Photograph escrita por Erzy


Capítulo 1
Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Os feels bateram e me surgiu uma NaLu na cabeça♥ Eu, particularmente, gostei, então tbm espero que gostem ♥ "Titúlo baseado na música Photograph de Nickellback *u* Boa leitura ♥ -Desculpem qualquer erro, não revisei (nunca reviso e.e)



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Natsu olhava novamente aquele álbum, aquilo se tornara tão preciso para ele desde que aquilo acontecera. E sempre, sempre ficava horas olhando a última foto tirada, tinha tanta vontade de chorar, chorar como uma criança, mas ainda havia lágrimas para isso?

Oh, é claro que havia!

Não importava se já foram tantas, por eles, poderia chorar para o resto da sua vida. É, acho que realmente faria isso, mesmo não querendo, mesmo evitando, pois sabia que eles não iriam querer isso.

Olhou, novamente, para aquela foto em especial, e se perguntava: Por que tinha que terminar daquele jeito? Lembrava-se de como estavam felizes, e as lembranças daqueles sorrisos, o torturavam como se estivessem arrancando cada membro do seu corpo, um por um, lentamente.

—- Papai! – gritava um pequeno garotinho de cabelos loiros como os da mãe, e olhos verdes, assim como os seus, correndo em sua direção. – Mamãe disse que você vai nos ‘leva pra ‘faze um pinico!

Ao escutar isso, Natsu riu com vontade antes de responder. – Sim, vou levar os dois para um piquenique. – corrigiu o filho de forma correta, sem fazê-lo se sentir mal ou envergonhado. – Quer que papai te conte um segredo, campeão?

—- Um segredo? – ao escutar a palavra, os olhos do menor brilharam com tamanha intensidade, que o rosado não pode impedir de se lembrar de Lucy. Realmente, Ryuu puxara a personalidade de sua mulher, além dos cabelos, de resto, era sua cópia.

—- Hoje é o dia em que papai conheceu a mamãe, mas acho que ela não se lembra. Então o que acha de tirarmos muitas fotos para mostrar pra ela de presente depois? – perguntou, vendo que seu filho sorria de modo cúmplice, para depois sair pegar a câmera.

—- Natsu? – chamou Lucy da porta da cozinha, segurando um copo com achocolatado dentro. – Sabe onde está o Ryuu? Ele saiu correndo antes de beber o nescau.

—- Foi lá no nosso quarto pegar uma coisa que eu pedi. – respondeu se aproximando da mulher. – O que acha de aproveitarmos, Luce? – sussurrou no ouvido da loira, fazendo-a estremecer, assim que envolveu seus braços na cintura da mesma, para depois roubar um leve selinho.

—- Agora não, Sr. Esquentadinho. – sorriu antes de sair dos braços do Dragneel. – Vamos nos arrumar para o piquenique de última hora que você mesmo planejou. – dito isso, subiu as escadas.

Lembrar que ele que resolveu sair naquele dia o fazia sentir-se culpado, mesmo que fosse apenas uma fatalidade. Num ato repentino, levantou-se do chão, pegou o álbum de fotos, e foi em direção à porta, sem antes pegar a chave do carro em cima da mesa.

Assim que entrou no carro, colocou e a chave na ignição girando-a, acelerando logo depois. Precisava estar perto deles, perto daqueles que deram sentido maior a sua vida. Vida agora, que não existia, não dentro de si.

Seguiu pela estrada, em uma velocidade sem exagero, não queria ser imprudente como certos motoristas, e acabando com famílias inocentes.

—- Papai, se meus amigos me virem assim vão rir de mim... – murmurava o menor emburrado com a roupa que Natsu comprara na loja “Mães & Filhos”. Não que ele quisesse que o garoto vestisse aquilo, mas ao ver Lucy encarando a vitrine como seu filho o encarou quando disse que iria lhe contar o segredo, ele não resistiu, até se divertiu ao imaginar a reação de Ryuu"

—- Olha como a mamãe está feliz arrumando o piquenique, ela até já vestiu a mesma camiseta e não está com vergonha de ninguém. – disse ficando na altura do loirinho, e apontou para sua mulher que arrumava os aperitivos sobre a toalha. – O que acha de tirarmos fotos agora sem ela notar? Depois tiramos uma de vocês dois juntos com as camisetas, o que acha? – vendo que o menino já começou a se animar e esquecer da causa de seu emburramento decidiu pegar tirar casquinha das comidas e, quem sabe, de Lucy também.

Natsu chegou sorrateiro, abraçando Lucy por trás, que soltou um baixo gritinho, que o rosado denominou ser adorável. Assim que a loira o repreendeu pelo susto, se virou de frente para ele, sem antes verificar onde Ryuu estava.

Lucy o encarou de modo tão terno, que Natsu tinha certeza de que nunca amou alguém com tamanha intensidade como amava a mulher a sua frente, exceto seu filho, amava aquele garoto tanto quanto a loira. E foi nesse pensamento que fora pego de surpresa ao sentir os lábios pequenos sendo pressionados sobre os seus, e sem perder tempo, aprofundou o beijo mais ainda, sentindo a quentura que aquele simples ato o proporcionava.

Chegando ao seu destino, o rosado saiu do carro e seguiu em direção a um grande espaço verde, bem cuidado. Caminhou entre lápides, alguns com flores que pareciam ter sido colocadas há algumas horas, outros com flores murchas pelo tempo. Foi quando parou em frente a duas lápides brancas, com dois nomes bem conhecidos por ele.

Lucy Heartfilia Dragneel.

Ryuu Dragneel.

—-Prontos para a foto? – perguntou Natsu de um certa distância, observando Lucy colocando Ryuu em cima do banco, sorrindo após a loira ter feito cócegas no pequeno. Assim que a loira colocou o ex-cachecol do rosado no pequeno, cachecol esse que Natsu dera ao filho em seu aniversário de seis anos e desde então, assim como o pai, raramente tirava, ela afagou os cabelos de Ryuu com a mão esquerda, e apoiou o braço direito sobre o banco. Os dois sorriram como cúmplices, e foi esse momento que Natsu capturou.

Click.

A imagem mais perfeita de todas, acabou de ser tirada. Os dois vieram correndo em direção ao rosado com os maiores sorrisos que podiam dar.

—- Eu faço bebês fofos! – exclamou a loira apontando para sua blusa.

—- Eu sou o bebê fofo! – assim como a mãe, o pequeno apontou para sua blusa. E Natsu não pode deixar de rir com aquilo.

—- Olha, mamãe, papai! Um gato azul! – apontou o garoto após um gatinho ter roubado sua atenção, o pequeno saiu correndo em direção ao animal que chamara sua atenção. Quando Lucy olhou para o lado, no intuito de ver o tal gato azul, Ryuu já estava longe, indo em direção a rua, seu coração apertou ao ver um carro, em alta velocidade, próximo a passar por ali, então se pôs a correr.

Natsu não teve nem ao menos, tempo para reagir, não pode impedir aquela desagradável cena que aconteceu lentamente diante de seus olhos. Ao ver Lucy agarrar seu filho no meio da rua, e não tendo tempo nem de jogá-lo para a calçada, para pelo menos, salvar a vida de seu filho antes que o carro os atingisse foi insuportável.

As lágrimas automaticamente escorreram por seu rosto, para logo, serem caídas sobre o corpo das duas pessoas que mais amava.

Mortos.

Eles estavam mortos, e ele também.

Angustiado, ele lembrava da dor de suplicar por socorro em vão, de segurar o corpo de sua esposa e filho, sentindo o calor os fugir, assim como a vida.

Parando de se torturar, pegou a última foto tirada, sentindo, novamente, aquelas dolorosas lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Abaixou-se e colou a foto sobre a lápide de sua mulher. Sua linda e amada, Luce.

Olhou para o céu, estava do mesmo jeito que aquele dia. Fechou seus olhos, sentindo a calma brisa e lembrando dos sorrisos calorosos de Lucy e Ryuu, deixando-se sorrir. Assim que abriu os olhos, colocou as mãos nos bolsos, e saiu.

Aquilo não era um adeus.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Como estão os feels? Os meus estão ferido ;c *Ryuu- espírito de dragão Bye ;3



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