A Cor do Amor escrita por GraziHCullen


Capítulo 17
Luta




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Olhando agora para o papel em minha mão, todo o meu passado corre em minha mente. Depois que o Edward veio até a minha casa tudo passou inexplicavelmente rápido. Duas semanas já se passaram e neste meio tempo eu só aproveito a presença do Edward.

 

A Alice deu o que Emmet chamou de “bote final” no Jasper. Ela meio que atacou o Jasper. Tipo, foi até engraçado quando os dois se viram e o Jazz ficou olhando para ela com cada olho do tamanho de um prato e a boca aberta. (O Emm jura que viu um fio de baba, mas eu não posso dar meu depoimento exato sobre isso!) O mais legal foi depois de três dias de pura timides do meu primo ela foi ate ele, segurou seu braço jogou ele na parede com uma força que so Deus sabe onde ela arrumou e mandou na lata: “vai me chamar pra sair ou não?”

 

O Emmet resmungou um “como se ela já não soubesse!” mas eu tossi para disfarçar. O Edward rindo não ajudou muito.

 

Nessas duas semanas eu também andei treinando. Sabe, usando os meus dons. Eu não falei para o Edward porque eu quero tanto manter meu dom em perfeito estado, já que provavelmente ele teria um aneurisma de preocupação, me trancaria em um carro-forte e falaria que eu só sairia dali depois que o mundo estivesse seguro. O que é tipo... impossível, já que na vista dele até o ar é perigoso. O Emmet vive fazendo piadinhas infames sobre isso, o que me levou a usá-lo como meu saco de pancadas na hora do treinamento com o Carlisle.

 

Por falar em Carlisle... Esse homem é surpreendente quando nota que alguém tem talento. Ele ficou meio que fissura do com a evolução do meu dom. Eu consigo, de alguma forma, envolver minhas cores em volta de objetos inanimados, pessoas, animais... Enfim, tudo o que me der vontade. Mas minha motivação é simples: Manter Edward longe de James, e fazer com que ele fique salvo, não importa o que me custe.

 

James sumiu. Ou pelo menos ele acha que eu acho que ele sumiu. Eu vi pela minha janela outro dia ele encostado em um muro, olhando nos meus olhos. O pior é que ele percebeu que eu olhava, e mesmo assim sorriu, me desafiando.

 

Agora, continuo olhando para o papel. Era obvio que não era de Edward, apesar de seu nome estar no papel. A letra era diferente... Não tinha toda a classe esmagadora nas formas das letras apesar de que a pessoa que a clonou com certeza fez um bom trabalho.

 

“Bella: me encontre na floresta perto do parque municipal as 11 horas. Beijos... Edward”

 

Outro detalhe: Edward nunca se contentaria em escrever apenas “beijos” como despedida. Ele escreveria algo romântico, assim como ele faz nos cartões que deixa em meu armário as vezes. Coisas como “meu coração é seu” e “de seu maior admirador” são validas.

 

Mas, apesar de saber que meu namorado não era o autor desse bilhete eu senti vontade de ver quem me mandará isso, apesar do meu sexto sentido estar gritando em minha cabeça que é alguma armação.

 

Por isso, vestida totalmente de preto, fui ate a janela. Não tinha como pular, já que estou no segundo andar e meu senso de coordenação é baixo em excesso. Por isso, depois de olhar para a rua e ter certeza de que ninguém olhava, estiquei minha mão em direção a arvore mais próxima. Pude ver fios coloridos irem em direção a arvore e envolver-se em volta de um galho particularmente grosso. Puxei as cores e a ponta do galho veio junto, fazendo uma ponte da minha janela até o tronco da arvore. Subi na ponta em que puxei ate a minha janela e fiz com que a ponta abaixasse até o chão. De lá, com apenas um passo cheguei ao chão seguro.

 

Olhando em volta novamente, tive a certeza de que ninguém me olhava e corri até o parque, para encontrar o falsificador do bilhete. Se fosse a pessoa em que estou pensando, eu tenho uma chance absurdamente grande de nunca mais sair do meio de todas aquelas arvores.

 

(...)

 

Assim que cheguei na floresta, não tive surpresa nenhuma em ver James encostado casualmente em uma arvore. O ódio em seus olhos refletiam-se nos meus. Eu podia sentir o poder dentro de mim, movendo-se em ondas invisíveis.

 

_E então, Isabella... Gostou do sonho que teve comigo há alguns dias? Procurei ter a certeza de que ele seria o mais real possível...

 

Meus olhos arregalaram-se, em espanto. Como ele sabia desse único sonho sombrio que me espantou durante todo esse tempo?

 

_Você parece surpresa... Mas o seu namoradinho não contou que podendo manipular mentes eu posso manipular sonhos e deixá-los ter reações ao seu corpo bem... interessantes. – James falou, dessa vez desencostando-se da arvore e caminhando uns 2 passos em minha direção

 

O ódio reacendeu nos meus olhos assim que ele falou o nome do meu novo mundo.

 

_E então... Você veio aqui para proteger o idiota do seu namorado? Será que seu amorzinho vale o esforço?

 

Não respondi. Somente continuei olhando-o com ódio.

 

Chegou à hora em que ser esquisita finalmente valerá a pena. Chegou o momento em que meu dom irá ser justificado.

 

Com um sorriso satisfeito, levantei minha mão o suficiente para que a mesma ficasse em frente do meu rosto. O cotovelo dobrado, a coluna ereta, plenamente confiante.

 

James me olhava à espera do meu primeiro passo com um sorriso irritantemente arrogante no rosto.

 

_Vamos, Isabella... Você vai fazer algo ou vai ficar com essa mão levantada?

 

Ri levemente. Deus, como ele é um otário!

 

Empurrei minha mão para frente, meu cotovelo desdobrando-se. Do meu punho, fachas de luzes visíveis somente por mim saíram. Com força surpreendente atingiram o James. O corpo dele voou por três metros antes de cair no chão, em um baque. Vi ele levantar a cabeça como se eu não tivesse o mandado longe com um único movimente. Seus olhos encontraram os meus.

 

“Bata a cabeça contra a arvore” ouvi em minha cabeça a voz de James falando. Sem nem mesmo notar, movi meu corpo em direção a arvore mais próxima. Mas voltei à sanidade a tempo. Antes que eu me batesse contra a casca dura da arvore, levantei minha mão e bati com força na arvore. Senti a casca se partir quando concentrei energia na palma da mão. A arvore inteira, da raiz as folhas, explodiu.

 

“Pare!” James gritou em minha mente. O ignorei, que sem esforço. Concentrei-me nele.

 

Sua aura era preta, mas queimava meus olhos com seu ódio obsoluto. Fiz com que a aura dele se separasse em quatro cordas grosas, uma em cada braço e perna. A outra ponta, prendi uma em cada arvore, bem no topo. Seu corpo acabou por se levantar do chão. Seu grito de dor mais controlado chegou aos meus ouvidos. Apertei ainda mais sua aura fazendo eu grito se transformar em um berro mais agonizante que ouvi em toda a minha vida. Delirando com a dor, começou a gritar “Victória, amor!” em plenos pulmões.

 

Não posso dizer a você que me arrependo do que fiz a seguir. Eu estava sega pelo ódio e pelo poder que corria em minhas veias e tomava minha mente. Eu queria também, acima de tudo, proteger Edward deste cara mal. Sem sentir culpa puxei outro pedaço da aura de James, enrrolando-a em seu pescoço uma ponta e a outra prendendo no topo de uma arvore atrás dele. Ouvi o engasgar de James e pensei “calma... Logo você vai encontrar sua amada Victória...” ele começou novamente a gritar de dor.

 

Fazendo meu ultimo golpe, soltei as cordas que o mantinham pendurado no alto e que estavam presas em seus braços e pernas.

 

Obedecendo a lei da gravidade, o seu corpo caiu, a corda presa no pescoço puxou a cabeça para cima, quebrando seu pescoço audivelmente e prendendo sua garganta, impossibilitando a passagem de ar.

 

Fiquei ali... parada. Vendo James morrer enforcado.

 

 


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