A cidade era, realmente, muito pequena. Casas com jardins e cerquinhas de filme da matinê. Pouco movimento e pouquíssimos carros – uma ou outra caminhonete, daquelas grandalhonas e antigas –, o que reinavam eram as bicicletas. Pracinhas e parquinhos fofos. Pararam num deles e distribuíram-se pelos brinquedos.

Hermione sentaram-se no balanço, enquanto Harry e outros garotos do time de futebol brigavam para empurrá-las. Ronald rodava no carrossel.

O céu estava escuro, sem estrelas, apenas a lua crescente que servia como um grande lampião. Os postes deixavam o lugar com ar de contos de fadas.

– Aqui é legal. – Disse Hermione, enquanto Harry passava as mãos em suas costas.

– É sim. – Disse ele, que se aproveitava da situação do balanço.

– Em uma hora nós andamos praticamente toda a cidade.

– E acho que viramos celebridades. Olha lá. – Gina apontou para um local do parque onde um grande grupo de crianças com olhavam para eles curiosos.

Estranhos na cidade, certo? Era compreensível. E usavam roupas, falavam e curtiam de um jeito descolado demais para passarem despercebidos.

– Não viramos. – Corrigiu Hermione. – Nós somos. Acontece que não é muito comum a vinda de celebridades por aqui.

Todos que estavam por perto riram. Harry foi parando o balanço devagar.

– Sabia que você está especialmente linda hoje? É a luz da lua ou alguma roupa nova? – Sussurrou o jogador na orelha gelada de Granger.

– Obrigada. – Disse olhando para si mesma. – Mas a roupa não é nova e a luz está acostumada comigo.

– Então é você que fica cada dia mais linda.

Ela sorriu mesclando inocência e malícia.

– Hey, garotos. – Chamou Gina, piscando para a amiga. – Vamos no escorregador comigo?

Ela e os outros saíram, deixando o ‘casal’ em paz.