Perversa escrita por Diamandis


Capítulo 11
Capítulo 11




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Segunda-feira. A primeira aula já passava da metade. Biologia.

Sr. Arnold. estava com um estranho bom-humor. A aula estava até... Divertida.

Hermione desenhava na última folha do caderno. O espaço estava quase todo ocupado por desenhos de outros dias, outros sentimentos. Aquele, especificamente, era tédio.

– Em geral... – Começou o professor.

Granger desenhou um olho.

– ...quanto mais rapidamente uma planta perde H2O,...

Outro olho.

– ...mais rapidamente ela absorve H2O do solo.

Sobrancelhas.

– Isto se deve ao fato de que...

Hermione acabava de pegar o lápis de cor azul para colorir o desenho, quando bateram à porta e o professor interrompeu a explicação.

A garota se assustou e fechou o caderno rapidamente.

– Meus alunos – Disse logo após uma breve conversa com alguém, na porta. –, não sei se cheguei a mencionar a Gincana de Ciências que estou organizando.

“E o que eu tenho a ver com isso?”, pensou Hermione.

– Mas o meu principal objetivo é que haja uma interação entre salas de anos diferentes. Cinco alunos desta sala foram pré-selecionados e irão trabalhar com alunos do terceiro ano.

– Quais alunos, professor? – Perguntou um aluno da primeira carteira.

Arnold pegou uma lista e leu:

– São aqueles que obtiveram as melhores notas na minha última avaliação. Cho Chang, Luna Lovegood, Draco Malfoy, Ginevra Molly e Hermione Granger.

Hermione e Gina se entreolharam. Teriam de fazer um trabalho com a nova traidora rejeitada. Droga... Não poderia ficar pior. Poderia?

– Os parceiros de vocês já foram chamados e estão aqui. Entrem, garotos.
Um a um, cinco alunos do terceiro ano foram entrando na sala. Granger encarou um por um, analisando-os. Por último, seus olhos se encontraram a um belo par de olhos azuis. Ronald Weasley.

– Porcaria. – Murmurou, contrariada.

O intervalo já havia começado e Hermione terminava de recolher suas coisas. Amarrou os cadarços desamarrados e saiu, deixando a sala vazia. Gina a esperava no refeitório.

No corredor dos armários, procurou pelo seu número e abriu. Arrancou a última folha do caderno de Biologia e guardou-a numa pasta preta. Tirou a blusa de frio e dependurou num cabide solitário, no canto. Pegou um pequeno espelho retangular no bolso da mochila e conferiu o rosto. Nada de acnes – graças aos cremes da mãe –. Pensava sobre a droga do trabalho que iria fazer com Cho e Ron, o novato dos olhos azuis. Posicionou o espelho para que pudesse procurar fios rebeldes no alto da cabeça, mas não os encontrou. Na verdade, viu algo que a assustou. O espelho caiu no fundo do armário e ela se virou rapidamente.

– O que você quer?

– Vai ser divertido trabalhar com você. – Provocou Ronald. – Vamos ver como a garotinha se sai sem ninguém para passar cola.

Hermione o fuzilou com o olhar e respondeu:

– Escute bem, bolsista. Eu estou no comando aqui, ok?

Ele levantou as mãos, em sinal de inocência.

– Eu nunca disse o contrário.

– É só um aviso: não procure, você pode achar.

Ele gargalhou alto e ela saiu pisando duro.

“Quem ele pensa que é?!”, pensou raivosa.

“Eu disse que as coisas iriam mudar...”, Ronald se congratulava.

– Você demorou. – Comentou Gina. – O que aconteceu?

A ruiva esperava a amiga sentada a uma das mesas do refeitório, com as outras animadoras de torcida. À sua frente, tinha uma bandeja com iogurte, uvas e um sanduíche natural. Ao seu lado, um lugar vago e uma bandeja com as mesmas coisas que a dela.

Hermione tomou seu lugar e cumprimentou as garotas com um ‘tchauzinho’.

– Inutilidades... Nada sério. – Respondeu.

– Não acredito que vamos fazer trabalho com eles. – Reclamou.

– Com quem? – Perguntou Hermione, comendo uma uva, distraída.

– Eles. – Disse, empinando o queixo em direção a Ronald e Cho, do outro lado do refeitório.

– Ah, nem me fale! Acredita que ele teve coragem de falar que vai ser divertido trabalhar comigo?!

– Como é abusado! Você não pode deixar barato.

– Não se preocupe. Ele não perde por esperar. – Sussurrou, com um sorriso malicioso estampado no rosto.


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