Eu, meu inimigo e nosso bebê escrita por Lucy


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi. Desculpem a demora, mas eu estou muito ocupada dançando por aí. Enfim, espero que gostem!



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P.O.V Thalia Grace

Annabeth e Percy me encaram com olhos arregalados e permanecem paralisados. Coloco a mão sobre a boca para cobrir o sorriso malicioso que insiste em se manter ali.

– Me desculpem. – eu digo segurando a risada e me viro para sair dali.

– Não! – Annabeth grita e eu me viro no exato momento que ela dá um tapa na cara de Percy, que a encara confuso com a mão sobre a bochecha. – Eu vou com você, Thalia.

Ela corre até mim e me puxa pelo braço, me arrastando para longe do corredor.

– Então... – Eu começo e a encaro. Ela morde os lábios e aperta meu braço.

– Foi um equívoco. Percy me beijou e eu... Não sei o motivo de não ter me afastado – ela se explica. – Estou ficando louca!

– Annabeth Chase – dou outro sorriso malicioso e cutuco sua barriga. – Você não se afastou porque queria tanto quanto ele.

– Você não entende, Lia! Eu odeio aquele garoto, mas tem alguma coisa... – ela passa a mão no cabelo. – Eu devo estar drogada.

– Eu não entendo, Annie? – Eu solto uma risada baixa. – Estava agora mesmo agarrada com Nico na cozinha, até me lembrar de que o odeio e sair correndo de lá.

– Ai, que fofos! – Annabeth solta um gritinho, como se esquecesse do quanto estava angustiada até segundos atrás. Dou um olhar raivoso para ela, que dá de ombros. – Vocês vão ter um bebê. Beijos entre os dois são completamente normais comparados a isso.

– Mas eu o odeio, Annie – eu lembro e ela revira os olhos.

– Não odeia, não. Você nunca odiou. – Ela busca algo pela festa com o olhar. – Onde está Bianca e Zoë?

– Devem estar com Rachel em algum lugar por ali – eu aponto para a pista improvisada, onde corpos dançam extremamente grudados. – Saí de lá sem resolver nada.

Annabeth olha confusa para mim.

– Rachel?

Conto a história rápido e resumidamente, de quando a conheci até o momento que descobri que ela é prima de Jade. Quando termino, Annabeth franze a testa.

– E você acredita nisso tudo? Ela é prima de Jade, não podemos confiar nela.

– Ela nem sabia de nada, Annie. Pareceu tão chocada quanto eu quando percebeu tudo – eu digo – Além dela não ser nada parecida com Jade. Vem, vamos procurá-las.

Annabeth revira os olhos e eu a ignoro. Passo os olhos pela festa a procura das garotas. Avisto cabelos ruivos balançando entre as pessoas. Rachel. Puxo Annabeth pelo braço e desviamos das pessoas até chegarmos aos cabelos que se destacam entre outros tão comuns.

Encontramos Rachel, Bianca e Connor e Travis Stoll dançando ciranda cirandinha em volta de Zoë, que tenta empurrá-los para longe enquanto grita coisas inaudíveis.

– Ah, não. – Vou até eles e puxo Rachel para fora da roda. – Rachel!

Ela se vira para mim com os olhos brilhantes e um sorriso enorme.

– Oi, Thalia – ela me abraça. – Você está linda. Você é linda.

Sinto os braços de Bianca em nossa volta, se juntando ao abraço. Até que de repente ela começa a girar e nos leva junto.

– Eu amo vocês. – ela diz entre soluços e risadas, enquanto nos gira. – Thalia, meu sobrinho e minha nova amiga, Rachel. Amo todos.

– Annabeth, socorro! – eu grito enquanto tento afastá-las. – Annabeth!

Annie me puxa enquanto ri.

– Não tem graça!

– Porque você não estava vendo essa cena ridícula. – ela diz ainda rindo e eu dou um tapa em seu braço.

Zoë aparece com os braços cruzados e uma cara emburrada. Bianca dá um sorriso e abre os braços para ela.

– Se você, di Angelo... Ou você, ruiva – ela aponta para duas e Bianca coloca a mão sobre o peito. – Se aproximarem de mim antes de estarem completamente sóbrias, eu juro que mato vocês.

– Desculpe – as duas murmuram.

– E vocês – Zoë se vira para Annabeth e eu. – Eu procurei vocês por... – ela nos encara e franze a testa. – Onde vocês estavam e porque estão desarrumadas?

Meus olhos encontram o de Annabeth e depois voltam para Zoë.

– No banheiro. – eu respondo no momento em que Annabeth diz “na cozinha”.

Zoë nos olha com os olhos semicerrados e dá de ombros em seguida.

– Você precisa da um jeito na sua cunhada e na sua amiga ruiva descontrolada, Thalia – ela olha para as duas, que fazem uma dancinha com os braços. – Agora.

– Ela não é minha cunhada! – eu exclamo e Zoë cruza os braços para mim. – Ok. Annabeth, você vai atrás de Jade. – eu digo e me viro para Zoë. – E você, procure Nico. Eu vou ficar com as duas.

Annabeth assentiu e se retira rapidamente. Zoë olha para mim.

– Como eu vou encontrar Nico com toda essa gente aqui?

– Hm... Que tal começar pela cozinha? – Eu digo e ela revira os olhos antes de sair em direção a cozinha.

Arrasto Bianca e Rachel até um canto vazio.

– Não ousem me abraçar ou saírem daqui. – eu ameaço as duas e encosto na parede ao lado delas.

Depois de alguns minutos, Annabeth aparece com Jade, que vem batendo os pés até nós. Ela passa por mim sem dizer uma palavra e para em frente a Rachel.

– Está tudo bem com você? – ela pergunta, parecendo preocupada, Rachel balança a cabeça enquanto sorri. Jade se preocupa com outra pessoa além dela ou Nico? – Eu não acredito que você bebeu, Rachel! Sua mãe vai me matar e minha madrinha também! Elas me fizeram prometer que eu cuidaria de você.

– Eu estou bem, eu estou ótima! – a ruiva exclama.

– Não está, não. – Annabeth e Jade dizem ao mesmo tempo. Rachel vira para Annie e franze a testa.

– Quem é você?

Antes que Annabeth responda, Zoë aparece com Nico.

– Como você sabia que ele estava na cozinha? – ela pergunta para mim com um sorriso malicioso.

– Annabeth o viu lá. – eu digo ligeiramente e Nico arqueia a sobrancelha para mim, mas não diz nada. – Dê um jeito na sua irmã, di Angelo.

P.O.V Nico di Angelo

Já do lado de fora da casa, Bianca parecia melhor e mais sóbria, ao contrário de Rachel, que vomitava a cada dez passos que dava. Jade parecia prestes a chorar enquanto amparava a prima.

– Eu não posso levá-la desse jeito! – ela diz com desespero na voz enquanto olha para Thalia. Para Thalia? – Você precisa levar ela com você. - Rachel choraminga nos braços de Jade. – Por favor, Grace.

Bianca arregala os olhos e Thalia solta um suspiro e se vira para mim.

– Tudo bem pra você? – ela me pergunta e eu dou de ombros. – Ela vai conosco, então.

Jade balança a cabeça vagarosamente e olha para Rachel.

– Me ligue assim que chegar, ok? – Rachel concorda. – Eu pego você amanhã logo cedo.

Depois das duas se despedirem, Jade volta para dentro com Calipso e nós vamos para o carro.

– Eu vou te matar amanhã, Bianca. – eu digo para minha irmã, que parece não me escutar.

– E eu vou matar você, Rachel! – Thalia exclama e a ruiva deita a cabeça em seu colo, ignorando a ameaça de morte.

...

Chegando em casa, Thalia leva Rachel para seu quarto e Bianca vai para o dela. Arrasto-me até o meu e vou direto para o chuveiro. Não sei por quanto tempo fico lá, mas quando saio está tudo em silêncio. Visto uma roupa qualquer e jogo a toalha em cima da cama antes de sair do quarto e ir para o andar debaixo.

Entro na cozinha e acendo a luz, me movendo até a geladeira e pegando a garrafa de água. Quando me viro novamente, Thalia está parada no meio da cozinha com um pijama cinza e curto, sua barriga aparecia mais com ele. Ela estava linda.

– Temos um pequeno problema – ela pisca para mim e eu faço um gesto para que ela continue. – Eu deixei Rachel no quarto e fui tomar banho. Quando eu voltei, ela estava dormindo e ocupando toda minha cama. Fui até o quarto de Bianca e a porta está trancada!

– Ela sempre tranca. Longa história. – Eu bebo um gole da água e a encaro. – Então...

Ela olha incrédula para mim.

– Você espera que eu durma no chão, Nico?!

– Ah... Você pode ficar no meu quarto – eu digo colocando o copo na pia.

– Eu ia pedir para você tirar a Rachel de lá... – ela começa e eu a corto.

– E por aonde? No chão? – eu dou um sorriso malicioso. – Ou na minha cama?

– Não! – ela exclama. – Quer dizer... Ah, tudo bem. Eu fico no seu quarto.

Quando subimos, Thalia se joga na minha cama e pisca para mim.

– Por que só você tem uma cama de casal? – ela questiona e eu dou um sorriso malicioso para ela, que joga um travesseiro em mim.

– Cuidado, Grace. Não me faça te colocar pra dormir no sofá – eu ameaço e ela mostra a língua para mim. – Agora me dá espaço.

Empurro-a para o lado e me deito. Ela joga a coberta em mim e morde o lábio.

– Boa noite, Nico. – ela diz, fechando os olhos.

– Já vai dormir? – eu pergunto e ela abre os olhos e me encara.

– Obviamente, né? – ela revira os olhos.

– Ai, que grossinha. Você está na minha cama, lembra?

– Cale a boca e me deixa dormir, Nico! – ela exclama e eu dou um sorrisinho pra ela.

– Vem calar. – eu digo e ela ri.

– Eu já te dei tantos tapas por isso – ela diz e eu puxo ela pra perto, colando seu corpo ao meu.

– Mas isso era quando você me odiava.

– O que te faz pensar que eu não odeio mais, di Angelo? – ela arqueia a sobrancelha pra mim.

– O fato, por exemplo, de seu corpo estar grudado ao meu e você não se afastar – eu alego, dando um beijo na ponta de seu nariz. Ela solta um suspiro e fecha os olhos novamente.

– É, talvez.

É a última coisa que ela diz antes de cair no sono.

P.O.V Rachel Dare

Acordo com o celular tocando ao meu lado. Abro os olhos e encontro um quarto desconhecido: paredes brancas, um espelho grande ao lado de uma cômoda e malas em um canto. Sento-me na cama e me viro para pegar o celular, dando de cara com um retrato com Thalia, dois adolescentes parecidos e uma mulher mais velha que lembrava os três.

Então me lembro da noite anterior. Da festa onde descobri que minha prima é apaixonada pelo pai do filho de minha mais recente amiga, da festa que bebi sem parar depois dessa descoberta. Droga, Rachel. Mil vezes droga. O celular toca mais uma vez e eu atendo.

Eu estou saindo de casa agora, Rachel. – Escuto a voz da minha prima ao outro lado da linha. – Se arrume logo antes que sua mãe ou Beatrice resolva ligar para Maria di Angelo.

– Tudo bem – eu digo e percebo que quase não tenho voz. – Só vou pegar minhas coisas e te espero lá embaixo.

Jade desliga antes que eu termine a frase. Levanto-me e vou até o espelho, passando as mãos sobre o cabelo e tentando dar um jeito na minha roupa amassada. Encontro minha bolsa no chão ao lado da cama e a pego, saindo do quarto logo em seguida.

– Bom dia – a voz de Bianca me faz virar em um pulo assustado.

– Você quase me matou de susto.

– Desculpe – ela dá um sorriso. – Você já está indo?

Eu assinto e ela olha para a porta do quarto de Thalia.

– Ela já acordou?

– Provavelmente, já que ela não está no quarto.

Bianca franze a testa.

– Tem certeza? Ela também não está lá... – ela para no meio da frase e dá um sorriso malicioso, me puxando pelo braço logo em seguida.

– Para onde você está me arrastando? – eu questiono e ela faz um gesto para que eu fique em silêncio, parando em frente a uma porta há alguns metros do quarto onde eu dormi.

– Se Thalia não está lá embaixo nem no quarto... – ela sorri novamente e abre um pouco a porta, colocando a cabeça para dentro. Ela solta um suspiro e minha curiosidade faz com que eu espie o quarto também.

Meus olhos encontram Thalia e Nico agarrados. Apesar de a cama ser de casal, uma cama de solteiro seria mais que suficiente, já que se encontravam tão grudados um no outro que o espaço ocupado era mínimo.

– Eles estão juntos? – eu pergunto num sussurro pra Bianca.

– Não. – Ela sussurra de volta e dá um sorrisinho. – Ainda não.

Saímos dali e Bianca fecha a porta com cuidado.

– Não entendo porque não estão juntos ainda – Eu digo.

– Porque são orgulhosos demais – Bianca bufa. – Mas é questão de tempo.

Escuto a buzina do carro de Jade lá fora.

– Jade chegou – eu digo e Bianca balança a cabeça. Descemos até a sala.

– Falando em Jade, qual é a dela sobre Nico?

– Está completamente apaixonada – eu paro e me corrijo. – Obcecada, na verdade. Jade não é muito de se apaixonar, mas costuma pensar que está.

– Eu sei que ela é sua prima e tudo mais, mas é insuportável! – Bianca diz e abre a porta de entrada. – Além de estragar tudo com aqueles dois.

Eu dou uma risada.

– Juro que ela não é insuportável quando é sua amiga – eu olho para o carro e vejo-a acenar para Bianca e eu. – E sobre ela e Nico, não acho que dure muito.

– Eu espero que não – Jade buzina outra vez. – Acho melhor você ir, antes que ela venha me arranhar com aquelas unhas enormes.

Eu assinto e me despeço de Bianca. Ando até o carro e entro rapidamente.

– Bom dia, querida prima – eu a cumprimento com uma voz angelical.

– Eu poderia de jogar em frente esse carro e passar por cima, Rachel Dare – ela me ameaça, mas liga o carro. – Você tem noção do quanto estou irritada com você?

– Hm... Um pouquinho? – eu arrisco, mordendo o lábio inferior.

– Muito, Rachel! Muito. – ela exclama. – Você bebeu e praticamente vomitou em mim, me fez mentir para as duas únicas mulheres que se importam comigo e o pior de tudo, não me contou sobre Thalia Grace e Nico, além de virar amiguinha dela.

– Desculpe, Jade. Eu não sei por que bebi, você sabe que não bebo – ela balança a cabeça, ainda com a cara emburrada. – Sinto muito por ter feito você mentir pra mamãe e para Beatrice. E eu juro que não fazia ideia de que Nico era o garoto que você procurava. – Eu olho para ela, que não tira os olhos da rua. – Eu não fazia ideia de quem eram os dois, Jade. E eles tinham tanta química, só pude torcer para que se entendessem.

– Eu não sou cega, Rachel. Eu não sei o que ele vê naquela garota... – ela solta um suspiro. – Ok, talvez os olhos ou os cabelos...

– Ou o corpo – eu digo e ela se vira com raiva para mim. – Desculpe.

– Não importa. Eles se odiavam. Qual o problema de continuarem assim? – ela para no semáforo e se vira para mim. – Mas é questão de tempo para ele estar só comigo.

– É?

Ela revira os olhos para mim.

– Um dia você vai perceber que nascemos um para o outro e parar de apoiar os dois – ela se perde em pensamentos por um segundo, dando ombros em seguida. – Como ele estava, aliás?

Penso nele agarrado com Thalia, arrancando suspiros de Bianca. Eu não poderia ser contra aqueles dois por nada. Nem minha prima conseguiria me fazer deixar de torcer por eles, eu vi tudo começar e com certeza queria ver tudo terminar bem. Olho para Jade e forço um sorriso.

– Ah, ele estava ótimo – eu respondo e ela dá um sorrisinho. – Dormindo como um anjinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Ignorem qualquer erro, pois alguém ficou com preguiça de revisar. Desculpem a demora, mas estava muito ocupada com o musical, tirando o fato que um amigo passou a me ignorar no dia do aniversário dele e postou umas coisas que me deixaram de coração partido, MAS EU SUPEREI E AGORA ESTOU COM RAIVA. Mas ok, um bom dia das crianças pra vocês e até mais ❤



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