Heartbreaking Romance escrita por carol_teles


Capítulo 4
Novos poderes?


Notas iniciais do capítulo

Esse demorou um pouco, desculpem. Aproveitem e deixem reviews. Ah, eu já tenho até o 5 cap pronto, mas vai demorar para postá-los pois tenho prova proxima semana, tenho trabaalhos para depois das provas, mas bem, vou fazer meu melhor. Curtam o capitulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/63904/chapter/4

 

- Mai! – ela escuta, antes de ser empurrada para o outro lado e cair no chão.

- Itai. – Mai sente o corpo de alguém em cima dela.

- Você está bem? – Mai olha e vê o rosto de seu salvador á centímetros do seu.

- Ahh! O que está fazendo aqui? – pergunta ela se afastando de Naru.

- É assim que agradece a quem lhe salvou? Sem educação. – Naru diz, saindo de cima dela.

- Eu sou educada! – diz Mai, com raiva do chefe estar mais uma vez brincando com ela – hum, obrigada.

- Baka!

- Nani? Eu aqui me desculpando e você me chama de idiota? Grosso! – reclama Mai irritada.

- Por que não saiu logo daqui? Você estaria morta se eu não tivesse chegado a tempo. Isso foi irresponsabilidade.

- Gomen. – Mai se desculpa, assustada e surpresa per Naru estar preocupado com ela – Mas o Hei-kun estava chorando.

- Não tinha ninguém aqui. Eu estava observando você pela câmera.

- Mas ele está ali... – Mai olha para o local antes ocupado por Hei, mas nãi havia ninguém ali. – Sumiu.

- Vamos sair logo daqui. – Naru ajuda Mai a ficar de pé, mas quando eles estavam indo para a porta, o armário fica em chamas e o fogo se alastra pelos cantos do quarto, deixando Mai e Naru presos no centro do quarto.

- Naru!

- Acalme-se. – Naru segura o braço de Mai e procura um modo de sair dali. Mas não existia. – Parece que vou ter de forçar a saída. – pensa Naru.

- O fogo ta aumentando. Alguém. Ajude-nos! – pensa Mai com medo. Ela não queria morrer ainda. Queria conversar com os amigos, resolver os casos junto de todos.

“Oka-san! Oto-san! Onde vocês estão?”

- Hei-kun! É você quem está fazendo isso? Pare. Nós podemos ajudar você a encontrar seus pais. – Mai diz.

“É mentira! O homem mal vai pegar vocês! Oto-san!”

O fogo aumenta com os gritos de Hei.

- Mai, prepare-se para correr. – diz Naru

- O que vai fazer?

- Corra e não olhe para trás.

- Naru... – Mai vê a determinação de sempre nos olhos do chefe, mas tinha um mau pressentimento. Algo lhe dizia que Naru faria algo perigoso, talvez fosse sua intuição, mas havia uma pequena voz em sua cabeça dizendo o que Naru estava planejando. Naru não podia salvá-los, a não ser que... -  Não! Naru, não faça. Não vou deixar você usar o kikkou. Não! – Mai diz, se agarrando ao braço do chefe – Não vou abandonar você aqui!

- Mai, se acalme. Se eu não o fizer, nós dois vamos morrer. – Isso. Naru não podia, não, não queria deixar Mai morrer. Ele não perderia mais ninguém.

- Não vou me salvar sozinha. Não vou deixar você morrer Naru! – neste momento, uma luz prateada envolve o corpo de Mai e se alastra, passando de seu corpo para o de Naru. – Nani? Nani kore?

- Não pode ser... Isso é... – Naru estava espantado. Não usava aquela técnica desde a morte de seu irmão, mas mesmo assim, só era possível usá-la com Gene. Ou era o que Naru pensava.

- Naru!

- Mai, você confia em mim?

- Depende.

- Mai!

- Hai, Hai.

- Escute, vou explicar de um jeito fácil pra você entender.

- Nani?! – Mai diz com raiva de Naru, por ele estar gozando da inteligência dela naquele momento.

- Preste atenção. Vamos criar uma massa de PK.

- Uma o que? – pergunta Mai sem entender.

- Lembre-se de um jogo de ping-pong. A bolinha é a massa de PK. Imagine que a cada rebatida, a bolinha cresça e quando ela tiver PK suficiente, vou jogá-la na porta, marcando um ponto. Entendeu?

- PK, bolinha, rebate, porta, ponto. Ok. – Mai diz repassando o plano na própria cabeça.

- Corra assim que eu mandar.

- Hai.

Naru cria uma pequena massa brilhante e a repassa para Mai, que a aumenta e a joga de volta. Eles fazem isso até Naru perceber que já tem PK o suficiente para abrir uma saída. Naru aumenta seu poder um pouco e joga a massa de PK contra a porta. Ela atravessa o fogo e cria um tipo de caminho, que impede o fogo de se aproximar.

- Hashire. – Naru diz, pegando a mão de Mai e puxando ela, correm em direção à porta, saindo do quarto. Eles encontram todos seus amigos ali, só olhando. Pareciam muito preocupados.

- Vocês estão bem? – pergunta Bou.

- Mai-chan! Você está machucada?

- Naru, está ferido?

- Isso foi um incêndio, certo? – pergunta Hikari.

- Você estão bem? – pergunta Kei.

- Estamos bem. Por que não fizeram algo? – pergunta Naru, olhando para sua equipe.

- Do que está reclamando? Nós tentamos. – diz Ayako.

- É Naru-bou. Tentamos alguns feitiços, mas nenhum funcionou.

- Se eles tivesse usado um mais forte, você e Taniyama-san estariam mortos. – diz Lin.

- Naru, usou seus poderes para sair de lá? Não vejo como... – pergunta Masako.

- Naru! Sabe que não pode fazer isso. – Lin repreende Naru

- Ele não usou Lin-san. – diz Mai sorrindo – Não brigue com ele.

- Taniyama-san... Então se Naru não usou, como saíram?

- ah, isso foi bem estranho. Na verdade... – Mai começa. Mas Naru aperta sua mão e lhe lança um olhar mandando ela se calar. – Naru?

- Apenas saímos. – diz Naru.

- hum... Outra coisa muito importante; até quando vão ficar de mãos dadas? – pergunta Bou rindo.

- Ah, gomen. – diz Mai puxando sua mão.

- Vocês devem estar com fome depois disso não é? Vamos comer, o almoço está pronto.

- Yahoo. – comemora Bou.

- Esfomeado. – comenta Ayako.

- Fale o que quiser. Vou comer até explodir.

- Na minha época, se comesse mais de uma vez, você era castigado.

- Você é tão velha assim? – pergunta Bou rindo e levando um tapa na cabeça.

- Quem é a velha, seu monge rejeitado! – diz Ayako, começando uma discussão.

- Vocês se amam mesmo, não é? – Masako pergunta.

- Quem amaria ele/ela? – dizem Bou e Ayako ao mesmo tempo. Os três continuam a discussão enquanto seguiam para a cozinha.

- Naru? – Mai pergunta, estranhando o chefe estar subindo as escadas – Não vai comer?

- Vou checar algo. – Diz Naru sem olhar para trás, subindo e desaparecendo no corredor do segundo andar.

- Será que ele está bem? – pensa Mai preocupada.

Todos seguem para a cozinha e começam a comer, até que Masako repara a falta de Naru.

- Onde Naru está?

- Ele disse que ia checar uma alguma coisa. – responde Mai, então ela vê a expressão de Lin – Não se preocupe Lin-san, ele está bem. Não deixei o Naru usar kikkou, por isso, não faça esse rosto de preocupação. – diz Mai sorrindo, tentando acalmar o guardião do chefe.

- Hai. – Lin sorri.

- Mas ele está demorando não é? - Diz Jonh

- Vai ver ta elaborando um plano de vingança contra o fantasma que prendeu ele no quarto. – diz Ayako.

- É melhor ele vir logo. Se não, não vai sobrar comida nenhuma. – diz Bou com a boca cheia de arroz e curry.

- Bou-san! – repreende Mai – Vou chamá-lo. Desse jeito, Bou-san vai comer até a mesa. – Mai se levanta e corre para as escadas, subindo e andando até o quarto do chefe. Ela vê a porta entreaberta r olha pelo espaço.

- O que será que ele ta fazendo? Será que... está trocando de roupa? – Ao pensar nisso, Mai cora – Vamos Mai, sai daqui. É errado espiar os outros. Lute contra seu desejo de ver aquele corpo sarado, bonito, musculoso... Ahhh, Shikkariste! – Mai estava se virando quando viu Naru parado em frente ao espelho, tocando o próprio reflexo. – Como ele pode ser tão narcisista!? – então Mai vê algo na mão dele, uma foto. Ela cerra os olhos na tentativa de ver melhor e consegue enxergar a foto. Nela, Naru era abraçado por um garoto idêntico a ele, Gene. Mai olha para o rosto de Naru e vê algo escorrendo por seu rosto, lágrimas. Naru estava chorando.

- Como? – pensa Mai, vendo a tristeza dele – Foi ele quem disse que não havia necessidade de chorar. – Mai fica ali parada alguns minutos, esperando Naru se recompor. Ela sabia que o chefe iria ficar com muita raiva se soubesse que alguém o tinha visto naquela forma fraca. Ele era muito orgulhoso para demonstrar fraqueza. – Mas eu posso usar isso contra ele. – pensa Mai maliciosamente. Depois de uns minutos a mais, bate na porta e entra no quarto.

- Naru. Se você não vier logo, não vai sobrar comida. Vamos.

- Não conte para ninguém como saímos daquele quarto.

- Por que?

- Não conte.

- Se você não explicar eu vou contar. - diz Mai cruzando os braços e sentando na cama.

- Mai!

- Explique.- diz ela, recebendo um olhar raivoso do chefe e retribuindo.

- Garota teimosa! Meu gosto para mulheres é mesmo distinto. – pensa Naru meio que decepcionado com si próprio.

- O que você disse? – Mai pergunta com raiva. Ela não era teimosa.

- Eu não disse nada.

- Ah, então diga porque tenho de manter esse segredo.

- Mai, aquela técnica era algo que eu e Aniki usávamos. Ela só pode ser feita por pessoas com um laço muito forte entre si.

- Então você acha que Gene me emprestou o poder dele?

- Não sei.

- Mas por que é segredo?

- Isso é algo que só desrespeita a mim e á Aniki. Não vejo necessidade dos outros saberem.

- Agora é assunto meu também, certo? – diz Mai sorrindo e sendo ignorada pelo chefe. – Se descobrir eu quero saber. Agora vem, vamos comer. – Mai se levanta e pega a mão de Naru e o puxa quarto a fora, descendo as escadas e indo para a cozinha.

- Demoraram ein? O que estavam fazendo? – pergunta Bou com um sorriso malicioso no resto.

Naru e Mai ignoram o monge, sentam-se e começam a comer.

- Ne, o que vocês acham que há nessa casa? – pergunta Ayako.

- Talvez é só um espírito preso a ela.

- Mas nós já fizemos exorcismos em quase toda a casa.

- Já aconteceu quase tudo que Kei-san e Hikari-san disseram não é? – pergunta Jonh.

- Sim. Isso é anormal. Estão reagindo muito rápido. – diz Naru.

- Ainda falta o grito no porão. – ao falar isso, as luzes começam a piscar.

- Bocão! – reclama Ayako.

As luzes apagam e os barulhos começam. Batidas, passos, tudo isso seguido de um grito.

- O que foi isso?

- Calados. – ordena Naru.

Então um novo grito é escutado, mais forte. As luzes piscam e Masako vê uma cabeça no centro da mesa. Ela sabia de quem era, não havia necessidade de alarde. As luzes acendem e todos se olham. Então percebem que toda a comida estava no chão e que muitos pratos estavam quebrados.

- A comida não! – Bou reclama.

- Mai-chan, você está bem? – pergunta Jun. Mai estava sentada sobre as pernas, com as mãos na cabeça.

- Parem... – Mai sussurra.

- Mai-chan?

- Parem... de... gritar... – Mai diz, apertando as mão contra os ouvidos.

- Mai, o que foi?

- Está doendo... Parem...

“Socorro... Onde estou... Não quero morrer... Papa... Alguém me ajude... Socorro... Está quente...”

- Parem!

“Por que ele... Mama... Papa...”

- Mai. – Naru se agacha ao lado dela e toca em seu ombro.

- Kurushi...

- Mai.

“Desculpe”

Após ouvir isso, Mai cai inconsciente nos braços de Naru.

- Ojou-chan!

- Mai-chan! – Jun se abaixa e pega Mai no colo – Eu vou levá-la para o quarto – diz Jun lançando um olhar raivoso a Naru e saindo da cozinha.

- Ora, ora, não vai fazer nada Naru-bou? Ela vai ser levada por outro cara.

- O que foi aquilo?

- Parecia que ela estava escutando gritos.

- Hara-san, escutou alguma coisa?

- Não.

- Shibuya-san, venha aqui! – Kei grita do porão.

Todos descem ao porão e ao chega lá, vêem tudo desarrumado: caixas no chão, movéis velhos derrubados e rachados, papéis no chão.

- Parece que teve uma briga aqui. – comenta Ayako

- Shibuya-san, veja o que tem escrito nesses papéis – Jonh chama e mostra-lhe os papeis. A maioria era um pedido de socorro, em alguns era um chamado pelos pais e tinha as bordas queimadas.

- Olhe esse Naru-bou. – Bou dá um papel para ele.

- Me perdoe. Pelo que? – Naru se pergunta.

- Essa casa é estranha. Os espíritos nela são incomuns e parecem ter vários objetivos. Não é parecido com nada que eu já tenha enfrentado antes. – diz Masako.

- O que isso significa Hara-san?

- Eu não consigo ver com clareza.

- Entendo.

 

- Mai, acorde.

- Hum... – Mai abre os olhos e vê um sorriso.

- Mai.

- Gene... – Mai se senta e passa a mão na cabeça – Nossa, aquilo doeu mesmo.

- O que houve?

- eu comecei a escutar vozes. Eram tantas... Pareciam sofrer.

- Alguém mais escutou?

- Acho que não. – então Mai percebeu. Desde o começo do caso ela vinha escutando aquelas vozes que ninguém mais escutava, e não era só a voz dos espíritos. Ela lembrava claramente de ter escutado a voz dos amigos quando eles não tinham falado nada.

- ESP. – sussurra Mai.

- Mai?

- Gene, pense em uma data.

- Por que?

- Só pense e não diga para mim. Por favor.

- Tudo bem. – Gene pensa um pouco – Ok.

Mai se concentra e começa a escutar uma voz longe, baixa, mas que vai aumentando a medida que ela se concentra.

- 13 de setembro.

- Incrível Mai. Você acertou. – Mas Mai não parecia muito feliz com isso – Mai?

- Por que escolheu essa data? – pergunta Mai com um olhar distante.

- É o meu, quer dizer, nosso aniversário.

- É daqui algumas semanas. Estamos em no final de julho.

- É. – Gene adquire uma expressão um pouco triste, que é percebida por Mai, que muda de assunto. Ela também não gostava daquela data.

- Ei, eu ouvi dizer que posso fazer qualquer coisa nos sonhos.

- Sim.

- Então, se eu pensar em algo, vai parecer?

- É. Por que?

- Então... – Mai sorri maliciosamente – Kawaii! – diz Mai rindo.

- O que... – Gene olha para suas roupas e vê que não está mais usando as normais roupas pretas, mas sim um vestido logo, cheio de babados rosas. – Mai!

Mai só ria dele. Era muito engraçado ver alguém idêntico a Naru usando aquele tipo de roupa.

- Acho que essa combina mais comigo. – Mai olha para Gene e vê que ele agora está usando uma roupa de príncipe.

- Ah, tsumanai...

- Uma dança princesa? – Gene estende a mão com um sorriso. Mai olha para si e vê que agora ela era quem estava usando o vestido. Mas esse era mais bonito, como se Gene soubesse o tipo de roupa que combinasse com Mai – Nani kore?

- Você está linda Mai – Gene diz sorrindo e deixando a menina corada. De repente o estomago de Mai ronca, o que faz ela ficar mais vermelha ainda.

- Acho que está na hora de acordar não? – diz Gene já desaparecendo – Bye princess of my dreams.

- Espera, eu preciso te perguntar... – então Mai acorda.

 

- Mai-chan, você acordou? – Jun pergunta, parecendo preocupado.

- Sim. – diz Mai se sentando na cama.

“Droga, eu sou um inútil. Não posso nem protegê-la. Desse jeito vou perder para aquele cara”

- Inútil?

- Mai-chan?

- Ah – então Mai percebe que aquilo fora um pensamento – Não é nada. Shigotou, shigotou. – Mai se levanta.

- Tudo bem. – Diz Jun saindo do quarto também e descendo. Enquanto Mai vai até a base, vai pensando em um jeito de bloquear os pensamentos de seus amigos. Ela não queria invadir a mente dos outros, era errado. Mas também não queria contar aquilo a ninguém.

- Oh, está acordada.

- Sim, desculpe por preocupar vocês.

- Quem ficaria preocupada? – Ayako diz

- Sei que está – pensa Mai, ouvindo os pensamentos da miko.

- Yasuhara-san, poderia contar o que descobriu?

- Já anoiteceu?

- É. Você dormiu enquanto nós trabalhávamos. – reclama Ayako.

- Gomen.

- Essa casa é uma reconstrução. Descobri que o primeiro casal a morar aqui foi Takumi e Mei Usui. Eles fugiram para casar e tiveram um filho. Boatos da época dizem que foram assassinados, mas eles morreram aqui mesmo. Aconteceu um...

- Incêndio. – completa Mai.

- Isso. A causa do incêndio foi que alguém jogou álcool em toda a casa e a incendiou. Foi encontra outra pessoa além da família Usui.

- Continue. – diz Naru.

- Então a casa foi reconstruída por cima dos destroços. Um casal morou aqui e morreu em um acidente. Eles tinham entre 20 e 30 anos. Outra família veio: um casal idoso e o filho adotivo de 6 anos. O garoto desapareceu sem pistas. Então vieram morar três mulheres aqui, de 35, 25 e 19 anos. Apenas a de 19 e 25 anos morreram. Uma nova família veio: a mãe, de 30 anos, o pai de 35, a filha de 10 e dois filhos de 10 e 8 anos. Os três filhos desapareceram, mas só a garota foi reencontrada. Aconteceram mais desaparecimentos e mortes, até a família do Kei-san vir morar aqui. O curioso é que algumas vezes morriam só mulheres e outras morriam o homem e a mulher.

- Então garotinhos entre 5 e 10 anos desaparecem e mulheres perto dos 2 anos morrem.

- Parece com o caso do Urado. – comenta Jonh – com mulheres jovens desaparecendo.

- Não é um monstro dessa vez. – Naru diz pensativo – Mai.

- H-hai?

- O que houve com você na cozinha?

- Ah, isso. Foi bem estranho. Depois que as luzes acenderam, eu comecei a ouvir vozes, elas estavam gritando e pedindo socorro.

- Só?

- É. Mas teve uma que se desculpou por algo.

- Desculpas? – Naru pergunta pegando uma folha de papel.

- Nani? – pergunta Mai sem entender, até que Bou lhe explica.

- Yasuhara-san, Mai-san disse que as pessoas naquela foto era Mei-san e Takumi-san. Mas se a casa queimou, como aquela foto ainda existe? – pergunta Jonh.

- Ah, isso. Espera, está bem por aqui. – diz Yasuhara procurando entre os papeis. – Achei. A família que veio morar assim que reconstruíram a casa disse que a foto surgiu um dia e não saiu mais.

- Estranho.

- Vou descer. Quero ver o porão melhor. – avisa Masako, saindo do quarto ao mesmo tempo que Jun entra.

- Mai-chan, preciso falar com você.

- Pode falar, Jun.

- A sós. – diz Jun com uma expressão séria.

- Ok. – Mai sai do quarto acompanhada de Jun.

Naru lança um olhar para a porta, imaginando se seria muito obvio inventar algo e manter Mai ali, sob seu olhar. Naru desiste da idéia. Sabia que aquilo era inevitável. Mas se surpreendeu cosigo mesmo de ter um pensamento daquele.

- Parece que me importo com ela mais do que pensava. – pensa Naru, tentando se concentrar no trabalho.

 

- Mai-chan, você gosta daquele cara?

- Cara? – pergunta Mai figindo não entender. Mas ela já sabia de quem Jun falava.

- Kazuya-san.

- Não. Quer dizer, ele já me rejeitou.

- Rejeitou você? – Jun pergunta, pensando no modo como Naru olhava para Mai. Era impossível ele não ter sentimentos por ela.

- Ele não tem. – responde Mai aos pensamentos de Jun.

- Hã?

- Não é nada.

- Você ainda gosta dele?

- Claro, é meu amigo.

- Só amigo?

- Sim.

- E eu? Sou apenas um amigo?

- Jun?

- Mai-chan, eu gosto de você.

- Eu também.

- Não, eu amo você. Não como amiga, como mulher. – Mai se surpreende ao ouvir isso e cora quando Jun a abraça.

 - Jun, eu... – Mai não sabia o que dizer. Nunca imaginou que Jun pensasse nela daquele jeito. Ela também nunca havia visto ele como mais do que um amigo. Ela se sentiu mal ao mentir para ele a respeito de seus sentimentos, mas fora necessário, pois todos os quartos eram filmados, e tinha o risco de alguém ver aquela cena. Se Naru soubesse que Mai ainda possuía sentimentos por ele, talves ele sofreria, pensando que Mai estaria vendo Gene nele, o que não era verdade. Mai havia se apaixonado pelo chefe narcisista, orgulhoso, autoconfiante, que não sorria e que gozava de Mai por ela ser pouco inteligente. Mas que era na verdade gentil e se preocupava com o bem-estar dos amigos.

- Mai-chan... – Jun estava aproximando suas bocas quando Mai sente algo atrás de si, lhe observando.

- Nani? – Mai se vira e não vê nada – Jun, você viu alguma coisa?

- Não – então um grito chega aos seus ouvidos. Mai e Jun saem do quarto e vêem Bou, Jonh e Naru correndo para a cozinha.

- Bou-san, o que foi isso?

- Veio do porão.

- Masako. – pensa Mai, correndo atrás dos amigos.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heartbreaking Romance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.