Unbreakable escrita por MylleC


Capítulo 10
Capitulo 9 - We're falling in love


Notas iniciais do capítulo

Eaeee genteee. Eu aqui postando antes do dia. Bom, antes cedo do que atrasado não é? kkkk
Não poderia postar amanhã, então estou adiantando.
Boa leitura!



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Então me beije como você quer ser amada

Você quer ser amada

Você quer ser amada

Este sentimento é como se apaixonar

Apaixonar-se

Nós estamos nos apaixonando

Acalme-se comigo

E eu vou ser a sua segurança

Você vai ser minha garota

Sim, eu venho sentindo tudo

De ódio ao amor, do amor à luxúria

Do desejo à verdade, acho que é assim que te conhecerei

Então eu te abraço forte para que você deixe tudo

Então me beije como você quer ser amada

Você quer ser amada

Você quer ser amada

Este sentimento é como se apaixonar

Apaixonar-se

Nós estamos nos apaixonando

(Kiss me – Ed. Sheeran)

Essa sensação era inexplicável. A que eu sentia quando minha boca entrava em contato com a de Oliver, quando suas mãos me apertavam junto a ele. Ainda sentados no chão Oliver me puxou para seu colo, fazendo minhas pernas ficarem cada um de um lado de seu corpo. Estava toda arrepiada e meu coração parecia que explodiria de tanto bater, levei minhas mãos para a nuca de Oliver e o ar a nossa volta parecia mais quente, arranhei levemente o local onde minhas mãos exploravam. Desci para seu dorso nu e o ar começou a se fazer necessário em nossos pulmões. Oliver separou os lábios dos meus e passou a beijar meu pescoço enquanto continuei a explorar toda a pele exposta de seu peito e costas.

Soltei um gemido involuntário quando senti suas mãos adentrarem a camisa fina de alcinhas que eu usava, suas mãos faziam movimentos em minha barriga enquanto ele descia os lábios por meu pescoço e ombro, descendo a fina alça da blusa junto. Sentia seus dentes roçarem minha pele e minhas mãos chegaram ao cós da calça de Oliver. Foi quando paralisei completamente.

Abri os olhos, vendo tudo a minha volta, sentindo Oliver continuar com os beijos e obriguei minha consciência a permanecer consciente. Se fizéssemos aquilo... Se déssemos esse passo não teria como voltar atrás. E mesmo depois de tudo isso ainda sou hesitante em minha relação com Oliver. Ainda não tenho certeza se quero um relacionamento amoroso ou apenas amizade. A questão é minha vida ser complicada demais e o próprio Oliver ter suas cicatrizes, ainda estou me protegendo e o protegendo de mim mesma também, ainda falta uma barreia em volta do meu coração a ser destruída para que eu possa me entregar inteiramente a ele. Pois, Oliver não me merecia pela metade, ele merecia alguém que tivesse absoluta certeza do que sentia, do que queria e não algo no calor do momento, pois sei que ele esta querendo mudar suas atitudes de Playboy e ele esta sendo muito bem sucedido nisso, e dar esse passo precipitadamente parece errado no momento.

Eu não podia fazer isso, não agora.

–Oliver... – sussurrei. Ele pareceu não ouvir, ou pensar que era apenas um suspiro normal. -O-Oliver. –Ele então parou os movimentos, parecendo congelar como eu fiz segundos atrás.

Se afastou o suficiente para me olhar e senti meu corpo todo formigar pedindo por mais. Suspirei contrariada comigo mesma por ter parado aquilo. Mas era o certo a fazer.

–Me desculpa, eu... –mordi o lábio inferior, sem saber qual argumento dar primeiro.

–Ah, eu sinto muito, Felicity. Sinto mesmo. Me desculpe, eu não devia... – Oliver disparou a falar eu sorri, inclinei-me um pouco apenas para grudar nossos lábios novamente por breves segundos.

–Não precisa se desculpar, Oliver. O problema não é você, é... Tudo. Ainda não consegui me livrar desse sentimento de culpa de quando eu... De quando eu fico feliz ou... Esqueço por algum tempo. Sinto que... – suspirei, cansada de me embolar toda na explicação.

–Hey... – Oliver segurou meu rosto entre as mãos e roçou nossos lábios levemente. –Não precisa explicar nada pra mim. Eu entendo que você tem muitas outras prioridades na sua vida agora e eu realmente não quero forçar a barra Felicity. Estamos indo devagar e eu entendo isso, quando estiver pronta então damos um passo maior.

Continuei o olhando, pensando em como Oliver era maravilhoso, em como fazia eu me sentir bem e em tudo o que ele me fazia sentir, as reações que meu corpo tinha com ele. Meus pensamentos que se nublavam quando ele me tocava e no desejo enorme que crescia cada vez mais em mim de nunca deixá-lo. Isso estava começando a me assustar e preocupar. Eu talvez esteja começando a... Me apaixonar. E isso definitivamente não pode acontecer, não agora. Mas, ao mesmo tempo eu não posso e não quero me afastar ou terminar com isso. Pelo contrario, cada mínima célula do meu corpo implora para que eu continue cada vez mais em frente. Só tenho medo que nesse caminho eu encontre um abismo e caia nele, de cabeça.

Sorrio para Oliver e mexo meus dedos nos cabelos em sua nuca, me aproximei e deixei outro selinho em seus lábios, pensando que agora talvez não consigamos mais parar de fazer isso. Era como se nossos lábios respectivamente ansiassem pelo outro constantemente uma vez que se provaram pela primeira vez. Um tinha sede do outro, e agora não seria mais possível ficarmos sem nos tocar como era há alguns dias atrás.

–Você é ótimo. – sussurrei para Oliver, encostando nossas testas. Me referindo ao fato dele me compreender. No minuto seguinte percebo o duplo sentido do que disse. –Quero dizer... ótimo por você, tipo... Me entender, não ótimo nos beijos e toques e não que você não seja ótimo nisso é só que... Não era o que eu queria dizer eu...

Oliver me calou com outro beijo. O que eu acabei de dizer sobre não conseguirmos mais parar com isso? Sorri em meio ao beijo e ele se afastou, colocando uma mexa do meu cabelo que tinha se soltado para trás da minha orelha.

–Eu entendi, Loira.

–Certo... Então... Acho que precisamos tomar banho e tirar toda essa tinta. – falei. –Quero dizer, não quis dizer “nós” do tipo, tomar banho juntos, mas eu e você tipo separados, eu primeiro e você depois ou você pode ir primeiro se quiser e... Deus, o que eu estou dizendo?

Oliver riu alto e jogou a cabeça para trás. Suas mãos escorregaram da minha cintura onde tinham repousado e ele passou-as no rosto. Voltou a erguer a cabeça quando a risada parou e beijou um rápido beijo em minha boca.

–Adoro quando você balbulcia. –senti meu rosto esquentar e os olhos de Oliver pareceram brilhar um pouco mais. Ele me olhava de uma forma que eu percebo que ninguém nunca olhou antes. Era um olhar... Intenso, como se vários sentimentos passassem ali, brigando para ver quem brilhava mais. –E adoro quando cora também. –meu rosto esquentou um pouco mais e eu o desviei do campo de visão de Oliver quando ele começou a rir novamente.

Saí de cima de seu colo que só então percebi que ainda estava ali e me levantei.

–Parece que tomarei banho primeiro. –falo, indo em direção ao banheiro.

(...)

OLIVER

Todo meu corpo ainda estava em chamas pelo momento trocado com Felicity minutos atrás. Andei de um lado para o outro no apartamento, enquanto ela tomava seu banho. Tentei pensar em outra coisa, mas em minha mente apenas ecoava o barulho de água do chuveiro caindo e imaginei que talvez... Se a situação fosse outra ela não estaria lá sozinha.

Respirei fundo e me sentei no sofá, por cima do plástico que tinha posto para proteger da tinta e tentei controlar meus pensamentos. Ouvi o chuveiro ser desligado, mas ainda assim continuei no mesmo lugar na mesma posição, balançando a perna inquietamente. Sentia meu coração ainda celerado dentro de mim, não sei bem o motivo, se pelo momento agora a pouco, por eu estar agitado ou por qualquer outro motivo, mas não era um batimento incomodo, estou prestando atenção nele, pois é diferente. Sinto como se cada célula do meu corpo acompanhasse esse batimento, como se meu corpo fosse uma grande orquestra e meu coração o maestro, quem ditava o tempo, o que fazer e o que não fazer. Quando e como parar.

E a musica que ouço tocar em meus ouvidos, esses barulhos ritmados... Bem, eu nunca a ouvi antes e definitivamente eu gostava do som. Um pensamento surgiu em minha mente, o pensamento de algo que já venho pensando há alguns dias, algo que inconscientemente venho tentando negar e talvez ate evitar. Felicity está sendo para mim algo um tanto incerto. Eu nunca sei o que acontecerá no dia seguinte, o que ela irá fazer, o que nós vamos fazer, ou se algo vai acontecer. Como aquele dia em que ela sofreu o acidente ou a repentina ligação que fez com que interrompêssemos nosso passeio em Central. Ela está comigo agora, como pode cair um meteoro no terra no minuto seguinte e acabar com a vida humana, ou... Ela pode simplesmente escolher me deixar. Esse na verdade é o meu medo.

Tenho medo de que ela simplesmente decida que esta na hora de acabar, de que vai adiantar sua partida de Starling, eu estou com medo de... Perde-la. E ai volta o bendito pensamento que fica martelando em minha mente, seguido pelo medo. O que aconteceria se eu me apaixonasse por Felicity? Ou melhor, o que aconteceria se eu já estiver apaixonado por ela?

Não sei ao certo se isso está acontecendo, mas droga, o que é tudo isso que acontece comigo quando estou perto dela? É algo além da atração física, é algo mais... Agitado, mais audível, mais... Palpável. Mais importante do que uma simples atração. Como eu disse... Era como se meu corpo entrasse em sintonia como em uma orquestra, todos meus sentimentos e sentidos parecem mais apurados e todos eles se concentram nela. Apenas nela e eu percebo que... É ela que desperta tudo isso em mim. Apesar de um pouco assustador, é algo bom de sentir.

Observo Felicity vir em minha direção com pijamas. Já estava tarde, é claro que ela estava cansada. Observo a forma com que ela caminha em minha direção, um pouco hesitante e talvez confusa. E como acabei de descrever, cada célula do meu corpo parece reagir e meu coração recomeça as batidas frenéticas. Isso era estar apaixonado? Isso tudo acontecia sempre que você visse essa pessoa? Não importa como ela esteja?

Olha só pra mim, já me apegando a déia de estar apaixonado. Não posso ter essa certeza, eu nunca estive, como posso saber se estou agora? E porque nunca antes? Porque apenas com Felicity?

Não... Essa resposta eu sei, Felicity é incrível, cada mínima parte dela é incrível, cada mínima ação e cada mínima mania. Tudo em mim, reage com tudo nela. Desde de um simples olhar ou sorriso até o mais ávidos toque de seus lábios no meu. Tudo faz com que eu sinta essas sensações novas em mim e é algo com que eu não quero que pare, é algo que eu quero sentir constantemente. Estar perto dela o tempo todo, sem nunca me cansar. Felicity é incrível como nunca outra foi comigo, talvez meu coração não pudesse escolher alguém melhor para enfim parar de ser um coração Playboy e se entregar... Sei que foi a melhor escolha.

–Acho melhor eu ir. Foi um dia absurdamente cheio e eu te cansei bastante não é? Pintar é mais cansativo do que eu pensei que fosse.

Felicity sorriu, parecendo aliviada por eu não te tocado no outro assunto. Meu sorriso refletiu o dela e ela se aproximou.

–Estou mesmo, mas você pode tomar banho antes e... Está tarde. Pode dormir aqui se quiser, eu tenho um quarto sobrando. – oferece. É uma idéia tentadora, mas não posso abusar de sua boa vontade e talvez ela interprete isso de outra forma. Como se eu tivesse forçando a barra, algo que eu temi que ela pensasse quando não pude me controlar e nos beijamos. Mas ela não interpretou dessa forma antes. Ainda assim, não posso arriscar.

–Ou não, você deve se sentir mais confortável em sua casa e também parece cansado, então... Eu vou entender se não aceitar e... – se apressou em dizer, talvez interpretando meu silencio como uma recusa.

Pensei em suas palavras sobre eu me sentir mais confortável em minha casa. Quase ri ironicamente. Definitivamente não, aquele lugar era horrível. Não em aparência, mas na energia que ele tinha. Depois da morte do meu pai o lugar ficou pesado, triste e não me sinto nem um pouco a vontade ali, principalmente por me lembrar do ocorrido sempre que olho nos olhos de minha mãe e ela me olha daquela forma.

Suspiro, percebendo em como eu realmente queria aceitar a oferta. Felicity morde o lábio inferior parecendo ansiosa e sorrio. Talvez eu esteja fazendo uma tempestade atoa, afinal era Felicity, eu não devia começar a ficar tão hesitante com tudo que faço com ela porque estou cogitando a idéia de estar me apaixonando por ela, ou já estar apaixonado. Enfim, nada deveria mudar assim, não até as circunstancias exigirem isso e essa não era uma delas.

–Você tem certeza de que não tem problema?

Felicity solta o ar que segurava e um sorriso verdadeiro cresce em seu rosto.

–Tenho, Oliver.

–Hm... Tudo bem então.

–Certo, vou arrumar o quarto enquanto toma banho. Está com fome? Posso ligar para algum lugar ainda se quiser.

–Não, estou bem, a pipoca já foi o suficiente.

Felicity assente enquanto caminho para o banheiro.

–Tem toalhas limpas na gaveta e... O que precisar.

–Eu me viro, obrigada Felicity. – fecho a porta do banheiro e me olho no espelho, rindo ao perceber que eu realmente precisava de um banho. Havia tinta que havia respingado em meus cabelos. Em meu pescoço e nos braços.

(...)

Passei a toalha em meus cabelos para terminar de secá-los. Abri a porta do banheiro e andei até a sala. Felicity estava sentada no sofá, a TV ligada e o computador em seu colo o qual ela fechou ao me ver chegar.

–Hey, seu quarto está pronto. Está melhor depois de um banho? – perguntou enquanto andávamos pelo corredor. Parou no meio dele e se virou para mim. – Não quis soar desse jeito.

Tem vezes que Felicity fala algo que nós não percebemos o duplo sentido até ela tentar concertar. Queria passar um dia dentro de sua mente para saber o que tanto ela pensa para soltar tanta coisa por sua boca sem filtro.

–Estou melhor. – respondi rindo ao observar sua face corar.

–Certo. – voltou a andar e parou em frente ao quarto.

Ele era do mesmo tamanho que o dela, talvez apenas um pouco menor, mas era aconchegante.

–Meio que arrumei o quarto pensando nos dias que Diggle talvez precisasse passar aqui, sabe... Ele é... Meu segurança. –Entrei no quarto e me virei para ela. – E amigo. – se apressou em dizer.

Sorri e estendi a toalha para ela que pegou.

–Está ótimo, vamos pintar ele amanhã.

Ela me olhou com a expressão incrédula.

–Está brincando?

–Não, eu disse, vamos decorar o apartamento todo.

–Não pensei que fosse levar a sério depois de eu me sentir melhor.

–Foi seriíssimo, Loira. Não vai fugi de mais pintura e a senhorita terá mais tarefas depois que tirar isso do braço.

Felicity olhou para o próprio braço ainda imobilizado pelo gesso e sorriu.

–Vou me livrar disso logo, graças a Deus.

Ri e me aproximei, segurando uma mão sua e deixando um beijo demorado em sua bochecha macia e fresca do banho recém tomado.

–Boa noite, Felicity. – sussurrei ainda próximo.

Seus olhos fitavam os meus intensamente e a expectativa cresceu dentro de mim. Pude ver o inicio de um sorriso no canto de seus lábios antes dela se aproximar e me beijar. Novamente meu corpo reagiu, mas antes que eu pudesse trazê-la para mais perto ela se afastou.

–Boa noite, Oliver. – respondeu, a centímetros de distancia de mim.

Se virou e saiu do quarto. Sorri, pensando em como ela iria me enlouquecer pelos próximos dias e dias que passaríamos juntos, minha Felicity, minha loira. Aquela que meu coração realmente tinha escolhido para se apaixonar. Minha garota.

(...)

FELICITY

“-E qual é a de hoje?

Olho para Miles que me encara com ansiedade, sorrio e o cubro um pouco mais com o edredom velho, me sento na ponta da cama velha em que ele está deitado. Olho minha mãe dormindo do outro lado do local pequeno, ela realmente estava cansada depois de hoje.

–Hmm, eu não sei, qual você quer?

–Eu gosto da dos três irmãos.

Sorri pensando na história de Harry Potter que eu havia contado a ele, ele adorava essa.

–Você teve pesadelos da ultima vez. –argumento.

–Ah por favor, Feli, por favor. Não vou ter pesadelos dessa vez, eu adoro essa, por favor.

–Tudo bem. - sedo á aqueles olhos me olhando insistentes.

–Era uma vez, três irmãos que passavam por uma estrada tortuosa a meia-noite...

De repente um barulho é ouvido e a porta é aberta com agressividade. Minha mãe acorda em um pulo e corre até nós. Abraço Miles de forma protetora ao ver os três homens entrarem armados. Um dos caras vem até mim, aperto Miles um pouco mais e o homem puxa o pequeno braço dele, tentando separá-lo de mim.

–Não! – Eu e minha mãe gritamos juntas e ela tenta se aproximar para me ajudar. O homem a empurra com força e outro a segura, me debato. Miles me abraça mais forte.

–Feli! Não deixa eles me levarem!

Alguém passa pela porta novamente e percebo que é James, sua expressão parece transtornada, e tudo o que sinto no momento é raiva.

–Não, larga ele, me leva no lugar! – peço. Ás lágrimas escorrem por meu rosto e outro homem se aproxima, segurando meus braços enquanto o primeiro consegue fazer Miles me soltar que se debate tentando fugir.

Olho para James com raiva.

–Você não pode fazer isso! – grito, me levantando e tentando correr até Miles que já estava passando pela porta, mas ele se agarrou no batente, lutando para não ser levado. Não adiantou muito quando sua pouca força não foi suficiente contra aquele brutamonte.

–Feli! Mamãe! Não!

–Miles! – grito, sentindo minha garganta doer com o ato.

Minha respiração estava ofegante e observo minha mão que se agarrava com força em meus lençóis. Meus braços latejam, sentindo ainda o calor e o aperto firme do pequeno corpo de meu irmão agarrado ao meu. Seu grito por ajuda ecoa em meus ouvidos e percebo meu rosto molhado pelas lágrimas.

–Miles... –sussurro. Aquele pesadelo... Eu não tinha essa lembrança já havia semanas, o que era um recorde já que eu a tinha praticamente todas as noites.

Tento controlar minha respiração e expulsar as lembranças vivas em minha mente. Meu coração bate descompassado pelo medo e afasto as cobertas. Saio do quarto e vou até a cozinha, bebo um copo de água tentando me acalmar. Funciona um pouco, mas sei que não conseguirei dormir mais, já que as memórias estavam vívidas demais dentro de mim no momento.

Olho para a porta no fim do corredor, ao lado do meu quarto e suspiro pensando em Oliver. Seria ótimo ter seus braços acolhedores em volta de mim agora, talvez... Eu até conseguisse dormir. Mas eu não podia, ele estava dormindo, não iria acordá-lo para isso.

Ou talvez eu não o acordasse, eu poderia ser sutil o suficiente de me enfiar em meio a ele sem que acordasse? Talvez, mas era arriscado. Meu corpo se arrepia como se aprovasse desesperadamente meus pensamentos e resmungo vencida.

Caminho até a porta e hesito por um momento antes de girar a maçaneta com todo o cuidado e abrir a porta devagar para que não fizesse barulho.

Oliver era absurdamente lindo mesmo dormindo, estava esparramado por cima da coberta que aparentemente havia escapado de cima de seu corpo com a possível agitação de seu corpo em meio ao sono. Fechei a porta com cuidado novamente e me aproximei com passos vacilantes, ainda em duvida se faria isso e em como faria já que ele estava tão esparramado que quase ocupava toda a cama.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Oliver abriu os olhos que imediatamente me fitaram. Prendo a respiração imediatamente culpada por tê-lo acordado. Puxa que sono leve.

Oliver sorri e se arruma na cama.

–Na verdade, eu estava acordado. Acordei quando você saiu do seu quarto, na verdade, um pouco antes, te ouvi gritar e estava pensando se deveria ir até você. Não pensei que o contrário aconteceria.

Senti meu rosto esquentar e de repente fiquei sem jeito de pedir ou contar o que eu tinha ido fazer ali.

–Me desculpe, eu só...

–Teve um pesadelo. – Oliver completou para mim, se afastando para o lado direito da cama e afastando as cobertas do lado esquecer, claramente insinuando para eu me juntar a ele, quase suspirei aliviada por isso. Deus, eu parecia uma criança que ia para a cama dos pais depois de ter um pesadelo.

Caminhei até a cama e me deitei, me cobrindo com o edredom e Oliver passou os braços por trás de mim, encostando o queixo no alto da minha cabeça e suas mãos quentes acariciavam a extensão do meu braço e respirei levemente, relaxando. Fechei meus olhos e aproveitei o toque, sentindo meu coração se aquecer e os batimentos tomarem um ritmo diferente do anterior.

–Está tudo bem. – Oliver sussurrou para mim. –Foi só um pesadelo, eu estou aqui. Você está a salvo.

E naquele momento eu realmente me senti assim, ali em seus braços eu me senti segura. Naquele momento e em muitos outros Oliver era minha segurança, para onde eu fugia quando o perigo me sufocava, pois era ali o meu lugar.

Meus olhos pesaram novamente e outra vez, adormeci. Dessa vez sem pesadelos.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Gente, o hot não foi dessa vez kkkk mas uma hora vai, paciencia kkk
Aviso rapidinho antes de postar os trechos:
FIZ A ONE QUE FALEI NO CAPITULO PASSADO EEEEE: Aqui o link pra vocês

https://fanfiction.com.br/reviews/historia/645534/

(pra quem ja viu, aguenta ai que jaja vou responder os comentários, sabem como infelizmente sou enrolada pra isso kkkk)
E ai vão os trechos, o capitulo vai ser mais leve também, com muita bagunça desses dois (com direito a uns amassos? Talvez... heuheueu)

"-Vamos pintar, Loiro. – falei, quando enfim encontrei minha voz novamente.
—O que? Não pode imitar meu apelido. – disse Oliver quanto eu me afastava e caminhava pelo corredor até a cozinha.
—Porque não, Loiro? – provoco mais um pouco.
—Fe-li-ci-ty... "

"-Não, Isabel está lá, mesmo sendo a maldita vice presidente ela se acha a presidente e hoje eu deixei ela ser, tenho um apartamento para pintar.
—Isabel? – pergunto, claro que sei quem é Isabel, mas eu não a encontrei nenhuma vez, ela não ficava muito na empresa eu apenas havia ouvido falar que ela era a vice presidente pois tinha parte das ações da empresa. Oliver havia sei la, ligado para ela e pedido para ficar na empresa naquele dia?
—Só isso que registrou do que eu falei?
—Sim. – respondo de imediato e depois balanço a cabeça, tentando concertar. – Não! "

"(...)um homem com uma toca na cabeça e uma arma apontada para Oliver e eu, especificamente para mim pela forma que ele sorriu e virou o revolver em minha direção.
(...)
Senti o corpo pesado de Oliver em volta do meu e meu coração acelerou ainda mais no peito, será que Oliver...?
(...)
—Alguém realmente quer matar você. "

É isso ae. Não tenho previsão para postar esse capitulo, mas acho que não vai demorar muito. La para quarta estou postando.
É isso ai, comentem!!



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