Beijo Escarlate escrita por Lailla


Capítulo 33
Paz




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Se passaram dias. Dias aos quais nunca pensamos que iríamos vivenciar em nossas vidas. Depois de reuniões diárias com os reis e rainhas das três grandes famílias – e nossas tentativas frustradas de tentar ouvir o que se passava – papai, com o resultado unânime, aprovou a abolição das regras a respeito de que membros das famílias reais não poderiam se casar uns com os outros.

Ele nos deu a notícia no dia seguinte à votação e todos nós, os jovens príncipes e princesas, ficamos paralisados ao passo que nossos pais sorriam. Eu fiquei aliviada e feliz, mas devo dar como fato que Ichiro ficou aliviado e feliz em dobro. Papai levantou e foi abraçá-lo, cochichando algo em seu ouvido. Eu não escutei, mas nii-san depois me disse que papai sussurrou dizendo que falara com Kanae e que ela aceitou com um sorriso que o noivado entre ela e Ichiro estava desfeito, em vista que ela se apaixonara por um jovem ruivo do reino dos Akihiko. Realmente há várias coisas inimagináveis que acontecem e que nunca pensaríamos que poderia dar certo. Papai queria ser como vovô, que é um homem sábio e que por várias vezes o aconselha. Porém ele não é meu avô. Ele é um rei incrível do modo como ele é, da maneira simples que ele age. Ele apenas era ele, e agora não tentaria mais ser como meu avô, como ele disse a mim. Ele apenas seria ele mesmo e tentaria fazer seu melhor daqui pra frente.

Com esses dias que se passaram, Yuuro ficara triste e apreensivo. Nós notamos uma movimentação durante a noite, vinda da vila humana. Estavam procurando por ele e com isso ele ficava triste já que por enquanto não poderia falar com seus pais. Tentávamos trabalhar o controle de sua sede e eu tentava ajudar, deixando-o beber meu sangue, o que era frequente.

Numa dessas vezes, estávamos na cama dele e Yuuro bebia meu sangue. Eu apertava sua roupa e ele desceu a mão, apertando minha coxa por cima do vestido. Cessou e me olhou sorrindo, ofegante.

– Nani? – Sorri ofegante.

– Hum, gomen.

– Nande?

– Eu... Apertei sua coxa.

Sorri, deixando uma risada leve escapar.

– Eu... Gosto quando você me toca assim. – Corei.

Ele sorriu e abaixou o olhar, se sentando. Eu o analisava. Yuuro agora usava roupas como meu irmão, Hiroki e Daichi. Algumas foi Ichiro que emprestou realmente, mas eu via como Yuuro estava bonito e deixei escapar um sorriso.

– Nani? – Ele perguntou, sorrindo.

– Hum, nada. – Tampei o rosto com o travesseiro por corar – Você está bonito. – Disse abafada.

Ele deixou uma risada escapar e se aproximou de mim. O senti pôr as mãos em volta do meu pescoço e o olhei em dúvida, tirando o travesseiro da frente do rosto. Olhei para baixo e vi meu colar de safira rosa.

– Hum... Nande? – O olhei – É seu.

– Não, é seu. – Ele sorriu – Mas você vai ser minha quando a gente se casar, então...

Corei, abaixando o olhar com vergonha.

– Hum. – Sorri.

...

Hiroki e Akane se casaram e foi lindo. Ela estava com o cabelo preso no alto, seu vestido branco era bordado no espartilho e tinha pérolas por ele. Hiroki estava visivelmente feliz com o largo sorriso que demonstrava. Todo o reino participou e a festa foi incrível. Nana-sama estava bem feliz e Arata-sama sorria sempre que via o sorriso dela. Hiroki e Akane se mudaram para a vila. A casa deles era linda e Akane parecia bem feliz. Hana e eu fomos falar com ela dias depois do casamento, ficamos curiosas em relação ao que acontecia na noite de núpcias. Claro que sabíamos o que era, mas queríamos saber por ela como era exatamente.

Estávamos sentadas em volta da mesa e sorríamos marotas para ela.

– Nani? – Ela sorriu, sabendo o que queríamos saber – O que querem exatamente?

– Nee... – Olhei para Hana, que me olhou sorrindo – Como é... Sabe... Aquilo?

Akane sorriu, tampando a boca com uma das mãos.

– Bem... É bom. – Ela corou – Dói um pouquinho, mas se ele é gentil... – Ela sorriu largamente, corando.

Nós rimos.

– Nee, e Momoko-san? – Ela perguntou.

– Bem feliz. – Hana riu.

– Hai. – Eu ri – Ichiro a pediu em casamento logo depois que papai aboliu as regras sobre as famílias. Eles vão se casar em poucos meses. Ela pediu desculpas por não poder vir hoje, está bem ocupada com mamãe.

– Megumi-sama? – Akane disse em dúvida.

– Hai. – Sorri – Ela está bem animada e está ajudando Momoko-chan com o casamento. Vovó também está ajudando e não duvido que Mizuna-sama vai ajudar também. – Ri.

Ela riu.

– Que ótimo!

– Nee, Haru. – Hana disse – Está nervosa?

– Nande?

– Depois que Ichiro-kun casar, você vai casar com Yuuro-san.

– Uhm... Hai. – Corei – Estou um pouco, mas sei que ele vai ser gentil. – Sorri.

Ela sorriu, achando graça.

– Ne, Hana-chan. – Akane disse com um sorriso maroto – Eu soube por Daichi que você vai se casar.

Hana corou.

– Como assim? – Perguntei sem entender – Hana, você não me conta nada!

– Gomen, gomen! – Ela balançou as mãos – Ele me pediu ontem. Foi rápido em contar pra você, Akane-chan.

Akane sorriu.

– Com Daichi?! – Exclamei.

– Hai... – Hana corou – Vamos casar depois de você e Yuuro-san.

– Que travessa. – Cantarolei com um sorriso maroto.

– Gomen... – Ela deu uma risadinha.

Nós rimos.

...

Yuuro já estava há um mês conosco, mas eu via claramente que ele queria ver os pais. Conversamos com papai e ele, mesmo não querendo, permitiu que fôssemos para a vila humana para Yuuro vê-los. Naquela mesma noite fomos em direção à vila com dois guardas nos acompanhando. Com certeza eles reconheceriam Yuuro, mas papai não gostou de eu ir junto. Yuuro estava melhor em relação à sede, mas ele me pediu para ir junto para que eu o ajudasse.

Pela primeira vez em muito tempo, o grande portão da montanha se abriu e nós dois saímos com os guardas. Fomos andando e quando chegamos Yuuro pediu que os guardas ficassem na porta de sua casa. Ele e eu entramos e sua mãe apareceu da porta de um quarto. Seus olhos se encheram de água e ela correu em direção ao filho, abraçando-o.

– Yuuro! – Ela se pôs a chorar – Onde estava?! Procuramos você por toda parte! Pensamos que... – Ela se calou, pensando o pior.

– Daijoubu. – Ele disse.

Eu estava logo atrás dele e seu pai apareceu da porta de outro cômodo ao escutar o agito na casa. Correu e veio abraçar seu filho.

– Bakayarou! Onde estava?!

– Gomen. – Ele dizia calmamente – Eu... Anou...

– Quem é ela? – Ele perguntou.

Os dois me olharam e eu corei, envergonhada. Abaixei o olhar, me encolhendo e Yuuro pôs o braço ao meu redor, fazendo eu me aproximar e ficar ao lado dele.

– Essa é a Haru. – Ele disse – É... Minha noiva.

Eles ficaram surpresos.

– Mas... – Sua mãe não entendia – Quando...?

– No dia que eu sumi. – Ele disse – Eu... Me machuquei e ela me ajudou.

– Como? – Seu pai perguntou, desconfiado.

Ele olhava para mim e viu meu colar, o que me deixou receosa. Yuuro o olhou e abaixou o olhar.

– Yuuro. – Ele disse, se aproximando e pegando no braço de Yuuro.

Ele o olhou com o olhar calmo e seu pai viu seus olhos vermelhos, arregalando os dele em seguida.

– Yuuro... – Sua mãe levou as mãos à boca.

O pai dele me fitou e senti o ódio em seu olhar.

– É culpa dela... – Ele rangeu os dentes.

– Ela me ajudou. – Yuuro protestou, ficando a minha frente.

– Ela transformou você! – Ele gritou – Você é um monstro agora!

Pus a mão na altura do peito, nervosa. Yuuro franziu o cenho.

– Haru não é um monstro! – Exclamou irritado – Ela me salvou e eu vou casar com ela! Eu já ia casar!

– O que você fez, idiota...? – Ele rangia os dentes – Você ia ficar no meu lugar... Você ia ser o líder, bakayarou!

Arregalei os olhos.

– Eu não queria isso, você sabe. – Yuuro disse – Eu demorei porque estava tentando me controlar. Haru me ajudou.

– Essa garota destruiu você!

– Ela me salvou! – Yuuro gritou.

Peguei em sua mão, assustada. Seus olhos estavam vermelhos, ele não iria se controlar por muito tempo.

– Se vocês quiserem ir ao nosso casamento, tudo bem. Eu ficarei feliz. – Yuuro disse – Mas se não quiserem, não tentem nada contra nós. Você tinha razão, eles não são fracos. Não faça nada, pai. Se não eu farei algo se vocês machucarem alguém.

O pai dele franzia o cenho. Yuuro pegou minha mão e saímos da casa dele. Os guardas nos escoltavam e as pessoas da vila ficavam em suas portas, nos fitando ir embora. Elas viam Yuuro e arregalavam os olhos, vendo agora o que ele era. Eu não podia acreditar que ele era o filho do líder atual da vila, o homem que meu avô humano confiou a liderança.

Depois que chegamos, papai nos convocou para saber como fora.

– Gomen nasai, Shu-sama. – Yuuro disse – Não contei quem eu sou realmente.

Meu pai o ouvia. Yuuro contou a ele e meu pai se pôs a pensar.

– Você acha que seu pai fará algo? – Ele perguntou.

– Apenas se ele for tolo o suficiente. Creio que não.

– Certo. – Ele ainda pensava – Yuuro, você possui minha confiança.

– Arigatou, Shu-sama.

– Com isso, o que você pensa sobre uma reunião com o conselho de sua vila?

Yuuro o olhou em dúvida.

– Como assim?

– Eu não quero que meu reino seja atacado. – Papai dizia – Tudo está indo conforme deve ser. Meu sobrinho Hiroki se casou com Akane-hime e Ichiro logo se casará com Momoko-hime. Seguidos de vocês e Hana-hime com Daichi. Não quero que nada inesperado aconteça.

– Hai. – Ele assentiu – Bem... Não creio que ele virá até aqui.

– Hum, certo. Eu também não iria até lá.

Nós o olhávamos, ele parecia pensar.

– Você acha que ele viria se fosse no meio no caminho?

Yuuro pensou.

– Possivelmente. Ele consideraria como um local seguro.

– Certo, então. – Papai disse – Mandarei uma carta para a vila humana, a reunião será daqui a duas noites.

– Hai, Shu-sama. – Yuuro e eu fizemos uma reverência e nos retiramos.

Mais tarde, estávamos no quarto de Yuuro. Ele estava deitado com o braço tampando os olhos e suspirou. Eu estava sentada ao seu lado e abaixei o olhar.

– Gomen... – Ele disse – Menti pra você.

O olhei surpresa.

– Não mentiu. – Disse suave – Apenas... Não me contou.

– Pensei que se contasse, você teria medo de mim.

– Hum. – Balancei a cabeça – Não faria isso. Mas agora eu compreendo por que você tinha que me sequestrar.

– Gomen, era pra eu provar que seria capaz de ser líder. – Ele disse – Isso não fazia sentido algum.

Abaixei o olhar. Yuuro ainda estava com o braço tampando seus olhos e eu me aproximei, apoiando os joelhos e mãos ao lado dele na cama. Tirei seu braço da frente e ele me olhou.

– Você apenas era importante também. – Sorri.

Ele me olhava e parecia admirado. Apoiou o cotovelo e pegou gentilmente em minha bochecha, me aproximando e me beijando. Corei, o beijando. Pus os braços ao redor de seu pescoço e deitei em seu peito. Ele suspirou e apertou minhas costas, me fazendo deitar. O olhei ofegante e ele me beijou de novo, ficando em cima de mim. Eu sentia algo bom e lembrei do que aconteceria na noite de núpcias. Fiquei um pouco nervosa de estarmos um pouco próximos de fazer aquilo, mas não precisei dizer nada, Yuuro parou e me olhou ofegante.

– Gomen... – Ele disse ofegante.

– Hum. – Balancei a cabeça, sorrindo.

Ele sorriu. Yuuro se sentou e me deitou ao seu lado. Ficamos juntos por mais algumas horas e eu pensava como era bom se sentir feliz com alguém. Agora eu apenas ansiava que tudo ficasse bem depois da reunião que meu pai faria com o pai de Yuuro. Ele me odiava e agora com certeza odiava ainda mais os vampiros.

...

A noite esperada chegou e fomos para o local da reunião: o ponto entre a vila humana e a montanha. Papai, mamãe, Ichiro, eu, Yuuro e os outros reis e rainhas vieram junto. Além dos guardas que nos acompanhavam. Chegamos ao ponto de encontro e esperamos um pouco, nos perguntando se eles viriam realmente. Depois de alguns minutos, um grupo de pessoas com tochas na mão chegou. Meu pai os cumprimentou e deu dois passos a frente.

– O senhor deve ser o líder da vila humana, estou certo? – Papai disse.

– Hai. – O pai de Yuuro disse rispidamente – O que você quer?

– Olhe o respeito, humano. – Arata-sama disse, irritado.

– Meu nome é Nomori, monstro. – Ele franziu o cenho.

Arata-sama franziu o cenho.

– Chega. – Papai disse – Nomori-san. Primeiramente peço perdão por minha filha ter transformado seu filho. Eu sei que para vocês isso não é agradável.

– Ele agora é um monstro. – O pai de Yuuro disse, irritado.

– Repetindo: peço perdão. – Papai disse calmamente – Haru o ama e devido a circunstâncias infelizes, Yuuro ficou ferido gravemente e a única alternativa seria transformá-lo, se não seu filho morreria. Certo, Haru? – Ele virou levemente o rosto, me fitando.

– H-Hai. – Confirmei.

Yuuro estava ao meu lado e segurou minha mão para me tranquilizar.

– E acho que o motivo por ele ter si ferido foi por culpa de vocês. Estou certo? – O pai de Yuuro disse.

– Devo dizer que o motivo foi um dos antigos reis de nosso reino que estava com o coração ferido. Ele feriu Yuuro, mas meu sobrinho, que não está presente, ajudou minha filha a transformá-lo.

– Ele também bebeu o sangue dele?

– Não. – Papai disse – Não é dessa forma que transformamos as pessoas, não nos comportamos assim.

Nomori fitou Yuuro irritado e voltou-se para meu pai. Comecei a pensar que tudo isso era minha culpa, se eu nunca tivesse saído e ido para o rio quando era criança, não teria conhecido Yuuro e nem me apaixonado por ele. Ele teria uma vida feliz.

– Gomen. – Sussurrei, Yuuro me fitou – É tudo minha culpa.

Ele acalmou o olhar e se voltou para frente, abaixando-o.

– Eu amo você. – Ele disse – Teria te pedido para me transformar de todo jeito se você soubesse antes daquilo. Pare de se culpar, a culpa não é sua.

O olhei surpresa, ele estava sério. Apertei levemente sua mão e sorri.

– Então vamos ao que interessa. – Papai disse, o que chamou nossa atenção – Eu quero propor paz.

Nomori não entendeu.

– Truques.

– Não. – Papai franziu levemente o cenho – Estou irritado por perder tantas pessoas ao meu redor desde que a caça começou ou mesmo antes disso. Quero acabar com isso, mas não por meio da guerra. Quero que tudo fique bem para minha família, meu reino.

– Vocês vão quebrar o trato, vão fazer algo contra nós. – Nomori disse irritado – Eu lembro quando não pude nem conhecer a filha de Otohime por culpa de vocês!

Papai franziu o cenho e eu olhei para mamãe.

– A quem se refere, Nomori-san? – Ela perguntou.

Ele a olhou e a reconheceu depois de pensar um pouco.

– Megumi...

– Hai. – Ela disse séria – A quem se refere? Não me lembro de você.

– Tane.

Ela pareceu ficar surpresa.

– Minha irmã é uma de nós agora e ela não tinha nada a ver com o trato de anos atrás.

– Eu sei. Mas ela escolheu um de vocês.

– Então a raiva que você sente foi um amor não correspondido? – Ela perguntou.

Ele ficou com raiva.

– Vocês são assassinos!

– Errado. – Papai disse – Agora nos alimentamos de animais...

– Por causa da caçada! – Nomori o interrompeu.

– Nomori-san. – Papai disse seriamente irritado.

Meu pai não se irritava facilmente, mas não era bom vê-lo assim quando isso acontecia.

– Estou aqui propondo paz e não querendo vasculhar o passado amoroso de ninguém. – Ele disse sério – Estou cansado e irritado, não quero que mais ninguém morra e o senhor sabe que se quiséssemos matá-los, vocês já estariam mortos. – Ele disse, deixando seus olhos vermelhos – Ou aceitem ou nos deixem em paz. Eu, por exemplo, estou cansado de me trancar na montanha, quero passear com minha rainha, quero ver meus netos correndo e brincando na grama. Estamos todos cansados de sermos privados de uma vida. Qual a sua escolha?

Nós os olhávamos, surpresos. Eu sorri, vendo que meu pai alcançara o que queria: ser um verdadeiro rei. Nomori o fitava e abaixou o olhar, pensando.

– Não vão beber nosso sangue?

– Não se não quiserem. – Ele disse – Mas acentuo que se um humano e uma vampira, ou vice versa, se apaixonarem... Acho bom ninguém se intrometer. Isso para ambos os lados.

Nomori pensava olhando fixamente para meu pai. Eu tinha certeza de que ele não iria aceitar e pela expressão de Yuuro, ele também achava isso. Mas depois de alguns minutos com o pedido de reunião do conselho dos humanos, ele voltou e aceitou o trato do meu pai. Eu suspirei aliviada e voltamos para casa. Papai esperava que isso desse certo... E eu também.

Yuuro e eu estávamos no meu quarto e ele estava sentado na minha cama, comigo ao seu lado.

– Nani? – Sorri.

– É estranho estar no seu quarto. – Ele deixou uma risada leve escapar – Ou no seu reino.

Eu ri levemente.

– Mas estou pensando também sobre o meu pai. – Ele concluiu.

– Acha que ele vai manter o acordo de paz?

– Hai. – Ele disse – Mas a raiva dele não vai passar. Eu sei que ele ama minha mãe, mas ao mesmo tempo se sente ferido por causa da filha do Otohime.

– Tane. – Ri – É minha tia. Ela a mãe de Hiroki.

– É?! – Ele me olhou surpreso.

– Hai. – Sorri.

– Hum.

Eu o olhava e aproximei meu rosto, lambendo levemente seu pescoço. Ele sorriu e me fitou, aproximando o rosto e mordendo meu pescoço. Suspirei, apertando sua roupa e ele me deitou. Quando terminou, me olhou e sorriu. Achei graça e mordi o lábio inferior. Ele riu e me beijou, apertando levemente minha cintura.

Agora finalmente tudo daria certo para todos nós.


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