Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 19
Capítulo 18 - You’ll always be my girl


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gentee. Hoje tem Arrow então vamos comemoraar porque vai ser O episodio né kkkk e ai vai mais um capitulo pra vocês. Espero que gostem. Boa leitura!



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Algo sempre me trás de volta para você

Isso nunca demora muito

Não importa o que eu diga ou faça

Eu ainda sentirei você aqui

Até o momento que eu partir

Você me segura sem o toque

Você me prende sem correntes

Eu nunca quis tanto algo

Quanto afogar no seu amor

E não sentir a sua chuva

Liberte-me, deixe-me estar

Eu não quero cair mais uma vez

Na sua gravidade

Aqui estou e eu estou tão erguida

Assim como eu deveria estar

Mas você está em mim e ao meu redor

Você me amava porque sou frágil

Quando eu achava que eu era forte

Mas você me toca por alguns instantes

E toda minha força frágil se acaba

Eu vivo aqui de joelhos

Enquanto eu tento fazer você ver que

Você é tudo que eu acho

Que eu preciso aqui no chão

Você está em mim

Você está em mim

Em tudo

Algo sempre me trás de volta para você

Isso nunca demora muito

(Gravity – Sara Bareilles)

OLIVER

Minha cabeça doía horrivelmente e eu nem ao menos precisei pensar muito para constatar que eu estava de ressaca. Já reconhecia muito bem os sintomas, algo caiu da minha bochecha quando me virei e abri os olhos imediatamente para ver o objeto que fez um grande barulho ao cair. Meu celular.

As pontadas em minha cabeça continuavam, me impedindo de raciocinar do porque meu celular estava em minha bochecha. Ainda assim não foi preciso muito quando fragmentos de memória me atingiram. Felicity. Ela tinha me ligado, ou eu ligado para ela, bem, não me lembro. O fato era que nós dois estávamos bêbados.

Rio com a lembrança, nunca vi Felicity bêbada e queria ver isso alem de ouvir, não me lembro muito bem do que falamos, mas me lembro de ouvir sua voz enquanto eu adormecia, me contando uma historia da qual no me lembro bem agora.

Resmungo enquanto me levanto me arrastando pela cama, pretendendo ir logo atrás de algum comprimido e café.

FELICITY

Uma semana depois.

–Felicity, fique aqui. – Roy pediu, colando as armas que usaria no coldre e vestindo o colete a prova de balas.

–Não se preocupe Roy, não vou fazer como da ultima vez. – disparo.

Ele se vira para mim e suspira pesadamente, vem em minha direção e sorri amigavelmente.

–Você sabe que eu não te culpo não é?

–Eu sim.

–Felicity! Não deve fazer isso.

–Roy, você quase morreu por minha causa, e quando não morreu poderia ter parado de andar pra sempre.

–Mas nada disso aconteceu, estou ótimo. E se não estivesse, ainda não seria sua culpa. – se aproximou e beijou minha testa rapidamente.

–Nos guie. – Diggle pediu e sorri.

–Pode deixar. Boa sorte.

Estávamos enfim indo atrás de Axel Levi, tinha enfim o encontrado e o safado estava a caminho de um jato particular pronto para fugir, tínhamos que ser rápidos.

Roy e Diggle saíram e eu comecei a monitorá-los do meu computador, alguns outros agentes da A.R.G.U.S. estavam disfarçados checando todos os aeroportos de jatos particulares, evitando que se chegássemos nesse ponto particularmente e fosse uma armadilha e na verdade Levi estivesse em outro ainda assim não teria para onde ele fugir.

–Felicity, chegamos. – Anuncia Diggle pelo comunicador em nossas orelhas.

–Parece tudo tranqüilo, John.- falo, olhando pelas câmeras o lugar completamente vazio. –Tranquilo até de mais, tome cuidado.

Assim que termino de falar ouço os barulhos dos tiros. Dig tinha começado um tiroteio com um cara, Roy foi a seu auxiliou e dei zoom a câmera próxima ao jato.

–Pessoal! Ele está fugindo.

–Ah, não está não! – Roy correu pela direção contrária que estavam, em direção a Levi que corria rapidamente para conseguir chegar ao Jato, depois de resolver o problema com seu oponente Diggle se juntou a corrida, mas meus olhos estavam focados em Roy e meu coração batia rapidamente enquanto eu torcia os dedos das mãos, frustrada por não poder fazer nada mais para ajudar, apenas torcer para que Roy chegasse a tempo. Nunca o vi correr tanto, quase como se estivesse flutuando e inevitavelmente algumas lágrimas se formaram em meus olhos, uma vez que fora por minha causa que ele tinha ficado por tempo sem andar e agora ele estava ali, correndo por minha causa.

Sorri quando o vi se lançar e cair por cima de Levi, Diggle rendeu o que aparentemente era o segurança, que agora estava com um tiro no ombro, mas pela pouca quantidade de sangue parecia ter sido de raspão. Bem, ainda vinha a parte difícil, o interrogatório.

(...)

–Para onde estava indo? – observei por meio do vidro falso o “interrogador” agente de Waller perguntar á Levi.

–Á Starling City. – responde.

Olho para Amanda ao meu lado e franzo o cenho.

–Você não acha estranho ele dar a resposta tão facilmente assim? – pergunto, mas ela sequer me olha.

–Fazer o que? – o interrogatório continua.

–Nada em particular. Apenas voltar para a sede.

–Voltar? Então sua missão era aqui? O que fazia aqui?

–Vim tirar umas férias. – seu tom de voz era sarcástico e o sorriso de superioridade era irritante.

Reviro os olhos impaciente, enquanto o agente repete a pergunta em um tom mais duro.

–O que fazia?

–Damian Darhk me mandou. – responde despreocupadamente, se acomodando mais a cadeira.

–Para fazer o que?

Axel se endireita na cadeira e olha pelo vidro e sinto como se o vidro não existisse, como se ele estivesse olhando diretamente para mim, pois meus olhos encontram bem os dele, como se realmente soubesse que eu estava ali.

–Para atrair Felicity Smaok pra cá. – prendo a respiração e encaro Waller esperando que ela faça algo, mas não esboça nenhuma reação, apenas observando o interrogatório.

–Por quê?

Um sorriso diabólico cresce em seu rosto enquanto responde.

–Digamos que R.J. não queria ninguém em seu caminho.

Empalideço rapidamente, mas o que ainda me incomoda é a forma com que ele me olha. Rapidamente algo me ocorre, vasculho minha bolsa com euforia enquanto Amanda enfim entrava na sala, parece que a ultima revelação tinha feito ela sair do modo zumbi afinal. Acho o que eu procurava, um apito daqueles que usam tortuosamente em cachorros. Vou até a porta e a empurro, Amanda e o outro agente me olham de forma reprovadora, mas não me importo. Vou até o lado de Axel e apito forte perto de seu ouvido.

Como eu pensava ele levou as mãos aos ouvidos e se contorceu, caindo no chão e gritando. Parei de apitar e nós três observamos o sangue escorrer por suas orelhas.

–Eles tem comunicadores internos. – concluo. –Talvez alguém estivesse falando com ele todo esse tempo, ou escutando.

–Darhk é doentio. – diz o agente, olhando a orelha de Levi que havia desmaiado, Waller aperta um botão e rapidamente algumas pessoas de branco entram no lugar e vão até Levi.

–O que ele quis dizer sobre James? – pergunto para Waller, temendo que minhas suspeitas estivessem certas. Ela mexia em seu tablete e minutos depois enfim me olhou.

–Temo que o Sr.Smoak esteja planejando uma fuga.

–O que? Não! De jeito nenhum, não pode deixar isso acontecer, mande agentes pra lá.

–Meus agentes que estão la no momento não são agentes de campo Srta. Smoak. E acredito que nenhum que eu mande agora vá chegar a tempo. – chegamos na sala onde os funcionários de TI trabalhavam, Waller caminhou até uma mesa e começou a mexer ali, mostrando imagens da prisão em Starling. – A fuga deve estar ocorrendo agora, caso contrário o Sr.Levi tão ficaria tão despreocupado em nos dar informações.

–Então é isso? Vamos simplesmente deixá-lo fugir? – não, isso eu não poderia aceitar.

–O que quer que eu faça, Srta.Smoak? Meus agentes não chegarão a tempo. – observamos agora as câmeras dos aeroportos, como se fosse possível ver fugitivos indo simplesmente pegar um avião em um aeroporto.

–A H.I.V.E. Trabalha rápido, eles provavelmente já devem estar com novas identidades e vestidos tão bem que não duvido que viagem de primeira classe. –Amanda responde minha pergunta muda.

Bufo inconformada, eu disse que não deixaria que ele fugisse, isso não podia acontecer. Uma idéia me ocorre e olho para Waller.

–Tudo bem, mande seus agentes até lá, se eles o capturarem, pode me garantir que vai colocá-lo em uma prisão que ele não fuja?

–Isso eu posso garantir, mas você não me ouviu? Eles não chegarão a tempo.

–Disso eu cuido, apenas mande-os.

Me viro e caminho para fora do local, pegando meu celular e discando o número de Oliver. Chama algumas vezes até ele enfim me atender.

–Oliver! – minha voz sai em um tom desesperado.

–Felicity? Aconteceu alguma coisa?

Me sinto mal por ligar para ele, pela primeira vez sóbria, e o assunto ser pedir um favor dessa dimensão.

–Preciso de um favor.

–O que quiser.

–Você tem aqueles seus contatos e etc, não é?

–De quem você precisa?

–Da policia, do tipo, pesada. FBI, Interpol, CIA, tudo o que conseguir, tem que interceptar todos os aeroportos. Meu pai está tentando fugir e não posso deixar acontecer.

–E a A.R.G.U.S.?

–Não vão chegar a tempo de impedir. Não sabemos para qual aeroporto ele vai, já saiu da cadeia.

–Tudo bem, preciso de uma foto.

Mando rapidamente uma foto para ele.

–Tudo bem, não se preocupe Felicity, ele não vai muito longe.

Queria prolongar a ligação, queria conversar sobre a semana anterior onde conversamos completamente embriagados um com o outro, mas agora não era o momento. Oliver desliga e permaneço olhando o aparelho em minha mão por mais alguns minutos. A saudades era cruciante.

OLIVER

Em poucos minutos eu já tinha ligado para tudo quanto policia que eu tinha influencia. É claro que antes disso a policia de Starling já estava atrás dos fugitivos, mas eram muitas coisas que eles não sabiam e apenas eles não dariam conta de interditar o aeroporto. Sem falar que acabo de descobrir que não foi apenas Richard James quem escapara. Mais três foram com ele, na verdade parece ter sido uma fuga muito bem planejada. Algust Alpert, Deymes Rico, que pelo que eu me lembrava era o nome do cara que tentou atropelar Felicity, e por ultimo Marcos Lews, o homem que tentou atirar em Felicity e eu.

Depois de um tempo refletindo não pude deixar de perceber que era como se eles tivessem realmente planejado serem presos, na mesma prisão que James, para que fugissem juntos.

Mas agora quero realmente me certificar de que eles não fujam, eu prometi á Felicity e essa promessa eu não quebraria.

FELICITY

Três horas depois

–Não pensei que conseguiria Srta. Smoak, mas parabéns, foram todos os quatro capturados. – anuncia Waller, entrando na sala em que eu estava observando a cena dos quatro serem rendidos pelo FBI.

–Tenho um bom contato. – respondo sorrindo.

–Meus agentes devem chegar lá logo, os traremos para a prisão da argus.

Assinto e antes de sair ela acrescenta:

–Mais uma coisa, você voltará para Starling.

–O que?

–Ficou claro que Axel Levi apenas queria atraí-la para cá, e se ele estava tão empenhado nisso, um motivo alem da fuga seria que pode realmente ter algo concreto em Starling. Iremos investigar mais a fundo o caso do Sr.Owen Max e procurar alguma relação, apertaremos mais os prisioneiros.

–Então a investigação está mesmo de pé?

–Sim.

–Mas e a pessoa que estava me vigiando?

–Obviamente teremos que tomar mais cuidado, é uma investigação, isso já aconteceu antes com outras investigações e elas nunca pararam por esse motivo. O Sr.Diggle continuará como seu segurança e acredito que o Sr.Harper também já está apto para novamente voltar ao caso.

Não consegui conter meu sorriso. Eu voltaria para Starling, era como se um enorme peso tivesse sido tirado de meus ombros, alem disso tinha realmente um maior numero de pistas em Starling do que em qualquer outro lugar que eu já estive. Sei que deveria estar feliz por voltar ao caso realmente, por Waller não ter realmente desistido, e eu estou, mas o pensamento que predominava em minha mente era ele, Oliver.

Eu voltaria para Oliver, mais cedo do que eu havia imaginado.

OLIVER

Tamborilava os dedos por cima do meu celular sobre a mesa, impaciente. Esperando mais alguma ligação, qualquer coisa. Mas nada, ela não havia me atendido quando liguei e isso estava me estressando. Era completamente frustrante viver assim, sem ter noticias direito.

Observo os papeis a minha frente que exigiam a assinatura dos dois presidentes da empresa. Suspiro pesadamente e passo as mãos no rosto, pensando que ainda tinha mais essa, recuperar a empresa. Daqui a algum tempo teria outra reunião onde Isabel e eu brigaríamos mais uma vez, parece que o conflito entre os presidentes não estava agradando muito e dessa vez apenas um ganharia a presidência. Eu precisava ganhar, não podia permitir que a empresa da minha família fosse por inteiro da bruaca Isabel.

Decido por encerrar por hoje, ir para casa e ver como estão minha mãe e Thea. Não teria qualquer reunião mesmo, minha cabeça não estava para qualquer coisa complicada hoje. Pelo menos com as duas eu poderia me distrair um pouco.

Recolho minhas coisas e aviso minha secretária que estou indo embora e que qualquer coisa urgente era para ela me ligar. Mas só se fosse urgente.

Ao chegar em casa, encontro as duas arrumadas e caminhando até a porta.

–Vão a algum lugar? – pergunto.

–Vamos ao shopping!- Thea responde animada.

–Oh, me sinto ótimo em saber que nem cogitaram me chamar. – me finjo de ofendido.

–Ah, é claro que iríamos chamá-lo, íamos passar na QC, porque voltou tão cedo?

–Hmm, o dia hoje estava tranqüilo.

–Então, vamos? – pergunta minha mãe. Sorrio para logo em seguida fazer uma careta ao pensar em seguir as duas pelo shopping e só observá-las comprar e experimentar milhares de coisas.

–Ah, não obrigada. Eu vou ficar por aqui mesmo.

–Vai fazer o que aqui sozinho aqui o dia todo Ollie? Vamos voltar tarde, já avisando.

–Não sei, eu me viro por aqui. Talvez eu vá até a piscina um pouco, ou quem sabe saia por ai.

–Bem, se mudar de idéia sabe onde nos encontrar.

–Podemos sair para comer alguma coisa depois, quando forem voltar me avisa que encontro vocês lá.

–É uma boa idéia. – minha mãe concorda, se aproximando e beijando meu rosto. Thea faz o mesmo e as duas saem pela porta.

Respiro fundo e vou até o andar de cima, para o meu quarto. Tomo um longo banho e visto uma roupa confortável. O clima estava estranhamente quente em Starling, como se o bom dia zombasse da minha rabugice e dos meus péssimos dias sem ela. Abro a porta de correr de vidro onde da para a piscina e deito em uma das espreguiçadeiras. O celular ainda está em minha mão, como se ele fosse tocar em um minuto que eu desgrudasse dele.

Ouço passos atrás de mim e um dos seguranças aparece em meu campo de visão.

–Sr.Queen, um homem chamado John Diggle quer entrar, permito?

Franzo o cenho, estranhando Diggle aqui. Ele deixou Felicity sozinha em Vegas? Claro, porque se ela estivesse vindo junto teria pelo menos me avisado, certo? Claro que sim. Provavelmente ele veio acompanhar de perto a recém captura de James e os outros.

–Claro, pode permitir, eu vou até lá num instante.

Ele assente e volta para dentro. Respiro fundo, olhando o celular uma ultima vez antes de me levantar e me encaminhar para dentro. Paro na porta que da para sala e pisco os olhos algumas vezes, como que para me certificar de que a imagem não sumiria no instante seguinte. E ela não sumiu.

Um sorriso brilhante e talvez receoso se desenhou em seu lindo rosto e meu coração já acelerado bateu ainda mais freneticamente, meu cérebro parecia ter se esquecido como mandar minha boca falar ou minhas pernas andarem.

–Oliver... – sussurra.

Enfim deixo que o sorriso se forme em meus lábios e consigo me mover, caminhando devagar até ela, ainda com medo de que fosse mentira. Me aproximo o máximo que posso e levanto uma mão em direção aos eu rosto, tocando com minha palma sua bochecha macia. Felicity fecha os olhos e deita levemente a cabeça em minha mão como se apreciasse o toque. Uma única lágrima escorre por sua bochecha e sinto suas mãos segurarem cada lado da camisa em minha cintura. Apertando o tecido fortemente, sorrio quando ela abre novamente os olhos.

–Você esta aqui. – falo.

–Estou. Desculpe não ter ligado, queria... Fazer surpresa.

Aumento o sorriso enquanto fito seus lábios rosados, ansiando por senti-los.

–Onde está Diggle? – pergunto quando me lembro que foi ele quem meu segurança anunciou.

–Me deixou aqui, acho que concluiu que estava bem segura. – suspira profundamente. –Eu estava um pouco nervosa, com medo.

–Medo?

–Bem, estava lendo o jornal no carro e vi sobre a reunião que terá sobre a empresa, na matéria falava sobre como você talvez tenha mais chances agora, já que não vai mais em baladas e nem larga a empresa sozinha, mas que poderia ser uma tática sua e que se conseguisse o cargo novamente talvez voltasse aos mesmos hábitos e que as mulheres continuariam a cair mais em cima e tudo o mais. Fiquei pensando no quanto teria mudado em todos esses dias que estivesse longe, e que se eu por acaso demorasse mais... – abaixa o olhar como se tivesse constrangida, mas volta a ergue-lo para continuar a frase. – Que se por acaso eu demorasse mais, deixasse de ser sua garota.

Sorrio ainda mais com sua preocupação e ela começa a balbuciar.

–Não que eu esteja querendo dizer que sou sua garota, mas não que eu não seja. É só que, não estou nomeando nossa relação e não quis dizer sua garota apenas como alguém em um relacionamento amoroso, quero dizer... Sei que pode parecer a mesma coisa, mas...

–Felicity. – resolvo interromper, me dando conta de quanto minha saudade dela era maior do que pensei. Aproximo mais nossos rostos, podendo já sentir sua respiração na minha. –Você é minha garota, você sempre será a minha garota. – sussurro.

Ela sorri antes que eu junte nossos lábios de forma desesperada, ansiosa e saudosa. Felicity corresponde avidamente, suas mãos sobrem até minha nuca, afundando em meus cabelos um pouco maiores do que antes. Uma delas escorrega até minha barba onde ela passa as pontas das unhas e sinto minha pele se arrepiar, a eletricidade passar por entre nossos corpos e o calor começar a aumentar.

Aperto mais sua cintura na minha, a saudade fora insuportável e tudo o que eu queria era mais dela, tudo. Minha Felicity, ela era minha garota como nenhuma outra jamais fora. Nossos corpos pareciam se atrair um ao outro, ansiar mais, nunca sendo o suficiente. Passei os beijos por sua bochecha, escorregando até o maxilar onde mordi levemente, passando a ponta da língua e escorregando até o pescoço, um pouco mais atrás quase chegando á nuca, onde eu respirei fundo, inalando seu cheiro doce ao qual eu tinha sentido tanta falta.

Ergui seu vestido um pouco, ansiando por tocar a pele de suas coxas. As mãos de Felicity já tinham adentrado minha camisa e suas unhas apertavam em minha pele sem dó, distribuindo ondas de dor e prazer. Mordi levemente seu pescoço, beijando mais vorazmente com um breve chupão onde provavelmente ficaria marca mais tarde. Desci até o colo de seus seios e quando minhas mãos enfim conseguiram sentir suas coxas, apertei com vontade, trazendo-a mais para mim e impulsionando seu corpo, fazendo circular as pernas em volta da minha cintura, saindo do chão.

Caminho com ela, mas não muito longe. Não faço idéia para onde estou indo, estou todo concentrado nela. Sinto o vento quente bater contra nós e só por isso sei que tinha passado pela porta que dava para fora, na área da piscina. Subo mais as mãos por de baixo de seu vestido, sedento por mais contato e pele, as unhas e toques de Felicity parecem queimar por onde passam. Preciso de algum suporte e quase suspiro aliviado ao encontrar uma das espreguiçadeiras onde eu a deito calmamente, minha mente está nublada e tudo o que consigo pensar é que é maravilho ter Felicity e eu definitivamente nunca mais deixaria que ela saísse de perto de mim. Eu a amo.

–Oliver... – ouço sua voz sussurrar meu nome e nossos olhos se encontram, suas Iris estão mais escuras e tenho certeza que as minhas também. Observo sua pele macia, as bochechas coradas e a respiração ofegante. Linda. – O que estamos fazendo? – continua.

Aperto com as mãos nas laterais da espreguiçadeira, tentando conter meu corpo.

–Não sei. – respondo. Era uma boa pergunta, estávamos tão desesperados um pelo outro que nem ao menos conversamos direito, mas estava tudo bem. Dava para se sentir isso, nossa forma de conversar no momento seria assim, pois tudo o que tínhamos para falar era do tamanho da falta que um fez ao outro e isso as palavras não seria o suficiente para expressar. Do resto falaríamos depois, apenas depois que tivéssemos saciado cada mínima célula de nosso corpo que havia sofrido por todos esses dias. Cada célula que ansiava por mais. Por mais que tudo isso tenha passado em minha cabeça, não conseguiria formular uma resposta tão bem elaborada. -Acho que estamos conversando talvez.

Um sorriso desenha seus lábios e suas mãos apertam a laterais das minhas costas, descem ate a barra da minha camisa onde suas mãos adentram mais profundamente dessa vez, deslizando as pontas dos dedos por ali.

–Conversando é? – me aproxima, mordicando meu lábio inferior e puxando um pouco e aumentando o sorriso ao soltar.

–É... – concordo em um sussurro, a voz rouca e ansiosa. –Conversando. – sorrio, impulsionando meu corpo um pouco mais ao encontro do seu, pressionando nossas intimidades ainda cobertas pelas roupas. Nós dois fechamos os olhos ao mesmo tempo, deixando um longo gemido soar sincronizado. –Mas se quiser ter a outra conversa agora, tudo bem. – falo, abrindo os olhos.

Felicity maneia a cabeça de forma negativa e também abre seus olhos.

–Podemos conversar sobre isso depois, quero ter outro tipo de conversa agora. – se inclina novamente, beijando meu pescoço, deslizando os lábios por ali enquanto subia minha camisa com as mãos e apenas quando passa o tecido por minha cabeça é que ela volta a falar. –Mas, Oliver e se alguém aparecer.

–Minha mãe e Thea saíram e antes de voltar vão me ligar. Relaxa. – murmuro procurando por algum fecho que tenha em seu vestido que estava me impedindo de tirá-lo.

–Isso é bom. – murmura. –Quero dizer, sobre elas te ligarem antes e... Não que todo o resto não esteja sendo bom. – solta um pequeno gemido quando enfim acho o zíper do vestido e o desço, fazendo meus dedos tocarem a pele de suas costas que se arrepiou rapidamente. –Eu só quis dizer que...

–Loira. – interrompo, sorrindo e olhando-a nos olhos, afastando um pouco os cabelos de seu rosto. Ela se cala, fitando meus olhos e então novamente sorriu.

–Certo, Sr.Queen, sem conversa. – conclui, abraça minha cintura com as pernas e arqueia o corpo, novamente pressionando nossas intimidades uma vez mais.

Sinto meu corpo rígido, meu membro pulsar e meu coração batendo de forma frenética. Deus, como preciso dessa mulher. Afasto o tecido de seu vestido e abocanho um de seus seios, Felicity segura meus cabelos, puxando levemente os fios. Certo, foram muitos dias, vamos pular as partes da tortura, até porque pretendia amá-la com calma depois, pois agora quero ter todo o tempo do mundo para fazer isso. Só que nesse momento apenas preciso dela, preciso de urgência. Agora.

Ergo a saia de seu vestido até a cintura e sorrio quando encontro o tecido da calcinha. Felicity desce as mãos ansiosas até a barra de meu short de piscina e empurra o tecido para baixo expondo meu membro ereto.

–Preciso de você, senti tanto a sua falta. – murmura deslizando os dedos por extensão.

–Eu também. – confesso, afastando enfim o tecido de sua calcinha.

A superfície da espreguiçadeira era sim um pouco desconfortáveis para nós dois, mas não seriamos pacientes o suficiente para chegarmos até meu quarto no andar de cima no fim do corredor. Caminho de mais para controle de menos.

Volto para seu pescoço, distribuindo beijos e leves mordidas, Felicity passeia com as mãos pelo meu abdômen e costas. Desço uma das mãos até a dobra de seu joelho e separo um pouco mais suas pernas, me posicionando melhor no meio delas. Felicity morde o próprio lábio inferior, fechando os olhos com força esperando pelo que viria.

Reviro meus olhos em prazer a medida que vou escorregando para dentro dela, quente a acolhedora. Começo a me movimentar, fechando meus próprios olhos e me concentrando em todas as sensações, trouxe mais um pouco seu corpo contra o meu, investindo mais, aumentando o ritmo. Novamente o mundo havia sumido e apenas nós dois existíamos.

Eu poderia facilmente me acostumar com isso, esse sentimento tão grande que eu descobri a pouco mais de uma semana, eu a amo com tudo de mim. Absolutamente tudo. Sinto suas unhas se afundarem mais em minha pele e estremeço, sentindo meu limite mais perto. Abro meus olhos, querendo ver sua expressão quando se entregasse e foi absolutamente perfeito. Ela apertou mais o lábio entre os dentes, os olhos também se apertaram um pouco mais e logo em seguida veio o longo gemido, soando como musica em meus ouvidos, fazendo com que eu também me derramasse nela.

FELICITY

Minha respiração ainda estava irregular depois de cinco minutos que passamos em silencio, apenas descansando. O corpo de Oliver ainda estava sobre o meu, enquanto eu passava os dedos entre os fios de seu cabelo, sentia seus dedos fazerem movimentos circulares em meu quadril. Fechei os olhos, me permitindo aproveitar aquele momento. Estava tão absurdamente feliz por estar de volta, apesar da procura por meu irmão ainda não ter sido sucedida, mas tínhamos algo. Ainda estava rolando, ainda havia uma esperança. Então eu enfim decidi me permitir ser feliz nos momentos que passasse com Oliver, era quando eu verdadeiramente me sentia... Psicologicamente recuperada de tudo o que aconteceu, era quando minha mente e meu coração descansavam. Com ele.

–Vamos la pra cima? – Oliver pergunta, se levantando lentamente, deixando um breve beijo em meus lábios e vestindo seu short.

Assinto e me levanto, vestindo minha calcinha e ajeitando meu vestido. Seguro em sua mão e só então olho em volta enquanto entramos para dentro a caminho das escadas.

–Legal você ter uma piscina, aposto que dava muitas festas ali.

–Ah com certeza. – Oliver concorda com um sorriso no rosto. – Eram as melhores, mamãe pirava e os vizinhos principalmente.

–Como vocês estão? Você e sua mãe?

–Bem, devagar, mas estamos muito bem. Jogamos o tempo fora, comemos besteiras, vimos filmes. Nós três até parecemos aquelas famílias de comercial de margarina.

Rio, verdadeiramente feliz por ele.

–Que bom.

–Bem, devo tudo a você não é?

Paro de andar e o olho.

–Ela contou?

–Sim, claro. Porque não contaria?

–Não sei, pensei que ela poderia querer ocultar essa parte.

–Bem, ela não só me contou como ela e Thea me incentivaram a ir atrás de você no aeroporto.

–Wow, mesmo? – isso era uma surpresa, quer dizer que Moira não me odiava no momento por ter confrontado-a daquela forma?

–Claro que ela não te odeia. – Oliver responde e fecho os olhos amaldiçoando minha boca maldita.

Oliver abre a porta de seu quarto e percebo ser a primeira vez que entro no local. Era bem a cara dele e o tamanho era o triplo do tamanho do meu quarto no apartamento.

–Ual, Oliver. É lindo.

Sinto seus braços me abraçarem por trás e ele beijar meu pescoço.

–Bem, fico feliz que tenha gostado. Mas, agora eu só quero amar você mais um pouquinho. –sinto minha pele se arrepiar e viro em meu próprio eixo, para ficar de frente para ele. –Bem devagar. – sussurra. –Cada pedacinho.

Sorrio emocionada, encantada em ver tanto amor refletido em seus olhos. Levo minhas mãos para sua bochecha.

–Eu amo você, Oliver. – dizer essas palavras sem ter o peso se uma despedida foi ainda melhor e eu queria repeti-las varias e varias vezes.

Ele se aproxima beijando meus lábios calmo e lentamente. A língua acariciou meu lábio inferior suavemente antes de adentrar minha boca, sem pressa. Meu coração batia forte em meu peito e assim como ele havia dito sobre mim eu queria fazer o mesmo. Amá-lo com calma, cada pedacinho. Aproveitar cada momento e cada parte sua, pois cada parte minha amava tudo nele.

Xxx

Porque tudo de mim
Ama tudo em você
Ama suas curvas e todos os seus limites
Todas as suas perfeitas imperfeições

Dê tudo de você para mim
Eu te darei meu tudo
Você é o meu fim e meu começo
Mesmo quando perco estou ganhando
Porque te dou tudo de mim
E você me dá tudo de você oh

(All Of Me – John Legend)


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? A separação só durou um capitulo pra gente, duas semanas pra eles, uffa. Não demorou tanto né? Vocês nem estavam desesperado querendo me matar pelos comentários não é kkkk magina. Tudo bem, comentem! Ai vai os trechos do próximo, sujeito a alteração.

"Ele sorri e da um beijo estralado e rápido em minha boca. A mão escorrega por minhas costas distribuindo um arrepio, mas quando tento enlaçar sua cintura com as pernas Oliver sorri travesso e se levanta.
—Não, aonde você vai? – pergunto indignada por ele ter se levantado.
—Temos que nos vestir, Loira.
Resmungo ainda inconformada, mas me arrasto para me levantar."


"-John! – chamo, soltando a mão de Felicity e caminhando rapidamente até ele. – Preciso da sua ajuda.
—Minha?
—Sim, vamos falar com Richard James."

"-Quem é você?
—Meu nome é Oliver Queen. – respondo sério, o tom de voz surpreendendo até mesmo a mim no momento. –E você falhou."

"-Sim, mas vocês são treinados para suportar até que eles cheguem para resgatá-lo, não? – me aproximo, sussurrando de forma ameaçadora. – Digamos que ninguém chegará para salvar você."