Eu, meu inimigo e nosso bebê escrita por Lucy
Notas iniciais do capítulo
Oi, oi pra vocês! Eu sei que demorei mais do que eu normalmente demoro para postar, mas é que essa semana foi campeonato na minha escola e quem organiza são os dois terceiros anos, e eu faço parte de um deles. Foi tudo tão estressante e cheio de coisas pra fazer que eu não tive tempo para mais nada. Mas aqui estou, com o capítulo e um beijo enorme para a Serial Killer (rainha) e para a Adrielli Viana, que escreveram duas recomendações maravilhosas para a fic. Obrigada, obrigada e obrigada pra vocês duas! ♥ Agora uma boa leitura pra vocês ♥
P.O.V Thalia Grace
Procuro o celular arrastando a mão por toda a cama ainda de olhos fechados. Assim que desligo o maldito alarme, bufo e dou um impulso para levantar, mas o braço em volta de minha cintura me impede de fazer isso. Abro os olhos e olho para Nico, que parece nem ter percebido o som que quase me matou de susto. Tiro seu braço de cima de mim e me levando preguiçosamente.
Pego uma regata e uma calça qualquer e me dirijo lentamente até o banheiro, me segurando para não gritar de raiva por ter que acordar tão cedo. Quando saio de lá, já trocada e com minha higiene matinal feita, Nico ainda dorme largado na cama. Me arrasto até ele e cutuco seu braço.
– Nico – eu o chamo. – Acorde, garoto.
Ele nem se move.
Eu dou um tapa na sua cabeça e isso funciona, fazendo ele abrir os olhos com uma expressão de susto para mim.
– Bom dia. – eu murmuro, segurando a risada.
Ele olha com raiva pra mim e eu dou de ombros.
– Você não me deu escolha. – eu justifico. – Você não acorda com nada.
– São nesses momentos que eu me lembro de como odeio você – ele diz se levantando.
Mando um beijinho debochado pra ele.
– Tá, tá. Agora vai se arrumar que você tá atrasado.
Eu digo empurrando ele pra fora do quarto e saio em seguida para descer para a cozinha. Encontro Bianca comendo cereal encostada no balcão.
– Olá. – eu digo e ela aponta a colher pra mim.
– Vai comer para a gente não se atrasar. – ela diz e aponta pra mesa. – Peguei umas coisinhas para você.
Olho para a mesa e vejo um prato cheio de frutas, pedaços de bolo e barrinhas.
– Você quer me deixar obesa, Bianca? – eu pergunto olhando chocada para ela. – Eu comeria menos em uma semana inteira.
Ela revira os olhos e me entrega um copo de suco de maracujá.
– Só come o que você quiser e eu levo o resto pro Nico comer no carro, já que ele está atrasado para variar. – ela diz e sai da cozinha.
Escuto ela gritar o irmão enquanto me sento. Ela volta e se senta ao meu lado, terminando seu cereal. Eu como uma maçã e um pedaço de bolo de cenoura.
– Ni... – Bianca começa gritar e para quando Nico entra na cozinha. – Vamos.
Nico se aproxima e pega um pedaço de bolo e vamos em direção a porta de saída.
– Eu dirijo. – Bianca grita e corre.
– Novidade. Você sempre dirige. – Nico reclama e nós dois andamos até o carro.
O caminho da escola é curto, vamos conversando o caminho todo sobre como realmente odiamos ir para a escola tão cedo.
– Mais um dia no inferno. – Nico diz e pula pra fora do carro.
Eu saio e não tenho tempo de fazer nada antes que Zoë pule em mim.
– Como está meu afilhado?
– Como está minha afilhada? – Annabeth diz aparecendo do nada. – É uma menina, Zoë.
– É um menino. – Zoë e Nico dizem ao mesmo tempo.
Eu dou uma risada e coloco a mão na barriga.
– Parem de confundir o bebê.
Vamos caminhando para a sala até Jade chegar agarrando Nico e levar ele para o lado contrário. Finjo vomitar quando ela sai de perto de nós.
– Qual nossa primeira aula? – eu pergunto para Bianca.
– Informática. – ela responde com um bico.
Reviro os olhos. Aula de informática é a coisa mais inútil de todas, que tipo de pessoa não sabe mexer em um computador atualmente?
Seguimos juntas para a aula. Quando entramos na sala, Sra. Lyra, uma professora baixinha e sorridente anda até nós.
– Venham aqui, crianças. – ela diz nos empurrando para os computadores. – Faremos um trabalho realmente incrível hoje!
P.O.V Nico di Angelo
Entro no refeitório e caminho até a mesa desviando das pessoas que se encontram no meu caminho. Bianca conversa animadamente com Percy e Zoë, enquanto Annabeth e Thalia sussurram uma para a outra. Sento-me de frente para minha irmã e ela empurra uma bandeja para mim.
– O que você faria sem mim, Nico?
– Você sabe que eu amo você, Bia. – eu mando um beijo para ela e ela revira os olhos.
Continuamos conversando por um bom tempo, até Jason Grace parar com o rosto vermelho e a respiração pesada na ponta de nossa mesa.
– Tá tudo bem, Jason? – Thalia pergunta com um olhar confuso para ele.
– Você não vai acreditar quem está aqui. – ele diz com uma expressão de choque para Thalia. – E procurando por você.
Todos oscilam o olhar entre Jason e Thalia, esperando uma explicação.
– Quem, Jason? – ela pergunta com a sobrancelha arqueada.
Jason abre a boca para responder quando duas pessoas aparecem atrás dele. Uma garota de aparentemente 20 anos, cabelos castanhos e compridos presos com uma trança e olhos azuis familiares, ao seu lado, um garoto com os mesmos olhos, porém com uma pele bronzeada e o cabelo loiro. A garota toca o ombro de Jason.
– Por que você saiu correndo, Jason? – ela pergunta, cruzando os braços.
Thalia se levanta com a boca aberta.
– Ártemis? Apolo? O que estão fazendo aqui?
O garoto dá um sorriso de cegar alguém e ouço Bianca suspirar.
– Viemos ver nossa irmãzinha, oras. – Apolo diz e abraça Thalia. - Eu nem acredito que vou ser tio.
Ela retribui o abraço instantaneamente, mas sua expressão ainda é de choque. Esses dois são irmãos de Thalia?
– Irmãzinha? – Bianca questiona.
Ártemis dá um abraço apertado em Thalia e quando se solta, cruza os braços para ela com uma expressão irritada.
– Além de esquecer-se de contar para sua irmã que está grávida, finge que eu não existo para seus amigos?
– Vocês são tão sumidos de minha vida que eu esqueço da existência de vocês. – Thalia diz e sorri envergonhada.
Ela nos apresenta e explica sobre a gravidez para seus irmãos.
Jason permanece parado na ponta da mesa sem dizer nada. Bianca encara Apolo com o rosto apoiado nas mãos, e quando olho em volta, percebo que ela não é a única, as garotas do refeitório olham para ele com olhares apaixonados e suspiram sem parar.
– Quem contou sobre a gravidez? – Annabeth pergunta.
– Hera, mãe de Jason. – ela se vira para Thalia. – Nós ligamos ontem para saber como vocês estavam e ela me contou que você estava morando em outro lugar, mas Zeus chegou gritando e ela não explicou o motivo. Então pegamos o carro e viemos ver o que aconteceu.
Ela dá de ombros e me encara com os olhos semicerrados.
– E você é o pai do bebê.
Aceno a cabeça afirmando com a sobrancelha arqueada.
– É impossível meu sobrinho não nascer com olho azul. – Bianca diz encarando os gêmeos. – A família toda tem!
Apolo ri e Ártemis dá um sorriso.
– E vai ser bonito também. – o irmão mais velho diz e pisca para Bianca.
Nesse momento, sinto braços em volta de meu pescoço. Thalia e Bianca reviram os olhos e eu adivinho ser Jade.
– Oi, Niquito. - ela diz, beijando meu pescoço. - Vim te buscar para irmos para a aula.
– Não. - Thalia diz e cruza os braços.
– Desculpe? - Jade para de beijar meu pescoço e encara Thalia.
Ela permanece de braços cruzados e com uma expressão irritada.
– Nico não vai pra aula com você. - ela diz secamente.
Jade dá uma risada e me puxa pelo braço.
– Vamos, amorzinho.
Thalia revira os olhos e anda até nós, afastando o braço de Jade de mim.
– Ele vai comigo. - ela se vira para mim. - Eu preciso falar com você, depois você volta pra sua namoradinha.
É minha vez de revirar os olhos.
– Já basta uma namorada, né? - eu digo e Thalia me mostra a língua.
– Você vai ficar aqui mesmo, Nico? - Jade pergunta com um bico e eu assinto.
– Vai logo, garota. - Thalia diz com o olhar enojado para Jade. - Antes que eu perca a paciência e tire você daqui com minhas próprias mãos.
Jade olha com raiva para Thalia e sai batendo o pé, sendo seguida por suas duas estranhas amigas.
– Vamos concordar que a Thalia é mesmo uma destruidora. – Zoë diz rindo.
– Quem é aquela? – Ártemis pergunta olhando para porta por onde Jade saiu.
– É uma menina que o Nico pega ocasionalmente. – Percy diz, com um sorriso bobo para Ártemis.
Ela olha com raiva para mim e eu dou o mesmo olhar para Percy.
– Isso não é verdade. – eu justifico. – Ela que vive me perseguindo.
– E você não reclama. – Thalia diz de cara fechada. – Vamos, agora é educação física.
Ela olha para Apolo e Ártemis.
– Eu ligo para vocês ainda hoje, ok?
Saímos de lá depois que eles se despedem e saem para voltarem para casa de Zeus.
– Por que você nunca me disse que tinha uma irmã tão gata, Thalia? – Percy pergunta.
Thalia ri e Annabeth olha com raiva para ele.
– Porque isso não é da sua conta, Jackson.
Zoë olha com raiva para Annabeth, que dá de ombros.
– Não me olhe assim, Zoë. Você sabe que nos odiamos. – ela diz cruzando os braços.
– Eu já vi essa história antes. – Bianca murmura. - E agora vou ser tia.
Eu passo o braço pelos ombros de Thalia.
– Agora até juntos nós moramos. – eu digo.
– Por falta de opção, mas moramos. – Thalia diz rindo.
Annabeth e Percy fecham a cara o resto do caminho. Quando chegamos na quadra, Thalia me puxa para arquibancada e nos sentamos.
– Pode falar. – eu digo e ela cruza os braços.
Ela morde o lábio inferior e olha pra mim, parecendo em dúvida em como começar a falar.
– Ahn... Bom, não quero que você fique bravo, mas sobre a briga de ontem... Eu queria saber o que Luke disse para te deixar tão irritado. – ela olha para mim, procurando qualquer traço de raiva.
Dou um sorriso de lado para ela.
– Tava demorando pra você fazer essa pergunta, achei que tinha esquecido. – ela olha para mim, esperando uma resposta. – Você quer mesmo saber?
Ela afirma com um balanço de cabeça e eu dou de ombros.
– Ele disse que era questão de tempo pra você voltar correndo para cama dele... E mais um monte de coisas idiotas que eu prefiro nem repetir. – eu digo e minha raiva volta no mesmo momento.
Thalia me encara e vejo que a raiva está ainda mais presente nela do que em mim, mas também há traços de decepção.
– Ele disse isso?! – ela exclama com muita irritação. – Ok, eu vou matá-lo.
Eu coloco a mão em seu ombro e ela olha pra mim.
– Obrigada por ter me defendido, Nico. Você nem tinha nada a ver e mesmo assim fez isso.
– Eu senti a necessidade de defender você. Na verdade, eu ainda sinto. Pensar em você magoada ou machucada já me deixa pirado. – eu digo e solto uma risada baixa. – Isso tá me assustando, viu?
Ela me dá um sorriso encantador e eu me seguro para não ficar encarando os lábios dela, era com certeza o sorriso mais lindo que eu já tinha visto.
– Assim eu vou começar a pensar que esse ódio é amor, Niquito. – ela diz, ainda sorrindo. – Eu não faço ideia de como te agradecer.
– Sabe, Thalia, eu acho que tenho ideia de como. – eu digo com um olhar malicioso e ela olha confusa para mim.
– Como?
– Assim. – eu digo a puxando pelo pescoço e grudando seus lábios nos meus.
Ela parece assustada no momento, mas em segundos ela parece relaxar e coloca suas mãos em meu cabelo. Grudo seu corpo no meu e sinto ela sorrir sem descolar nossas bocas. Tudo parece bem, até o momento em que Jade dá um grito exageradamente alto.
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Espero que tenham gostado. Desculpe a demora mais uma vez e até algum dia aí. ❤