Beijo Escarlate escrita por Lailla


Capítulo 14
Apenas um




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Aquela longa semana se passou. Mizuna e eu conversávamos bastante e Seiko se juntou a nós, o que foi divertido. Mizuna era reservada, educada e bem formal, mas nós percebemos que ela se divertiu conosco. Agora, eu estava nervosa com o grande dia. Fumiko me preparava no quarto. Não o meu quarto, mas um diferente. Ele era grande, com sofás luxuosos, espelhos e um pequeno altar, onde eu estava naquele momento. Eu me olhava nervosa no espelho, mas ao mesmo tempo sorrindo. Seiko estava presente e já arrumada com um vestido verde de detalhes dourados, maravilhoso. Nana ajudava Fumiko com a barra do meu vestido.

– Nee, amanhã você vai me contar como foi? – Seiko perguntou com um sorriso suspeito – Os detalhes.

– Não. – Eu ri – Você vai saber logo. – Sorri, vendo-a pelo espelho.

Ela abaixou o olhar sorrindo gentilmente e eu fitei Nana em seguida. Franzi a testa em dúvida e fitei Seiko de novo.

– Seiko?

Ela me fitou.

– O que você fez? – Perguntei desconfiada.

– Hã?

– “Hã?” nada. – Eu disse – Vocês duas estão estranhas. – Apontei desconfiada para elas consecutivamente.

Seiko e Nana se entreolharam.

– Hum... Não briga comigo, tá?

– Fala. – Disse.

– Eu... Já dormi com keiji. – Seiko disse.

– O que?! – Exclamei.

– Ai! – Fumiko exclamou, furou o dedo com o alfinete.

– Seiko!

– Gomen! – Ela exclamou – O pai dele já descobriu. – Ela desviou o olhar – Ele descobre tudo mesmo...

– Mas...

– Ninguém sabe porque não seria bom para os Akihiko e Saburo descobrirem, mas ele quase bateu em Keiji. – Ela torceu a expressão.

Fechei os olhos, suspirando.

– Seiko...

– Megu, eu amo Keiji.

A olhei e sorri surpresa.

– Hum. – Virei o rosto emburrada – Acho bom mesmo, eu bateria em Keiji se fizesse isso apenas por fazer.

Ela me olhou surpresa, assim como Nana e Fumiko e me viram deixar uma risada leve escapar.

...

Algo mais emocionante e nervoso do que se preparar para o casamento é andar em direção ao salão. Meu buquê era com rosas vermelhas, que ficava em contraste com o vestido branco. Ele deixava os ombros e clavícula à mostra e tinha mangas compridas e justas. Todos já estavam no salão e Fumiko me acompanhou até a grande porta que tinha desenhos esculpidos na madeira. Respirava nervosamente e estava tensa, eu estava prestes a me casar com Shu.

– Nervosa, senhorita? – Fumiko perguntou.

– Um pouco. – Sorri nervosa.

Ela sorriu e ficou à minha frente.

– Tenho certeza que a senhorita será feliz. Não se preocupe.

– Hai... – Eu disse nervosa – Eu sei. – Sorri.

– Eu vou entrar, senhorita. Está tudo bem.

– Hum. – Assenti.

Fumiko voltou pelo corredor, entraria pela outra porta. Eu fiquei mais alguns minutos esperando e pensando enquanto tentava me manter calma. Pensava em como estar prestes a se casar com a pessoa que você ama nos deixa nervosa. Eu sei que ele estará lá me esperando, mas pelo simples fato de estarmos finalmente nos casando, de isso tudo estar acontecendo mesmo, faz parecer que nada é real, que é apenas um sonho maravilhoso. Eu estava feliz, estava mesmo! Me casaria com Shu e logo seria como ele. Ficaríamos juntos e eu seria sua princesa. Não conseguia nem expressar com palavras a felicidade que eu sentia. Eu pensava em como tinha medo de ele não me amar e em como queria o conhecer e ser a companheira dele pelo menos. Agora tudo isso vai acontecer e eu estava nervosa e feliz ao mesmo tempo, se isso era possível. Respirei fundo e vi a grande porta se abrir. Me aproximei e entrei no salão, começando a caminhar pelo tapete vermelho e a ver a quantidade de pessoas que havia ali. Todos os súditos estavam ali e também as duas grandes famílias. Elas estavam em lados opostos e me fitavam assim como todos. Eu caminhava “calmamente” até o altar, onde Shu estava. Ele me olhava e abria lentamente um sorriso. Vi como ele estava bonito. O cabelo da mesma forma de todos os dias, um smoking maravilhoso e aquele sorriso encantador.

Ao me aproximar, ele me ofereceu a mão e eu a peguei, abrindo um sorriso. Subi no altar, ficando ao lado dele e colocaram um laço vermelho em volta de nós, o amarrando.

– Kazuhiro Shu e Otohime Megumi estão aqui presentes para se unirem através do laço do matrimônio. – O senhor dizia, ele era velho e possuía cabelos grisalhos – Na presença do reino e das grandes famílias, agora eu os declaro marido e mulher, príncipe e princesa e de agora em diante companheiros para a vida.

Nos viramos e ficamos de frente um para o outro. Shu dava um sorriso gentil e eu abri um sorriso, quase chorando por estar tão feliz. Meu cabelo estava amarrado em um coque com cachos finos ao lado das orelhas. Ele pôs um dos cachos atrás da minha orelha e aproximou o rosto lentamente, me beijando. Com os olhos fechados, ouvimos os aplausos.

Estávamos casados de verdade! Houve uma grande festa de comemoração depois da cerimônia e falamos com todos os presentes no salão. Conversamos com todos os súditos e com as grandes famílias. Os Saburo nos cumprimentaram com um sorriso feliz e educado, porém ao falarmos com os Akihiko, percebi que o herdeiro deles fitava demais Nana, que falava com Seiko e Keiji. Todos os empregados estavam participando da festa e Nana estava belíssima, fitei também Fumiko que estava acompanhada pelo seu pretendente. Ela estava feliz e sorria sempre, mas fiquei preocupada em como o herdeiro Akihiko fitava Nana. Logo depois de falar com eles, fomos para onde Seiko e Keiji estavam e conversamos com eles por um tempo. Tirando aquela presença nada agradável, a festa foi maravilhosa. Cheia de comida, a decoração e a comemoração.

...

Depois da grande festa, Fumiko me conduziu para o quarto de Shu e me arrumou. Eu fiquei ainda mais nervosa, principalmente em como o quarto estava agora. Ele estava rodeado de velas e a cama estava com um cobertor vermelho como se fosse veludo e véu sobre as colunas de madeira. Quando me fitei de relance no espelho, vi como eu estava vestida.

– Uhm... Fumiko.

– Sim, senhorita? – Ele terminou de me ajeitar e levantou – Algo errado?

– Eu tenho que me vestir assim mesmo? – Perguntei, corando.

Ela sorriu, percebendo meu nervosismo. Eu estava com uma camisola de seda e um roupão fino, do mesmo tecido. As bordas e decote tinham babados com renda da cor branca, o que ficava um pouco em contraste com a cor da camisola, que era rosa claro. Fumiko penteou meu cabelo e o deixou solto. Ela foi em direção à porta e eu me virei.

– Aonde vai? – Perguntei.

Ela deixou uma risada leve escapar.

– Deixá-la a sós, senhorita. – Ela disse – Shu-kun logo chegará.

– Uhm... – Gaguejei vendo a tolice que fizera. – Claro.

Ela sorriu gentilmente, fazendo uma reverência e se retirou. Pus a mão cerrada na altura do peito, estava nervosa e não sabia o que fazer. Me olhei no espelho e percebi a porta de abrir. Me virei e vi Shu com trajes informais, como a vez que fui ao quarto dele. Ele me viu e sorriu. Eu abaixei o olhar com vergonha, aquela camisola era muito fina. Ele se aproximou e pegou minha mão.

– Daijoubu? – Perguntou gentilmente.

– Hai... – Disse nervosa.

– Suas mãos estão trêmulas. – Ele deixou uma risada escapar.

– Hum. – Recuei a mão, nervosa.

Ele deixou mais uma risada escapar, abaixando o olhar. Eu corei e ele me fitou, me pegando nos braços de repente.

– Etto...!

Ele riu levemente, agora eu estava o segurando com os braços em volta de seu pescoço. Abaixei o olhar, corando e ele nos levou até a cama. Quando ele me deitou na cama, percebi como o quarto estava belo com apenas a iluminação das velas. Shu sentou ao meu lado na cama e sorriu.

– Nee...

– Eu prometi que seria gentil. – Ele sorriu.

– Hai...

Ele nos cobriu e tirou meu roupão, o que me fez encolher por agora estar apenas com a camisola. Shu se aproximou e pegou gentilmente em minha bochecha.

– Megu, você é linda.

O olhei admirada. Aqueles olhos azuis me fitavam gentilmente e ele me beijou delicadamente. Shu nunca me beijou daquele jeito, ele nunca me beijara por tanto tempo. Sempre que nos beijávamos, ele parava a si mesmo, mas agora não. Estávamos nos beijando a ponto de ele me deitar com carinho na cama. Ele parou e me fitou, eu o olhava, maravilhada e acariciei gentilmente seu rosto, fazendo-o sorrir. Ele tirou a camisa e a calça e me beijou de novo. Fiquei um pouco nervosa quando ele abaixou as alças da minha camisola, mas ele me olhava nos olhos tão gentilmente que eu o deixei tirar minha camisola em seguida. Me cobri mais, ficando encolhida.

– Nani? – Ele sorriu, apoiando o cotovelo na cama.

– Pensando.

– Em que?

– Que seria mais fácil você me morder. – Disse com uma expressão cômica.

Ele riu, apoitando a cabeça no meu ombro.

– Me lembro de que você não gostou da primeira vez.

– Isso foi antes. – Sorri.

Ele sorriu, querendo rir. Se aproximou e beijou meu pescoço.

– Te amo Megu. – Ele sussurrou – Vou ser gentil.

– H-Hum. – Gaguejei, o que o fez rir.

Ele apoiou as mãos na cama e ficou em cima de mim. Eu o olhava, respirando nervosa e ele sorria, me beijando em seguida. O beijo me deixou ofegante e depois mais ainda quando ele começou a beijar meu pescoço.

– Uhm... – Gemi ofegante pelo beijo – Shu...

– Hai... – Ele disse, me olhando.

– Eu amo você. – Disse suave.

Ele sorriu e me beijou. Nos beijávamos ofegantes e ele se aproximou mais, vindo para frente e se encaixando em mim. Respirei ofegante e gemi depois que a dor parou. Acho que nunca senti algo tão bom antes. Então foi isso que Seiko sentiu quando dormiu com Keiji, por isso eles tiveram pressa. Shu me beijava e ia para frente e para trás, ficando mais e mais ofegante. Acariciava meu corpo gentilmente, o que me fazia gemer e respirar mais ofegante.

Aquela noite foi a melhor da minha vida, a noite que viramos apenas um.


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Notas finais do capítulo

O vestido dela era assim: http://www.freewords.com.br/wp-content/gallery/vestido-de-noiva-medieval/foto_78c49ab0-3437-4a04-9fa338f2d724ac54.jpg

Era tipo assim a cama: http://media.viajenaviagem.com.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2012/01/ritz-lda-ap-bali.jpg

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