Heartbreaking Romance escrita por carol_teles


Capítulo 5
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Oiii! xP
Finalmente estou postando não é? Faz muito tempo mesmo...
Bom, aqui está, leiam, e deixem reviews.
Bjoss



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- Bou-san, o que foi isso?

- Veio do porão.

- Masako. – pensa Mai, correndo atrás dos amigos. Eles vão para a cozinha e atravessam o pequeno corredor que levava ao porão. Naru abre a porta e desce alguns degraus, ascendendo a luz e revelando a bagunça em que o porão se encontrava. Mai olha para a escada e vai seguindo um rastro de sangue, até ver Masako inconsciente no pé da escada.

- Jonh, chame uma ambulância. – Naru ordena.

- O que aconteceu aqui? – Bou pergunta, olhando para Masako.

- Masako! Agüente firme. – Mai dizia, ao lado da médium.

- Bou-san, procure alguma possível mensagem do espírito que se manifestou aqui. – Naru diz, tocando alguns objetos no chão e usando ESP discretamente, tendo visões do incidente ocorrido. Naru era uma das poucas pessoas que possuíam ESP e PK ao mesmo tempo. Em toda sua vida na Inglaterra, nas reuniões e projetos paranormais do qual participara, só havia escutado sobre uma outra única pessoa em todo mundo que tivesse ESP e PK ao mesmo tempo. Ele não sabia muito sobre ela, assim como ninguém sabia. A única informação que possuía é a de que quando Naru foi informado de sua existência, aos 12 anos, essa pessoa tinha 11 anos, e que possuía poderes incríveis, podendo ser igualada a ele. Mas um dia, todas as informações sobre essa pessoa, ou seja, só alguns papeis em que constavam as observações de experimento, sumiram, e a sociedade cientifica perdeu, ao mesmo tempo, um de seus melhores cientistas, Ryu.

Ryu era um dos melhores cientistas paranormais de todo o mundo. Seu nome era falso e a única informação verdadeira que tinham sobre ele era a de que ele era japonês. Alguns dias depois das informações sobre XK-1, o nome dado a pessoa com ESP e PK desconhecida, serem destruídas, Ryu desapareceu. Ninguém sabia explicar o que havia ocorrido, e mesmo depois de buscas, ele não fora encontrado. Ryu era o único que tinha contato pessoal com XK-1. Naru não conheceu Ryu, mas tinha certa admiração por ele. Lógico, Dr. Oliver Davis admirava ele por suas experiências e nada mais. Na época, Oliver e Eugene já estavam ganhando reconhecimento mundial. Apesar da idade, os dois tinham uma inteligêcia e perspicácia muito grande, e já tinham a admiração de muitos, assim como também tinham o ódio.

- A ambulância chegou, Shibuya-san. – avisa Jonh.

Dois homens entram no porão com uma maca e colocam Masako nela, mas antes de a levarem, Masako segura a mão de Mai.

-Masako? Você está bem? – pergunta Mai, aproximando-se dela. Masako estava tentando falr alguma coisa, mas não conseguia.

“Ele não é mal. Seu coração foi corrompido pelo medo e pela tristeza. Ele não é mal.”

Mai escuta os pensamentos da médium antes dela voltar à inconsciência e ser levada pelos para-médicos.

- Vamos para base. – Naru ordena, subindo as escadas. Ao chegarem, encontram Yasuhara, Jun e Ayako conversando.

- Vocês têm muito tempo livre não? – Naru pergunta com um toque ‘sutil’ de sarcasmo.

- Naru, o vídeo não gravou nada no porão. Parou de funcionar. – avisa Lin sem tirar os olhos da tela do computador.

- O que vamos fazer Naru-bou?

- Esperar. Estão liberados.

- Yatta!

- Mai-chan. - chama Jun – sobre aquilo mais cedo... Vou esperar sua resposta. – ele dá um leve beijo na testa de Mai e sai do quarto.

- Naru-bou, a ojou-chan está te traindo. – Bou dá um sorriso torto – Não vai fazer nada? Tipo: Mai, eu te amo. Não me deixe. Eu sou muito solitário. Por favor. Juro protegê-la e amar só você. Ou algo do tipo? – agora Bou ria junto dos amigos.

- Bou-san! – Mai da um leve soco no braço do monge.

Depois de conversarem um pouco, e ganharem comentários irritados de Naru, todos vão dormir.

 

 

“Por que estou aqui? Pensei ter ido para o quarto”

Mai olha em volta e vê que está na cozinha. Mas esta estava diferente. Não tinha aquele fogão moderno, nem geladeira. A mesa era retangular na cozinha de Hikari, mas ali era redonda e com apenas 3 lugares. A mesa estava com um jantar incompleto, pois tinha restos de comida no chão e alguns pratos quebrados. Ela vê uma cadeira quebrada e manchas vermelhas no chão. Sangue.

Mai sente algo passando por suas costas e assusta-se. Era apenas seu cabelo. Espere. Desde quando Mai tinha cabelos longos? Ela olha para seu corpo e vê que está usando um lindo kimono, lilás e florido. Mai gostava daquele kimono. Ele havia dado para ela. De repente ela escuta gritos vindos do porão. Então ela vê pequenas gotas caírem sob seu kimono.

“Por que eu estou chorando?”

Então ela vê um menino de cabelos pretos e olhos castanhos. Seu rosto estava deformado pelas lágrimas.

- Hei. – ela vai até ele e se agacha.

- Oka-san, Oto-san... Ele morreu? – pergunta o garoto derramando mais lágrimas.

Ela não agüentava aquilo. Não agüentava ver as pessoas que mais amava sendo mortas. Ela preferia morrer a deixá-los sofrer.

- Não, Hei. Seu pai está bem. Ele é forte, não é?

- Se ele é forte, por que está chorando oka-san?

- Não se preocupe. Vamos ficar bem. – diz ela abraçando Hei – Isso, vamos ficar bem.

- Oto-san!

Virando-se ela vê Takumi, seu marido, seu único amor. Ele sangrava e tinha uma das mãos no abdômen.

- Anata!

“Naru!”

- Fu...ja... – diz ele se virando e desaparecendo pela porta.

- Takumi! Não!

- Oto-san!

- Hei, escute. Papai está bem. Não se preocupe. – diz ela se virando e segurando o rosto do filho entre as mãos trêmulas.

- Demo, Oto-san wa...

- Hei, você tem de se esconder. Esconda-se e só saia se eu ou seu pai lhe chamarmos.

- Oka-san... Yaada, não quero!

- Hei, por favor. Lembre-se que nós lhe amamos. Papai e eu lhe amamos mais do que tudo. Tudo vai ficar bem.

- Oka-san... – ele a abraça.

- Vá, esconda-se. – diz ela dando um empurrão no filho. Seria a última vez que o veria e ouviria sua voz. – Eu te amo, Hei.

Hei olha para a mãe uma última vez e corre para a sala. Debaixo do sofá havia um buraco, grande o suficiente para ele, e pequeno o suficiente para ser o esconderijo perfeito. Ele entra lá e espera. Espera pela voz da mãe e do pai que nunca viria.

Mei corre para a porta do porão e olha dentro. Não havia nada. Ela suspira aliviada, pensando que Takumi ainda estava bem.

“O que é esse sentimento?”

Então ela percebe os rastros de sangue saindo do porão. Ela se vira e ao mesmo tempo tem sua boca coberta por uma grande mão áspera. Sente braços musculosos passarem pela sua cintura e puxá-la. Medo. Era tudo o que ela sentia. Mei é jogada na mesa da cozinha e sente uma dor aguda na parte de trás da cabeça. Ela abre os olhos e olha desnorteado ao seu redor, procurando um local para olhar, ela o encontra. Takumi. Ele estava deitado no chão, com as costas para cima e uma poça de sangue ao seu redor. Neste momento ela tenta gritar, mas sua voz não sai. Apenas lágrimas. Mei pensou estar chorando sangue, de tão profunda que era a dor. Com a visão embaçada pelas lágrimas, Mei procura seu inimigo e o encontra. Ela vê seu amigo de infância. Ela vê o assassino de Takumi. Ela vê seu melhor amigo. Ela vê Takumi.

“Jun!”

Horoshi tinha os cabelos e olhos castanhos. Sua boca estava cortada e Mei podia ver hematomas em seus braços nus. Foi então que ela percebeu que tinha os braços amarrados e seu kimono aberto, revelando seu belo corpo.

- Horoshi! – grita desesperada e com medo dele.

- Eu te amo Mei!

Mei sente suas pernas sendo afastadas e algo lhe penetrando com brutalidade. Um grito.

- Oka-san! Oto-san! - era o que Hei queria gritar, mas sua voz estava presa. Ele via seu pai deitado entre a sala e a cozinha, no chão, sem se mexer. Sua mãe estava gritando desesperada na mesa da cozinha, enquanto um homem desconhecido para ele, fazia-a se contorcer. “Se esconda. Lembre-se que papai e mamãe te amam.”

Ele não podia sair dali. Havia prometido à sua mãe. Ela lhe dissera que tudo ficaria bem. Ela nunca mentia. Tudo ficaria bem. Hei ficou escondido ali, confiando nessas palavras. Mas sabia que em algum lugar, na parte mais profunda do seu coração, aquilo era mentira.

Dor. Tristeza. Medo. Todos esses sentimentos ocupavam o coração de Mei naquele momento. Ela se sentia traída. Seu melhor amigo, seu confidente, havia lhe traído. A si e à Takumi.

Desde pequenos, Mei, Takumi e Hiroshi eram amigos. Sempre estavam juntos, brincando e conversando. Mei amava Takimu e era correspondida. Hiroshi saibia disso, por isso ficou quieto sobre seus sentimentos em direção a Mei. Mas o amor de Takumi e Mei era proibido por pertencerem a classes sociais distintas. E para viverem esse amor, fugiram.

Oito anos se passaram para Mei poder ver Hiroshi novamente. Mas aquele não era o reencontro que Mei imaginava. Todo seu corpo doía. Cada vez que Hiroshi a penetrava, ela sentia como se estivesse partindo-se em duas. Seus pulsos estavam cortados e doíam cada vez que Mei os movia.

- Eu te amo, Mei! – falava Hiroshi cada vez que penetrava Mei.

Ela sentiu algo quente escorrendo por suas pernas e ouviu as gotas de sangue caindo no chão. Por que? Por que ele estava fazendo isso? Por que a traira? Por que matara Takumi?

- Taku...mi...

- Por que?! – grita Hiroshi – Por que ele? Era eu quem estava sempre ao seu lado! Por que não eu?! Por que você escolheu ele?! – grita ele batendo os punhos na mesa com força.

- Takumi...

- Você devia ter me escolhido Mei. Eu te amava! – grita ele saindo de dentro de Mei e pegando uma faca – Você vai passar pelo mesmo sofrimento que eu! Meu coração morreu quando você partiu, então você vai perder o seu!

- Des... culpe. Sinto... muito – Mei sussurra, levantado o braço, tentando tocar no rosto de Hiroshi – Sinto muito

Hiroshi fica sem fala. Por que ela estava pedindo desculpas? Era pra ela odiá-lo.

- Sinto muito, Hiroshi.

Ele não agüenta e enfia a faca no peito dela.

- Por...que? – as lágrimas escorriam pelo seu rosto

- Sinto... muito... – são sua últimas palavras, antes de sentir a lâmina fria, e ao mesmo tempo quente com o seu sangue, contra seu pescoço.

 


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