Beijo Escarlate escrita por Lailla


Capítulo 8
Leve vergonha




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Eu não tenho nem como descrever o quanto eu fiquei feliz por ele dizer aquilo! Ainda estava acontecendo, mas ele disse! Shu apareceu no meu quarto de novo e me levou para visitar minha família novamente. Fiquei tão feliz! Meu pai parecia estar gostando dele e minha mãe ficou bem feliz por eu visitá-los de novo. Depois de irmos embora, fomos para a área de inverno de novo e ficamos vendo o céu. Nós estávamos sentados na neve, eu entre suas pernas e escorando minhas costas no peito dele. Ele me abraçava e fazia carinho em minhas mãos. Eu sorri gentilmente, estava realmente feliz. Meu medo, tudo que eu senti antes... Parecia ter sido bobo naquele momento.

Dias depois estávamos todos no jantar. Tudo parecia estar bem! A rainha estava contente por Shu estar participando mais das refeições e o rei parecia contente por mais nada de errado estar acontecendo. Conversávamos calmamente depois de comer e uma empregada se aproximou.

– Kazuhiro-sama. – Ela fez uma reverência.

– Hai. – Ele disse.

Ela se endireitou e lhe deu um envelope de carta.

– Uma carta para o senhor.

– Hum. – Ele assentiu – Arigatou.

Ela fez mais uma reverência e se retirou. O rei abriu o envelope e o leu, sua expressão estava séria. A rainha parecia apreensiva, eu não compreendi.

– Querido? – Ela perguntou.

– É uma carta dos Akihiko. – Ele disse sério.

Ela abaixou o olhar, parecia receosa.

– Megumi-chan, você pode se retirar? – O rei perguntou educadamente.

– Uhm... hai, majestade. – Levantei e fiz uma reverência.

Shu o olhou sem entender e eu me retirei. Fui para o meu quarto e comecei a pensar. “Carta dos Akihiko?”, pensei em dúvida. Toshi disse que eles tentariam me fazer passar por vexames, mas... Qual a razão daquela carta? Fiquei receosa a tal ponto que depois de uma hora ou mais, fui procurar Shu. Perguntei a Fumiko no corredor onde ele poderia estar e ela disse que o viu indo para seu quarto. Me disse onde era e eu me encaminhei para lá. Bati na porta e ele me deixou entrar mesmo sem saber quem era. Entrei e fechei a porta, o olhando. Ele estava deitado em um sofá grande e luxuoso, lendo um livro. Estava vestido com uma calça clara e uma blusa preta, abotoada até a metade. Fiquei um pouco envergonhada por vê-lo assim, era a primeira vez que o via tão informal.

– Megu? – Ele me olhava em dúvida.

– Uhm... Anou... Posso falar com você? – Perguntei envergonhada.

– Claro. – Ele disse se sentando.

Me aproximei e sentei ao seu lado.

– Nani?

– Uhm... É que... O rei disse que aquela carta era dos Akihiko e ele me pediu para eu me retirar, então... É algo sobre mim? – Perguntei nervosa.

Ele abriu um sorriso e me deitou no sofá, ficando em cima de mim e apoiando os braços e joelhos. Eu o olhava surpresa e envergonhada.

– Shu?

– Você sempre foi esperta assim? – Ele perguntou sorrindo gentilmente.

– Hum, não... – Acalmei o olhar – Não consegui saber o que você sentia antes até você me contar.

Ele deixou uma risada escapar e se sentou, me deixando sentar.

– Os Akihiko estão ansiosos para conhecerem a futura princesa. – Ele disse calmamente.

– Hum. – Compreendi – Mas... Sua mãe parecia receosa. E Toshi disse que eles vão tentar fazer eu passar por vexamos. – Disse preocupada.

– Eles possuem um sério problema conosco. Acham que deveriam ser a Família Principal em vez de nós.

– Mas... Por que vocês são a Principal? – Perguntei sem jeito.

– Porque Akihiko e Saburo são os extremos. – Ele dizia calmamente – Os Saburo tentam ao máximo serem “vegetarianos” e beber sangue animal, mas mesmo assim às vezes alguns não conseguem se controlar e matam alguém. Eles até possuem regras para quem faz isso, que é considerado um crime e há pena de morte. O que os fazem ter o título de protetores dos humanos.

Eu prestava atenção.

– Os Akihiko são o extremo assassino. – Ele continuava – Nós não matamos, apenas bebemos o sangue de pessoas fora da vila, mas eles matam. Tanto pelo sangue quanto pelo ato matar. Seus olhos sempre estão vermelhos pela sede que nunca cessa. As duas famílias vão vir ao casamento, então... Se você os ver com os olhos vermelhos te fitando, não fique com medo.

– Hum, hai... – Disse um pouco nervosa.

– Eles sempre tentam fazer a princesa passar por vexames para confirmar a todos que não somos a Família que deveria estar no poder, mas nunca conseguem o que querem. Com minha mãe foi a tentativa de aterrorizá-la, dizendo que ela seria um monstro por ter sido humana antes. Mesmo com o que ela aprendeu com Toshi, ficou em dúvida e foi falar com meu pai. Ele ficou furioso com eles e disse a ela que isso era mentira. Meu pai queria matar quem disse aquilo, mas isso não seria bom. Ela o convenceu a não fazer nada, disse que não tinha problema.

– Se... Ele matasse alguém... O que aconteceria?

– Um descontrole total. – Ele disse – Eles iriam começar uma guerra para tomar o poder.

Fiquei assustada.

– Então... – Disse nervosa – Melhor eu ficar longe deles.

– Eu sei que eles não vão conseguir fazer nada. Você é esperta. – Ele sorriu

O olhei e deixei escapar um sorriso pra ele, desviando o olhar em seguida e corando. Comecei a reparar em seu quarto. O sofá ao qual estávamos sentados ficava no lado direito do quarto dele e de frente para a cama, que era bem grande e possuía quatro colunas em suas pontas. A decoração não era colorida, quase tudo possuía uma cor escura e a cor das paredes era num tom de azul marinho bem escuro. Mesmo não sendo como meu quarto, que possuía móveis claros e uma cor alegre, eu gostei da decoração. Não era tão luxuosa como o castelo, mas possuía seu charme. Foi o que mais gostei!

– Seu quarto é bonito. – Comentei.

– Que bom que gostou. – Ele deixou escapar um sorriso.

– Eh? Por quê?

– Quando a gente se casar você vai vir pra cá. – Ele deu um sorriso.

– Ah... – Corei – Hai...

Agora que ele disse, depois do casamento... Vai ter aquilo, ne. Vamos ter que... Dormir juntos. Shu realmente é bonito, mas eu sempre o via com um terno ou outra roupa bem formal. Essa foi a primeira vez que o vi tão informal, e fiquei envergonhada já que a blusa dele estava abotoada até a metade e mostrava parte de seu peito. Ele se aproximou em dúvida, me olhando.

– O que foi?

– Ah! Nada! – Exclamei de repente, vermelha.

Ele fez uma expressão surpresa e acalmou o olhar em seguida, sorrindo. Mexeu um pouco no meu cabelo, o que me fez apertar os olhos, nervosa. Se aproximou do meu rosto encostando sua bochecha na minha. Eu acalmei o olhar vendo como aquilo era bom. Ele virou o rosto e me beijou, cessando gentilmente em seguida e me olhando com o rosto próximo ao meu. Eu estava levemente corava, ele sempre me hipnotizada de alguma forma. Shu abriu um sorriso gentil, me olhando nos olhos.

– Prometo que eu vou ser gentil.

Acalmei o olhar abrindo um leve sorriso.

– Hai. – Disse feliz.


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