A Cor do Amor escrita por GraziHCullen


Capítulo 15
Normal




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Carlisle quase teve um ataque histérico quando eu e Edward fomos perguntar o que aconteceu para que meus poderes estarem desse jeito. Mais desenvolvidos. E como eu consegui explodir algo que não tem aura? A cabeceira da cama se espatifou em pedacinhos minúsculos, como se alguém super forte tivesse quebrado.

 

Mas, sem me surpreender, Carlisle apareceu com uma teoria. Segundo ele o impacto causado pelo acidente me fez de alguma forma mudar a parte do meu cérebro responsável pelo controle do don. Agora por todo o meu poder estar mais descontrolado, mais descargas de energia vem sem que eu ao menos note. Sabe, tipo... Naturalmente.

 

Ele disse que auras são formadas pelas energias das pessoas, e que tomam cor na frente daqueles que podem vê-las e manuseá-las.

 

Resumindo: para ele, eu estou com o meu dom ampliado e que a culpa disso é do acidente e do meu cérebro defeituoso.

 

Eu fiquei em duvida se contava para ele sopre a “Passagem”. Eu não sabia se uma mente presa nos fatos científicos como a de Carlisle suportariam esse baque de informações, já que aquele lugar superava qualquer imaginação fértil. Era tudo tão lindo... Tão claro... Fiquei com medo de contar isso ao Carlisle e ele pensar que eu estava mentindo de alguma forma.

 

O fato é que, eu voltei para a casa nesse dia. Eu estava me sentindo um lixo, mesmo estando completamente curada. E eu não queria de forma alguma perturbar o Edward e qualquer familiar dele ficando na casa dele a manha toda. Arrastei meu peso morto até a casa de meus tios, e minha mente borbulhava de perguntas. Mas o que me irritava era o seguinte fato: onde eu conseguiria encontrar algo que falasse sobre a “Passagem”? Segundo a minha mãe (se era ela mesmo, ne?) a maioria das pessoas não lembra de nada daquilo quando volta a terra.

 

Suspirei quando finalmente cheguei em casa. Joguei minha mochila aos pedaços no sofá e me joguei na poltrona confortável do tio Charlie, a mesma que ele deixa sempre claro que não quer ninguém sentado. Mas eu sento lá do mesmo jeito, afinal, aquela casa também deveria ser minha, não é? Eles me deveriam tratar melhor, certo? Como uma filha, como eles tratam a Rosalie. Eles ficam comigo desde os meus 5 anos! Já deviam me considerar uma espécie de filha, certo?

 

Quando percebi, eu estava com os braços sobre a poltrona, a mão apertando fortemente o estofado. Descontado 13 anos de frustração nesse pobre objeto inanimado. Quando fui perceber o que eu realmente fazia já era tarde de mais. As correntes de energia passaram pelo meu corpo e do nada, a poltrona explodiu e o estofado voou para todos os lados, fazendo um barulho auto. Eu, com o empacto da pequena explosão voei por mais ou menos 1 metro e cai em um baque surdo no chão. Olhei para o lugar onde uma linda e confortável poltrona bege estava para encontrar pedaços de panos e de estofado espalhados por todo canto.

 

A, cara... Por que nada na minha vida da certo?

 

(...)

 

Se existe algo em que o ser humano foi inteligente ao criar foi o aspirador. Ai esta um objeto fácil de manusear e que nos ajuda, pobres adolescentes, a eliminar qualquer pista que deixamos quando fazemos nossas burradas características.

 

A única pista que não consegui tirar foi a falta da poltrona no meio da sala. Provavelmente ficarei de castigo pelos próximos 20 anos, ou pelo menos até eu completar 18 e sair dessa casa. Eu poderia colocar a culpa na Rosalie, mais meus tios são tão cegos com ela que eu acho que se ela esfregasse as coisas erradas que faz na cara deles, eles ainda não descobririam nada. As vezes eu me pergunto... Como será que seria a minha vida se aquele acidente não tivesse acontecido?

 

Cansada, desisti. Eu iria encarar meu castigo de pescoço erguido. Decidi finalmente descansar meu corpinho enquanto a Rosalie não volta da escola. Ela com aquele carro, esfregando isso na minha cara. Eu sei que quando fizer 18 anos, tio Fred nunca ira me comprar um carro. Não reclamo disso, mas... Eu queria ser uma adolescente normal, sabe?

 

Pensando nisso, fui para o meu quarto e sem nem trocar a roupa, me joguei na cama. As manchas de sangue do acidente ainda estava na minha roupa, apesar das feridas terem se fechado (com a ajuda de Carlisle). Só sei que eu dormi assim mesmo, grata pela historia da “Passagem”, a do James e qualquer outro tenham sido abafados pelo problema da poltrona. Estava grata por agir como uma adolescente normal, e ter medo apenas de um castigo. Mesmo que isso não seja, nem de longe, a pior coisa que esta para acontecer na minha vida.

 

 


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