Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 23
Capitulo 22 - Em seus braços


Notas iniciais do capítulo

Eaeeeee gente, primeiramente queria me desculpar e explicar pelo atraso.
Aulas acabando, o que significa: De seu sangue se isso for fazer você ganhar nota pra passar de ano. Meus professores parece que sentaram na mesa de reuniões deles (realmente acho que fizeram isso) e combinaram de marcar tudo trabalho gigante pra mesma semana, então semana passada que eu deveria ter postado realmente não deu porque era muuito trabalho pra fazer (sem falar que a gente sempre deixa aqueles que deveriam ser rapidinhos para ultima hora) E não tive tempo de vir e corrigir o capitulo para postar.
Tive tempo na segunda feiras, mas ADIVINHEM, choveu e acabou a energia BEM na hora e só voltou no dia seguinte quando eu ja não tinha mais tempo novamente. Semana seguiu e foi trabalhos e provas o todos os dias então, uffa a semana acabou e cá estou eu. Ainda correndo porque tenho alguns trabalhos para entregar nessa ultima semana.
Enfim, estou com um problema com o nyah, não consigo copiar e colar o capitulo todo do word para o espaço do nyah, tenho que colar de pouqinho em pouquinho e isso leva um tempo kkkk demorei para descobrir que esse era o problema, o que também explica o atraso. Parece que tudo conspirou para que eu definitivamente não tivesse um tempo para vir aqui.
Entãoooo sem mais delongas, espero que gostem do capitulo. Boa leitura!



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Meu refúgio, meu refúgio é em seus braços

Quando o mundo traz fardos pesados

Eu posso suportar umas mil vezes

No seu ombro, no seu ombro

Eu posso alcançar o céu infinito

Sentir como no paraíso

(Uncover – Zara Larsson)

–Oliver. – Felicity estalou os dedos em frente aos meus olhos e pisco rapidamente.

–Ahn? O que? – ela me olha desconfiada e sorrio. – Desculpe, estava pensando.

–Em que?

Respiro fundo, ainda não havia voltado com ela o assunto da empresa, eu o adiei. Ela não tinha que se preocupar com isso.

–Nada demais, só alguns problemas com a empresa como sempre. E como foi no médico? – pergunto a fim de desviar o assunto. – Miles está bem?

Ainda me olhando desconfiada ela assente, sei que não vai deixar o assunto quieto e vai voltar a me perguntar sobre, mas por hora ela deixaria quieto e agradeço por isso.

–Sim, como imaginávamos ela disse que foi muito trauma pra cabeça dele e juntando isso com as prováveis muitas ordens que ele recebia antes de ser mandado para uma nova família ele tem esse reflexo de não falar. Depois fizemos vários exames e esta tudo bem fisicamente, sem lesões ou nada do tipo. Ele terá que fazer sessão com a psicóloga duas vezes por semana. Conforme for daqui alguns dias eu já posso matriculá-lo em uma escola, acho que vou esperar para depois do natal.

Observo Miles que está distraído jogando vídeo game. Felicity havia comprado há três dias atrás quando fomos ao shopping e ele havia adorado é claro. Sorrio pensando nas inúmeras coisas embaladas que estavam chegando á mansão para o seu quarto, a tinta verde para as paredes já havia chegado.

–Ele vai ficar bem logo. – digo.

–Espero que sim, ele teve pesadelos essa noite e foi difícil acalmá-lo.

A olho e percebo seu olhar preocupado.

–Não sabia o que fazer Oliver, estou começando a ficar cada vez mais nervosa e com medo. Eu não sei cuidar de uma criança, e se ele tiver dor de barriga, ou febre ou dor de garganta ou dor de cabeça? Como eu vou saber? Eu o levo no medico toda vez que sentir qualquer dor ou eu simplesmente dou um remédio? Eu mal pude acalmá-lo depois de um pesadelo, e se ele ficar doente?

–Felicity! – seguro seu rosto entre minhas mãos tentando passar segurança a ela. – Vai dar tudo certo. Não tem como você saber dessas coisas assim de uma hora pra outra, você é irmã dele e só teve contato de verdade a partir de seus três anos, antes disso ele era cuidado apenas por seus pais, então claramente você não ira sair sabendo assim das coisas. Você vai aprender e talvez nem seja tão difícil.

Toma uma longa respiração.

–Acho que você tem razão.

–Com certeza tenho.

Ela sorri e se aproxima, beijo seus lábios intensamente, meu coração dispara e sinto minhas mãos começarem a suar. Faziam três dias em que não tínhamos um contato maior do que beijos e apesar de entender toda a situação e a falta de oportunidade, meu corpo não entendia muito e havia particularmente uma parte dele que eu definitivamente não controlava.

Ouvimos a campainha e nos separamos.

–Um minuto. – pede, se levantando para atender a porta. Miles pausa o jogo imediatamente e eu esperava que ele fosse até Felicity e se agarrasse em sua perna como ele sempre fazia quando a campainha tocava, mas me surpreendo imensamente quando ele corre até mim e sobre no sofá, se ajoelhando e segurando meu meus ombros. Olhando preocupadamente para a porta.

–Hey, tudo bem. – digo a ele quando escuto a voz de Thea falar com Felicity. –É só Thea, esta tudo bem. – bagunço seus cabelos e ele parece relaxar, mas somente quando Thea passa pela porta é que ele desce do sofá e volta a sentar-se no chão de frente para a TV voltando a jogar. Acompanho-o com o olhar, ainda intrigado por seu gesto de vir até mim.

–“Oi Thea é muito bom te ver maninha, o que faz aqui?” – diz Thea em uma tentativa falha de imitar minha voz. Reviro os olhos, mas rio me levantando e indo até ela que estava no balcão da cozinha com Felicity.

–Thea, nos vimos hoje de manhã, desgruda. – provoco.

–Nossa Oliver, como você é delicado. – ironiza.

–Hey Miles! Olha o que Thea trouxe. – Felicity o chama e ele imediatamente pausa o jogo e corre até nós, subindo na cadeira ao lado do balcão para poder ver melhor. Sorri contente ao ver a caixa de chocolate ali.

–Achei que ele precisava de um pouco de doce, você foi ao mercado e só comprou coisas saudáveis.

–Hey, e isso é errado?

–Felicity, quando se da brócolis para uma criança comer, acho que no mínimo ela espera algo bem melhor como sobremesa não acha?

Felicity me olha indignada e faz um gesto exagerado com as mãos em direção a Thea.

–Viu só, até mesmo Thea leva mais jeito do que eu.

Thea olha de mim para ela confusa com o assunto interno.

–Como assim? – pergunta.

–Felicity está tendo uma crise existencial. – digo, passando por de trás de Felicity e beijando sua cabeça, antes de chegar ao outro lado e começar a vasculhas a outra sacola de compra.

–Hey, não é uma crise existencial, é só que... –abaixa o tom de voz e se aproxima de Thea. –Não sei bem o que fazer se ele ficar doente ou algo assim, eu estou surtando Thea.

–Relaxa, Felicity. Nada vai dar errado e se der você sabe pra quem ligar.

Sorrio contente pela amizade que se formou entre as duas, agora alem de mim, Dig e Roy ela também tinha Thea para ajudá-la nisso tudo.

–Hey, vamos deixar para mais tarde não é? Vai ter dor de barriga se comer tudo de uma vez. – Felicity repreende Miles, tirando a caixa de chocolates de sua frente antes que ele comesse o quinto bombom.

Ele olha pra Felicity com a boca toda suja de chocolate e acompanha com os olhos onde ela deixa a caixa, em cima da geladeira. Faz uma expressão decepcionada, mas volta a olhar as sacolas.

–Alias, aqui seu cartão. – Thea entrega á Felicity seu cartão.

–Obrigada Thea.

–Fique feliz em saber que eu não o usei.

–Thea!

–Ah Felicity, não foi nada, foram apenas compras. Tem coisas que comprei que nem estavam em sua lista.

–Vocês dois. – aponta de mim para Thea. –São iguaiszinhos. Thea, me de a nota fiscal, eu vou te pagar.

–De forma alguma. – Thea rebate e rio imaginando que aquela discussão ia longe.

–O que acha de jogarmos uma partida daquele jogo juntos? – sussurro para Miles que olha para Felicity e depois para mim assentindo. Provavelmente notando o mesmo que eu: A briga iria longe.

Ele desce do banquinho alto com dificuldade e rio pegando e jogando-o sobre meus ombros. Ouço sua risada alta de surpresa enquanto vamos até a sala. Desço-o e pego um controle para mim, ligando-o no vídeo game enquanto ele escolhe ansiosamente o jogo.

(...)

O cheiro da comida estava bom, Felicity e Thea cozinhavam enquanto eu continuava jogando com Miles, elas recusaram minha ajuda descaradamente, então simplesmente continuei a jogar. Roy e Dig estavam pra chegar, Felicity havia insistido no almoço dizendo que queria passar um tempo em paz com todos que eram importantes pra ela e isso foi o suficiente para ninguém ousar recusar e também um ameaçar de lagrimas da parte de Thea.

A campainha toca e Miles me olha apreensivo quando eu me levanto para atender e rapidamente corre até Felicity. Era preocupante que sempre que isso ocorria ele voltava a ser um garoto reservado e acanhado, com medo e demorava algum tempo até novamente se soltar. Abro a porta, era Roy.

–Oliver! Já esta aqui.

–Oliver praticamente mora aqui Roy. – diz Thea e fecho a porta depois que Roy passa por ela.

–Isso não é verdade. – rebato. – Eu só estou cuidando da proteção da minha namorada e meu cunhado.

–Sim, mas você vai embora tarde e chega cedo quando não vai a QC. Você só vai para casa com o propósito de dormir, o que eu já te peguei sem nem isso fazer na noite passada.

–Eu só não estava com sono noite passada.

Roy vai até Miles depois de cumprimentar as duas e franzo o cenho ao observar Miles dar meu controle a Roy.

–Hey, você já me substituiu? – finjo ofensa.

Os dois me olham, Miles ri arteiro enquanto Roy tem um sorriso vitorioso no rosto, reviro os olhos e finjo irritação.

–Eu não era tão ruim assim no jogo.

–É por isso que esta perdendo por três mil pontos? – diz Roy. – Vai ser difícil recuperar isso tudo Oliver.

Bufo irritado e me encaminho para a cozinha, mas nenhuma das duas pareciam precisar da minha ajuda ainda.

–Ai! – ouço Felicity exclamar e rapidamente vou até ela. Havia cortado o dedo com a faca e o segurava com a mão em uma expressão de dor.

–Hey, deixa eu ver. – peço, segurando sua mão e olhando seu dedo que sangrava, não era profundo o suficiente para precisar de pontos, mas também não era algo a ser ignorado uma vez que a faca era justamente a da mais afiada. – Não parece tão ruim, mas é melhor lavar.

–Hmm, já volto Thea. – diz, indo até o corredor que dava para o banheiro. Mordo o lábio inferior começando a travar uma pequena guerra interna.

Vou até Thea e sussurro.

–Acha que consegue dar conta por alguns minutos? – pergunto.

Ela me olha desconfiada, mas depois da um sorriso completamente malicioso.

–Claro, uns minutos, aham.

Reviro os olhos e sigo pelo mesmo corredor que Felicity, abro a porta entreaberta do banheiro ao lado do quarto e ela se vira para mim, surpresa.

–Oliver, o que você...?

–Xi... – peço, fechando a porta atrás de mim. – Só queria ver como você estava. – digo, pegando o esparadrapo que ela havia tirado da caixinha e segurando seu dedo, começando a enrolar o curativo nele.

–Mesmo? – pergunta em um tom deixando claro que não acreditava.

–Sim. – Insisto, terminando o curativo e sorrindo para ela. Coloco uma mão de cada lado de corpo, prendendo-a entre mim e a pia.

Parece que não sou apenas eu que esta sentindo falta aqui, já que é ela quem da o primeiro passo, passando os braços em volta do meu pescoço e me puxando para um beijo ardente. Não esperava por isso, mas mesmo surpreso correspondo, agradecendo aos céus por ela estar de vestido.

Incrível como mais nada importa quando estou com ela, me esqueço de qualquer problema na QC ou em qualquer outro lugar, Felicity é viciante e a cada dia parece que a amo mais e mais, ela tem uma ação surpreendente sobre mim que ninguém nunca teve e eu estranhamente gosto disso, gosto sempre que ela me faz me sentir de uma forma que eu nunca senti antes.

A prendo mais contra mim, minha mãos anseiam por tocar sua pele uma vez que ela já havia retirado minha camisa e traçava toques afoitos por meu peito, abdômen e costas, beijando meu pescoço. Desço as mãos até suas pernas e aperto com vontade toda a extensão até a coxa, erguendo junto o vestido e passando-o por sua cabeça, agradecendo mais uma vez por não ter zíper. Sorrio como uma criança contente no natal ao fitar seus seios com os mamilos rígidos.

Felicity morde os lábios notando minhas intenções e rapidamente tomo um seio na boca, sugando-o e estimulando o outro com a mão, ouço-a gemer e rapidamente cubro sua boca com minha mão. As pessoas na sala não precisavam ouvir o que fazíamos aqui.

–Desse jeito você vai traumatizar seu irmão. – brinco sussurrando perto de seu ouvido e a sinto estremecer e sua pele se arrepiar, mas ela arregala os olhos ao me olhar.

–Oliver! Miles, ele esta bem ali na sala e...

–E nós não faremos barulho. – argumento. Incapaz de deixar as mãos paradas em seu corpo.

–Não sei se isso é possível. – diz, os olhos fechados e o corpo amolecendo em meus braços quando começo a fazer o caminho por sua barriga, chegando à virilha.

Sorrio e mordo levemente seu lábio inferior inchado.

–Podemos tentar. – subo-a em meu colo, fazendo com que rodeasse meus quadris com as pernas. Apenas a giro até constá-la na parede.

Suas mãos abrem ansiosas o botão da minha calça e estremeço com o contato de suas mãos, beijo seu pescoço tentando controlar meus gemidos me ocupando com seu pescoço, mas estava difícil quando sentia seus dedos hábeis me tocar. Sem conseguir me conter muito mais desço sua calcinha, ansiando por tocá-la da mesma forma. Sinto seus dentes em meu ombro quando a toco, quase a penetrando com o dedo, sentindo o quanto estava pronta.

–Oliver...

Sorrio e afasto o rosto de seu pescoço para olhá-la nos olhos. Levo uma mão até seu rosto e passeio com o polegar por sua bochecha macia. Ela me olha intensamente, os olhos escurecidos de puro desejo. Ergo uma de suas pernas até circular minha cintura, separando por pouco centímetros nossas intimidades que deram um leve encostar.

–Eu amo você. – digo.

Felicity segura fortemente em meus ombros, sinto suas unhas ali.

–Eu também amo você. – responde.

Sorrio satisfeito e com a outra mão que não segurava sua perna eu levo até sua boca.

–Sem barulho. – sussurro. Ela sorri maliciosamente e leva uma mão sua até minha boca, fazendo o mesmo que fiz com ela.

–Sem barulho - sussurra.

Sem aviso prévio pressiono mais contra a parede, seguro mais firmemente sua perna e escorrego rapidamente para dentro dela. Fechamos os olhos ao mesmo tempo, pressionando as mãos um na boca do outro. Sua intimidade quente me rodeia e começo a me movimenta, completamente alucinado por ela. Felicity me faz perder a cabeça em segundos e simplesmente me esqueço de qualquer um que esteja do lado de fora desse banheiro, apesar de ainda assim continuar tapando sua boca. Aumento as investidas, vário de rápidas e mais devagar, fortes e mais suaves querendo prolongar o tempo que não tínhamos. Sinto Felicity morder minha palma quando contrai os músculos inferiores e depois relaxa, aproveitando o momento de puro êxtase que se apodera dela. Invisto mais uma vez antes do mesmo aconteceu comigo. Tento sustentar nossos corpos de pé, fechando os olhos com força enquanto meu próprio momento de paraíso nubla completamente minha mente.

Não sei bem quanto tempo se passou, apenas pareço começar a voltar a mim quando sinto Felicity me empurrar levemente para baixo, me guiando para o chão. Não abro os olhos ou sequer penso em resistir, faço como é de sua vontade e estremeço completamente quando sinto o chão gelado em minhas costas. Os lábios de Felicity passeiam por meu pescoço, as mãos voltam a estimular meu membro já crescente e apenas abro os olhos quando ela novamente cobre minha boca com a mão, em reflexo cubro a sua no exato momento em que ela desce o quadril, novamente fazendo com que eu a preencha. Meu gemido é abafado por sua mão, reviro os olhos incapaz de me agüentar por muito tempo e minutos depois novamente nos derramamos, pulando no abismo do prazer. O corpo de Felicity cai sobre o meu, as respirações ofegantes em sincronia assim como as batidas frenéticas dos nossos corações.

(...)

FELICITY

Okay, estava cerca de onze ou quinze minutos no banheiro depois de Oliver ter saído, não sei bem o tanto de barulho que conseguimos conter e pensar nisso faz meu rosto esquentar cada vez mais, mas se Oliver não voltou ainda completamente envergonhado ou pelo menos para ter o bom coração de me avisar, quer dizer que o barulho não foi tanto. Ouço a campainha tocar, provavelmente é Dig e isso quer dizer que o almoço deve estar pronto ou quase o que também me faz lembrar que eu deveria ter ajudado Thea. Hora de sair desse banheiro Felicity.

Respiro fundo e levo a mão á maçaneta.

–Droga, não posso. – murmuro para mim mesma, retirando a mão.

–Felicity, o almoço está pronto. Eu tenho certeza que o seu dedo vai ficar bem! – ouço Thea gritar para mim em uma clara provocação.

Resmungo, mas destranco a porta e saio do banheiro, não antes de checar se estava apresentável. Acho que me arrumei tanto para disfarçar que devo estar mais arrumada do que quando entrei no banheiro.

Chego à sala e Dig abraçava Thea, Oliver me olha de forma curiosa me avaliando com o olhar. Talvez preocupado por eu ter demorado demais para sair, Roy e Miles continuavam jogando e o som da televisão estava incrivelmente alto.

–Porque o volume tão alto dessa televisão? – Grita Dig para sobressair o volume.

–Nem queira saber! – grita Roy de volta.

Meu rosto esquenta e tento disfarçar ao abraçar Dig. Vou até a cozinha onde Thea esta e a ajudo a pegar as coisas no armário.

–Hmm, deu mesmo para ouvir algo? – pergunto a ela em um sussurro.

–Oh sim, os vizinhos devem até agora estar se perguntando o que ta acontecendo aqui. – diz.

A olho assustada e incrédula, meu estomago gela e meu rosto esquenta ainda mais. Thea começa a rir e é quando relaxo, percebendo que ela estava tirando com a minha cara.

–Thea!

–Ah, me desculpe Felicity, mas não pude evitar. Não se preocupe, mandei Roy aumentar o volume antecipadamente e tudo o que temos em nossas mentes agora é a imagem de Oliver parando o sangramento do seu dedo cortado.

Suspiro completamente aliviada e enfim a acompanho nas risadas enquanto começamos a arrumar a mesa. Oliver ficou feliz por finalmente poder ser útil e nos ajudar com a mesa.

(...)

Já tinha se passado algum tempo desde que terminamos de comer e agora nos entupíamos finalmente de bolo com sorvete.

–Era Lyla. – diz diggle, voltando para a sala depois de atender a ligação de seu celular.

Estava com saudades de Lyla, sendo esposa de Dig eu tinha criado um pequeno vinculo com ela –pequeno mesmo - e não a vejo desde que vim para Starling. Não que sejamos amigas, já que na época eu afastava todo mundo e com Lyla não foi diferente, mas olhei Sara para eles uma vez e conversei com Lyla outras vezes, então eu me importava o suficiente, ela era uma boa pessoa eu que não estava em um bom momento para se fazer amizades.

–Como ela está John?

–Bem, está passando aqui com Sara, quer te ver. - sorrio me lembrando de como ela não se importava com minhas inúmeras maneiras de repeli-la e fingia não notar minha empatia forçada e ainda assim puxava conversa entre outras coisas. – depois vamos visitar a mãe dela.

Sinto Miles tocar meu rosto com a mão gelada por causa do sorvete e o olho, rio vendo sua boca suja de sorvete, estendendo sua tigela para mim para que colocasse mais. Pego sua tigela para servi-lo. A campainha toca e Dig se levanta.

–Deve ser Lyla.

Devolvo a tigela com sorvete para Miles que olhava para mim preocupadamente. Sua típica reação sempre que a campainha tocava.

–Felicity? – me viro para Dig que me olha preocupadamente.

Franzo o cenho e me levanto, caminhando até a porta onde tem um homem de terno que estende um grande envelope para mim.

–Felicity Smaok? – assinto, pegando o envelope. –É uma intimação, preciso que assine aqui.

–Intimação?

Olho para trás, procurando Miles com o olhar.

–Sim, o Sr. e a Sra.Mccallister entraram com uma ação. Sugiro que contrate um advogado.

Assino o papel ainda incrédula e fecho a porta, encarando estática o envelope em minha mão. O medo bumbou em meu peito e encaro todos sentados a mesa ainda conversando e comendo sorvete, apenas Dig estava ao meu lado no momento e Oliver que enfim havia me olhado, Miles estava ao seu lado, tinha corrido para lá quando me levantei para abrir a porta. As vozes foram parando gradativamente e eles começaram a me olhar aos poucos.

–Felicity? – a mão de John pousa em meu ombro.

–Isso é ridículo. – murmuro. – Eles não podem fazer isso, pagar para “adiantar” papéis da adoção de uma criança e ainda acharem que tem algum direito.

Passo a mão na cabeça, incrédula e sem coragem para abrir o maldito envelope. Olho para meu irmão e o medo de perdê-lo novamente começa a crescer dentro de mim, eles não podiam fazer isso, não podiam pensar na hipótese de me tirarem ele.

(...)

–Felicity, precisa se acalmar.

–Não consigo Oliver! – continuo andando de um lado para o outro em minha sala, todos tinham ido embora depois de eu dar uma breve explicação, mas estou muito nervosa no momento e simplesmente não consigo me acalmar. O único que tinha ficado era Oliver, claro.

Escuto ele suspirar e vir em minha direção, escorregando as mãos por meus braços até as mãos.

–Eu sei, amor. Mas, você não tem com o que se preocupar. Vamos contratar um advogado e isso não vai dar em nada. Ele é seu irmão e os dois passaram por muitas coisas, justiça nenhuma separaria vocês outra vez.

Respiro fundo e me aproximo, abraçando-o e procurando conforto em seus braços. Ele tinha razão não tinha com o que eu me preocupar.

Por cima do ombro de Oliver posso ver água saindo pela porta aberta do banheiro. Rio e me afasto de Oliver.

Parece que tem alguém alagando o banheiro com a água da banheira não é? – falo alto o suficiente para que Miles escute.

Oliver ri comigo depois de também ver a água ali.

–O que acha de fazer sanduíches para o jantar. Acho que nenhum de nós terá muito apetite depois de tanta comilança mais cedo.

–Hm, acho bom, só vou tirá-lo da banheira.

Oliver assente se encaminhando para a cozinha. Vou até o quarto e pego uma toalha seca, voltando ao banheiro e abrindo-a.

–Hey, baby brother. Hora de sair não acha?

Ele olha para as próprias mãos e depois mostra sorridente para mim os dedos enrugados. Se levantando da banheira denunciando que concordava comigo que era hora de sair.

–Muito bom, vamos fazer sanduíche o que acha?

Sorri e assente enquanto o enrolo na toalha. Levo-o até o quarto no colo para que não tenha contato com o chão gelado. Faria de tudo para evitar doenças até que tudo isso fosse menos assustador. Coloco-o de pé na cama e começo a secá-lo, pego seu pijama azul desenhado com pequenos foguetes e o visto.

–Coloque os chinelos. – peço, indicando o par de chinelos no chão.

Ele me segue até a cozinha onde Oliver tinha espalhado vários ingredientes sobre o balcão e já começava a fazer um. Ergo Miles de pé na cadeira para poder enxergar o balcão.

–Estou faminta.

–Felicity, como pode estar faminta?

Dou de ombro começando a pegar ingredientes aleatórios.

–Sei lá, só estou. Talvez todo o estresse de agora a pouco tenha aberto meu apetite.

–Acho que isso não vai ficar muito bom. – Oliver tem um sorriso zombeteiro no rosto ao indicar meu sanduíche que sinceramente nem mesmo eu sei por onde comecei.

–Vai ficar ótimo, Oliver Queen. Miles vai adorar.

Oliver solta uma gargalhada quando Miles arregala os olhos e olha hesitante para minha pequena gororoba.

–Hey, isso é um complô contra mim, quer sabe, vou começar outro e então veremos, Queen quem faz o melhor sanduíche.

–É uma competição, Loira?

–Pode apostar.

(...)

–Ainda não acredito que ele preferiu o seu sanduíche. – reclamo com Oliver enquanto saio do meu quarto e deixo a porta entreaberta, Miles já dorme, foi um grande dia.

–Eu disse que o seu estava horrível.

Faço bico fingindo estar inconformada. Oliver ri e se aproxima beijando meus lábios demoradamente.

–Quem sabe na próxima. - sugere enquanto chegamos á sala.

–Duvido muito, sou péssima nisso de cozinhar. – não consigo esconder minha preocupação. Eu ainda estava surtando um pouco por ter uma responsabilidade tão grande de ter que criar Miles agora.

–Hey. – Oliver percebe minha preocupação. Leva as mãos até a lateral da minha cintura e sorri reconfortante. –Você logo vai se acostumar, assim como ele. Vai aprender a cozinha e ele vai gostar, vai saber o que fazer quando ele ficar doente e tudo o mais. Você é uma ótima irmã Felicity, nunca duvide disso.

Respiro fundo e assinto, torcendo mais que tudo no mundo para que ele tenha mesmo razão.

Ouço o barulho insistente soar de meu computador em cima do sofá e vou até ele, abrindo-o. Penso se não era novamente meu programa de reconhecimento facial, mas descarto a possibilidade ao perceber a tela começando a piscar. Provavelmente é algum tipo de vírus, alguém tentando invadir meu notebook.

Não tenho nem mesmo tempo de pensar em fazer algo, pois a tela para de piscar e a luz vermelha da câmera se acende e pisco confusa com a pessoa que se faz do outro lado da câmera. O homem a minha frente sorri a me ver, um sorriso completamente doentio, seus olhos penetrantes me fitam antes de enfim se pronunciar.

–Olá, eu sou Damien Dhark.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? A coisa vai voltar a ficar tensa kkkkk calma, mas não de uma vez. Boas noticias!! Terminei semana passada o roteiro da fic e teremos até o capitulo 39 ( inicialmente, se eu não decidir mudar nada essa é a quantidade) E teremos um capitulo de natal bem movimentado kkkk acho que vocês vão gostar. Bom, novidades contadas, vamos para os trechos:

"-Felicity? – ouço Oliver me chamar ao perceber minha tensão em frente ao computador. Só ai eu sai do estado de choque, olhando-o apavorada e erguendo a mão para que não se aproximasse. Eu não podia permitir que Damien o visse.
—Não, fica ai. – peço. Ele para no lugar, mais por meu pedido abrupto do que por obediência em si."

"-Tudo isso, até parece mesmo que você se importa.
—Mas é claro que me importo, ela é minha namorada.
—Bem, isso não parecia significar nada para você antes."

"-Acho que isso estava queimando. – diz, um sorriso irritante do tipo Oliver Queen se formando em seu rosto.
—Ah droga. –abro a panela do que deviria ser meu delicioso – ou não tão delicioso assim – macarrão. – Como consigo fazer essas coisas? – jogo os restos queimados da comida no lixo."

"Olho em volta e em cima da lareira se encontravam enfeites, pelas paredes da casa e nas escadas. Elas fizeram tudo isso o dia todo? A casa tinha clima de... Natal, como não tínhamos há muito."