Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 25
Capitulo 24 - Obrigada por me amar


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente, quase que não consigo postar hoje, me virei nos 30 kkkk Então vou falar rapidinho. primeiramente queria agradecer muuuuuuito á Samara Estevan pela recomentadçao LINDA que ela fez pra fic, muito obrigada amore, de verdade.
Segundamente, coloquei uma fotinha do Miles que eu havia imaginado, só pra solidificar a imagem dele na cabeça de vocês (eu espero que a foto apareça kkkk)
Terceiramente, CAPITULO DE NATAL UHUL, beeeem adiantado, mas precisava de uma brecha pra fazer o capitulo e se eu fosse fazer mais proximo do natal ia ficar bem sem sentido e não poderia ser leve e natalino o suficiente, a brecha que achei foi nesse então... Boa leitura!



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Eu vejo seu rosto

E na minha mente

Eu aproveito o dia

Sempre que ela está por perto

É como se nada realmente importasse, não

Nada realmente importasse

Ela me completa

Como ela me lê

Certo ou errado, oh

É tão claro que ela é

Tudo que eu preciso

Tudo que eu preciso, sim

(Nothing Really Metters – Mr Probs)

Observo Oliver olhar os dois na porta, de um para o outro, parecendo sem saber o que fazer. Claro que o primeiro eu reconheci como Tommy, mas a mulher ao seu lado eu estava forçando minha mente para se lembrar dela, mas nada vinha. Eu não a conhecia e o modo como Oliver a olhava me incomodou. Não que eu não confiasse nele ou duvidasse de seus sentimentos por mim, mas... Quem era aquela?

Os dois entraram, parecendo repentinamente constrangidos.

–É, foi apenas uma coincidência. – diz Tommy, aparentemente respondendo alguma pergunta de Oliver.

Oliver caminha até mim e segura minha mão quase que inconscientemente, Thea e Tommy se abraçam animadamente enquanto a mulher ainda desconhecida continuava quieta em seu canto.

–Você estava completamente inacessível! – Oliver adverte Tommy. – Grande amigo você.

–Ah Ollie, não seja tão dramático. Você sabe, muito trabalho. – responde em um tom que deixava claro que trabalho de verdade fora a ultima coisa que ele tinha ida fazer em Paris.

–Aham sei. – os olhos de Tommy se voltam para mim e de mim vão para Oliver. – Então você é a Loira?

–Ah, você também não. – reclamo só para implicar. Oliver ri e enfim resolve nos apresentar devidamente.

–Felicity, esse é Tommy, e Tommy essa é a Felicity.

–E essa é Laurel. – enfim indica a mulher alta atrás de si. Sorrimos amarelos uma para a outra e estendo minha mão para cumprimentá-la, ela a segura com igual expressão.

–Então, o que fazem aqui?

–Ah, eu acabo de voltar de viagem e resolvi passar aqui, sabia que você me daria bronca por não atender o celular. – explica Tommy.

–Ah, eu vim... Tratar daquele assunto. – Laurel se pronuncia. Franzo o cenho e olho para Oliver.

–Ah sim, essa é a Felicity. – Oliver me apresenta novamente, o que só torna as coisas mais confusas. – É dela quem eu falava.

Sinto a pequena mão de Miles segurar-se em minha perna e olho para baixo, encontrando-o um pouco temeroso. Eu entendia, eram dois estranhos que acabavam de revirar todo o ambiente que estávamos antes.

–E esse é Miles. – Oliver continua. Laurel olha de mim para meu irmão e as coisas lentamente começam a se juntar em minha mente, muitas delas. Na verdade apenas duas. Em primeiro lugar, Laurel era a tal ex namorada de Oliver com que ele traiu com a irmã, o nome agora me era reconhecido pela historia que Oliver havia contado, segundo que ela era a advogada.

Agora eu não sabia se ficava aliviada ou preocupada, uma vez que a mulher que supostamente iria me ajudar a ter paz com meu irmão era a ex namorada do meu namorado. O quão mais estranho isso poderia ficar?

–Espera, Porque a casa está... assim? – pergunta Tommy, interrompendo minha linha de raciocínio e enfim observando os enfeites a nossa volta.

–Hmm, teremos natal esse ano. – esclarece Oliver.

–Verdade? – ele parecia uma criança animada. –Já estava na hora dos Queen voltarem com a festança!

–Na verdade... Será apenas nós.

Se vira confuso para Oliver.

–Como assim?

–Apenas nós Tommy, eu minha mãe, Thea, Felicity, Miles e Dig e Roy. Amigos. Não terá nada de festa de negócios.

Ele abre um enorme sorriso depois de entender o que o amigo queria dizer.

–Bem, então... que esse primeiríssimo natal de você seja maravilhoso.

Rimos entendendo o que ele quis dizer com “primeiríssimo”

–Você está convidado Tommy. – me pronuncio novamente.

–Há, Oliver sua Loira está me convidando, isso vai ser ótimo.

–O nome dela é Felicity, Thomas.

Levanta as mãos em sinal de rendição, claramente se divertindo com a carranca que Oliver fez.

–Tudo bem, não está mais aqui quem falou.

(...)

O resto do dia foi novamente tranquilo, tirando a parte em que Oliver Laurel e eu tivemos uma breve conversa sobre a audiência. Apesar do passado com Oliver ela parecia bastante profissional ao falar comigo, tentou arrancar algumas palavras de Miles, obviamente sem obter sucesso. Depois foi embora, dizendo que acabara de chegar de viagem e precisava ver o pai. Achei isso bem estranho, a pessoa volta de viagem e a primeira coisa que via fazer, antes de até mesmo ver o pai, é ir tratar de trabalho.

Tommy se ofereceu para nos ajudar no resto da decoração, o dia já estava virando noite e ainda tínhamos todo o resto da mansão para decorar, mas já estava com um ar bonito e incrivelmente natalino e acolhedor, como Oliver havia descrito.

Chegar em casa, sair de todas as luzes, doces e enfeites que havia na mansão e entrar em meu pequeno apartamento escurinho e apagado era estranho. Miles e eu ficamos o dia todo envoltos de luzes e enfeites e ele devia estar achando tão estranho quanto eu nosso apartamento nesse momento.

Oliver havia nos acompanhado até aqui, é claro. Miles foi até a sala e olhava em volta, Oliver e eu nos sentamos cansados no sofá, Miles provavelmente procurava enfeites. Andou até nós novamente e colocou as duas mãos em cima de meus joelhos.

–Podemos montar uma Menorah?

O choque talvez fosse extremamente visível em meu rosto, Oliver e eu nos entreolhamos com os olhos arregalados e senti poucas lágrimas umedecerem meus olhos. Segurei suas mãos nas minhas, ele tinha um sorriso inocente no rosto e então eu assenti, engasgada de emoção, incapaz de dizer algo. Nem sequer sei como ele ainda se lembra da Menorah, nossa pequena árvore de Hanukkah.

–É-É claro que nós podemos querido. – enfim encontro minha voz.

–E uma Menorah seria...? – Oliver pergunta, abro minha boca para responder, mas surpreendentemente Miles é mais rápido.

–Uma Menorah é a árvore de Hanukkah dos judeus, Oliver. Sei que não é Hanukkah agora, já que a lua ainda não está correta, mas mamãe, papai, Licy e eu sempre montávamos no natal, para comemorar junto com todos da cidade.

Oliver e eu olhávamos atônitos para ele, não esperávamos tantas palavras assim, mas ele parecia absurdamente confortável, como se não tivesse passado dias sem falar uma palavra sequer.

–Co-como você se lembra disso? – pergunto ainda chocada.

Ele corre rapidamente para fora da sala, ouvimos seus passos pelo corredor e logo ele volta com o meu tablet nas mãos. Sobe no sofá e seus dedos ágeis parecem saber muito bem o que fazem no aparelho. Novamente Oliver e eu nos entreolhamos surpresos. Até que enfim ele chega na onde queria, abrindo um vídeo.

Prendo a respiração ao ver que era um de nossos vídeos caseiros, no caso o natalHanukkah. Meu pai, que era quem sempre filmava, começava mostrando nossa pequena e absurdamente simples Menorah, ele falava para quem quer que fosse ver o vídeo depois sobre como comemorávamos o NatalHanukkah, ao fundo dava para se ver eu com uma enorme colher de madeira na mão, passando o dedo na mesma para provar do que aparentemente era chocolate.

–Felicity! – fecho os olhos momentaneamente ao ouvi-lo me chamar, exatamente como eu me lembrava e não como o monstro que é hoje. Em seguida na imagem eu olho assustada para a câmera por ter sido pega no flagra.

–Foi ele. – digo, apontando para algo ao meu lado, a câmera acompanha meu sinal, filmando Miles ainda bebê, de pé no banquinho ao lado de minha mãe que olhava a cena risonha. –Ele quem me pediu para provar se estava bom.

Ele solta uma gargalhada sendo acompanhado por minha mãe e Miles – que não entendia o motivo das risadas –depois caminha até mim, beijando minha testa.

–Feliz Hanukkah, querida.

–Feliz Hanukkah. – respondo.

Pauso o vídeo e respiro fundo, tentando conter as lágrimas. Parecia que um buraco havia sido reaberto em meu peito com a ponta de uma faca afiada, um misto de saudades, raiva e inconformidade. Nós éramos felizes, éramos uma boa família, era inacreditável que tudo havia desmoronado assim, de uma hora para a outra.

–Licy, o-o que... – eu sabia o que ele perguntaria e era a pergunta que eu mais temia. A pergunta sobre nosso pai.

–Hey,que tal irmos dormir para amanhã acordar e comprar uma menorah, Miles? – Oliver o interrompe antes que faça a pergunta. Então boceja fingido, se espreguiçando. –Estou morto, se não dormir agora não consigo acordar amanhã, mas só vou dormir quando você dormir.

Ele pensa um pouco e então assente.

–Tudo bem, Oliver.

Sorrio minimamente, me deliciando novamente com o som de sua voz. Era completamente reconfortante que ele estava aos poucos se recuperando de tudo.

(...)

Dias depois

Olhávamos nossa pequena Menorah iluminada no canto da parede da sala. Esperando Oliver chegar para nos levar até a mansão. Ajeito a roupa de Miles e alguns fios rebeldes de seu cabelo, ele se esquiva.

–Licy, vai parecer que o boi lambeu. – reclama, e seguro o riso.

–Tenho uma coisa pra você. – vou até a árvore onde havia alguns presentes e pego a caixa pequena. –Acho que precisa usar o quanto antes.

Dou para ele abrir e ele o faz rapidamente, rasgando o papel de embrulho e abrindo a caixa.

–Um óculos?

Sorrio e pego o objeto, colocando em seu rosto.

–Que tal?

–Nossa! Está tudo em HD.

Rio alto dessa vez e ele me abraça, depois olhando pela casa com se visse tudo pela primeira vez. Logo depois que ele havia falado pela primeira vez com Oliver e eu não parou mais e reclamava constantemente da cabeça doendo, então enfim tinha o levado para fazer o exame e realmente ele tinha menos um grau e vinte e cinco de miopia nos dois olhos.

A campainha toca e checo novamente minha roupa antes de atender. Oliver me mede de cima baixo e eu faço o mesmo com ele, quase que literalmente devorando um ao outro com os olhos.

–Você está linda. – diz.

–É, ela ficou resmungando em frente ao espelho se você gostaria e trocou de roupas varias vezes. – Miles me entrega e olho incrédula para ele, sentindo meu rosto esquentar de vergonha. Ele leva as duas mãos á boca e arregala os olhos. –Acho que não devia ter dito isso.

Reviso os olhos segurando o riso, ele era igualzinho a mim, totalmente sem freio na língua. Oliver me olha maliciosamente então segura em minha mão, beijando as costas dela.

–Bem, você está maravilhosa e tenho certeza que ficou em todos os vestidos anteriores.

Sorrio e me aproximo, beijando rapidamente seus lábios. Miles solta uma exclamação de nojo.

–Você também está ótimo.

Ótimo era pouco, incrível a velocidade que esse homem me fazia ter pensamentos nem um pouco inocentes.

–Obrigado. Vamos? – assinto e volto para pegar minha bolsa.

–Hey amigo, você está ótimo também, esta conseguindo enxergar tudo agora? Pronto pra ter muita dor de barriga amanhã? – Oliver brinca com Miles que corre até ele já começando a ficar agitado. Oliver o coloca nos ombros.

–Estou enxergando tudo Oliver! – responde, ainda encantado com a novidade. –E sim, estou prontíssimo, são tantos doces. Parece até Halloween.

–Ótimo, bom saber que isso significa que terei muito trabalho amanhã. – digo. Saio e tranco a porta.

(...)

A mansão estava linda como nos últimos dias. Modéstia aparte Thea, os rapazes e eu fizemos um bom trabalho na decoração.

Pelo jeito éramos os últimos a chegar. Roy estava sentado no sofá com Thea, Moira conversava com Lyla e Dig que tinha Sarah nos braços e por ultimo tinha Tommy e Laurel. Era a primeira vez que nos víamos desde o dia em que voltaram de viagem e fizeram uma visita para Oliver. Claro que ele voltou a me explicar sobre sua situação com Laurel, que não era das melhores, mas que ela era uma advogada em quem ele podia confiar que resolveria o meu caso. Tentei não ter ciúmes e me sentir mais agradecida por Laurel querer me ajudar depois de tudo que Oliver fez á ela, mas era quase impossível não me sentir ameaçada. Laurel tinha uma boa carreira, uma vida normal, era bonita e conhecia Oliver dês da infância e apesar do que houve com eles no passado ele havia mudado. Já vi muitos casos de mulheres que perdoam traição, e se ela pudesse perdoá-lo e eles tentassem mais uma vez? Principalmente quando ela ver o quanto Oliver mudou. Era uma possibilidade não era?

Cumprimentei primeiro Moira, que nesse dia em especial parecia ter um brilho a mais no rosto.

–Hey, está de óculos! – Roy observa em Miles.

–Sim, estou vendo tudo gordo. – reclama.

Rio me separando do abraço em Thea.

–Logo você se acostuma.

Enfim chego em Lyla, sorrio sem jeito para ela, me lembrando de todas as coisas que dizia a ela antes, nunca dei uma brecha para que se aproximasse.

–Hey Felicity. – me abraça com dificuldade já que agora Sarah está em seu colo, ela não mostra qualquer diferença em reação a mim.

–Oi Lyla. Oh, Sarah está tão grande. – seguro a pequena mãozinha da criança que esboça um leve sorriso para mim. Retribuo encantada por sua simpatia.

–Sim, ela está. Da ultima vez que você a viu ela tinha...

–Acho que cinco ou seis meses.

–Verdade. Ela já esta fazendo aquela bagunça em casa, subindo para todo lado.

–Tem alguém que quero que conheça.

Me viro procurando Miles pela sala. E lá estava ele, prestes a cutucar um dos pratos com doce em cima da mesa.

–Miles Daniel Smaok! O que você está fazendo?

Ele me olha com uma expressão envergonhada e se encolhe.

–Vem cá, quero que conheça alguém.

Ele fica ainda mais relutante, mas caminha lentamente até nós, tentando se esconder atrás de mim ao chegar. Ainda tinha certo temor em conhecer novas pessoas. Os avanços estavam sendo aos poucos. Seguro sua mão o encorajando a aparecer.

–Essa é Lyla, uma amiga. – ele enfim a olha. –Lyla, esse é o Miles.

–Oi! Felicity falou tanto de você.

Ele sorri e parece relaxar um pouco, avança alguns passos e levanta a mão, tocando no pequeno pezinho de Sarah. Lyla se abaixa para que ele possa ver Sarah melhor. Ele se encanta com o tamanho de suas mãos.

Ouço uma musica tocar pela casa e me pergunto se até isso tem na mansão, uma vez que não foi contratados músicos para tocar como em todos os eventos da família Queen. Encontro Thea que agora tem uma taça de champanhe na mão.

–Hey, de onde vem essa música?

–Ah, eu quem coloquei. Demos um pequeno jeito para a música ecoar pela casa toda, acho que ficou com uma clima melhor.

–Está ótimo. O que você fez?

–Se contasse teria que te matar.

Rimos.

–Felicity. – me viro e encontro Tommy com um enorme sorriso no rosto. Vestido impecavelmente, se aproxima e beija minha bochecha. – Como vai?

–Hm, vou bem. – procuro Oliver com o olhar, mas não o encontro. – E você? – me volto para Tommy.

Ele ri, maneando a cabeça em um gesto de quem não concorda.

–Oliver já lhe disse para tomar cuidado comigo não é? Não se preocupe, não ficarei cantando a linda namorada do meu melhor amigo.

–Bem, mas você já estava fazendo isso.

–Falha minha. – brinca, dando um gole em seu champanhe. – Fizemos um bom trabalho com a decoração não acha?

–“fizemos”? – Rio. – Tommy, o que você fez foi “organizar” os presentes de baixo da árvore e cutucar as receitas enquanto os cozinheiros cozinhavam.

Os cozinheiros da mansão foi provavelmente a única coisa que não dispensamos. Ninguém sabia cozinhar bem o suficiente para isso, então deixamos que os cozinheiros da casa trabalhassem.

–Bem, estão todos ótimos se quer saber.

–Felicity! – Oliver enfim apareceu, vindo em minha direção com um sorriso vacilante. Ele parecia um pouco tenso.

Rapidamente varro o local com os olhos procurando por Laurel e ela acaba de aparecer no lugar, Tommy vai até ela depois de um rápido comprimento com Oliver.

–Hey, está tudo bem?

–Hmm, sim está tudo bem. – diz, sorri para mim e segura em minha mão. –Vamos até a outra sala? Queria lhe mostrar algo.

–Claro. – concordo, entrelaçando nossos dedos de forma confortável e o seguindo pelo cômodo. Antes dou uma breve olhada em Miles a fim de me certificar de que ele está se comportando e não atacando as mesas, mas ele está entretido com Roy e Thea.

Entrei com Oliver na grande sala da mansão Queen, a música ainda tocava suavemente no fundo, havia mudado de musica natalina para outras normais. Tudo era apenas um suave som ao fundo. Nos encaminhamos para a grande janela e Oliver afastou a cortina para que pudéssemos olhar para fora. As vozes de todo o pessoal era ouvida abafadas no cômodo ao lado.

Paramos lado a lado na janela, o jardim estava lindo, as luzes eram fortes e sincronizadas, tudo estava perfeito, eu ainda não tinha visto aquela parte do jardim com os enfeites prontos, talvez por isso Oliver quis me mostrar.

–Ual, está lindo, Oliver.

Senti Oliver respirar fundo, sua mão fez um carinho suave pela extensão do meu braço até chegar á mão. Me viro para ele e o olho, percebendo um sorriso se formar em seu rosto.

–O que acha de uma dança, Loira? – pergunta.

Olho para o espaço livre atrás de nós e escuto a musica escoar pela casa, uma nova estava começando e de repente a imagem de estar dançando com Oliver se torna tentadora em minha mente, então sorrio e assinto.

Oliver me guia para mais ou menos até o meio da sala, sua mão repousa em minha cintura e levo uma mão até seu ombro, ele é quem inicia os passos, nos embalando levemente de um lado para o outro. Os sorrisos aumentam, as batidas do meu coração aceleram ainda mais e posso ouvir o som ritmado em meus ouvidos, Oliver se aproxima e penso que ira me beijar, fecho os olhos, esperando, mas seus lábios não encontram os meus e sinto sua respiração perto do meu ouvido, sua mão me aperta um pouco mais contra ele e então começa em um sussurrar apaixonado:

'Cause I will be, I will be. The one who's there when your world's asleep – sua voz soa em meus ouvidos, Oliver não era afinado, mas tão pouco desafinado. Sua voz era normal e calma, como se apenas conversasse comigo. Aperto suavemente seu ombro, ainda com os olhos fechado apenas aproveitando o doce momento, incrédula que aquilo de fato estava acontecendo. - And when you wake and if you break I won't be far, wherever you are.

Ainda nos embalando de um lado para o outro, Oliver continua. Abro os olhos e nos olhamos. Seus olhos brilham, refletidos nos meus, sua mão toca meu rosto, o polegar da outra faz um movimento suave em minha cintura.

– I'm the place you can rest when your dreams go blind. I'm the breath you can tail when you're trapped inside. – a mão que estava em minha bochecha escorrega novamente pela extensão do meu braço. Os olhos me fitando com adoração e a voz entoando em um sussurro apenas para nós dois. - You're the reason, I get through. You were there for me. – Sinto seus dedos se entrelaçarem aos meus, em um encaixe perfeito de nossas palmas. - I'm here for you.

Oliver levanta levemente nossas mãos, até estarem ao lado de nossas cabeças, os dedos entrelaçados e sem desviar o olhar por nem um segundo sequer.

–'Cause I will be, I will be. The one who's there when your world's asleep.

Sorrio para ele e ele me retribui, se aproximando e dessa vez seus lábios tocam os meus, suave e calidamente. Apenas sentimos o toque, então seus lábios escorregam por minha bochecha e sobem novamente até minha orelha.

–Brought me back to life, Lit my sky on fire. Opened up my eyes. – segurei minhas lagrimas emocionadas, voltando a fechar os olhos, quando ele pronunciou com extrema sinceridade transparecendo em sua voz. –I Will be.

Rimos quando ele surpreendentemente da continuidade aos passos e nos gira varias vezes pelo lugar, ainda de mãos dadas, comigo ainda segurando firmemente em seus ombros e com o olhar ainda fixo um no outro. Parecíamos flutuar por toda a sala. Oliver guiava toda a dança, soltando uma das minhas mãos me fazendo ir e voltar de encontro ao seu corpo, me erguendo do chão pela cintura e girando nós dois pelo cômodo, voltando a repetir os passos e por vezes nossos lábios se chocavam rápido e suavemente, os sorrisos aumentando, os corações batendo freneticamente, o olhar transbordando amor, a eletricidade entre nós passando de um para o outro e então pela ultima vez fui e voltei novamente de encontro ao seu corpo. Sua mão voltou-se para minha cintura, nossas respirações estavam levemente ofegantes e então, Oliver se aproximou mais, sussurrando o ultimo verso.

– And when you wake and if you break, I won't be far, wherever you are. – sua outra mão novamente repousou sobre minha bochecha, respirou fundo e fez um carinho suave ali. – I Will be.

Continuamos ali, nossos olhos ainda sem conseguirem se desviar nem por um minuto, brilhantes e intensos. Meu coração batia rápido e minha mão enfim deslizou de seu ombro e parou em cima de seu peito e eu pude sentir seus próprios batimentos. Não sei por quanto tempo ficamos ali apenas olhando um para o outro, eu ainda podia ouvir a melodia soar em meus ouvidos mesmo que já tenha provavelmente começado outra musica, eu tinha certeza de que nunca esqueceria esse momento.

E então ouvimos as vozes. Oliver e eu nos viramos ao mesmo tempo para a porta onde todos estavam, amontoados tentando se manter em segredo ao nos observar. Sinto meu rosto esquentar rapidamente a medida que eles começam a falar todos ao mesmo tempo parecendo não se importar de terem sido pegos no flagra nos assistindo.

–Eu registrei esse momento! – Thea comemorou, sua voz sob saindo todas as outras e uma Polaroid nas mãos.

Dou uma risada nervosa e a mão de Oliver envolve novamente a minha, andamos até os outros que tem sorrisos nos lábios.

–É, que horas são, já não podemos comer? – tento distrair a atenção de todos. Eles riem notando minhas intenções e todos se encaminham para onde havia a grande mesa com as comidas.

(...)

A comida estava ótima é claro e as conversas foram agradáveis e descontraídas. Laurel havia ido embora, disse que apenas havia passado para desejar feliz natal e agradecer o convite, mas que seu pai a esperava em casa com sua mãe. Eu ainda estava um pouco intrigada com o sumiço de Oliver mais cedo e depois aparecendo e Laurel logo depois. Sei que não devia, mas o monstrinho verde dentro de mim falava mais alto do que minha cabeça. Sem falar que quando mencionei Laurel em um sussurro durante a refeição, ele ficou bem tenso. Mas, de resto estava tudo perfeito.

Até chegar a troca de presentes. Thea foi a primeira e ela realmente tinha comprado presente para todos, o que me fez ficar um pouco nervosa, pois o presente que eu tinha para ela não devia valer nem metade do que ela havia me dado. Um vestido absolutamente lindo que devia valer os olhos da cara. Enquanto todos estavam absortos examinando seus presentes eu provavelmente fui a única que percebeu o selinho que Roy roubou dela quando chegou sua vez de receber o presente. Bem, eu e Moira que soube disfarçar quando Thea olhou preocupada para os lados se certificando de que ninguém havia visto. Também tratei logo de fingir não ter visto nada.

E então foi a vez de Oliver que entregou os respectivos presentes aos outros, mas ao chegar na minha vez ele pediu um minuto e pegou o meu pacote, chamando Thea para subir com ele. Se eu já estava curiosa antes, agora eu estava ainda mais curiosa. Eles levaram vários minutos lá e por insistência dos outros acabei distribuindo os meus presentes. O chão da onde estávamos já estava cheio de papel de embrulho de presente, de tantos que já haviam sido abertos, os únicos presentes meus que ficaram foi o de Oliver e Thea.

Miles já brincava com os seus, fazendo o carrinho de controle remoto andar pela casa e bater em alguns moveis.

–Hey, cuidado, não quebre nada. – peço.

Oliver e Thea finalmente descem e sorrio pegando o pacote de Thea e entregando a ela.

–Feliz Natal. – digo a abraçando.

–Feliz Natal, Felicity. – para no ato de desembrulhar o pacote. –Ou, Hanukkah.

–Obrigada. Espero que goste.

Sinto a mão quente de Oliver segurar a minha e ele sorri, com meu presente em mãos.

–O que houve? – pergunto.

–Hm, apenas quis melhorá-lo um pouco. – ele parecia nervosos e ansioso. Me guiou pela mão até estarmos próximos da árvore, um pouco afastado dos outros.

–Hm, levei bastante tempo pra me decidir, não queria comprar qualquer coisa porque... Bem, será o primeiro presente que te dou e sei que talvez você não se sentisse confortável se eu lhe desse algo muito caro e exagerado e eu queria que fosse especial e...

–Oliver. – levo um dedo para seus lábios e o beijo brevemente, sorrindo em conforto. – Tenho certeza que vou adorar.

Ele sorri e assente, me entregando o embrulho de amanho médio. Abro o papel com cuidado e ansiedade, encontrando uma caixa de veludo. Abro-a e dentro tem um belo colar de ouro, delicado e brilhoso. Sorrio maravilhada retirando-o da caixa e vendo que o pingente é um coração.

–É lindo, Oliver.

–Bem, a parte especial é o que está dentro. – ele abre o pingente ao meio, era um daqueles colares que se coloca foto dentro e meus olhos fitam a foto no colar, sorrio bobamente.

–Queria que tivesse algo que lhe fizesse sentir ter sempre a mim por perto, não importa a distancia que estamos.

–É... Eu... não sei o que dizer. – a foto era a que Thea havia tirado a pouco, de nós dançando, nos olhávamos intensamente, as mãos entrelaçadas e realmente parecia que sentíamos existir apenas nós. A paixão exalava daquela foto como algo palpável. – Como? Thea tirou a foto agora a pouco e... Vocês levaram no Maximo vinte minutos lá em cima.

–Temos nossos contatos. – sorri, pegando o colar de minhas mãos e abrindo-o, viro de costas para que ele coloque. –Eu iria deixar que escolhesse a foto, já que nós não tiramos uma juntos ainda, mas parece que a Polaroid que dei á Thea ontem foi uma boa escolha. Fizemos uma copia dela e diminuímos para caber no colar. A foto do outro lado você escolhe. – fecha o colar e beija suavemente a pele do meu pescoço.

–Eu adorei. – continuo a fitar a foto, encantada. – estou com tanto medo de meu presente agora. – brinco, pegando o presente de Oliver de baixo da árvore.

–Tenho certeza que será ótimo. – diz, esfregando as mãos uma nas outra com um sorriso ansioso.

–Certo. – entrego o pacote a ele.

–Wow, é meio pesado, o que é? – pergunta enquanto abre o pacote.

–Eu realmente não sabia o que te dar e nem mesmo sei se isso vai dar certo, mas queria dar algo realmente útil e te ajudar de alguma forma depois de semanas te vendo tão estressado por conta da empresa. Eu... Só queria fazer algo e sei que nenhum dos projetos que lhe ofereceram no departamento de ciências ou no de TI foram bons o suficiente.

Oliver enfim se depara com a maleta preta por de baixo do plástico e me olha confuso. Sorrio o encorajando a abrir e ele destrava, tirando o grande papel dali de dentro.

–Felicity...?

–É um projeto.

Me olha impressionado e volta a olhar para o planta.

–Bem, depois de tudo isso eu pensei sobre a criminalidade da cidade e Isabel do jeito que é provavelmente terá um projeto que vá ser voltado para a população rica de Starling, bem e esse favorece o rico e o pobre. Aquele dia em que você foi falar com James e inventou aquilo de rastreador. Bem isso é algo semelhante. Não o fiz injetável porque poderia dar complicações dependendo da pessoa e demorar mais para ser aprovado, então fiz um que ao invés de injetar você retira. Sabe, retira um pouco de sangue e coloca no local, então vai ter o programa no computador que irá falar onde a pessoa está. Se houver alguma fuga em massa ou qualquer tipo de fuga vai ser fácil achar o fugitivo. E também ajuda com as pessoas que conseguem escapar da algema de rastreamento da condicional.

–Felicity... – continua examinando o projeto e um sorriso enfim começa a surgir em seus lábios. – Você... Fez tudo isso?

Assinto, um pouco nervosa do que ele vai achar e se é um presente bom de verdade. No minuto seguinte seus braços envolvem minha cintura e me puxam para sim, me abraçando apertado.

–Está praticamente me dando minha empresa de volta, nenhum dos projetos foram bons como esse. É perfeito, uma vez preso não tem como fugir. E como você disse tenho certeza que Isabel irá fazer algo pensando apenas em uma parte da cidade.

Nos separamos o suficiente para nos olharmos.

–Bem, espero que seja o suficiente e... – respiro fundo, segurando em um dos seus braços. –Sei que eles querem um grande projeto, e você o tem, mas mais do que isso eles querem um bom presidente para a empresa e você precisa fazê-los ver que é um. Fale pra eles... – levo uma mão para cima de seu peito. – Fale com o coração.

Ele sorri e assente, voltando a guardar a planta na maleta. Seus lábios procuraram os meus com urgência, sua mão quente repousou novamente sobre minha cintura e apenas quando o ar foi necessário nos afastamos lentamente.

–Eca, vocês vão ficar fazendo isso o tempo todo? – olhamos para baixo, encontrando Miles com o carrinho nas mãos nos encarando. Rimos e Oliver bagunças seus cabelos loiros.

Um pouco distante estavam Thea e Roy, que conversavam bem perto um do outro.

–Você acha que eles estão tendo algo? – Oliver pergunta ao meu lado e fico meio que sem saber o que responder. Oliver seria do tipo de irmão ciumento?

Bem, mas se Thea no momento não estava tomando qualquer cuidado para evitar que Oliver soubesse... Significava que ela não se importava, certo?

–Hm, não sei. Talvez, acho que eles tem uma relação complicada.

Ele encara os dois seriamente. Sorrio segurando em seu braço em um sinal para que me olhasse.

–Você não vai ficar com ciúmes, não é?

–Eu, claro que não. – seu tom não é nada convincente. Caminhamos até a mesa e pegamos uma taça de champanhe cada.

–Sei. – tomo um gole de minha bebida e Oliver faz o mesmo.

Fito seus olhos e minha mente viaja para o momento que compartilhamos a pouco, quase posso sentir novamente suas mãos em minha cintura, em minha mão, em meu rosto. Seus lábios tão próximos a mim, fazendo uma caricia suave por minha pele, sua voz soando em meus ouvidos.

Observo ao longe Miles brincando com os outros brinquedos que havia ganhado. Eu o tinha agora e realmente não permitiria ninguém tirá-lo de mim. Eu tinha Oliver e pode ser que antes eu não tivesse o pensamento de que teríamos um futuro juntos, mas a cada dia me vejo pensando cada vez mais nisso, em um futuro. Oliver é um bom futuro para se pensar, eu vejo um feliz e bom amanhã ao seu lado, vejo que podemos passar por qualquer dificuldade que venhamos a ter porque nos amávamos e isso era o suficiente.

Ele era o suficiente.

Meu pai aceitou toda aquela oferta da H.I.V.E. e precisou se livrar de nós por pensarem que ao nosso lado ele era fraco. Acho que o problema de todos eles era esse, eles nunca haviam amado o suficiente para se sentirem... fortes, ou se dado essa chance. Se sacrificar por aqueles que você ama, sacrificar qualquer coisa para que eles estejam bem não é ser fraco, é ser forte. Ser fraco é ter o pensamento de se livrar de quem ama para ter o pensamento de ser forte, mas sem amor você é uma pessoa quebrada e algo quebrado não tem como ser forte.

Antes de conhecer Oliver eu afastava as pessoas, com medo de me afeiçoar, eu mal havia percebido que estava vivendo exatamente o que tinha medo, eu já era fraca sem nem mesmo me dar conta disso.

Oliver fazia essa sensação boa correr por minhas veias, um sentimento completamente... Novo e poderoso, algo que me fazia forte pelo simples motivo de me fazer querer viver. A partir de agora eu não apenas lutaria para salvar Miles, eu lutaria por mais, para salvá-lo e para me salvar, porque enquanto eu continuasse lutando sem a esperança de poder viver depois, eu iria perder. Então era isso, era o que Oliver inspirava e despertava em mim. Amor e esperança.

E eu não poderia ser mais grata a ele.

Sorrio novamente, deixando minha taça de lado e me aproximando dele, levei meus braços para seu pescoço e o envolvi, aproximando-o de mim e juntando seus lábios nos meus. Suspiramos em meio ao beijo, talvez ele sentisse o que eu queria passar, talvez estivéssemos apenas naquela conversa em que costumamos ficar ás vezes, mas eu tinha certeza de que não era apenas um beijo qualquer. O ar se fez necessário e abri os olhos, encontrando os seus azuis. Respiro fundo antes de sussurrar.

–Obrigada.

Seu olhar dança por meu rosto, fitando cada parte antes de se voltar para meus olhos.

–Pelo que?

Desenho com a ponta dos dedos sua barba, passo pelo queixo e volto novamente até o pescoço.

–Por me amar e por me deixar amá-lo.

O sorriso que se desenha em seus lábios é o mesmo que se faz nos meus. Em uma resposta muda ele novamente se aproxima, iniciando um novo beijo cheio de amor. Realmente esse havia sido um feliz natal.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram?
Sobre o pequeno momento deles da dança, a musica chama I Will Be e a tradução dela na internet está bem difícil, digamos assim. E eu não queria deixar vocês chupando o dedo sem tradução e por isso eu peguei a tradução já formada do vagalumes e arrumei o que precisava, dei sentido e afins, pra quem quiser ler ta ai o link: https://www.evernote.com/shard/s573/sh/c6a9dc0d-c85e-43e3-a01c-fde6d2a79d8c/a9b73955569fedefbe4315e8b93a3952
Enfim, teve dança, Miles falou, teve uma tensãozinha com a Laurel, Tommy na área, presente, e afins kkkk. Espero que tenham gostado do capitulo, comentem! Ai vai os trechos do próximo que também não vão ser muitos por eu não ter terminado ainda:
“Saio da QC e vou rapidamente até o meu carro, eu tinha que chegar antes do veredicto. Entro no veiculo e respiro fundo antes de ligá-lo. Sinto algo em meu pescoço, algo pontudo que distribui uma dor bem estranha pela região, meu coração acelera e pontos pretos começam a se fazer em minha visão, meu corpo amolece e sem que eu possa fazer qualquer coisa para evitar sou levado á inconsciência.”

“-Não vai acontecer comigo. Sei o que Oliver fez a você e sinto muito, realmente não foi certo e não estou defendendo-o disso, mas... Ele não é mais o mesmo e não fará comigo o que fez com você.
—Como pode ter tanta certeza? Como pode mesmo saber que ele mudou? Sem ofensas, mas fazem apenas alguns meses que se conhecem, eu o conheço a vida toda. Como pode ter tanta certeza?”

“Minhas mãos estavam presas, assim como meus pés. Percebi também haver uma grande corrente circulando todo meu abdômen, de forma que era até mesmo difícil respirar. Forço meus olhos a se abrirem, algumas manchas tampam minha visão, mas vão sumindo gradativamente. A sala onde estou é toda branca, até mesmo a maldita maçaneta. Até as correntes são brancas e minhas roupas também. Absurdamente brancas.”



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