Perversa escrita por Diamandis
Hermione desfilou com raiva do táxi para casa. Suas botas de salto fino faziam um barulho oco a cada passo e o vento batia em seu rosto, movimentando os cabelos loiros ondulados.
Dentro de casa, subiu as escadas correndo, em silêncio.
– Hermione! – Chamou seu pai. – Não se esqueça da patinação e do ‘Jornalista Júnior’, querida.
Mas ele não ouviu a voz da filha, apenas o estrondo da porta de seu quarto batendo.
A herdeira Granger girou a chave na fechadura e jogou-se sentada na cama. Seu rosto estava vermelho e seus olhos tinham lágrimas estocadas que ela não deixaria cair – não mesmo –!
Pegou algumas almofadas e jogou-as com força contra a parede.
– Desgraçada... – Repetia a cada instante.
Como Chang teria tido coragem de enfrentá-la depois de traí-la daquela forma?! E, ainda por cima, ter falado aquelas barbaridades sobre Ronald. Idiota, fofoqueira, mentirosa, maluca! Mas aquilo não sairia barato. De jeito nenhum!
Foi até seu guarda-roupa e procurou, numa das gavetas, o objeto prateado. Lá estava ele, da mesma forma que o havia deixado.
Correu até o computador e leu o que estava escrito atrás do objeto. Digitou num site de busca:
Prozac (cloridrato de fluoxetina)
Escolheu uma das opções e clicou.
Fluoxetina é um antidepressivo da primeira classe de fármacos psicotrópicos a serem desenhados racionalmente. É principalmente indicado para o uso contra depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e bulimia nervosa.
É utilizado na forma de cloridrato de fluoxetina, como cápsulas ou em solução oral. Os medicamentos mais populares feitos com fluoxetina, nos Estados Unidos, são Prozac e Serafem.
Os olhos da loira brilhavam e seu queixo pendia com a surpresa.
Ela riu alto, já sabia o que fazer. Salvou o que leu e desligou o computador. Estava bem mais tranquila. Suspirou aliviada e foi se preparar para a patinação.
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