Divergent escrita por GG


Capítulo 19
XVIII


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores!
Estamos na reta final da fanfic mas eu percebi que coloquei a contagem errada nos capítulos finais então eu nem sei mais quantos capítulos faltam exatamente, só sei que está no finalzinho, ignorem o fato de que irá muito provavelmente ultrapassar os 20 ou nem chegar a 20, eu me enrolei bastante. Boa leitura ♥
* CAPÍTULO PROGRAMADO *



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— Não entendo o motivo de tê-la trazido. — diz Adrian quando me vê ao lado de Eric, é assim que eles se referem a mim, como se eu fosse surda ou coisa parecida, ou então simplesmente não se importam com a minha presença aqui.

— Essa gracinha ficou em primeiro lugar, ela pode juntar-se a nós. — diz Eric segurando firmemente o meu braço, eu me sinto doente por tudo isso, eu só queria sair daqui e encontrar Tobias e Tris, alertá-los.... mas eles devem estar com esses malditos dispositivos, eles podem morrer, eu só preciso correr e encontrá-los mas preciso ser esperta para escapar daqui.

— Não temos mulheres como líderes na Audácia. — retruca Adrian erguendo as sobrancelhas.

— Mas que machista. — diz uma voz feminina juntando-se a conversa de repente, é Jeanine Matthews.

— A nossa aliança não permite que se meta em assuntos como este, Jeanine. — corta Adrian, Eric parece surpreso com isso.

— Calado, Adrian, chegou agora e não tem o direito de falar assim com nossa respeitosa aliada. — diz Eric ironicamente, Jeanine abre um sorriso para ele e seus olhos repousam em mim mais uma vez.

— Aliás você foi brilhante nas simulações. — diz Jeanine falando comigo. — Tão bem que poderia ser Divergente…

— O quê? — eu pergunto tentando fingir indignação com aquilo.

— Mas não é. — intromete-se Eric. — Ela estaria morta se fosse, não acha que eu deixaria isso passar, acha, Jeanine?

— Claro que não. — diz Jeanine fingindo estar ofendida. — Nunca duvidaria de você, Eric. Agora está na hora de irmos até a central, precisamos controlar tudo isso de perto…

— Tudo isso o quê? — interrompo.

— Ora, Eric, ainda não explicou tudo para a pobrezinha? — pergunta Jeanine sorrindo largamente para mim. — Olhe, querida, injetamos esses simuladores em todos os integrantes da Audácia, mas eles não funcionam nos Divergentes, assim iremos aniquilar a Abnegação e também e.... Espere um pouco, não foi você a transferida da Abnegação deste ano? Gosta deles?

— Se gostasse eu estaria aqui? — eu minto e ela parece satisfeita com minha resposta. A mentira queima como uma daquelas bebidas fortes descendo garganta abaixo, mas preciso mentir, preciso ser essa maldita mentirosa que me tornei desde que vim para a Audácia. Meu coração acelera ao imaginar Tobias e Tris, eles sabem se virar mas mesmo assim é inegavelmente perigoso. Também penso nos abnegados, só não gosto de Marcus mas todos os outros sempre foram…bons. — Pode continuar.

— Iremos pegar o que tanto procuramos na Abnegação, estará terminado. Destruiremos e acabará. — diz Jeanine e eu nem penso em perguntar o que é isso que eles tanto querem, sei que ela não me responderá, apenas pelo modo que seus olhos se movem eu sei que nunca me contaria um segredo daqueles.

+++

É impressionante como esses simuladores funcionam, é como se estivessem na simulação do medo e tudo fosse realmente real. Eric parece entretido com a conversa com líderes da Erudição e soldados da Audácia e me deixa sozinha em um canto com um tablet com filmagens em tempo real, ele o esquece comigo e eu me aproveito, gravei a senha que ele inseria com deslizes de dedos, é tão fácil que nem parece de verdade.

Procuro desesperadamente por Tris e Tobias, qualquer pista da localização deles pode me ajudar. E é então que eu encontro, parecem estar a caminha da Abnegação, pelas rotas é o que parece mais correto de se deduzir, apago o histórico de imagens recentes do tablet e bloqueio novamente, deixando-o largado do meu lado como se eu nunca tivesse mexido naquilo.

Eric retorna e acena para que eu o siga.

— Nós vamos a Abnegação agora. — ele informa enquanto caminho ao seu lado, entramos em carros da Erudição e eu figo tensa o trajeto inteiro, apenas pensando nas pessoas que correm perigoso, principalmente meu irmão e Tris, é torturante ficar ali parada enquanto eu poderia fazer algo para ajudá-los.

Quando chegamos a Abnegação uma onda de lembranças me envolve, é como estar e não estar em casa, talvez eu pertença e ao mesmo tempo não pertença àquele lugar. Meu coração acelera quando os carros param na frente de uma das várias casas idênticas, as pessoas são tiradas violentamente de suas moradias e jogadas ao chão, vários soldados da simulação da Audácia apontam suas armas, é tudo tão horrível que eu só consigo lembrar-me de meus pesadelos, é como se tudo se realizasse, e Lola....eu preciso encontrá-la também. Luke também…

— Você fica aqui dentro, logo eu volto. — diz Eric, eu fico nervosa e eles saem do carro e batem a porta. O motorista vai junto e eu fico completamente só.

Aproveito os vidros escuros e começo a tatear a procura de qualquer coisa que eu possa usar para me defender, os meus dedos procuram nervosamente e encontram uma espécie de alçapão debaixo dos bancos de trás do carro. Ele tem um padrão de senha como o do tablet, parece tão improvável mas tento a mesma senha e… ela se desbloqueia, encontro armas e me muno rapidamente, escondendo-as pelas minhas roupas de maneira apressada, quando termino fecho e bloqueio a estrutura.

— Lena. — a porta do carro abre e Eric me chama, eu me levanto e o sigo. Ele parece bem animado com a matança atual, vejo uma garotinha da Abnegação correr para trás da casa e faço sinal para ela continuar, não há ninguém para pará-la agora, só vejo o manto cinzento e familiar voar suavemente.

— Quatro e Tris. — diz a voz de Max animosamente. — Que grande surpresa, então temos aqui dois Divergentes.

O que se desenrola a seguir é tão rápido que talvez eu nunca consiga entender. Eric aponta uma arma na direção de Tobias, Max de Tris, Tobias na de Max e Tris na de Eric. E então estão todos encurralados, puxo as armas e aponto uma na direção de Max e outra na de Eric.

— Que diabos é isso, garota? — ladra Max parecendo traído assim que destravo as armas, o barulho o assusta, talvez eles esperassem que eu simplesmente os apoiasse, talvez Eric pensasse que o medo iria me dominar para sempre e eu nunca iria me levantar contra ele, mas eu não sou tão vulnerável assim.

— Abaixe isso agora, Lena. — ordena Eric tentando soar convincente, como se tentasse me ameaçar mais uma vez, como se tentasse me deixar desesperada mais uma vez.

— Mas a brincadeira só está começando, meu amor.


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