"Ficar sóbrio pra quê?"

Eu sentia como se a musica estivesse sendo tocada especialmente para mim. Quer saber?

DANE-SE!

– Me dê uma bêbida descente..- pedi ao barman.

– É pra já.- ele respondeu virando-se para o local onde tinha várias garrafas diferentes. Alguns minutos depois ele voltou com um copo grande com alguma mistureba.

********************************************

– Oque é?- perguntei. Ele inclinou-se no balcão para me ouvir melhor, por conta da musica alta.

– Uma mistura louca que inventei agora. Especialmente pra você, gata.- ele piscou pra mim. Sorri.- Vira.- ele disse. Olhei para a mistureba em dúvida. Mas como dizia a música... "Ficar sóbrio pra quê?"

Virei a bêbida de uma vez só. Era bom. Deixou minha garganta quentinha.

– Qual é o seu nome?- perguntou ele.

– Isabella Swan. E o seu?

– Will Clearwater.- respondeu. O olhei, seus cabelos eram loiros e seus olhos num tom de castanho claro. Ele é alto e seu corpo é bem musculoso.

– Você é bonito...- disse sorrindo.

– Já está bêbada?- perguntou empressionado. Neguei. Ele sorriu. - Você também é bonita.- corei. Mas graças as luzes coloridas ele nem percebeu.- Vai dançar?- perguntou ele pois eu estava encarando a pista de dança. Neguei.

– Não estou bêbada o suficiente, ainda.- disse o fazendo soltar uma risadinha.- Preciso de outra...- mordi os lábios.

– Não sei se posso fazer igual, mas vou tentar fazer ao menos parecido...- ele disse

– Okay...- assenti.

****

Já estava no sei lá, no sétimo copo, de uma bêbida que eu nem sabia oque era? É, pode ser.

Levantei de supetão do banquinho em que eu estava sentada.

– Já vai dançar, Isabella?- perguntou Will. Sorri para ele e respondi.

– Vooouu!- minha voz estava arrastada e animada. Ele sorriu de volta. Caminhei meio tonta por dentre as pessoas. Fui até onde Maria e Vic estavam dançando.

– Bells!- gritaram juntas as duas para que eu escutasse, por conta da musica alta. Sorri para ambas e comecei a mover-me ao ritmo de 'Sparks' da Hilary Duff.

Eu rebolava como louca e, por mas incrivel que pareça, não estava com vergonha. Não me importava com oque diziam. Vic e Maria também estavam se acabando. Alguns homens olhavam para onde estavamos, mas não ousei me iludir, sei que eles olhavam para a loira e a linda ruiva ao meu lado.

"You can promise castles, treasures

Babies, I don't care

'Cause for now you're just enough for me

I want you near

Like a fairytale to feel your breath

Right on my neck

You remember what I love

So baby take me back

Turn the lights down low

And kiss me in the dark

'Cause when you're touching me

Baby, I see sparks........"

–----

"Você pode prometer castelos, tesouros

Bebês, eu não ligo

Pois no momento, você é suficiente para mim

Eu te quero perto

É como um conto de fadas sentir sua respiração

Em meu pescoço

Você lembra do que eu gosto

Então, querido, me leve até lá

Diminua as luzes

E me beije no escuro

Pois quando você me toca

Querido, eu vejo faíscas....."

A música tocava alto e eu dançava loucamente. Amava a sensação de estar leve, me sentir bem, feliz. Depois dessa dancei mais algumas músicas com Vic e Maria.

– Vou beber alguma coisa...- gritou Vic.- Querem algo?- perguntou

– Quero qualquer coisa que tenha alcool!- gritei de volta, pois a musica estava muito alta.

– Não quero nada não..- respondeu Maria.- Alguém tem que estar um pouco sóbria.- resmungou não tão alto. Victória foi em direção ao bar.

Começou a tocar Iggy Azalea - Bounce. Dei um gritinho animado, pois adoro essa musica e comecei a dançar

"I don't wanna hurt ya

But I'm about to work ya

Watch your mouth drop real low

I'm turning you up

I'm burning the clutch

Full speed, both feet to the floor

Feet to the floor

DJ running it back once more

Time to party that's all I know

Grab somebody tell 'em baby, baby, baby let's go

Bounce, make it, make it bounce

Shake it, break it, make it bounce

Bounce, make it bounce

Shake it, break it, make it bounce..."

–-----

"Eu não quero te machucar

Mas estou prestes a te fazer suar

Ver seu queixo lá no chão

Estou te levantando

Estou queimando a embreagem

Velocidade total, os dois pés no chão

Os pés no chão

O DJ no comando mais uma vez

Hora de festejar, é tudo o que sabemos

Pegue alguém e diga 'baby, baby, baby, vamos lá'

Requebrar, faça, faça requebrar

Balance, rebole, faça requebrar

Requebrar, faça requebrar

Balance, rebole, faça requebrar..."

Eu rebolava junto a Maria e cantava a letra da música. Estavamos a proveitando bastante, essa, é a melhor festa que eu já fui. Sem dúvidas.

Derrepente tive uma ideia. Uma ideia louca, mas ideia.

Poov. Victória

Assim que voltei do bar, levando vodka para mim e para Bella. Me espantei com oque vi Bella estava de pé em cima de uma mesa rebolando como uma louca ao som de "Tik Tok" da KeSha.

Vários homens e mulheres em volta de onde Bella estava, eles gritavam, estimulando-a a tirar as roupas. Ela sorria e concordava. Quando ela colocou a mão no zipper do vestido preto, corri em direção a ela.

– Bella! Desça já dai!- gritei.

– Deixa ela em paz!

– Invejosa!

– Deixa ela dançar!- diziam os homens e até mesmo algumas mulheres. Bella desceu um pouco o zipper.

– Bella! Pare!- gritei. Mas ela me ignorou. Continuou dançando e descendo o zipper sensualmente.

– Isabella. Pare. Agora.- disse um homem.

Ela congelou na mesma hora. Procurou em volta por alguém, olhou em volta por uns segundos até que seu olhar caiu sobre um homem de pele branca, cabelos acobreados e olhos nun intenso tom de verde esmeralda. Lindo. Sua beleza era gloriosa. Ele parecia um deus grego da beleza. Os olhos de Bella arregalaram-se e ela desceu da mesa. Ele a puxou pelo braço para um canto qualquer. Os segui com o olhar até a porta da casa onde a festa estava sendo feita. Corri até lá. Maria me seguiu.

– Bella?!- gritei assim que passei pela porta. Ela estava um pouco a frente, de cabeça baixa, ouvindo oque o carinha que tirou ela da mesa tinha a dizer. Eles olharam em nossa direção. Caminhei até lá. -Bella! Sua..- dei um tapa bem dado em seu braço.

– Ai..- reclamou ela.

– Ai? Eu deveria te bater muito mais! Tirei os olhos de você por 1 minuto e você incorpora a vadia? Que merda, Bella! Droga! Espero sinceramente que ninguém tenha gravado isso! Imagina se alguém posta isso em alguma rede social? Imagina se sua imagem for suja no twitter ou no facebook? Você só pode ter algum retardo! Idiota!- metralhei tudo de uma vez. Bella escutava calada, o deus grego gostosão olhava para minha cara como se eu fosse retardada e Maria tinha uma expressão neutra.

– Vocês estavam com ela?- perguntou ele.

–Estavamos.- respondeu Maria.

– E como deixaram as coisas irem tão longe?- perguntou.- Vocês são loucas?!- ele parecia chocado.

– Ah! Vá a merda! Idiotinha! Quem você pensa que é? Nem sabe meu nome e quer vir me chamar de louca? Quem é você? - gritei irritada.

– Sou Edward.- ele engoliu em seco. - Namorado da Bella.- disse. Ele fez uma careta ao dizer "namorado" ou foi impressão minha?

Ei! Espera ai? Namorado?

– Como assim? Namorado? Mas... a Bells não tem namorado!- exclamei.

– Agora tem.- disse possessivo.- Vou levá-la para casa.

– Não. Ela não tem namorado. Talvez ela tenha quando estiver sóbria.- disse puxando Bella pelo braço.

– Meu carro...- pronunciou-se Maria. Fomos até o carro dela.

Bella estava tão bêbada que nem opinava, eu a manipulava como uma boneca de pano. Maria dirigiu rapidamente até a casa da tia Renné.

– Quer ajuda?- perguntou Maria, olhando para Bella que dormia com a cabeça em meu ombro. Neguei.

– Não precisa. Eu me viro. Tchau.- disse e sai do carro trazendo Bella que andava tropega e de olhos fechados.

– Hmm... eu dormir... me deixa... eu quer... eu deitar...- ela dizia embolada.

– Cale a boca e anda Bella.- a repreendi. Abri a porta.

A casa estava silênciosa, não havia ninguém acordado. Ainda bem! Como eu iria explicar que a Bella encheu a cara?

Subi trazendo a Bella até o quarto da própria. A levei direto ao banheiro, liguei o chuveiro e enfiei-a em baixo, de roupa e tudo.

– AHHHH! - gritou, mas tapei sua boca.

– Calada pinguça!- disse segurando-a para mantê-la em baixo da água gelada.

– Tá gelada! - exclamou. Ah. Menos mal, ela já estava recuperando a sóbriedade.

*****

Pooov. Bells

Acordei com o sol encomodando meus olhos. Maldita janela. Minha cabeça latejava, minha garganta estava seca e meus olhos ardiam. Tentei levantar.

– Ai.- gemi quando minha costela estalou.

– ATÉ QUE EMFIM!- gritou Victória em meu ouvido.

– Fale baixo! Minha cabeça está doendo!- pedi

– Claro que está doendo. Não se lembra de nada?- perguntou ela.

– Lembro de que...? - perguntei insegura. Não sabia se queria ou não saber.

– Nadinha? Sério?- ela soltou uma risadinha.

– Não...

– Ai, Bella! Você encheu a cara!- ela riu.

– Só isso?- perguntei entediada e irritada por Vic estar rindo alto, fazendo minha cabeça doer mais.

– Não. Você lembra de ir para pista de dança?- perguntou Vic. Fiz um esforço.

– Lembro, acho..- respondi.

– Eu fui pegar mais bêbidas para nós. Quando eu voltei, você estava rebolando como louca em cima de uma mesa..- disse ela rindo me deixando chocada.

– E não é só isso!- Vic caiu na gargalhada. Arregalei os olhos.

– Oh Deus... Oque eu fiz?- perguntei amedrontada.

– Você começou a tirar a roupa!- ela gargalhou mais ainda.

– OQUE? EU FIQUEI PELADA EM PUBLICO?- gritei.- Ai!- gemi por conta da dor de cabeça.

– Não chegou a tanto. Por causa daquele...- ela fez uma careta.

– Por causa daquele...?

– Não gostei desse tal de Edward.- disse derepente.

– OI?- gritei novamente, fazendo minha cabeça doer.- Edward estava lá?- perguntei. OMG! Não acredito!

– É. Estava. Não gostei dele. Ele é chato. E incistiu que era seu namorado e que iria te trazer para casa.

– Namorado? Como assim?!

(...)

– Não queria que você fosse embora!- choraminguei.

– Também não queria ter que ir!- resmungou Victória. É domingo, tarde e Vic precisar ir embora com tia Carmen.

– Tia! Deixa ela ficar essa semana!- pedi pela, sei lá, centesima vez?!

– Eu...

– Deixe que ela fique, Carmen. Durante essa semana. Nunca vi a Bells tão feliz.- Renné interveio a meu favor.

– Não sei... tem a escola.- Disse tia Carmen, insegura.

– Mãe... você pode dizer que eu estou doente!- Victória é ótima em inventar histórias.

– Tá. Mas só essa semana. -Carmen finalmente se rendeu.

(***)

Segunda feira- 05:30

Levantei da cama lentamente. Victória ainda dormia. E permaneceria assim, até que voltasse, acho.

Depois de arrumada para a escola, com calsa jeans, camiseta marron, all stars e cabelos soltos. Desci para tomar café. Decidi comer apenas uma maça e tomar suco de laranja, sem açucar.

Arrumei minha mochila e peguei meus livros.

Voltei ao quarto para pegar meu celular e a carta que eu havia escrito para Edward.

Olhei-me no espelho acidentalmente. E fiquei parada lá. Na frente do espelho. Eu era tão sem graça. Além de ser gorda e nada popular. Oque Edward viu em mim? Porque eu? Edward podia ter qualquer uma, mas queria a mim. Ele me queria. Eu Isabella Swan, entre todas as outras, era a escolhida.

– Bom dia...- Vic disse baixinho. Sua voz sonolenta.

– Bom dia. Já está acordada?- perguntei.

– Não. Estou dormindo e você tá falando com meu espirito.- ela revirou os olhos.

– Como consegue ser irônica tão cedo?- perguntei impressionada com a capacidade que minha querida prima tem de ser irritante.

– Anos de prática...- respondeu pegando uma roupa na mala que ela mal tinha mexido.

– Oque está fazendo?- perguntei.

– Olha, não vou ficar aqui sozinha o dia todo.- respondeu. Levantei uma sobrancelha e ela suspirou irritada.- Vou para escola com você, oras...

– Oque? Não. Tá louca? Você nem est...

– Calada. Eu vou e ponto. Não tô afim de morrer de tédio.- revidou ela. Revirei os olhos.

– Serei rápida. Me espere, okay?- assenti.

(****)

– Oque ela está fazendo aqui?- perguntou Alice grosseiramente. Olhando para Victória com désdem.

– Olha aqui, anã. Estou de saco cheio de você. Me trate direito, não fiz, nem pretendo fazer nada contra você. Apenas pare, okay? Não vou ficar engolindo sapinho para sempre.- disse Vic. Okay. Victória está com a lingua afiada hoje. Alice apenas revirou os olhos e saiu andando. Rose me mandou um olhar significativo. Suspirei.

– Não fale assim com ela, Vic.- pedi calmamente. Ela abriu a boca para retrucar, mas a empedi.- Alice Cullen, é uma menina doce e simpática. Você só precisa convencê-la de que merece tal simpátia. Ela e Rose, são minhas únicas amigas. E quando você for embora? Oque será de mim? Eu senti falta delas durante todo o final de semana. Eu as amo. São as melhores amigas que alguém pode ter. Pode... por favor, tentar não ser inimiga da minha melhor amiga?- pedi. Victória suspirou contrariada, mas assentiu. Entramos na sala de aula. Falei para o professor que Victória era minha prima, que estava pensando em se mudar para cá e queria conhecer a escola. Okay. Eu sei que mentir não é legal, mas...

– Vic... pode sentar com a Rose nessa aula? Preciso falar com a Alice.-pedi e ela concordou.

– Alice?- a chamei assim que sentei ao seu lado. Ela me ignorou completamente.- Okay. Vou falar e você só ouve.- respirei fundo. Ela nem me olhou.- Alice, você é a minha melhor amiga, e eu amo você. Sempre que estou triste ou desanimada e você quem olha pra minha cara e diz "Vai ficar deprimida para sempre, idiota?" Nunca te disse, mas essa frase, mesmo com o insulto, é muito importante para mim. Você é minha luz no fim do túnel. Também nunca te disse isso, mas, você é uma das minhas ancoras...- assim que disse 'ancora' ela me olhou sem entender.- Pouco tempo depois que...- engoli em seco.- meu.. meu pai.. morreu, eu queria morrer também. Eu tentei, mas... eu me lembrei de minha mãe, pensei em seu rosto culpado, em suas lágrimas de desespero por.. perder duas pessoas importantes pra ela. Mas, também pensei em você. E... e no quanto você ficaria decepcionada comigo, no quanto você sofreria e não suportei a ideia. Não suportei a ideia de causar mais dor em Renné. Não suportei a ideia de magoar você.- os olhos dela estavam tão marejados quanto os meus. - Eu te amo, Alice. Você pode não me odiar?- pedi.

– Eu nunca te odiaria, Bella. Eu amo você! Sempre amei e sempre vou amar...- sorri e a abracei.

– Obrigada.- sussurrei.

– Senhoritas Cullen e Swan?- chamou o professor Tanner.- Podem compartilhar conosco o motivo de tamanha emoção?- perguntou. Sorri para ele. Mas, não um sorriso falso ou irônico. Um sorriso verdadeiro, um sorriso que realmente veio do coração.

– O motivo da emoção é que mesmo depois de eu ter sido idiota, a Allie não me odeia!- exclamei feliz. Sr. Tanner olhou-nos com a sobracelha levantada mas voltou a dar sua aula.

– Como foi a festa?- perguntou Alice. A olhei confusa.

– Como...?

– Edward.- ela respondeu antes mesmo que eu terminasse de perguntar.

– Não lembro de nada. Mas Victória disse que eu estava...

– Sem conversa na minha aula.- repreendeu-nos o sr. Tanner.

*******

Depois da entediante aula de sr. Tanner, estavamos fora do colégio. Resolvemos matar a próxima aula. Estavamos, Alice, Rosalie, Victória e eu, sentadas próximas a uma árvore.

– Alice... o Edward...

– Sim. Ele veio. Chegou atrasado, mas veio.- respondeu novamente antes que eu pudesse concluir a pergunta.

– Ótimo. Eu tenho....

– Que entregar a carta.- Alice completou minha frase. Sério. Isso está me assustando. Mas espera..

– Como...

– Como eu sei?- ela riu.- Ouvi Edward falando uma coisa do tipo para alguém. Sério, Bells. Eu no seu lugar não entregaria. Ele e meu irmão, e eu o amo, mas... você é minha amiga, e ele não presta.

– Ele está...

– Apaixonado? Não me diga...- completou minha frase novamente. Deus me livre!- Edward está tão apaixonado por você quanto por Tânia..- disse irônica.

– Para de... pare com isso.- pedi a fazendo rir.

– Me conte sobre a festa, Bells... Preciso de detalhes.

– Não me lembro de quase nada. Conte para elas Vic.

– A Bells estava fora de si. Fui buscar bêbida para nós duas e a deixei dançando com Maria. Quando voltei, a Bella estava em cima de uma das mesas rebolando como uma vadia! tinha que ver! Ela começou a fazer um strip-tease. Mas aí o chato chegou e mandou a Bells descer. Vocês precisavam ver a cara da Bella quando ouviu a voz dele.. Foi hilário!- Vic começou a rir, fazendo Alice e Rose rirem como duas cabritas.

– Vocês são idiotas.- disse revirando os olhos.

– Não. Você é idiota.- corrigiu-me Alice.

(****)

– Quer namorar comigo, Bella?- perguntou Edward. Sua voz inebriante me fascinava. O jeito como ele sorria. Tudo.

"Bella, o Edward só quer manter o papel de popular. Não caia nessa. Ele não presta." As palavras de Alice tamborilavam em minha mente.

Olhei nos olhos dele. Não consegui decifrar oque estava em seu olhar. Ele parecia divertido, só isso. Respirei fundo.

– Edward...- comecei.- Você realmente me ama?-perguntei por fim. Ele desviou os olhos e olhou para o chão.- Porque... eu realmente amo você e... eu já sofri demais, não quero ter que sofrer de novo. Então, por favor... se você não....

– Eu amo você, Isabella.- disse por fim. Mas ele não olhava em meus olhos. Suspirei.

– Okay.- respondi simplesmente.

– Okay.- repetiu com a sobrancelha levantada,- Okay sim, ou okay não?- perguntou confuso.

– Okay sim.- sorri. E ele me beijou. Bom, não foi bem um beijo, foi mais um roçar de lábios. Suspirei. Como uma pessoa consegue ser tão perfeita?

*** 2 Semanas depois ***

Edward e eu já estavamos namorando a duas semanas. Ele é o namorado. É cavalheiro, atensioso e carinhoso. Apesar de não ter muito tempo para mim, mas ele estava estudando, então...

Maria tinha me ligado algumas vezes me chamando para sair, mas como estou namorando, achei melhor ficar em casa. Edward e eu não saimos muito, ele prefere os programas caseiros, como ver filme ou até mesmo jogar xadrez. Eu odiava xadrez, até porque nunca ganhava.

Victória voltou para Califórnia, não tenho falado muito com Alice e Rose. Elas não aprovavam meu namoro com Edward. E ficavam com raiva por eu não ligar para a opnião delas.

Bom, vocês devem estar se perguntando sobre minha dieta, não é?

Então, perdi 7 kg. E parei com a dieta um pouco, afinal, eu não precisava disso, não é? Edward me ama do jeito que eu sou.

Renné também não aprova nosso relacionamento.

Tânia, bom, Tânia continua a mesma vadia de sempre. Só que sem o Edward, claro. Habitualmente ela tem usado uma longa peruca de cabelos loiros. São parecidos com oque o cabelo dela era, só que mais longos e cheios.

Minha vida social finalmente havia melhorado, eu falo com algumas pessoas e finalmente criei um twitter.

Peguei o celular e resolvi ligar para Alice.

– Alô?- atendeu no terceiro toque.

– Oi, Alice.- disse.

– Bella? Até que enfim resolveu dar o ar das graças!- disse irônica. Mas sua voz estava estranha.

– Está em casa?- perguntei.

– Não. Estou ocupada, Bella. Posso ligar pra você depois?- perguntou.

– Ah, sim. Claro. Rose está com você?- perguntei, afinal, também estava com saudades da minha loirinha favorita.

– Não... -respondeu.- Preciso desligar, tchau.- ela desligou sem esperar uma resposta. Estranho.

Liguei para Rose.

– Pronto.- ela atendeu.

– Rose? Pode falar?- perguntei

– Oi, Bella. Posso..

– Está em casa?- perguntei.

– Tô. Vamos nos encontrar na casa da Alice.- disse ela.

– Mas a Alice...

– Ela está chateada, mas está em casa. Ela está passando por um momento dificil, Bella.-disse Rose relutante.

– Tudo bem. Vou me arrumar e já vou pra lá.- informeu.- Até mas, Rose..

– Até.- disse e desligou. Fui até meu closet. Peguei uma calsa jeans, um casaco de moletom azul e uma blusinha branca. Tomei banho, me vesti, calcei meus all stars brancos, penteei meus cabelos e sai. Fui caminhando mesmo. A casa de Alice não era longe da minha

Toquei a campainha. Alice atendeu.

– Oque...?

– Oi.- a cortei.

– O Edward não está em casa.- disse. Seus olhos estavam inchados. Ela parecia ter chorado. E como assim Edward bnão está em casa? Ele disse que ficaria estudando e... FOCO BELLA!

– Vim ver você, Alice.-disse. Ela suspirou.

– Estou ocupada, eu...- ela arregalou os olhos e saiu correndo escada acima derrepente. Olhei para trás, a única coisa que vi foi Rosalie vindo em nossa direção. Nada demais. Corri atrás da Alice. A encontrei no banheiro. Sua cabeça estava apoiada nas mãos e seus braços no vaso.

– Alice...- me aproximei.

– Sai daqui, Bella! Me deixa sozinha! Me deixa!- dizia chorando desesperada.

– Não vou te deixar sozinha, Alice.- abaixei-me ao lado dela e a abracei.- Oque houve com você?- perguntei acariciando seus cabelos.

– Alice? Bella?- gritou Rosalie.

– Aqui!- gritei de volta. Poucos segundos depois Rose estava no banheiro conosco.

– Ela vômitou de novo?- perguntou e eu assenti. Ei! Como assim?!

– De novo? Como assim?- perguntei confusa.

– Ela...

– Eu tô grávida, Bella.- Alice disse. Oi? Oque? Grávida? OMG!

– COMOASSIM?!-gritei.

– Shhhhhh!- Disse Rose.

– Meu Deus, Alice! Você sabe quem é o...

– Jasper.-respondeu.

– Seu irmão, Rose?- bom, esse era o único Jasper que eu conhecia. Ela assentiu.- A quanto tempo sabem disso? E o Jasper? Ele já sabe?

– Estou de dois meses. E o Jazz... ele ainda não sabe...-ia dizendo Alice.

– DOIS MESES! CADELA! PORQUE ME CONTOU SÓ AGORA?-gritei estressada.

– Eu descobri isso à duas semanas, Bella.- mesmo assim! Poxa! Ela poderia ter me contado antes.

– Alice... você está grávida há dois meses e só percebeu agora?- perguntei desconfiada.

– Minha mestruação sempre foi desregulada... eu pensei que fosse só mais um atraso. Mas, começaram os enjoos e os desmaios e ...- ela começou a chorar. A abrecei mais forte.

– Nós vamos superar isso, okay? Vamos passar por isso juntas.- ela assentiu. Saimos do banheiro.

– Tô com fome!- esclamou Alice. Estavamos deitadas na cama dela.

– Oque quer comer?- perguntei.

– Maçã...- respondeu. Levantei para buscar. - Bella?- chamou quando eu estava saindo na porta.- Não esuquece da maionese!- exclamou. Eu e Rose a olhamos espantadas.

– Eca!- dissemos juntas e Alice sorriu. Desci as escadas para pegar a maçã com maionese de Alice, ouvi uma voz vindo da cozinha. Era Edward. Abri um sorriso, ia dar um susto nele, quando vi com quem ele falava.

– Mas Ed... não aguento mais ter que ficar com você escondido! Isso é chato! E aquela belleia idiota não desgruda nunca de você!- dizia ela com aquela voz melosa. Edward a abraçava pela cintura e a olhava carinhosamente. Pisquei várias vezes tentando acreditar em que estava vendo.

– Eu sei o quanto é chato, amor. Mas você sabe que eu amo você, não é? - respondeu Edward e a beijou. Sentio meus olhos arderem, minha cabeça girou. Fechei os olhos. Não queria ver aquela cena. Ele mentiu pra mim. Ele mentiu! Eu deveria ter escutado Alice. Como não escutei minha melhor amiga? Como fui cair nessa?

Respirei fundo, sequei as lágrimas e entrei na cozinha.

Eles não notaram minha presença de principio. Se assustaram quando abri o armario a procura de maionese.

– Bella! Bella oque está fazendo aqui?- Edward parecia desesperado. O olhei indiferente. Deus! Como aquilo doía! Doía na alma. Me segurei ao máximo para não chorar. Tânia tinha uma expressão assustada. Como se esperece que eu surtasse.

– Onde está a maionese?- perguntei.

– Está ali.- Edward apontou.- Ei, Bella! Eu posso explicar.... - dizia ele. O ignorei completamente e peguei a maionese onde ele disse que estava.- Bella! Não vai dizer nada? Bella! Desculpe!- ele continuava a tagarelar.

– Também preciso de uma faca..- sussurei para mim mesma. Peguei uma faca, a maçã e a maionese.

– BELLA?- gritou Edward. Meus olhos estavam queimando novamente. As lágrimas ameaçavam cair. Respirei fundo. Estava de costas para ele.

–Ed... não sabe que essa daí é corna mansa?- perguntou Tânia. Em um súbito Acertei um soco bem dado na cara de Edward e taquei a faca em Tânia. O nariz de Edward começou a sangrar e Tânia havia desviado, mas me olhava chocada.

– Oque está acontecendo aqui?!- perguntou Alice chegando com Rose na cozinha.

– OQUE ESSA PUTA TÁ FAZENDO AQUI?- gritou Alice irritada.- Oque houve com o seu nariz?- perguntou rindo da cara de Edward.

– Pergunte a essa louca!- gritou irritado.

– Eu soquei a cara dele.- disse naturalmente indo até a gaveta pegar outra faca. Tânia se encolheu e eu ri. Fui até Alice e entreguei a maldita maçã e a maionese a ela. Rose olhava tudo chocada.

– Vem Ed... vou cuidar do seu nariz...- disse Tânia com aquela voz melosa de super vadia. Tânia saiu com Edward. E Alice e Rose ficaram me encarando. Uma lágrima escapou de meus olhos. Alice olhou-me sentida e abriu os braços. Corri para abraça-lá.

– Eu sinto muito, Bells... - ela sussurou.

– Não sinta..- respondi.- Eu devia ter ouvido você...

– Vai ficar tudo bem, Bells. Vai ficar tudo bem..- ela dizia me abraçando.

Fomos para minha casa, Renné não estava. Menos mal. Quanto menos perguntas, melhor.

Ficamos o dia inteiro em meu quarto, deitadas. Eu e Alice choravamos por nossos problemas e Rose nos consolava.

– Vocês podem dormir aqui, não é?- perguntei e elas assentiram. Rose foi a casa dela pegar roupas para ela e Alice. Alice foi tomar um banho e eu estava deitada em minha cama. Minhas lágrimas não caiam mais. Simplesmente não conseguia nem chorar. Nem para chorar eu estava com animo. Fechei os olhos.

"- Eu amo você...- disse olhando nos olhos de Edward.

– E eu amo você.- ele respondeu desviando o olhar."

Eu deveria ter percebido, era sempre assim. Sempre que eu dizia que o amava, ele desviava o olhar. Nunca disse que me amava olhando em meus olhos. Eu me sentia como se um caminhão estivesse aprendendo a sambar em cima de meu coração. As costumeiras borboletas que sempre estavam em minha barriga quando estava com ele, tornavam-se irritantes e enjoativas. O amor doce e puro, se tornava ódio e despreso. E eu sentia isso. Sentia a mudança que estava havendo em meu ser, e o pior, eu não posso empedir e nem lutar contra isso. É simplesmente mais forte que eu. E eu não queria lutar, eu queria vingança.