Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 15
Capitulo 14 - I put my arms above you


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente. Sendo a pessoa desocupada que sou (sqn, é só essa semana mesmo) não fui pra aula hoje e decidi revisar o cap e postar.
Mas, queria primeiramente agradecer á Dela que fez a segunda recomendação MARAVILHOSA para a fic. Muito obrigada amore, fiquei emocionada de verdade, chorei surtei muito, enfiei a cara no travesseiro e gritei kkkk mas sério, realmente fico muito feliz e agradecida por ter feito uma recomendação tão linda e ter captado tantas coisas sobre a fic, estou sem palavras até agora e por mais que eu agradeça aqui não será o suficiente kkkk.
GENTE, vocês vieram ler com os coraçõeszinhos preparados? kkkk se não então respirem bem fundo, segurem na mão de Deus e vão kkk. Boa leitura!



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Oh eu estou uma bagunça agora

Dentro e fora

Em busca de uma doce rendição

Mas este não é o fim

Eu não posso resolver isso, como?

Pensando nos sentimentos

Pensando em nós

E mesmo que eu saiba por tanto tempo

E todas as minhas esperanças

Todas as minhas palavras estão escritas em sinais

Mas você é o caminho que me leva para casa

Casa, casa

Veja as chamas dentro de meus olhos

Elas queimam tanto, eu quero sentir o seu amor

(I’m a mess – Ed.Sheeran)

OLIVER

Não sei bem o que fazer, Felicity ficou distante depois que atendeu o celular. Disse apenas que precisava encontrar Diggle, mas não quis me dizer o que era. Não que ela tenha dito que não queria, mas tinha inventado algo qualquer e eu havia fingido que tinha acreditado.

Por um momento senti como se tivéssemos voltado a estaca zero. Onde ela me dava quaisquer desculpas e mentia sobre o que ia fazer e eu fingia que acreditava. Não precisávamos mais daquilo, eu já sabia de tudo. Não sabia?

O que mais precisava esconder de mim? Mas não falei nada, deixei que ela tivesse seu espaço e talvez eu perguntasse sobre novamente quando a encontrasse mais tarde. Por enquanto não farei nada.

FELICITY

E aqui estou eu. Em frente a Amanda Waller que diferente do que eu pensei não estava me dizendo para mudar de cidade, onde estariam mais pistas sobre Miles, que iríamos encontrá-lo. Era pior, muito pior. Ela queria que eu desistisse.

–O que? – pergunto incrédula.

–Precisamos encarar a realidade, Srta.Smoak. Não temos novas pistas do desaparecido há meses e sua visita á Starling não trouxe qualquer resultado.

–Sim, mas os seus agentes...

–Meus agentes receberam ordem para se retirarem do caso, Srta.Smoak.

Olho para Diggle, que nos observava um pouco distante, e meu coração se aperta.

–Você precisa voltar para Las Vegas.

–O que? Por quê?

–Para assinar papeis, o fechamento do caso. Não estamos mais nos responsabilizando por sua casa, precisa decidir o que fazer com ela. Se vai mantê-la ou vende-la.

–Não pode fazer isso, não Pode desistir do caso assim. Você me prometeu que...

–Eu lhe prometi que faríamos o possível, faríamos o que a policia não pode fazer. Mas infelizmente chegou o momento de dizer que acabou. Seu irmão foi dado como morto, tendo duas confirmações disso.

–Agora você acredita na palavra de dois assassinos?

–Exatamente, assassinos. Mas não apenas isso. A chacina de Jacob Harlow. – diz, passando por cima da mesa uma foto, do tal homem completamente maluco que explodiu uma pré escola. Foi um grande marco. Bem, é claro que eu só descobri sobre isso dois meses depois de ser resgatada, depois que sai do hospital e fui me atualizar sobre os anos que perdi.

–O que isso tem haver com... – paro de falar no mesmo instante.

–Você sabe que depois de explodir a escola, Jacob pegou vários dos corpos e fugiu com eles.

–Eu...

–Os corpos foram achados perto do local onde encontramos você. Pode ser que...

–Não! – me recusava a acreditar naquilo. –Você não pode estar mesmo considerando...

–São os fatos, Srta.Smoak. Eu não posso pedir para fazerem uma inspeção nos caixões de crianças para ver se o seu irmão está no meio deles, mas não podemos ignorar a possibilidade de o corpo dele ter sim se misturado aos demais.

–Se isso fosse verdade... Ele teria morrido por tiro e não por explosão. Você não acha que notariam a diferença?

–Sim, mas nem todas as crianças foram literalmente explodidas. Muitas morreram por escombros e foram os corpos que Jacob pegou. Sabe o que ele fez?

Me mantive muda, temendo pelo que viria.

–Atirou na cabeça de cada corpo.

Fechei os olhos, sentindo meu estomago se revirar. Como alguém tinha coragem de fazer algo assim com crianças? Era completamente doentio.

–Isso não pode estar acontecendo... – murmuro para mim mesma. –Você não pode realmente estar acreditando nisso!

–Bem, não vou mentir e dizer que acredito cem por cento nisso, mas de qualquer modo, faz muito tempo que estamos a procura e não obtivemos qualquer pista concreta sobre ele. Seu pai...

–Ele não é meu pai, é um monstro. – rebato.

–Seja como for, ele e Marcos confirmam ter atirado no garoto. Não posso fazer com que minha equipe desperdice tempo atrás de um cadáver Srta.Smoak. Para continuar com isso eu precisaria de algo concreto. Algo que não temos.

–Mas... – eu realmente não tinha argumentos contra aquilo.

–Tenha uma boa tarde, senhorita Smoak. Apresente-se o mais rápido possível em Vegas. – se levanta, como se tivesse tido a conversa mais normal do mundo.

Continuo sentada no mesmo lugar, não querendo acreditar no que estava acontecendo. Sinto meu rosto molhado pelas lagrimas que começaram a descer e então Diggle entra em meu campo de visão.

–Felicity, o que aconteceu? – pergunta preocupado, segurando minhas mãos e chamando minha atenção para ele.

–V-Você não está mais a trabalho John. – digo em um sussurro. Diggle em abraça e me deixo chorar em seu abraço.

OLIVER

Cheguei em casa, esperando encontrar Thea em casa, precisava conversar com ela. Queria seguir o conselho de Felicity e me aproximar novamente de minha irmã, e para isso realmente preciso ficar mais em casa.

–Thea? – chamo por ela, não obtendo resposta.

Subo as escadas e ouço as vozes alteradas de Thea e minha mãe. Suspiro pesadamente e continuo o caminho pelo corredor até o quarto de Thea que está com a porta aberta.

–Eu queria que fosse você no lugar dele! – Thea grita e isso parece abalar minha mãe.

–O que está acontecendo? – as duas me olham, Thea parece sem graça por um momento, mas a ira de minha mãe parece crescer no momento em que me vê.

–Ótimo, agora está perfeito! Todos para estar contra mim. –se vira para Thea novamente. -Você queria que fosse eu no lugar? O que acha do responsável por aquilo? – grita, apontando um dedo em minha direção. Minha mente começa a funcionar, juntando as peças e pensando na única coisa que aquele assunto poderia tratar.

O assassinato do meu pai. Olho para Thea que apenas me fita, parecendo não sabe o que fazer. Será que ela... Será que ela também me culpava? Não, eu quase não podia suportar isso da minha mãe, mas da minha irmã... Minha Speedy eu não agüentaria.

–Thea...

–Isso mesmo Oliver! Você achava que só eu via a verdade? De que você foi o responsável? Thea também acha isso! – minha mãe esbraveja em minha direção, parecendo fora de si.

–Isso não é verdade! – Thea rebate.

–Não é verdade? Você... – de repente ela para e falar, ficando imediatamente pálida, leva uma mão ao peito e vejo que vai cair.

Me desespero e vou até ela, conseguindo segura-la antes que atingisse o chão.

–Thea! Liga para uma ambulância!

(...)

Parei de andar de um lado para o outro e abracei Thea que parecia muito abalada. Ainda não tínhamos nenhuma noticia de minha mãe e meu coração estava pesado, eu estava com medo. Isso não podia acontecer, eu não podia perdê-la, ainda mais depois de uma discussão como aquela.

–Thea, pode pegar um café para nós? Você precisa tomar algo para se acalmar. – ela assentiu e se afastou de mim, secando as lagrimas do rosto.

Suspirei e peguei meu celular, discando o numero de Felicity.

FELICITY

Encaro a minha frente o computador. Estava comprando a minha passagem de avião para Vegas, depois de muitas horas de uma guerra interna em minha mente, algo dentro de mim parecia estar se partindo. Só conseguia pensar na grande bagunça que estava minha vida. Miles dado como morto e os agentes da A.R.G.U.S. saindo do caso. Eu estava sozinha nisso agora.Voltar para Vegas vai tomar muito do meu tempo, se eu não tenho mais por quem procurar eu preciso me estabilizar e uma grande parte de mim que ir para casa. Las Vegas, onde estava minha casa cheia de coisas da mamãe e Miles, onde minha mãe estava enterrada e onde eu pretendia fazer algo em memória de meu irmão. Mas outra parte de mim não quer deixar Starling, não quer deixar Oliver e também se nega ainda a creditar na possível morte de meu irmãozinho.

Como eu olharia para Oliver novamente e o assunto que trataríamos seria minha partida sem volta para Vegas. Meu medo é que ele queira me seguir, algo que não posso permitir que ele faça, ele tem uma vida estruturada aqui. Uma empresa e uma família. Eu era uma só.

Clico no botão “concluir compra” quando ouço meu celular tocar e vejo a foto de Oliver aparecer no visor. Suspiro e atendo.

–Oliver?

–Felicity. – percebo a angustia em seu tom de voz e me endireito no lugar, olhando pelo meu quarto a procura dos meus sapatos.

–O que aconteceu? Você está bem? – pergunto preocupada.

–Eu... Estou no hospital, minha mãe ela... Bem, eu não sei o que houve com ela. Ela passou mal e ninguém nos da noticias e...

–Estou indo aí, calma. Ela vai ficar bem, Oliver.

–Tudo bem.

Desligo o telefone e calço rapidamente os sapados, pegando meu celular, bolsa e correndo até a saída.

(...)

Chego ao hospital e não encontro Oliver, apenas Thea que esta sentada com a cabeça entre as mãos.

–Thea! – vou até ela que se levanta ao me ver, parecendo confusa e surpresa.

–Felicity?

–Onde está Oliver? Sua mãe está bem?

–Como você...?

–Oliver me ligou.

–Oliver sumiu. – diz, parecendo realmente desesperada. Isso não fazia sentido, porque Oliver tinha deixado Thea sozinha? - depois que os médicos falaram sobre ela. –continuou.

–Como ela está? – fiquei com medo por Oliver, ele ficaria péssimo se perdesse a mãe.

–Ela teve um ataque do coração. Está bem agora, está dormindo. Os médicos disseram que a partir de agora temos que tomar cuidado com qualquer estresse que ela passe.

Respiro fundo, tentando absorver tanta informação.

–Tem certeza de que não sabe onde ele está? – pergunto.

Ela assente com um gesto de cabeço e percebo o quão abalada ela esta, suspiro e me aproximo, talvez a pegando de surpresa com um abraço. Mas eu sentia que ela precisava disso, de um apoio que não estava presente no momento. No minuto seguinte ela retribui fortemente.

–Ela vai ficar bem, Thea. Não se preocupe, se tudo o que li sobre Moira Queen for verdade, ela é forte e vai passar por isso. – me afasto e ela me olha com gratidão. –Vou encontrar o cabeça dura do seu irmão. – sorrio e ela me da um meio sorriso e concorda novamente com a cabeça.

–Obrigada, Felicity.

Sorrio e assinto, voltando para a saída do hospital. Agora teria que procurar Oliver.

Pego meu celular e tento ligar para ele. Não fico surpresa quando ele não me atende.

–Droga, Oliver. Isso não é hora de se sumir assim.

Ligo para Diggle que diz que vai me ajudar na busca. Dirijo pelas ruas de Starling sem saber por onde procurar e olhando as ruas esperando ver o seu carro ou o próprio caminhando por ai. Um pensamento passa por minha cabeça e vou até a cafeteria que sempre vou, onde Oliver e eu nos conhecemos.

Saio do carro ao chegar em frente ao local e corro até a porta. Abro e entro, olhando ansiosa as pessoas. Esperando encontrá-lo, mas não o vejo.

–Oliver... – digo em um sussurro, não sabendo mais onde ir.

Volto para fora e entro em meu carro, tento ligar para ele novamente, mas ele não me atende. Bufo um pouco irritada e volto a ligar o carro, começando a dirigir devagar, olhando as pessoas. Até que eu o vejo, sentando cabisbaixo no balanço do parquinho, onde eu o abordei na primeira vez e decidi aceitar sua proposta de nos conhecermos.

Mandei uma rápida mensagem para Dig avisando que eu o tinha encontrado. Saí do carro e fui até Oliver, respirei fundo antes de chamá-lo, pensando em como começar alguma conversa ali.

–Desculpe. – ouvi sua voz dizer e franzi o cenho confusa. Era possível ele ter sabido que era eu sem eu ter me pronunciado?

Me sentei no balançou ao seu lado e levei uma mão para seus cabelos, escorregando meus dedos pelos fios loiros.

–Oliver... O que aconteceu? Porque foi embora do hospital? – percebi que ele evitava me olhar.

–Me desculpe, eu sei que não devia, mas... Eu não conseguia... – parecia lutar contra as lágrimas e meu coração doeu horrivelmente com isso, em vê-lo sofrer. –Não conseguia respirar. Nós discutimos antes que ela passasse mal e tudo o que eu conseguia pensar depois era que se ela... Se ela morresse iria ser depois de uma discussão. Não quero que isso aconteça, não quero perdê-la assim.

Viro delicadamente seu rosto em minha direção, para que me olhe.

–Você não vai perdê-la. Ela vai se recuperar e vai ficar bem. – falo com certeza em minha voz.

Oliver respira profundamente e assente com a cabeça.

–Hey... – o abraço e imediatamente ele me abraça de volta. Ouço seu coração bater acelerado e sei que provavelmente ele está dolorido ali dentro e sei como essa sensação é ruim, não quero que Oliver continue sentindo-a. Não quero deixá-lo agora, não posso ir embora e deixar Oliver assim, não posso dar essa noticia pra ele. –O que acha de irmos para minha casa? Você come alguma coisa e liga para Thea, depois nós vemos o que fazer. – me afasto para olhá-lo. – O que acha?

–Acho bom. – responde e me oferece um meio sorriso, como se quisesse me acalmar. Seguro sua mão e me levanto, trazendo-o junto comigo.

(...)

Oliver come algumas fatias de pizza que eu tinha esquentado, já tinha ligado para Thea e eu apenas o observava comer. Ele parecia estar melhor agora.

Sorriu para mim enquanto engolia mais um pedaço da pizza.

–Estranho você ficar ai me olhando. – diz. Sorrio constrangida por ter sido pega tão no flagra.

A verdade era que eu estava pensando como eu conseguiria dizer a ele que iria partir. Me lembrei do que ele me disse, que nunca me deixaria “fugir” dele.

–Só estou pensando.

–Puxa, estou feliz em ouvir a resposta de que você não estava observando minha beleza absurda. – Ironiza em brincadeira.

Rio de sua bobagem e pego seu prato vazio, colocando-o na pia. Um arrepio percorre meu corpo ao sentir repentinamente seus braços me abraçarem por trás, me viro no meio deles e meu coração acelera ao constar nossa proximidade, que não era tanta, mas já o suficiente para ele bater descompassado.

–Não fiz isso o dia todo. – Oliver diz em um sussurro antes de juntas nossos lábios de forma calma e carinhosa.

Me derreto em seus braços, aproveitando a sensação, meu coração doendo minimante pensando que quando eu partisse não teria mais isso.

Oliver se separou tão calmamente quanto começou o beijo.

–Obrigada por hoje, não sei o que faria sem você.

Sorrio e aperto um pouco seu braço, um gesto que mal percebi.

–Por nada. – respondo.

Oliver suspira, os olhos dançando por minha face, apenas me admirando. Respira fundo e observo seus olhos brilhando tão intensamente.

–Não te vejo muito sem os óculos, na verdade... Acho que nunca cheguei a ver. – diz em voz baixa, quase em um sussurro, como se contasse um segredo.

Sorrio não sabendo bem o que responder, eu não pensava muito nas vezes em que ficava ou não sem os óculos, mas realmente era raro eu tirá-los. Apenas nunca parei para pensar que Oliver tivesse o desejo de me ver sem eles alguma vez.

Não nos movemos, aquela conexão de olhares continua. Mordo meu lábio inferior, ansiando por um algo a mais. Oliver leva a mão até minha bochecha e faz um movimento suave ali, seus dedos vão até a armação dos meus óculos e sinto o objeto deslizar por meu rosto. Apenas nos fitamos, por um tempo que parecia muito maior do que realmente era. Me permiti mergulhar no mar azul que eram seus olhos, agora não mais carregando dor e angustia. Oliver deixa meus óculos na bancada ao lado e um sorriso se faz no canto de seus lábios.

Sem esperar mais nada, aproximo nossos rostos e o beijo. Não me preocupo com mais nada, eu o queria. Oliver tinha se tornado para mim algo muito maior do que eu pensei que se tornaria. Eu precisava dele e ter de deixá-lo doía. Mas naquele momento eu me permitiria ter e dar mais, me permitiria novamente viver.

Sentia meu coração acelerado em meio ao beijo, pulsando ferozmente dentro de mim, bombeando por todo meu corpo esse sentimento que queima em meu interior cada dia mais. Os braços de Oliver me apertam firmemente contra ele, como se quisesse se conter e sei o que ele esta pensando. Mas, dessa vez eu estava pronta, estava ciente do que queria, tinha plena certeza disso.

Levo minhas mãos para a barra de sua camisa e adentro minhas mãos ali, subindo-as e levando a camisa junto. Ao se separar para passar a camisa por sua cabeça, Oliver me olha interrogativo e apenas sorrio antes de voltar a beijá-lo. Seus lábios agora tomam os meus com mais intensidade e mais ardor. Suas mãos tocam minha pele por de baixo da blusa com desejo e suspiro entregue.

Oliver me impulsiona para cima e rodeio sua cintura com as pernas e o sinto andar, não interrompo o beijo, aproveitando cada mínimo movimento que usa boca faz contra a minha, cada mínima eletricidade que passar por nossas línguas entrelaçadas. Percebo que Oliver abriu a porta do quarto e novamente sinto meus pés no chão. Separamos as bocas para respirar e novamente nossos olhos se encontram, Oliver puxa devagar minha blusa e a passa por minha cabeça, voltando a me beijar e me apertando contra ele.

Há algum tempo atrás, onde eu não quis continuar isso por decidir que Oliver merecia alguém por inteiro... Não estou quebrando essas palavras no momento. Eu nunca em minha vida me senti tão completa como nesse momento, o que é irônico pensando em como o resto do meu mundo está despedaçado. Mas Oliver instigou isso em minha vida. Concertou-me como pôde, mas deixou as cicatrizes para que eu me lembrasse, para que se curassem e se tornassem cicatrizes. Eu estava me dando inteiramente a ele, pois era assim que ele tinha me tornado. Inquebrável.

Seus toques parecem queimar em minha pele e tudo o que eu quero é mais contato, demonstrar mais e perceber mais. Percorro minhas mãos cegamente por seu peitoral, as mãos de Oliver descem mais em baixo e me aperta contra ele tão intensamente que posso sentir sua excitação crescente. Oliver passa a beijar meu pescoço quando sinto o colchão macio e ele se senta comigo por cima, deita devagar enquanto ainda exploro seu corpo com as mãos e seus lábios beijam ansiosos cada parte descoberta do meu pescoço, subindo até minha orelha e chupando o lóbulo dela. Suas mãos apertam minhas costas e barriga e descem até minhas coxas, distribuindo um arrepio por todo meu corpo. Me acomodo melhor em cima de seu corpo, passando uma perna de cada lado de sua cintura e pressiono, sedenta por contato. Ouço Oliver gemer baixinho em meu ouvido e suas mãos sobem novamente até o meu sutiã.

Sorrio travessa entre seus lábios e afundo minhas unhas em suas costas antes de levar minhas mãos até minhas costas e sentir o contato de nossos dedos que por dois milésimos de segundo se enroscam em um gesto de carinho. Encontro o fecho da peça de roupa e diferente da primeira vez, dessa vez sou eu quem abro. As alças escorregam por meus ombros e o jogo de qualquer jeito pelo quarto.

Oliver se afasta um pouco e me olha, seus olhos escurecem alguns tons e brilham intensamente, passo a língua em meus lábios, deixando um leve gemido escapar de minha garganta ao sentir o gosto dele em meus lábios. Seria impossível de esquecer tal sabor em mil anos que se passassem.

Sua mão toca meu seio, como se tocasse algo precioso demais, meus dedos puxam levemente seus cabelos como se fizesse um pedido mudo por uma atitude e ele responde. Tomando na boca meu seio, circulando com a língua meu mamilo rígido. Jogo a cabeça levemente para trás, apenas sentindo.

Sua boca sobre novamente por meu pescoço, beija minha clavícula e volta para a boca. Nos beijamos desesperadamente mais uma vez e minhas mãos inpacientes vão até o cós de sua calça e dessa vez eu abro o botão. Sinto o sorriso de Oliver em meio ao beijo e sorrio de volta ao descer o zíper. Oliver desfaz o sorriso e seus dentes mordem levemente meu lábio, puxando e voltando a provar do mesmo, mergulhando a língua em minha boca.

Não consigo conter meus movimentos por cima de seu corpo, tocando nossas intimidades ainda protegidas pelas roupas. Oliver me vira na cama em um movimento ágil e com os pés começo a descer sua calça Jeans por suas pernas grossas. Suas mãos também chegam ao cós da minha calça e ele a abre rapidamente, arqueio o quadril, tocando nossos corpos enquanto ele tira a peça de minha roupa. Jogamos as duas no chão e novamente passo as unhas por suas costas, deixando provavelmente marcas.

Deixo meus dentes passarem por seu pescoço e mordo levemente seu ombro ao senti-lo impulsionar o quadril contra o meu em um gesto ousado, que só serviu para crescer mais a ânsia e o desespero para nos enterrarmos logo um no outro. Em movimentos torturantes Oliver desce os beijos por meu corpo. Pescoço, seios, barriga e desce lentamente o tecido da minha calcinha. Sorrio para ele que me olha intensamente e desço minhas mãos até a barra de sua cueca Box e sem tirar a peça adentro o descido com minhas mãos, tocando-o intimamente.

Oliver fecha os olhos e apenas sente meus movimentos por um momento, deixando gemidos de prazer antes de subir por meu corpo novamente e tomar meus lábios, tocando minha intimidade com os dedos, como se estivesse se certificando de que eu estava pronta para ele. E eu estava.

Depois de se livrar da cueca, Oliver se apóia nos cotovelos e nossos olhares se encontram novamente, ele roça a ponta de nossos narizes. E beija suavemente meus lábios inchados.

–Você é linda. – sussurra. Seus olhos me olhavam de forma tão penetrante que novamente senti aquela eletricidade passar por nossos corpos. – Você é perfeita. – o ouço murmurar novamente e fecho os olhos ao sentir ele começar a unir nossos corpos, aperto minhas unhas em suas costas, ansiando para que ele aprofunde o contado. Cruzo minhas pernas por de trás de suas costas, tornado mais fácil a penetração. – perfeita. –novamente ele sussurra, a voz rouca carregada de desejo enquanto aprofunda cada vez mais o contato, até o fim. Até que esteja inteiramente unido a mim. E uma vez mais naquele momento eu me sinto completa, me sinto viva e amada. Novamente me sinto amada depois de tanto tempo apenas sobrevivendo, apenas sendo pedaços quebrados. Ali eu estava sendo cuidadosamente cuidada, amada e colada com novas partes de mim. Novas partes boas que eu havia descoberto. Ali eu não estava juntando apenas a mim, eu estava me juntado á Oliver. De modo que sem ele, eu não mais seria completa. Como em um quebra cabeça onde duas peças se encaixam, eu estava ali sendo a peça de Oliver e ele a minha. E juntos nós completaríamos o desenho de todo o quebra cabeças. Juntos.

Nossas respirações estavam ofegantes, a excitação estava incontrolável, mas ainda assim nós contemos nossos corpos afoitos, querendo prolongar todo aquele momento de sentir.

–Oliver... – sussurrei, tentando conter as lágrimas que queriam surgir em meus olhos, novamente tendo o pensamento de que era a primeira e ultima vez que estávamos assim. Então eu precisava falar, eu precisava que ele soubesse mais sobre meus sentimentos, mas sinto uma onda de prazer me invadir e o gemido incontido sai dos meus lábios, incapaz de pronunciar mais qualquer outra palavra.

–Felicity... – sussurra de volta.

Eu sei que ele sabe, vejo isso em seus olhos. Palavras não são necessárias no momento, ele fala por si só. Então ondulo meu corpo por de baixo do seu e Oliver volta a beijar meu pescoço enquanto se move no começo lentamente, mas aumentando o ritmo conforme nossos corpos exigiam. Prazer, prazer, prazer, explodem dentro de mim. Gratidão, deleite, paixão... Amor, acompanham. Tudo misturado, tudo indo e vindo junto com seus movimentos cada vez mais intensos.

Sinto que estávamos chegando ao limite e fecho os olhos com força, querendo me concentrar mais, sentir mais e tudo parecesse sumir ainda mais a nossa volta. O mundo poderia explodir nesse momento que tudo o que me importaria ainda seria Oliver. Apenas Oliver e nossos corpos em plena sincronia, em plena conversa de sentimentos e sensações. Enfim chegamos ao ápice juntos, nos derramamos um no outro, juntos, com gemidos sincronizados acompanhando.

Segundos depois Oliver deixa o corpo cansado e suado pesar em cima do meu por um momento. Nossas respirações ofegantes se misturam e sinto seus lábios quentes roçar minha pele levemente antes de rolar para o lado, mas puxar meu corpo junto ao seu para que possamos dormir. E realmente meus olhos se fecham cansados e me entrego a um sono calmo e profundo.

You...opened up my heart in a way I didn't even know was possible”

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Eu não sei bem

Como dizer

Como eu me sinto

Aquelas três palavras

São ditas demais

Elas não são o suficiente

Se eu me deitar aqui

Se eu simplesmente me deitar aqui

Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

Aquelas três palavras

São ditas demais

Elas não são o suficiente

( Chasing cars – Snow Patrol )


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Gente, eu realmente dei meu máximo nesse final, sei o quanto esperavam por isso e espero não ter decepcionado ninguém kkkk enfim, nem tem muito o que dizer, apenas vou esperar vocês virem me contar o que acharam do capitulo nos comentarios, sobre Waller... Ainda tem coisa ai para ser contada no proximo capitulo, aguardem.
Ai vai os trechos do proximo:

"-Isso foi ótimo. – Felicity sussurra e percebo que foi em um momento sem filtro de sua boca. Aumento meu sorriso e subo um pouco mais por cima de seu corpo, tomando cuidado para não deixar meu peso sobre ela. Começo a beijar seu pescoço e quando chego á orelha sussurro:
—Podíamos repetir. – sugiro "

"-Você vai a algum lugar? – ele me olha de forma que deixa claro que não quer uma mentira e eu não poderia mentir. Mas, eu não queria contar a verdade agora, não dessa forma.
—Eu... N-Não...
Oliver passa por mim, parecendo irritado e abre meu computador. Fecho os olhos, tentando me preparar para o que viria.
—Felicity, porque está indo para Las Vegas?"

"Já dava para se ouvir a sirene da policia. Bufei e empurrei o cara para que parasse de ficar colocando as mãos em mim.
—Eu vou pagar! Agora para de encher o meu saco."