A Cor do Amor escrita por GraziHCullen


Capítulo 3
Obediência




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A cor está presente em nossa vida. Em tudo que nos rodeia. Muitas pessoas não sabem como cada cor pode influenciar seus sentimentos. Uma única cor e Você pode saber toda personalidade da pessoa. Por isso eu me esforcei para conseguir ver alguma coisa naquele cara lindo que estava na minha frente. Mas tudo que vi foi... Bom, foi o nada.

 

Eu o ouvi rir. Provavelmente por que percebeu a cara de tapada que eu provavelmente estava naquele instante. Mas foi a risada mais linda que eu já vi.

 

_Sou Edward Cullen – o ouvi falar. Preciso dizer que sua voz era completamente sexy? Ou que ela me fez ficar arrepiada?

 

_Bella – Falei, debilmente. Vi seus olhos verem dentro da minha alma, de tão forte a ansiedade dos olhares que ele lançava a mim. Não sei por que mais pela primeira vez, a dor de cabeça causada pelo meu dom não existia mais. Olhando nos seus olhos eu não percebia mais nada. Só o calmo e prazeroso vazio.

 

Percebi que sua boca (linda, por sinal) se abriu, quase falando algo. Mas sua frase foi cortada pelo barulho do sinal. Assim que Edward o ouviu seu olhar se desviou do meu e eu voltei a sentir todo o turbilhão de emoções que os alunos alvoroçados sentiam.

                                                               

Eu quase gritei em voz alta “Volte”, mas me contive.

 

Quando o vi se afastar sem dar um tchau um sentimento estranho se apoderou de mim. Eu tive que fazer força para me manter sentada na cadeira. Ele se sentou ao meu lado, coisa que me deixou mais surpresa ainda. Ninguém senta ao lado dos esquisitos a não ser que queira se tornar um deles. E ninguém quer se tornar um esquisito.

 

Ninguém mesmo.

 

Mas se ele quer se sentar perto de mim... Bom, quem sou eu para reclamar?

 

Eu podia sentir as auras das pessoas se mesclando umas com as outras enquanto todos cochichavam sobre o deus grego ao que sentava ao meu lado. Eu podia ver todas se transformando em um tom brilhante.

 

E eu já estava me entregando às sensações de todos na sala quando ouvi um baque na minha frente.

 

Jéssica, a mine-escrava de Rosalie jogou seus livros na minha frente, em cima da minha mesa, se apoiou e olhou dentro dos meus olhos.

 

_Suma, perdedora – Disse, para logo em seguida virar-se para Edward. Sua aura ficou vermelha, cor que pode significar desejo, sedução. Grossos fios e esticaram de sua aura e se enrolaram em volta dele quando ela sorriu. Uma parte pequena próxima a mim ainda estava preta, e ela se retraia, dando sinal que ela me queria longe.

 

Ouvi-a ronronar para o Edward enquanto sentava-se à mesa e vi também um sorriso torto que ele deu para ela. Surpreendentemente uma fúria tomou conta de mim. Não me reconhecendo, empurrei-a para fora da cadeira fazendo com que ela caísse de bunda no chão. Peguei seus livros e os joguei em cima dela, rezando para que eles batessem em um ponto exato que a fizessem perder a fala.

 

Mas eles bateram em seu colo e o seu gritinho de susto foi único.

 

Sua aura ficou preta por completo, serpenteando em direção ao meu pescoço como quem quer me enforcar até a morte. Eu desejei que a cor se voltasse contra ela mesma. Que quem fosse enforcado pelo ódio fosse Jéssica.

 

E surpreendentemente, sua aura me obedeceu. Ela foi se retraindo, dobrando-se, até que alcançou o seu pescoço. Jéssica ficou com a expressão vazia por um estante até que começou a respirar com dificuldade.

 

A ouvi soltar um guincho de socorro, segurando a garganta. Todos perceberam que não era de mentira. Não era para chamar atenção.

 

O professor chegou à sala com uma aura branca, tranqüila. Mas que acabou virando uma mancha cinza de preocupação, assim que seu olhar chegou a Jéssica.

 

Eu tentei fazer com que a aura a saltasse. Juro para você. Mas dessa vez ela não me obedecia. Eu só enxergava o preto.

 

Quando senti dedos macios por cima do meu agasalho, tudo voltou ao normal. Os fios da aura se soltaram de Jéssica caindo moles pelo piso. Sua cor ficou branca, de alivio.

 

Olhei para o lado em que a mão macia vinha e vi o Edward me olhando diferente. Quase como entendimento. Como se soubesse que quem fez aquilo foi eu. Olhei para a Jéssica e percebi a gravidade do que eu tinha feito. Eu nunca tinha conseguido manipular auras desse jeito. Eu tinha que tocá-las para que elas fizessem o que eu mando. E mesmo assim, nunca conseguiria fazer algo de mal. Mas parece que hoje eu não estava normal.

 

Por isso quando ajudaram Jéssica a se levantar eu só pensava:

 

O que foi que eu fiz?!

 

 

 

 

 

 


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