–Calma Ali. Fala Emily pensando no que fazer. –Vem ! Fala ela do lado de fora do carro puxando a esposa pela cintura, através da janela do carro. Sem muito sucesso.

–Oh Meu Deus! Alison grita desesperada.

–Tá quase Ali, vem. Fala a morena com uma das mãos na cintura e a outra nas pernas da loira, enfim conseguindo tirá-la do carro, junto com a bolsa que estava segurando e a puxando para mais longe possível do carro.

Ficaram andando em silêncio até as respirações se normalizarem.

–Obrigada Falou Alison timidamente, odiava perder o controle.

–Não precisa agradecer Ali, eu só sairia daquela estrada com você. Falou a morena a abraçando de lado. Quando então ouviram ao longe uma explosão. Mas não pararam de andar, nem ao menos olharam para trás.

Seguiram a caminhada abraçadas, até o lugar mais próximo pois a morena tremia de frio.

Avistaram não tão distante um pequeno hotel, velho, caindo aos pedaços e sinistramente macabro. Bates Motel, conseguiram ler.

Adentraram o local e logo um frio na barriga dominou Emily, talvez pelo local ser pouco iluminado ou talvez pelo mórbido silêncio.

–Ali? Eu quero ir embora. Fala Emily se virando para sair do local.

–Calma Em. Falou Alison segurando o braço da esposa e se dirigindo ao balcão com a morena bem atrás de si. Tocou a campainha que tinha, esperando ser atendida.

–O que você está fazendo? Vamos embora. Fala a morena quase implorando.

–E iríamos para onde Em? Nosso carro explodiu. Fala a loira impaciente, tocando a campainha repetidas vezes. Até que elas viram uma sombra passando por uma porta dentro de um pequeno quarto à frente.

–Oh merda. Fala Emily se assustando e pegando na mão de sua esposa.

–Não foi nada Em. Disse Alison apertando a mão da morena e a acalmando.

–Desculpem a demora. Diz um homem saindo do quarto e se aproximando do balcão. –Em que posso ajudar? Pergunta.

–Só precisamos de um quarto por hoje. Diz Alison direta, enquanto sua esposa se remexia impaciente atrás se si. –Ah, e de um telefone também, não temos sinal no celular. Completou.

–As amigas do Ian. Sussurrou o homem, olhando-as encantado. -Só temos o telefone público ali. Disse o homem apontando a cabine do lado de fora. –Mas está quebrado. Completou.

–Que ótimo. Diz Emily irritada.

–Um quarto com duas camas? Perguntou o homem enquanto anotava algo em um livro preto.

–Uma cama de casal seria melhor. Fala Emily.

–Hum... Vocês não são irmãs não é? Perguntou o homem curiosamente.

–Não. Somos casadas. Vai demorar muito? Estamos exaustas. Falou a loira impaciente.

–Ah, claro. Aqui. Fala dando a chave do quarto para a loira. – Em que nome cadastro o quarto? Perguntou.

–Alison Dilaurents Fields. Fala a loira olhando para sua mão e a da sua esposa juntas e as entrelaça.

–Ok Sra. Fields, amanhã quando acordar passe aqui e acertaremos a diária. Ah, e se ouvirem barulhos inapropriado, é porque um casal vizinho ao quarto de vocês é recém-casado e estão em lua de mel. Deu um sorriso fraco. –Meu nome é Norman e estarei disponível para servi-las com qualquer coisa. Fala entregando o cartão com as informações na direção de Emily. Mas antes que a mesma pegasse, ele continuou. –Qualquer coisa mesmo. Falou olhando intensamente para a morena e dando um sorriso galanteador que a fez corar.

–Entendemos. Disse Alison furiosa, arrancando o cartão da mão de Norman violentamente. –Vamos Em. Falou Alison saindo do local à passos largos, logo sendo seguida pela esposa, que andava pelo corredor atenta á tudo.

Pararam em frente ao quarto, e enquanto Alison abria a porta, ouviram gritos e xingamentos do quarto ao lado.

–Era o que me faltava, ficar ouvido o orgasmo dos outros. Falou Alison sorrindo e fazendo a esposa rir.

–Pelo menos tem alguém se divertindo. Falou Emily rindo, antes de entrar no quarto.

–Que maravilha! Exclama a loira desgostosa assim que passa os olhos pelo local.

O quarto era pouco iluminado, com mobílias antigas, todo na cor bege, com manchas nas paredes.

–Eu só quero poder dormir. E não estamos em condições de exigir luxo. Diz Emily trancando a porta e se sentando na cama.

–Quer tomar banho primeiro? Pergunta a loira.

–Pode ser. Diz a morena levantando e tirando a jaqueta e os sapatos. –Mas não temos roupas. Lembrou. –As malas estavam na merda do carro, só temos algumas roupas íntimas que guardei na sua bolsa. Falou frustrada.

–Então dorme só de calcinha e sutiã. Aproveita e me dá a visão de seu lindo corpo. Disse Aliso sorrindo maliciosa, fazendo a esposa sorrir e revirar os olhos.

–Não demora. Também tenho que tomar banho. Gritou Alison para a morena que já estava no banheiro.

–Ótimo. Bufou a loira quando voltou a ouvir gritos e gemidos de mulher no quarto vizinho.

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Depois de um banho, elas se encontravam deitadas na cama, que rangia por causa das molas velhas, ambas olhando para o teto, distraídas. Quando Emily virou de lado e arrastou a mão de sua esposa até sua cintura, fazendo-a se moldar em suas costas, até que estivessem de conchinha.

–Boa noite Ali. Disse Emily antes de bocejar.

–Boa noite Em. Falou a loira beijando a cabeça da esposa, antes de sentir seus olhos pesarem.

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–Eu disse que era material de primeira. Falou Norman a um homem mais velho e de terno, que estava com ele em sua pequena sala, onde assistiam Alison e Emily dormindo, através de um monitor.

–E que material. O homem mais velho falou, dando zoom no monitor e focando a tela nos corpos das mulheres, que dormiam tranquilamente.

–O Ian cobrou a parte dele. Norman avisou, colocando várias fitas em uma sacola preta.

–Parte dele? Por quê? O homem de terno perguntou.

–Ele foi o responsável por elas estarem aqui. Respondeu Norman, fechando a sacola e entregando ao homem.

–Depois conversamos sobre ele, e o que é isso? O homem perguntou ao mais novo.

–O casal recém-casado? Disse que queria 500 cópias. Falou, tentando lembra-lo.

–Ah, claro. Falou pegando a sacola e saindo da sala. -E se elas transarem, eu quero mais 500 cópias. O homem mais velho falou, fazendo Norman acenar com a cabeça. -Volto amanhã. Falou o homem e Norman ouviu o carro dando partida.

–Como ela pode ser casada com essa loira mal humorada? Norman reclamava sozinho, enquanto dava zoom no rosto de Emily.

–Ela é linda até dormindo. Ele falou, sorrindo.

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