A destination unknown escrita por Reeh Tetsuya


Capítulo 1
Daiisshou




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Daiisshou
(Capítulo Um)

"So let's go,
follow me"

O movimento do quadril dela era quase hipnotizante. As pernas torneadas brilhavam apesar de serem brancas como leite. O uniforme ao estilo militar caia perfeitamente bem em seu corpo escultural. Seus cabelos preto-azulados estavam presos em um coque perfeito e o pequeno chapéu lhe dava um ar mais gracioso. Uma espécie de chicote estava preso em sua cintura e aquilo fazia com que toda a delicadeza fosse por água abaixo e trazia a tona uma aura selvagem.

Madara classificava aquela mulher como um enigma, não entendia porque uma bela e jovem moça como Hinata trabalhava naquele internato tão medonho que abrigava a "escória" social. Estava sujeita a sofrer graves consequências naquele ambiente e mesmo assim tinha um sorriso no rosto, tratava todos como se fossem pessoas simpáticas e puras. Algumas vezes seu sorriso era de extrema ironia ou de escárnio, ela ia de doce mulher a wild child em poucos minutos.

O chicote que carregava era por precaução, nunca precisou usá-lo, só que ela mal sabia o quão sexy ficava com toda aquela produção. Já recebeu inúmeras cantadas dos internos e ela sempre os colocava na posição deles, ela não admitia qualquer expressão desrespeitosa e com apenas um olhar gélido não escutava mais palavras sujas vindo de qualquer um.

- Madara-sama, recebi duas internas hoje, ambas envolvidas com prostituição.

- Fica para você.

- Irei ajuda-las com muita satisfação.

Aquela mulher incendiava seu corpo em coisa de segundos e ela sabia que causava isso nele. E ela gostava de provocar o seu superior. Ao perceber que ele olhava fixamente, deu um sorriso de canto, o batom vermelho brilhava nos lábios carnudos.

- Se a cada olhada que recebo sua marcasse minha pele, eu estaria parecendo um mosaico. - Dito isso ela saiu em direção a área feminina do internato para conhecer suas novas pupilas.

Aquela mulher era sua perdição e ele a queria urgentemente.

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As novas internas eram jovens, tinham 16 anos de idade. Não era novidade para Hinata e elas pareciam o tipo de pessoa que não davam trabalho. Conversou com cada uma separadamente para saber o porquê de terem entrado naquele mundo perverso com tão pouca idade. Sentia-se muitas vezes incapaz por saber que tinha mais gente naquela situação e aquilo incomodava Hinata.

Desde pequena queria ser alguém útil na sociedade, mas de uma forma diferente, queria ter contato com as pessoas. Medicina nunca foi algo que almejou, pois não era da forma que o médico tinha contato com o povo que ela queria. Pedagogia foi até uma opção, mas descartou logo. Serviço social foi a forma mais sensata que encontrou, logo se especializou e outras coisas e assim decidiu trabalhar com jovens que tomaram decisões erradas para trilharem a vida.

Quando formou a gama de empregos era muito restrita até encontrar o internato Amaterasu que desde então trabalha por 7 anos completos. A convivência com todos naquele lugar era agradável e ainda tinha o seu maravilhoso chefe que era a perdição para qualquer uma. Ela sempre soube que o sentimento que teve ao vê-lo era mais que um desejo físico, mas manteria sua postura altiva. As vezes pensava que a diferença de idade poderia ser um empecilho, ela com seus 26 anos e ele com seus 37, mas 11 anos era um mero detalhe, aquele homem parecia estar banhado em formol.

Uma hora iria pegá-lo de vez e esperava que fosse em breve, a idade está chegando e ela queria muito realizar um sonho, ela achava que Madara seria a pessoa ideal para compartilharem tal anseio. Voltou à sala do diretor e sentou em sua estação de trabalho, terminaria a papelada para efetivar as novas internas e assim poderia visitar um local especial.

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Madara tinha saído para a ala financeira do internato por um instante e logo voltou para sua sala. Lá estava Hinata, bela e sedutora. Ele muitas vezes tinha medo de magoá-la com seu jeito brutamontes e pensasse que ela a queria só de forma carnal, mas conviver com ela por 7 anos no mesmo ambiente de trabalho o fez crescer em relação ao coração. Ele realmente gostava dela, aquela era A mulher para ele, ficou tantos anos mergulhado na solidão e com ela encontrou uma razão para viver e não sobreviver. Sorriu de lado. Nunca pensou que conseguiria atingir aquele sentimento algum dia, sempre fora rodeado de mulheres, mas nenhuma tinha o mesmo efeito que a Hyuuga proporcionava.

Hinata estava falando ao telefone e por um momento ouviu ela dizendo algo como "Eu irei vê-lo hoje, você não tem noção da minha felicidade". Ai. Aquilo foi um tiro em seu coração. Vê-lo? Ela então é comprometida... pudera... ele pensou ser o mais tolo do mundo.

O sorriso dele morreu. Coitado, tirar conclusões precipitadas pode ser triste.

- Madara-sama, terminei a ficha das novas internas. Se não for muito abuso, posso sair um pouco mais cedo?

- Faça o que quiser. - Hinata estranhou a resposta do moreno, tão grosseiro. Logo ele que sempre fora tão atencioso com ela.

- Acho melhor não então.

- Vá logo, seu namoradinho deve 'tá te esperando.

- Hã?! Acho que o senhor está se equivocando.

- Não quero saber, vá logo! - Vociferou para a funcionária. Ele olhou para a amada e viu os olhos perolados marejados.

Oh, ele fez merda, e foi uma daquelas brabas.

- Você é um tremendo babaca. – Hinata fez questão de colocar raiva em seu tom de voz. – Por que eu teria um namorado se eu sempre gostei de você? - Feito isso ela arrumou a bolsa e saiu ainda mais cedo do que gostaria.

“Eu sempre gostei de você”

Oh Kami, aquilo só poderia ser um delírio, certo?


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