Heartbreaking Romance escrita por carol_teles


Capítulo 3
Intençoes.


Notas iniciais do capítulo

gente, obrigada a quem está lendo. Deixem reviews!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/63904/chapter/3

Um grito ecoa por toda a casa.

 

Um começo de manhã calmo, pelo menos até todos acordarem com um grito. Bou, Jonh e Yasuhara se levantam de repente, desnorteados pelo sono, mas mesmo assim saem do quarto e vão em direção ao grito. No quarto de Jun, não tinha ninguém, ele já havia corrido para fora. Jun reconheceu a dona do grito. Ayako e Masako estavam assustadas com o grito e quando olharam para a cama de Mai, ficam mais apavoradas, pois a garota não estava lá.

O grito vinha do quarto preto(N/A: vou chamar o quarto com manchas pretas na porta, que não queria abrir e só abriu quando a Mai o tocou de quarto preto). Todos correm para lá e ao entrar, não vem bem o que esperavam.

- O que houve?

- Mai-chan, você está bem?

- Alguém viu o Naru? – pergunta Lin, qual não havia visto o chefe na cama.

- O que foi esse gri... – todos param de perguntar ao olhar observar melhor a situação. Tudo estava normal, a não ser pela cama. Ela estava desarrumada, e Naru e Mai estavam em cantos opostos. Naru estava sentado no pé da cama, vestia uma calça e uma blusa regata branca, o que era um milagre pra quem só vestia preto. Tinha os braços pouco musculosos, apoiados nas pernas, e olhava para os amigos com o rosto sério. Até aí estava normal, se Mai não estivesse encolhida perto da cabeceira, enrolada em um lençol. Ela vestia um short curto e uma camisa branca. Tinha o rosto totalmente vermelho.

- Mai-chan...

- Oi, oi, se estavam nesse tipo de relação era só falar. – diz Bou, se controlando para não rir.

- Shibuya-san poderia ter nos dito que queria dormir com a Mai-san. Ninguém iria impedir.

- Naru. – Lin diz, como se fizesse uma pergunta, o qual Naru escolheu ignorar.

- Mai-san? Por que gritou? – Jonh pergunta, mas a garota não responde. Parecia ter virado pedra ali.

- O que você fez para a Mai-chan?! – Jun pergunta, puxando Naru pela blusa, o rosto tomado pela raiva e pelo ciúmes – O que fez pra ela?

- Ei garoto, calma. – Bou tenta acalmá-lo

- Isso. Não é o que Naru fez, e sim o que a Mai fez pra ele. – diz Masako, virando o olhar para Mai – O que fez para o Naru, Mai?

- É, ela deve ter feito alguma coisa. Se não, ele não dormiria com ela, iria preferir dormir comigo. – Ayako diz, se vangloriando.

- Sore wa arienai. – Diz Bou e Yasuhara, levando socos na cabeça.

- Naru nunca dormiria com uma velha, sem ofensas é claro. – diz Masako sorrindo.

- Nani?! – Ayako se irrita – Com você é que não dormiria, sua boneca médium de araque!

- Ora, é a primeira vez que me chamam de boneca. Obrigada pelo elogio. – Masako diz sorrindo, deixando Ayako mais irritada.

- Vocês poderiam parar com essas suposições? – Naru interrompe a discussão – e Jun-san, agradeceria se soltasse a minha camisa. Agora.

- O que você fez para a Mai-chan?! Por que ela gritou? – Jun pergunta, com raiva e ciúmes, segunrando a blusa de Naru com mais força.

- E-ele não f-fez nada. – sussurra Mai, ainda com o rsoto vermelho. Mas ninguém escuta.

- Naru-bou, você não deveria ser violento nesse tipo de coisa, por mais que o... desejo seja forte. A Mai pode parecer forte, mas é nova nessa área. – diz Bou, já começando a rir.

- Takigawa-san parece ter experiência com isso. – comenta Yasuhara.

- Só se for imaginando isso. – diz Ayako.

- E você, senhora experiência? Com quem...

- Agora chega! – Diz Naru, se desvencilhiando de Jun e se levantando – Matsuzaki-san, não estou desesperado a ponto de dormir com qualquer uma.

- Nandeste?

- Hara-san, ninguém tem culpa nesta situação, muito menos a Mai. – continua Naru - e Takigawa-san, tenho certeza de que se colocasse sua cabeça para pensar em outras coisas além de fantasias sexuais, os resultados seriam melhores.

- Ora, Shibuya-san está irritado. – sussura Yasuhara. – Interessante.

- Se você não fez nada, porque a Mai-chan está encolhida ali? – Pergunta Jun, ainda com raiva.

- E-ele... O Naru não fez nada. – Mai diz para que todos ouçam.

- Mai-chan... Então porque você gritou?

- Eu só... me assustei. – Mai tinha pensado em outras palavras como: enlouqueci, morri de vergonha, tive um infarto e milagrosamente voltei à vida. Ela não podia descrever o que tinha sentido quando viu Naru do seu lado lhe abraçando.

- Respondidas todas as perguntas? – Naru olha para todas com um olhar mortal que dizia: ‘perguntem mais alguma coisa e eu vou jogar uma maldição em vocês’.

- Eu tenho. – Mai diz, soltando o lençol e ficando de pé. – Porque nós acordamos aqui?

- Isso o vídeo vai dizer. – Naru anda em direção a porta, então para e olha para Mai – Mai.

- Hã? – Naru volta e para na frente dela, coloca uma moa em seu ombro e leva sua boca até o ouvido dela, sussurrando:

- Desculpe por te assustar. – Mai cora bruscamente com a palavras, mas não deixa de olhar para o rosto do chefe, no qual percebe um leve sorriso, que desaparece tão rápido como surgiu.

- Ei, sem segredinhos, casal apaixonado. – Bou diz.

- Não... Não somos um casal! – Mai diz, se afastando de Naru e correndo para fora do quarto, ainda com o rosto corado.

- Shibuya-san foi rejeitado. Probezinho. – Yasuhara comenta, olhando para o caminho que Mai fez.

- Não acho que ele pareça triste. – Jonh diz, olhando para o chefe.

- O que estão fazendo aqui ainda? Vão trabalhar.

            - Hai!

-È muito bom irritar ela de manhã. – pensa Naru, rindo interiormente da reação que Mai fez.

Todos vão para seus respectivos quartos trocarem de roupas.

- Ei Masako, não precisa ficar assim. – diz Mai tentando acalmar a médium – Não aconteceu nada entre eu e o Naru.

- Deixe ela, é só ciúmes de criança. – Ayako diz.

- Não estou com ciúmes – diz Masako – Só estou irritada. Por que é sempre você Mai?

- Sempre eu?

- Sim. Por que o Naru só trata você diferente.

- Eu acho que ele é normal, talvez até pior. Sempre me chamando de burra. Aquele NNO!

- NNO? Da onde você tirou isso? – pergunta Ayako.

- Nerd Narcisista com orgulho. – explica Mai rindo.

- Acho que combina. – diz Ayako rindo também.

- Ei, venham logo. Naru-bou está irritado. – diz Bou batendo na porta.

- Hai! – Mai responde.

Elas acabam de se trocar e vão para a base. No caminho Mai pensando no que Masako disse. Era verdade que o relacionamento entre Mai e Naru tinha sofrido mudanças, mas apenas por causa de Gene, afinal só Mai podia se comunicar com o irmão morto de Naru. Fora isso Mai nõa via nada de diferente. Naru ainda a irritava, fazia tudo sozinho sem explicar nada e ainda tinha aquela mania irritante de ser maníaco por trabalho.

- Ele bem que podia tirar umas férias também. Aquele Workholic – Pensa Mai.

Mas Mai havia sentindo alguma coisa diferente aquela manhã. Quando Mai gritou e Naru acordou, vendo Mai ao seu lado, ele se levantou rapidamente, como se tivesse levado um choque. Adicionando a isso, era totalmente incomum Naru pedir desculpas e era mais incomum ainda ele sorrir. Mai sentira seu coração acelerar descontroladamente e pensou que ele sairira pela boca ao ouvir Naru sussurrando em seu ouvido.

- Isso é muito injusto! – pensa Mai.

Naru sempre pegava Mai de surpresa, desprevinida e sem proteção contra ele, e parecia se aproveitar disso para fazer com que os sentimentos que ela tentava com muito esforço esconder e com mais esforço ainda, esquecer, voltassem e se prendessem em seu coração, quase gritando e se revelando ao mundo. Mas Mai havia aprendido algo com Naru, e era muito útil nesses momentos. Ela havia aprendido a camuflar todo e qualquer sentimento que fosse direcionado a ele. Quando Naru a rejeitou, dizendo que ela não estava apaixonada por ele e sim por seu irmão, ele sorriu, mas foi um sorriso de dor, carregado de sofrimento, como se ao dizer aquilo, fosse ele quem estivesse sendo rejeitado. Mai se sentiu culpada com aquele sorriso, achando que Naru estava pensando ser um substituto de Gene. Mai nunca teve aquela intenção, a última coisa que queria era causar sofrimento a alguém, principalmente se esse alguém fosse Naru. Por essa razão, bolqueava todos os seus sentimentos direcionados a ele.

- O que estão fazendo? – pergunta Ayako, tirando Mai de seus pensamentos.

- Vendo o vídeo de ontem à noite. – responde Bou.

- Mai, obrigado pelo elogio. – diz Naru.

- Ops, ele escutou. – pensa Mai, sorrindo para o chefe.

- Shibuya-san, a temperatura no porão está bem baixa não é? – pergunta Jonh, olhando alguns papéis.

- É. Lin, capturou algum som?

- Hai. – Lin aumento o volume e eles escutam vozes de mulheres

- Parece só ter mulheres não? – pergunta Yasuhara.

- Não, há crianças também. – diz Masako.

‘Por que você o escolheu, Mei?’

- Hã? – Mai olha para os amigos e procura o dono daquela voz?

- Mai-san? – Jonh percebe a aflição de Mai. – Aconteceu alguma coisa?

- Eles não escutaram? – pensa Mai.

- Mai? – Bou pergunta.

- Não é nada. Só pensando porque há tantos espíritos de mulheres e crianças aqui.

- Yasuhara-san, poderia pesquisar sobre a casa e as famílias que viveram aqui? – Naru pergunta.

- Claro Shibuya-san. Volto de noite. – Yasuhara avisa, desaparecendo pela porta do quarto.

- Lin-san, poderia colocar as gravações de ontem a noite?

- Hai. – Lin abre uma pasta no computador e clica em um link, começando as gravações de todos os cômodos da noite anterior.

Todos olhavam ansiosos para o quarto de Mai e Naru, esperando para saber o que acontecera. Exatamente ás 00:31, a temperatura no quarto de Mai e Naru começa a baixar.

- Está em 15ºC. – Bou diz.

Então Mai vê uma sombra de um homem ao lado da cama de Naru. Olhando melhor, Mai o reconhece.

- Takumi-san!

- Mai, de quem está falando?

- Vocês não estão vendo?

- Não tem nada ali Mai-san.

- Iie, Mai está certa. Há um homem ao lado de Naru. – Masako diz.

- O que ele está fazendo Hara-san? – Naru pergunta sem tirar os olhos da tela.

- Ele está parado, não, espere, ele possuiu você, Naru.

(N/A: vou chamar o Naru e a Mai possuída de PMai e PNaru)

Após essas palavras, PNaru se levanta e sai do quarto, anda pelo corredor e para em frente ao quarto de Mai, Masako e Ayako.

- Esse espírito parece ser um pouco pervertido. – comenta Bou rindo.

Olhando agora para o vídeo do quarto das garotas, eles notam a temperatura baixar, e Mai e Masako vêem o espírito de uma mulher, que é reconhecida por Mai.

- Mei-san! Não entre no meu corpo. – Mai diz, mas já era tarde. PMai se senta na cama e olha para seu próprio corpo, passando a mão nele.

- O que ela pensa que está fazendo comigo?

- Ela deve estranhar entrar em um corpo feminino reto igual uma tábua. – diz Ayako rindo.

- Talvez seja o caso. – Masako ri também.

- Não sou reta! – Mai se defende. Então percebe os olhares dos amigos sob ela – Parem de olhar!

PMai se levanta e abre a porta do quarto, vendo PNaru. Ela abre um largo sorriso e pula nos braços dele, sendo abraçada pelo mesmo. Apesar de envegonhada Mai aproveita a situação.

- Quem está rindo agora Masako? – Mai pergunta para a médium que vira o rosto com raiva.

PNaru e PMai dão asa mãos e começam a andar pela casa, entrando em todos os cômodos.

- O que será que eles estão fazendo? – Bou pergunta.

- Talvez a caminhada da noite? – Jonh sugere.

- Jonh, Matsuzaki-san, olhem os cômodos da casa. Me digam se encontrarem algo.

 - Naru ordena.

- Mas eu quero ver o resto do vídeo. – reclama Ayako.

- Agora. – Ayako sai do quarto reclamando e xingando Naru, junto de Jonh, que tenta acalmá-la.

- Eles pararam no quaro do Jun. – Mai observa.

PNaru e PMai estavam parados olhando Jun dormindo, até que Naru possuído adquire uma expressão com raiva e começa a andar em direção a Jun. PMai o impede, segurando seu braço, chorando e implorando silenciosamente. PNaru seca suas lágrimas e os dois saem do quarto de mãos dadas.

- Mas o que foi isso? – Bou pergunta.

- Eles tão indo pro quarto preto. – Mai diz.

PNaru e PMai entram no quarto e olham para as fotos em cima da cama. PNaru abraça PMai e vai aproximando sua boca da dela.

- Ahhhh! – Mai grita, quase colando o resto na tela – Naru! Mande seu corpo parar!

Naru olha para Mai e volta à atenção ao vídeo.

- Mei-san! Pare ele. Esse é o meu corpo. Takumi-san! Não beije ela...eu!

Como se pudesse escutar o pedido de Mai, PMai se afasta antes de PNaru conseguir beijá-la. PNaru solta um suspiro e leva PMai para a cama.

- Não! Pra aí não! É a minha pureza. Takumi-san!

- Mai, quem são esses Takumi e Mei de que você tanto fala? – Bou pergunta, mas Mai não escuta.

- Takumi-san, não faça isso! Estou guardando minha virgindade para o... – Maipercebe o que estava prestes a dizer e para, mas todos a olhavam, meio que esperando a continuação.

- Não vai continuar Mai? – Bou pergunta, rindo da expressão que a menina fazia.

- Bou-san!

Mai volta a olhar para a tela e vê quando os dois espíritos deixam seus corpos e ficam ao lado da cama, olhando para os corpos de Naru e Mai abraçados. Rindo da visão, somem.

- Pronto Lin-san, eles sumiram. – avisa Mai. Lin para o vídeo.

- Né Naru-bou, você percebeu?

- Sim.

- Nani? – Mai pergunta.

- Eles tinham consciência de suas ações, mesmo estando mortos.

- Eles olharam pra mim e pro Naru, quando saíram dos nossos corpos e riram. Isso irritou um pouquinho. – diz Mai.

- Mai, quem são Takumi e Mei de que você estava falando? – Masako pergunta.

- São os espíritos que possuíram eu e o Naru.

- Como você sabe?

- Tive um sonho. Reconheci pela foto. Acho que se amavam, mas não entendi por que fugiram.

- Fugiram? – Naru pergunta.

Mai explica todo o sonho, mas omite a parte do incêndio. Ela queria entender antes de falar alguma coisa. Poderia perguntar ao Gene.

- Tudo bem. Vamos fazer um exorcismo. Bou-san, chame o Jonh, e façam um exorcismo no quarto preto e no quarto de Jun-san.

- Hai. – diz Bou saindo do quarto.

- Mai, vá pegar as temperaturas dos quartos.

- Hai. – dim Mai saindo do quarto também.

Jonh vai para o quarto de Jun e Bou vai para o quarto preto. Eles começam seus exorcismos.

- Naumaku sanmanda bazaradan kan... – Bou começa falando o sutra.

- Pai nosso que estais no céu...

Enquanto os exorcismos ocorriam, Mai andava pela casa, medindo as temperaturas, até que ouviu soluços, vindos de um quarto do 1º andar. Mai se aproxima e começa a escutar alguém chorando. Mai entra no quarto e vê um garotinho chorando.

- Ei, por que está chorando? – Mai pergunta, mas o garoto não diz nada e continua chorando. – Ei, qual o seu nome? Por que está sozinho? – Nesse momento o garoto olha para Mai. Ele tinha cabelos pretos e olhos castanhos.

- Você sabe onde minha mãe está?

- Você se perdeu dela?

- Sim. você sabe onde meus pais estão?

-Não. Por que você não procura por ele?

- Estou com medo.

- Eu posso te ajudar. – Mai diz sorrindo e se agachando em frente a ele – Qual o seu nome?

- Hei.

- Hei-kun, vamos procurá-los.

- Não, oka-san disse para eu me esconder.

- Esconder? Por que?

- O homem mau está atrás de nós.

- Homem mau? Quem é ele?

- Estou com medo. Oka-san, Oto-san, onde vocês estão? – Hei começa a chorar mais e Mai escuta passos ecoando pela casa.

- Hei-kun?

- Oka-san! Oto-san! – de repente os movéis começam a mexer e as coisas a cair.

- Hei-kun! – Mai percebe então várias mulheres ao redor dele, chorando.

- Eu quero minha mãe! Oto-san! – Hei começa a gritar, o que ocasiona mais batidas e um maior movimento dos móveis no quarto. Mai percebe as mulheres vindo em sua direção e se prepara.

- Naumaku sanmanda bazaradan kan! Rim, Pyou, Tou, Shah, Kai, Chin, Retsu, Zai Zen! – As mulheres começam a desaparecer.

- Oka-san! Oto-san! – Hei grita e os moveis começam a cair e os objetos a quebrar. Mai percebe o perigo em que se encontra e tenta correr para a porta, mas o armário cai em sua direção.

- Mai!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heartbreaking Romance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.