Eu, meu inimigo e nosso bebê escrita por Lucy


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi pra vocês! Como estão? Evitando as desculpas de sempre e blá blá blá pra não cansar, né? adfjkn Então só vou agradecer a maravilhosa da PercabethLove12 (obrigada, obrigada e obrigada) pela recomendação linda e deixar vocês em paz com o capítulo. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/638861/chapter/19

P.O.V Nico di Angelo

Thalia encara o pai sem expressão alguma e dá passos para trás. Vejo raiva nos olhos de meu pai quando minha mãe segura o braço dele levemente. Hera apenas se vira para mim e dá um sorriso de lado.

– Será um bebê lindo – ela murmura com uma voz gentil.

– Serão bebês lindos – Bianca a corrige, ficando ao lado de Thalia.

Hera se vira para Thalia com uma expressão de surpresa em todo o rosto.

– Gêmeos? – ela questiona e recebe um aceno de cabeça como resposta. Hera sorri. – Como sua mãe e Maria.

– Isso é ridículo – Zeus diz com a voz carregada de arrogância e um sorriso maldoso nos lábios.

– Ridículo foi o que você fez com sua filha – meu pai diz. – Você sempre foi uma pessoa baixa, mas isso foi a gota d’ água.

Zeus se vira com ódio para meu pai, mas nada diz. Minha mãe dá um passo para frente, seu olhar parece triste.

– Jamais imaginei que o Zeus que eu conheci faria isso.

– E eu jamais pensei que uma filha minha se tornaria uma vadia com dois filhos com apenas 17 anos – Zeus retruca –, acostume-se, Maria.

Vejo o rosto de Thalia ficar vermelho e seus olhos se enchem de raiva. Tanto ela quanto eu abrimos a boca para responder, mas a voz de Hera nos cala.

– Basta, Zeus – ela diz com raiva. – Eu não vou permitir que você fale assim da própria filha. Não vou permitir que você fale assim da filha de Lizzie.

– Elizabeth estaria decepcionada.

– Elizabeth estaria orgulhosa de ver como a filha é parecida como ela. Como cresceu e se tornou tão linda por dentro e por fora nos últimos cinco anos – Hera respira fundo. – Depois de tudo que fiz, ela me perdoou e continuou sendo a melhor amiga do mundo. Você acha mesmo que ela estaria decepcionada por ganhar netos? Eu amo você, Zeus, mas não posso aceitar atitudes tão cruéis.

Zeus Grace olha para a mulher e pisca algumas vezes, incrédulo com as palavras.

– Chega, chega, chega – Thalia diz e eu me viro para ela. Seus olhos estão fechados e suas bochechas molhadas. – Vocês não podem aparecer quando está tudo bem e bagunçarem minha vida outra vez. Eu odeio vocês, desapareçam da minha vida.

Ela termina e sai da loja, deixando todos para trás. Bianca se vira para ir atrás dela e eu seguro seu braço.

– Eu vou – eu digo e ela assentiu. – Não deixe que eles se matem – eu completo, me referindo a Zeus e meu pai que se encaram com puro ódio, enquanto minha mãe e Hera conversam em voz baixa.

– Ainda bem que eu convivo com a Thalia e a Jade – ela murmura antes de eu me retirar da loja.

...

Encontro Thalia na livraria com um sorvete na mão. Ela se arrasta pelos corredores com uma cara irritada.

– Você corre bem rápido pra uma grávida que odeia saltos – Eu falo e ela se vira com surpresa para mim, dando um sorriso de canto em seguida.

– Você está falando com uma profissional em fugas dos pretendentes perfeitos que sua madrasta encontra em festas para você – ela responde, dando uma piscadela. – Profissional em correr atrás dos inimigos na escola também.

– Disso eu sei bem – eu respondo e ela ri, tomando uma colherada de seu sorvete. – Tá tudo bem?

– Está – ela responde -, quer dizer, é estranho ver Hera falando de mim e de minha mãe daquela maneira – ela dá um suspiro. – Além da raiva que estou de Zeus. Eles vão me enlouquecer.

– Espero que eles não estejam se matando agora mesmo – eu digo -, meu pai e o seu.

Ela pega um livro e abre, encarando a página aberta.

– Hera não vai permitir, ela ainda tem controle com meu pai, afinal.

– Ela parece gostar bastante de você, pensei que vocês tinham uma relação ruim – eu digo e ela volta a olhar para mim.

– Não era ruim, nunca nem brigamos sério – ela explica com uma voz baixa. – Mas sempre pensei que ela tinha raiva de mim ou algo assim, por ter tanto a atenção de todos.

– Talvez você tenha se enganado sobre isso – eu digo e ela concorda. – Ela e sua mãe foram amigas mesmo?

– Sim – ela morde o lábio inferior. – Eu não sei bem a história porque as duas nunca falavam sobre. Minha mãe sempre disse que era um assunto delicado para Hera e desnecessário ter perguntas, mas ela me disse algo sobre ter sido um grande mal entendido ou algo assim.

– Você deveria conversar com ela em particular um dia, sabe? – eu digo. – Ela parece preocupada e interessada em você e nos bebês.

– Quem sabe? – ela responde e coloca o livro na prateleira novamente. – Será que seu pai me odeia agora que sabe meu sobrenome?

– Ele não seria tão idiota assim. Você é incrível, independente de seu sobrenome – eu digo e me arrependo das palavras no mesmo instante. Thalia dá um sorriso malicioso.

– Uuuh, temos aqui Nico di Angelo elogiando a eterna odiada Thalia Grace – ela ri e me cutuca com o ombro.

– Cale a boca, Grace.

...

O caminho de volta tem um clima normal e ninguém toca no assunto sobre Thalia ser filha do inimigo ou algo do tipo. Meu pai e Bianca brigam pelo rádio e minha mãe apenas ri, balançando com o ritmo das músicas misturadas pela troca de rádio. Thalia reveza entre observar a briga e mexer no celular. Assim que chegamos, Thalia e eu seguimos para o meu quarto.

– A noite pode ter sido uma loucura, mas pelo menos eu comprei um pijama legal – Thalia diz, encarando as roupas compradas que ela jogou espalhadas por minha cama. – Você já viu pijama mais legal, Nico?

Ela se joga em cima de mim, esfregando o pijama cinza com a estampa dos Power Rangers em meu rosto.

– Seus Power Rangers estão me sufocando, Thalia – eu reclamo, tentando afastá-la.

– Diga que são incríveis! – ela grita, rindo sem parar.

– São incríveis – eu digo com a voz abafada e ela afasta o pijama de meu rosto. – Você costumava jogar objetos em mim, mas tentar me sufocar com um pijama foi a primeira vez.

– Eu não estava tentando sufocar você, Nico – ela diz com a mão sobre o peito, fingindo incredulidade. – Só queria mostrar pra você a vibe positiva desse pijama.

– A única coisa que você me mostrou foi o quanto você é doente.

P.O.V Thalia Grace

Me apoio no carrinho do supermercado e observo Nico focado na listas de compras. Enquanto canto baixinho a música de propaganda do supermercado.

– Não me lembro de ter lido “todo o estoque de morangos” na lista de compras – eu murmuro, apontando discretamente para as caixinhas de morangos no carrinho.

– Eu gosto de morangos – ele dá de ombros -, aliás, você tem gosto de morango.

Sinto meu rosto esquentar e ele dá um sorriso de lado.

– Eu não tenho gosto de morango, Nico – eu retruco. – Meu batom é que tem.

– Eu gosto do seu batom, então.

– Fique a vontade para pegá-lo emprestado – eu pisco para ele.

– Eu tenho um modo bem divertido de conseguir isso, você sabe – ele devolve a piscada e continua andando. Eu o sigo, arrastando o carrinho de compras junto.

– Aí estão vocês! – Silena exclama, jogando produtos de limpeza dentro do carrinho. – Credo, essas embalagens são sempre grudentas assim?

– Você que é fresca, Sil – Nico responde. – Vamos embora agora?

– Vamos, precisamos dormir! – eu exclamo. – Que ideia foi essa da sua mãe de nos mandar sozinhos às 7 horas de um sábado no supermercado?

– E qual a função de Silena nisso? – Nico questiona e se vira para Silena. – Por que está aqui, afinal?

Silena pisca os olhos – azuis nesse momento – antes de responder Nico.

– Sua mãe não deve ter confiança em vocês dois juntos em um supermercado, ué – ela sorri. – E todos sabem que ela me acha super responsável.

– Porque você é uma boa atriz – eu murmuro e ela dá de ombros.

– Eu vou ao banheiro e nós vamos embora – Silena diz e sai andando pelo corredor.

– Por que ela estar de salto às 9 horas de um sábado dentro de um supermercado cheio de gente me assusta tanto? – eu questiono para Nico, que se apoia no carrinho o meu lado.

– Por que você não ficaria assustada? – ele ri. – São nove horas da manhã de um sábado e ela está de salto no supermercado!

– Eu estou com fome – eu reclamo. – Cadê essa garota?

Me viro para procurá-la e meus olhos encontram cabelos loiros e olhos azuis extremamente familiares.

– Aquela garota não era da nossa escola? – eu pergunto e Nico se vira para onde eu aponto. – Ela tem um jeito estranho de falar e...

– Paige – Nico me corta. – Paige Brauner.

– Ah, é – eu exclamo. – Aquela sua namoradinha alemã. Eu acertei uva na cara dela uma vez por engano, lembra?

– Ela não tinha voltado para a Alemanha? – Nico pergunta, com uma expressão de curiosidade.

Me viro novamente para encarar Paige e vejo que Silena está ao seu lado.

– Vamos perguntar – eu digo e empurro o carrinho em direção as duas. Nico me segue com os passos mais lentos.

– Silena! – eu exclamo e me viro para Paige, fingindo que não tinha a notado. – Wow, Paige!

A alemã franze a testa alguns segundos para mim, depois seu rosto volta ao normal e ela dá um olhar suspeito para mim.

– Thalia, né? – ela diz, com seu sotaque esquisito. Eu concordo com a cabeça e ela dá um sorriso para mim e seu olhar vai para Nico. – Ah, Nico di Angelo eu conheço muito bem. Como vai, meu bem?

– Que brega – eu murmuro e Silena dá um risinho, mas Paige não parece perceber.

Olho para Nico e suas bochechas estão levemente coradas. Sinto vontade de deixá-las ainda mais vermelhas com alguns tapas.

– Paige, oi – ele diz e sorri. – Você está em Nova Iorque.

– Obviamente, Nico – eu respondo com irritação antes que Paige possa abrir a boca. – Aliás, por que está aqui?

A loira se vira com dúvida para mim.

– Meus pais, finalmente, se separaram – ela diz casualmente e sorri. – Agora estou de volta com minha mãe. Volto para o Yancy segunda feira.

– Que fantástico! – Silena exclama. – Saudades das dicas sobre esmaltes.

– Vocês ainda moram no mesmo lugar? – Nico pergunta, ainda com uma cara de idiota.

– Moramos – Paige responde. – Sua casa é naquela rua também, não é, Thalia?

– Na verdade, agora eu estou na casa de Nico – eu respondo com a voz seca. – Falando nisso, lembra que eu estou com fome, Di angelo? - Eu dou um passo para trás, desencostando do carrinho de compras e aponto os dois dedos indicadores para minha barriga. - Comer por três, lembra? – dou um sorriso sarcástico para Nico e ele revira os olhos.

Paige diz alguma coisa esquisita, provavelmente em alemão, e arregala os olhos.

– Você está grávida! – seu olhar oscila entre Nico e eu. Sua boca abre e fecha diversas vezes antes dela finalmente falar. – Vocês dois... Não era puro ódio? Agora... Os dois?

– Não exatamente – Nico responde e Silena ri.

– Deixa que eu explico: uma noite, dois presentes – Silena faz um gesto com as mãos. – Barraco na família Grace = Nico + Thalia convivendo juntos com momentos fofos e alguns ataques de raiva.

– Na verdade, só não nos odiamos tanto como antes – Nico diz.

– E vamos ter bebês – eu completo.

– E vivem se pegando por aí – Silena diz, dando uma piscada para Paige, que dá uma risadinha.

– Isso não é verdade! – eu exclamo.

Paige se vira para Nico e abre outro sorriso. Eca.

– Fico feliz que você tenha encontrado alguém, Nico – ela morde o lábio inferior. – Alguém surpreendente, mas alguém.

– Eu não estou com Thalia!- ele exclama e eu arqueio a sobrancelha.

– Só se estiver em frente da família, né? – eu reviro os olhos. – Eu quero ir embora. Você vem?

Nico franze a testa para mim, com confusão no olhar.

– Vamos então, Silena? – eu me viro, deixando o carrinho para trás.

– Thalia! – Nico reclama e eu escuto ele se despedir de Paige e nos seguir, trazendo o carrinho de compras. – Qual o seu problema?

– Eu só estou com fome, oras – eu dou um sorriso forçado para ele.

– Ciúmeee – Silena canta baixinho e eu dou um olhar mortal para ela.

– Não me faça destruir esse seu visual perfeito, Silena Beauregard – eu a ameaço e ela faz um gesto de rendição com as mãos.

Nico dá um sorriso de canto.

– Uuh, gostei – eu reviro os olhos mais uma vez. – Deixa de ser boba, Thalia. Você sabe que você é a pessoa...

Me viro e espero que ele termine a frase, mas ele simplesmente puxa minha mão e me faz dar um giro sem sair do lugar.

– Eu sou a pessoa... – eu o induzo a continuar.

– Ah, você sabe – ele diz como se fosse óbvio. – Você é a pessoa.

Ele sorri e encosta na parece, me puxando para perto pelo braço enquanto Silena passa as compras pelo caixa.

– Que injustiça! – Silena exclama. – Eu aqui trabalhando duro com as compras e vocês se agarrando por aí. Oh, escravidão.

– Não tem ninguém se agarrando por aqui, Silena – eu respondo, rindo.

Nico enrola uma mecha de meu cabelo em seu dedo, escondendo seu rosto em meu pescoço em seguida.

– Não? – ele murmura, fazendo com que eu me arrepie. Se controla, Thalia!

– Não! – eu respondo com uma voz decidida e o afasto com um sorriso. – Vem, vamos ajudar Silena antes que ela dê ataque por uma unha quebrada.

– Eu que vou dar ataque por ter o coração quebrado por você – Nico brinca, me seguindo até onde Silena está.

– É com certeza o meu maior sonho – eu devolvo com um sorriso malicioso.

– Quebrar meu coração?

– Não – eu nego, dando de ombros. – Fazer você ter um ataque mesmo.

...

Subo as escadas sorrateiramente, deixando o trabalho de guardar as compras para Nico e Silena. Abro a porta, tentando não fazer barulho e encontro Maria sentada na minha cama, com o retrato de minha foto com minha mãe e meus irmãos em suas mãos. Caminho lentamente e me sento ao seu lado. Ela não tira os olhos da foto.

– Eu deveria ter percebido – ela começa com a voz baixa -, quando te vi pela primeira vez, deveria ter percebido que você era filha dela. Você é tão parecida com Liz.

– Você conheceu minha mãe? – eu questiono e ela balança a cabeça, concordando com um sorriso. – Como?

– Eu nasci na Itália e fui para França estudar Artes Cênicas, assim como sua mãe e Hera. Nós dividíamos um apartamento minúsculo – ela suspira como se estivesse tendo boas lembranças. – Sua mãe sempre foi extremamente talentosa... E irritada, como você. Hera era a certinha, nunca ia para festas e passava horas ensaiando. Elas nunca se desgrudavam. Já eu, tinha vários namorados e saia toda noite – ela abre um sorriso. – Foi em uma festa dessas que eu conheci Hades... E seu pai.

– Os dois juntos no mesmo lugar e não houve mortes? – eu pergunto e ela ri.

– Eles eram amigos inseparáveis, Thalia – ela olha para mim e dá um sorriso de canto. – Eles eram os garotos mais desejados e divertidos da faculdade e sua mãe odiava os dois, até essa festa, onde ela foi jogada e agarrada por Zeus na piscina.

– Divertido? – eu pergunto, incrédula. – Zeus Grace era divertido?

– Totalmente. Depois dessa festa, ele e sua mãe passaram a se encontrar sempre, em segredo. Eu mesma descobri apenas quando ela estava para vir para Nova Iorque – ele dá outro suspiro. – O problema foi que no mesmo tempo, Hera andava completamente por um tal amigo que ela havia conhecido em um curso extra da faculdade. A faculdade terminou e sua mãe resolveu se mudar com Zeus para cá, foi quando Hera descobriu que sua paixão era noivo de sua melhor amiga.

– E aí teve barraco...

– Não, Hera simplesmente fingiu que não estava apaixonada por Zeus e desejou felicidades para o casal. Despediu-se com lágrimas sinceras de sua mãe. Nessa época, eu estava um bom tempo com Hades e nos mudamos logo em seguida para a Itália. Hera continuou sozinha da França – ela passa os dedos por suas pernas.

– E como foi que elas se encontraram novamente? – eu pergunto, sem conter a curiosidade, aproveitando que finalmente alguém poderia me explicar direito tudo isso.

– Eu não sei direito como aconteceu, mas um dia eu estava em casa e sua mãe apareceu na televisão junto com Hera e seu pai. O milionário Zeus Grace e sua linda mulher estariam esperando bebês. A melhor amiga do casal teria vindo morar aqui para ficar próxima dos preparativos para receber os herdeiros mais poderosos de toda a Nova Iorque.

– Ártemis e Apolo – eu digo e ela assentiu.

– Cheguei aqui quatro anos depois, Nico e Bianca eram recém-nascidos minúsculos. Todos só falavam da chocante separação de Elizabeth e Zeus, que tinham acabado de ter uma filha. Você. – Maria sorri. – Soube por sua mãe que Hera contou o amor que sentia por Zeus assim que chegou a Nova Iorque, ajoelhada e aos prantos, pedindo perdão.

– E como foi que tudo aconteceu entre Zeus e Hera? – eu indago e ela se vira para mim.

– Bem, como você se lembra. O acontecimento do ano, com o apoio total de sua mãe – ela aponta para minha mãe, sorrindo na foto. – O sorriso de Elizabeth era tão sincero quanto está nessa foto.

– Eu tinha 7 anos – eu murmuro. – Me recusei a ir ao casamento e minha mãe não insistiu nisso. Eu sempre me perguntei como minha mãe foi capaz de aceitar a traição da amiga.

– E eu sempre me perguntei como Hera foi capaz de ser fiel a amiga por tanto tempo – ela me encara séria. – Hera se acha um monstro por ter casado com seu pai, sabia?

– Eu sempre a considerei um monstro também – eu falo, arrependida. – Sabe quantas vezes eu me afastei de seus toques e a xinguei? E ela sempre sorria com isso. Para mim era a prova de como ela era manipuladora e falsa.

Maria segura meu rosto e aperta minhas bochechas levemente.

– Tenho certeza que ela sorria porque você a fazia lembrar-se de Liz – Maria ri. – Ela vivia dando ataques e xingando Hera por aí.

Dou uma risada.

– Tenho certeza que Hera também tinha os momentos de torturar vocês com aqueles saltos irritantes dela.

– Ah, querida, esses créditos são meus – ela empina o nariz e faz um biquinho. – Eram tão desengonçadas no começo!

– Então a culpa de todos esses anos de sofrimento é sua! – eu reclamo e Maria ri. – Estou totalmente chocada!

– Chocado estou eu! – Nico se joga ao nosso lado e me puxa junto. – Que tipo garota abandona o amor da vida dela com uma descontrolada como a Silena?

– Sua melhor amiga, seu problema – dou um peteleco em seu nariz. – De descontroladas já bastam Zoë e Annie.

Maria se levanta da cama e alisa a roupa com as mãos.

– Vou deixar vocês aí e ir acordar o dorminhoco do meu marido – ela sorri para mim. – Depois conversamos mais.

Eu assinto e ela se retira do quarto, fechando a porta delicadamente.

– Que papo é esse que termina quando eu chego? – Nico questiona e beija meu nariz. – Segredos com minha mãe, senhorita Grace?

– Foi só uma conversa esclarecedora com a minha sogra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e desculpem pela demora. AGORA É SÉRIO: A escola vai acabar, levando junto os trabalhos, o musical e os ensaios e aí eu volto a postar como antes. Até breve (esperamos), vejo vocês nos comentários (esperamos também)! Beijos de trevas ❤



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu, meu inimigo e nosso bebê" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.