Sem Alice no País das Maravilhas escrita por AnneWitter


Capítulo 3
Risonho sem ser gato




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As roupas de Sakura e Molly estavam cheio de cinza. As duas entraram na loja Gemialidades Weasley, e como Sakura havia imaginado, o lugar estava lotado.

 

Crianças e jovens andavam de lado para o outro pegando mercadoria. Risadas, conversas, brincadeiras fazia parte do ambiente. Garotas e garotos com uniforme da loja atendiam a todos com largos sorrisos nos lábios. O maior daqueles sorrisos, porém, era de um garoto de cabelos loiros. Um loiro exagerado, até parecia que ele havia banhado os fios de seus cabelos em tinta amarela.

 

Sakura desviou seu olhar e mirou um ruivo, para onde senhora Weasley se dirigia. O homem que provavelmente beirava os trinta anos, a abraçou fortemente. Certamente era o dono daquela loja, e filho da senhora Weasley. A que havia sobrevivido, lembrou ela da conversa que tivera com senhor e senhora Weasley duas noites atrás. Onde eles falaram sobre a fatalidade que adentrou em sua família durante a guerra bruxa.

 

Depois de alguns minutos de conversa, onde o homem oscilava entre risos e caras feias, o ruivo a olhou curioso. Como muitas outras pessoas faziam, talvez os olhares não fossem muito por causa do local onde estavam. Pois caso ao contrario, todos estariam prestando atenção na garota de pele com morangos.

 

-Venha querida. – pediu Sra. Weasley.

 

Sakura apreensiva, pensando o que o homem diria á ela por ter mexido em seus produtos, caminhou em passos lentos na direção deles. E notou, logo que se aproximou de ambos. Que homem era extremamente parecido com senhor Wesley só que bem mais novo. Seus cabelos ruivos estavam na altura do queixo, e possuía uma vivacidade estonteante. Tal como o sorriso dele, que assim que olhou a pequena sorriu alegre.

 

-Então você andou mexendo no ‘Não beba-me’?

 

Sakura fez que sim com a cabeça, sentindo seu rosto queimar.

 

-Eu realmente gosto desse produto. – disse ele alegre. – E você?

 

-Não muito. – declarou cabisbaixa.

 

-Como minha mulher costuma falar. ‘Ficar mexendo onde não é chamado, causara em algum momento um estrago’. – riu-se. – Felizmente para você o estrago não é permanente. Mas tenho que admitir deveria deixá-la assim por pelo menos um dia, para aprender.

 

Sakura pediu desculpa num sussurro envergonhado, enquanto Sra. Weasley lançava um olhar desaprovador em direção á George.

 

-venha Sakura. É Sakura seu nome, não é? – disse ele passando o braço sobre os ombros dela.

 

-Sim. – respondeu num fio de voz.

 

-Eu acho que lembro de você de algum lugar. – comentou começando a andar. – Mãe, a senhora virá, ou irá até em casa?

 

-Irei ver meus netos. – disse ela num sorriso empolgante. Sakura, desde que vira a mulher, nunca a viu sorrir tão alegremente como naquele momento.

 

-OK então, assim que ajudar a mocinha aqui encontro a senhora lá.

 

Senhora Weasley assentiu e em seguida, após um aceno alegre para Sakura, seguiu para o lado oposto em que George e a rósea seguia, indo em direção a uma porta verde musgo, com uma pequena plaquinha nela.

 

-Você mora na loja? – questionou Sakura com sua sempre curiosidade.

George apontou para cima, fazendo Sakura olhar para o teto, notando, somente naquele momento, que neste havia uma pintura. Onde representava dois ruivos idênticos, uma mulher de pele morena, e duas crianças, uma ruiva e outra de cabelos negros, como o da mulher.

 

-Você mora em cima da loja? – questionou ela voltando a olhá-lo.

 

-Sim.

 

-E creio que aquela pintura. – disse apontando para o teto. – Seja de sua família.

 

Ele sorriu e fez que sim com a cabeça. Sakura voltou a olhar o teto, notando que um dos homens segurava a mão da mulher, o outro, sorrindo, estava ao lado dele. Certamente este era o falecido Fred Weasley.

Assim que ela voltou a olhar para frente, dois rapazes aproximaram, ambos com diversos produtos na mão.

 

-Sr. Weasley são esses os produtos únicos dentro da loja. – disse o mais alto. – E infelizmente sãos os que mais saem.

 

-Obvio. – disse o ruivo num sorriso brincalhão.- Bem Sakura terei que ajudar esses rapazes, por isso deixarei que outra pessoa lhe ajude na questão das manchas. Uma pessoa que ama mexer onde não deve como você. – informou ele sorrindo, para em seguida fazer um sinal para alguém de dentro da loja.

 

Logo em seguida um garoto loiro surgiu diante deles. O garoto de cabelos incrivelmente amarelos.

 

-Naruto ajude essa mocinha com suas manchas, creio que um pouco de ‘desmanchar’ ajude. – informou ele tirando o braço de cima do ombro de Sakura.

 

Sakura viu George retira-se com os dois rapazes, enquanto isso o garoto sorria-lhe abertamente.

 

-Está rindo de mim? – questionou ela o encarando furiosa.

 

-Bem, não. Contudo até que sua situação é engraçada, imagino como seria legal dar isso para algum amigo.

 

Sakura o olhou com azedume.

 

-Eu não achei nem um pouco legal, ou engraçado.

 

-E porque não? As gemialidades são para isso. – disse ele com mais um de seus sorrisos no rosto. – Mas não me lembro em ter visto um desses produtos na loja. É novo, chegou hoje? – perguntou olhando ao redor, como se procurasse algo. – Não o vejo na sessão de novidades. – Informou voltando-se para ela.

 

-Porque não está na loja, está na casa da Sra. Weasley.

 

O loiro olhou para o teto.

 

-Não imaginava que a Sra. Weasley guardasse essas coisas...

 

-Não nessa Sra. Weasley, na mãe de George Weasley. Molly Weasley. – informou ela impaciente.- Agora tem como você me ajudar logo?

 

O garoto a olhou desconcertado e sorriu, para depois seguir por um corredor de prateleira, sendo seguida por uma Sakura furiosa.

 

-Então você conhece a mãe do senhor Weasley? – questionou ele enquanto olhava as prateleira.

 

-Sim. Estou hospedada na casa dela. – informou, sem nem saber o do porque falar daquilo. Queria ela dizer á ele que era intima da família Weasley? Para que? Impressioná-lo?

 

Caso fosse isso, ela conseguira, notou ela quando o loiro a olhou com os olhos arregalados.

 

-Então você é a amiga da família?

 

-Sim. – respondeu prontamente.

 

-Uau, isso realmente é legal. Para mim a família Weasley é extremamente legal. Uma ótima família. Em Hogwarts há um quadro com o nome de alguns membros da família, como Ginevra Weasley, e o do próprio senhor Weasley. Foi até mesmo por isso que quis trabalhar aqui, o que não foi fácil, já que ainda sou de menor.

 

Sakura não precisava daquela informação pra saber disso, o garoto aparentava ter a mesma idade dela, senão um ano a mais. Mas isso não importou para ela, o que a deixou intrigada, foi o fato dele mencionar Hogwarts e também o tal quadro com os nomes dos Weasleys. Sobre quadro ele poderia perguntar aos Weasley. Mais uma pergunta para matar a noite tediosa. Pensou.

 

-Você estuda em Hogwarts? – perguntou ela assim que ele parou diante de uma prateleira.

 

-Sim, estou no quarto ano. – disse orgulhoso.

 

-Quarto ano? – surpreendeu. Ele tinha a mesma idade que ela.

 

-Eh...Sim. E faço parte da Grifinória. – disse com outro de seus sorrisos.- E tenho certeza que o Sr. Weasley somente deixou que eu trabalhasse aqui por causa disso. Afinal toda a família Weasley foi da Grifinória.

 

Ela ficou um tempo o olhando. Na aula de história da magia sua professora quando falou do famoso torneio tribruxo, onde Beauxbatons participou do ultimo, qual aconteceu diversas cosias fantásticas; ela explicou sobre Hogwarts, pelo menos algumas coisas da escola, e disse que esta, diferente de Beauxbatons, era dividida em quatro casas. Ela não lembrava de todas, somente daquela que o loiro mencionara. Grifinória. Afinal fora naquela casa que Harry Potter, o herói britânico, fizera parte.

 

Ela somente não sabia que a família Weasley, em peso, tinha sido da mesma. O que não era de estranhar. Pensou ela, ao lembrar das fotos na sala. Todos usavam o emblema da Grifinória, nas fotos que eram da escola. Um emblema que ela também guardara na memória, depois de vê-lo dezenas de vezes na aula de história da magia.

 

-Pronto achei. – anunciou o loiro alegremente. –Agora você precisa de um lugar reservado, já que é necessário passar o desmanchar sobre as manchas. – disse ele olhando atentamente para ela. – E desconfio que essas manchinhas estejam em seu corpo todo.

 

Rubra, ela tomou o produto da mão dele, e seguiu o corredor em passos duros. Assim que avistou George ela aproximou-se dele. O ruivo estava ainda na presença dos dois rapazes, e os três pareciam concentrados num grosso livro, sobre o balcão de vidro.

 

-Terei que aumentar a fabricação desses, e desses produtos. Deste daqui não creio que seja necessário. – dizia George apontando para o livro, enquanto os rapazes prestavam atenção.

 

-Com licença.

 

Os três a olharam, ela ainda vermelha sorriu sem graça, e mostrou a caixinha roxa que tinha na mão.

 

-Ele já encontrou, e conforme a explicação dele, preciso passar sobre as manchas... Então gostaria de saber se há algum lugar reservado para fazer isso.

 

-Ah claro, havia me esquecido disso. Pode ir até a minha casa, fale com Angelina.

 

-Obrigada.

 

A rósea deixou o ruivo com seus afazeres, e seguiu em direção á porta cor musgo. Quando ela se aproximou dali, ela viu o garoto loiro atendendo um garoto. No rosto do loiro não havia aquele sorriso perturbador. ‘Sorte do moreno’ disse para si mesma, abrindo em seguida a porta.

 

Uma escada em formado de caracol revelou-se atrás da porta. Uma escada colorida, e que parecia ser de um material diferente de qualquer outro utilizado para a fabricação de tal instrumento. Cautelosa a garota tocou o corrimão, e como suspeitava ele era fofo. Sorrindo ela tocou um degrau da escada. Era feito do mesmo material. Seu pé afundou no degrau. E devagar, deliciando-se com a maciez da escada, ela subiu para o andar superior.

 

Ao fim da escada encontrou uma porta de madeira, pintada de branco com o logo da loja. Com os nós dos dedos, Sakura bateu na porta. E em seguida uma mulher morena atendeu a porta.

 

-Boa tarde sra. O Sr. George Weasley pediu para que eu subisse...

 

-Sakura querida. – a Sra. Weasley apareceu atrás da mulher.

 

-Ah, então é você a menina que está na toca? – perguntou a morena com um largo sorriso no rosto, dando espaço para que ela entrasse.

 

Sakura fez que sim com a cabeça, sorrindo, um pouco envergonhada.

 

A sala, para onde a porta dava, era espaçosa. Sofás grandes e com aparência de confortáveis foram postos em espaços agradáveis da casa. Lugares que eram banhados pelo sol da tarde. Numa das paredes, uma estante como as de antigamente habitava vários retratos mexendo-se em suas molduras. Várias fotos de duas crianças. As mesmas da pintura no teto. Notou.

 

-Eh... Poderia usar o banheiro, para passar esse produto. – disse mostrando a caixinha.

 

-Ah claro, e só seguir o corredor, a ultima porta á esquerda. – explicou a morena.

 

-Obrigada.

 

Sakura seguiu para o corredor, ouvindo vozinha de crianças. Ao passar por um porta aberta, avistou um quarto colorido, onde uma menininha de cabelos ruivos pulava sobre a cama, e sentado no chão, montando um castelo com cartas, havia um menininho de cabelos escuros. Os dois assim que a viu parou o que estavam fazendo, para olhá-la curiosos. Sakura sem jeito acenou para eles. Ambos, sorridentes, acenaram de volta.

 

Quando ela abriu a porta para o banheiro, não achou estranho ver que este era todo colorido, lembrando da decoração da loja. Sorrindo com isso ela entrou no banheiro.

 

Como tinha imaginado, e também como o garoto de sorriso solto havia informado, as manchas estavam em todo seu corpo. Arrependida por ter tomado o delicioso líquido rosa, ela começou a passar a pasta azulada que vinha do tubo de dentro da caixa roxa. E para sua felicidade, conforme secava a pasta, as manchas sumiam.

 

E foi com essa alegria que ela voltou para sala. Onde encontrou George, sua mulher, as duas crianças, e Sra. Weasley sentados nos sofás.

 

-Eu sabia que iria funcionar. – comentou George assim que viu a garota entrar na sala.

 

-Obrigada. – agradeceu ela entregando a caixinha.

 

-Agora que está livre daquelas coisas, deixa eu lhe apresentar a outra parte da família Weasley. – disse o ruivo com certo orgulho na voz. – Esta e minha mulher, Angelina. – disse abraçando a mulher que estava ao seu lado.

 

-Prazer. – disse Sakura ainda tímida.

 

-Estes sãos meus filhos. Fred II. – disse mostrando o menininho de cabelos escuros e olhos verdes, sentado aos pés da mãe. –E Roxanne. – apontou para menininha de cabelos ruivos sentada no colo da avó.

 

-Prazer. Prazer.

 

-Bem agora que os conhece, quando quiser poderá vim nos visitar. – disse George sorrindo.

 

Os olhos de Sakura brilharam. Aquela lugar certamente era um ótimo lugar para se ir em momento de tédio.

 

-Obrigada. - disse empolgada.

 

-Agora acho melhor irmos. Caso Arthur chegar e não nos encontrar pensará que alto grave aconteceu.

 

-A nom vovó. - choramingou Roxanne no colo da avó.

 

-Voltarei amanhã. Eu deixei para vim comprar as coisas de Sakura amanhã, então estarei visitando vocês novamente. – disse ela carinhosa.

Sakura sorriu com aquilo, lembrando de seus avos. Ela queria ter ficado com seus avos. Mas seus pais disseram que o melhor era ficar na toca, e dali para Hogwarts.

 

Entre reclamações dos netos, e risadas do filho. Molly deixou a casa de George junto com Sakura. Antes de saírem da loja, o garoto loiro acenou para ela alegremente. Mostrando mais um de seus sorrisos abertos. Sakura acenou de volta, olhando atenta o sorriso dele. Um sorriso típico do gato risonho.

 

 

 

 

 

 

 


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