles! – Felicity brigou com ele pelo gesto abrupto.

–Está tudo bem. – digo á ela. –Hey amigo, cuidou bem de Felicity por mim?

–Com certeza! Ela estava muito bem cuidada, Oliver. Onde você estava? – me encarou com curiosidade, algumas mechas do cabelo loiro penderam para o lado direito quando ele inclinou a cabeça.

–Tive que sair por uns dias, mas... estou de volta. Você não colocou a casa no chão, não é? – coloco-o no chão e ele corre até o sofá para onde eu me encaminhava.

–Não, eu sou muito comportado. – responde em tom sério e me seguro para não rir. Observo varias peças pelo chão da sala e depois de analisar um pouco vejo que é o carrinho de controle remoto que ele havia ganhado no natal. Estava completamente destruído.

–O que houve? Você quebrou o carrinho?

Ele olha para onde eu indicava e sorri, correndo até as peças.

–É claro que não, eu apenas o desmontei.

–Por quê?

–Hmm, para montá-lo de novo. – diz como se fosse algo obvio.

Coço o alto da cabeça, não entendendo qual a lógica nisso. Desmontar para montar novamente.

–E se você montar de novo ele ainda funciona?

–Sim, claro. Bom, eu acho. Vou montá-lo de novo ainda.

–Essa eu quero ver.

–Verá.

Sorrio e o observo, pensando em como ele estava diferente de quando o encontramos, mais falante e extrovertido, se mostrando cada dia mais uma versão em miniatura e masculina de Felicity. O que aconteceria se eu saísse abruptamente de suas vidas? O que ele pensaria? Como Felicity lidaria com isso? Ele acharia um outro alguém com quem ele agiria daquela forma? Ele daria aquela sua autorização para outro namorar Felicity?

Não sei bem em qual ponto do dia comecei com todos esses pensamentos de “quando” e “se” como se eu já tivesse realmente tomado uma decisão, mas era impossível não pensar o que aconteceria. O que aconteceria quando eu me fosse?

Porque de certa forma eu iria. Durante meu tempo com Darhk pensei sim na possibilidade de morrer e se eu aceitasse sua proposta eu provavelmente iria encontrá-lo mais vezes, o que me colocava constantemente na mira de uma arma. Eu devia pensar nessas coisas, pois alem do que se eu negasse ele tinha deixado claro que também haveria conseqüências graves, o que com certeza envolvia um atentado á minha vida.

Não pensei em tudo isso quando pensei que fosse morrer, mas agora eu o faço, pois ficar pensando na possibilidade do que pode acontecer amanhã é torturante e Damien com certeza sabia disso, sabia que eu ficaria me remoendo por dentro e pensando em todas as possibilidades e todas as conseqüências do que eu decidiria. No fim as contas, ele ter me soltado estava sendo mais doloroso e torturante do que quando eu estava preso. Porque eu simplesmente não posso fugir dos meus próprios pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Será que Oliver aceita? hmmm façam suas apostas kkkk.
Hotem tem trechos aeeeee, comentem oq ue acharam do cap, os comentarios deram uma decaída...
Enfim, ai vão os trechos, sejeitos a alteração:

"Thea é a primeira a me empurrar, enquanto Roy e Oliver nos incentivavam. Empurro-a também, seguramos nos braços uma da outra, inclinando para os lados e disputando quem cairia primeiro."

"-Oliver, sei quando mente pra mim, o que Damien realmente queria com você? O que aconteceu la?"

"A observo andar de um lado para o outro, talvez tentando por as idéias em ordem. Me levanto da cama e tenta segurar seu braço, mas ela se afasta, dando passos para longe de mim."

"-Sabe o que mais está me irritando nisso? – anda até mim, revoltada. – É que você em nenhum momento pensou em pedir ajuda, pretendia fazer isso sozinho. "

"Beijo seus lábios suavemente e adentro as mãos por de baixo do tecido de sua blusa fina. Deixando-as parada ali, em cima da pele de sua barriga. Escorrego os lábios por seu pescoço lentamente, gravando aquela sensação de amor e carinho; de plenitude."

"-Eu sei amor, eu também não. Mas, é a melhor chance que temos."

É isso ai, proximo sai domingo e infelizmente também terá um pequeno atraso no ultimo capitulo de I swear, explico melhor quando postar, bjsss, até semana que vem.



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