Divergent escrita por GG


Capítulo 16
XV


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, LEITORES!
Chega a ser constrangedor ter ficado tanto tempo distante da fanfic e voltar com um capítulo tão ruim e curto para vocês mas eu tenho várias justificativas para isso. Bem, é final de ano e eu preciso de férias urgentemente, minhas aulas ainda não acabaram e não irão acabar antes de 21 de dezembro, tenho muita coisa do colégio para fazer até 21 de dezembro, curso de inglês, bloqueios criativos....tudo mesclado deu nessa porcaria toda aí.
Mas preciso agradecer infinitamente á Sevastra pela recomendação que me deixou sem ar de tão feliz que fiquei, obrigada, obrigada mesmo ♥ Eu não tenho como te agradecer suficientemente, você me motiva muito!
BOA LEITURA, prometo que tudo vai melhorar logo



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Hoje inicia-se a segunda fase do treinamento.

Quando acordo vou logo tomar um banho gelado e visto as roupas do treinamento. Encontro alguns iniciados acordados quando eu termino de me arrumar, vejo-os interagir entre si e isso me faz pensar em como sou distante de todos eles. Talvez não seja por mera influência da minha criação na Abnegação, talvez seja quem eu sou.

Tomo café da manhã rapidamente e logo estou na saleta na qual fui instruída a ficar. Aos poucos os outros iniciados vão chegando e se juntando. Em cerca de uma hora Tobias e Tris aparecem na saleta.

— Hoje daremos início a segunda parte do treinamento, e última também. — começa Tris. — Em que vocês serão testados psicologicamente, e não fisicamente. Todos seus medos serão usados contra vocês.

"Vou chamá-los por ordem alfabética, e vocês precisam entrar na sala ao lado, boa sorte."

Ela saiu junto a Tobias e os murmurinhos se alastraram pela sala de espera, todos pareciam extremamente aflitos e eu... estava bastante curiosa. Quais seriam meus maiores medos? Nem eu mesma conseguia listar todos, com certeza seria muitos e isso me causaria problemas, provavelmente usariam algum tipo de caráter eliminatório nesses testes e quanto mais medos eu possuir pior deverá ser para combatê-los.

Começou pelo Cameron e ele demorou quase meia hora para sair daquela saleta, saiu tremendo e cercada por guardas da Audácia, parecia acabado. Logo após sua partida dali daquela maneira péssima, todos pareciam ainda mais nervosos, era normal que estivéssemos apreensivos mas minha imaginação vinha me deixando mais ainda.... como iria enfrentar meus medos em alguns minutos se em toda minha vida nunca fui capaz de enfrentá-los?

Aos poucos os outros iam para a saleta e voltavam piores que seu anterior, aquilo só me deixava pior. Ficava remoendo em minha mente como aquilo seria intimidador.

Quando meu nome foi chamado pela Tris eu já não tinha mais unhas, havia roído todas elas devido meu nervosismo incontrolável. Estava sendo muito covarde mas não tinha medo de admitir isso, tinha medo do que estaria me esperando logo.

Tris caminhou silenciosamente como até a saleta, então mantive-me em silêncio, podia haver algum motivo para ela ficar tão calada. Quando adentrei o cômodo encontrei Tobias esperando ansiosamente na cadeira de frente para a poltrona em que eu provavelmente me sentaria.

— Você vai precisar de muita sorte e coragem para isso. — avisou-me Tris parecendo preocupada.

— Eu sei, eu....

— Não, vai ter que ser melhor que os outros. — interrompeu-me Tobias. — E não apenas pela classificação, mas pelas gravações. Quando se é Divergente é como se você pudesse manipular as simulações e elas são gravadas, qualquer erro pode ser o fim. Você precisa pensar da maneira mais difícil, e não aceitar a primeira ideia que vir a sua mente, ela será seu pensamento divergente e irá te guiar para o seu próprio fim.

"Que maravilha!", pensei indignada, como se não fosse difícil o suficiente conseguir passar por simulações de meus maiores medos eu ainda precisava alterar completamente meu modo de pensar. Era impressionante.

Suspirei e sentei na poltrona, Tris estendeu a seringa em uma pergunta silenciosa se eu queria aplicar eu mesma ou se ela podia o fazer, deixei que o fizesse já que minhas mãos tremiam desenfreadamente.

Fechei os olhos e a última coisa que escutei foi um "Seja corajosa" vindo de Tobias.

+++

— Foi horrível. — comenta Emmeline enquanto encarava-me fixamente, ela está com as mãos suadas e de tempos em tempos ela limpa o líquido em suas pernas tentando se livrar daquela tensão deixada pelo primeiro dia do segundo estágio de treinamento. — Parecia que nunca ia acabar, e.... eu demorei 30 minutos, fui a pior dentre todos os outros, é meu fim.

Escuto todos os relatos daqueles que estão dispostos a dividir. Mas me sinto nervosa já que meu tempo foi um dos melhores, em questão de tempo perdi apenas para Eleonor, uma diferença de vinte e sete segundos. Talvez eu tenha que piorar esse tempo para ficar em menor evidência, mesmo que Eric saiba do meu maldito segredo, algum outro líder pode acabar percebendo e nem mesmo a chantagem me salvaria do pior.

— Foi péssimo mesmo. — digo quando todos terminam e me fitam esperando minha opinião.

— Péssimo? Você foi a segunda melhor! — acusa Dimitri parecendo irritado com aquilo, mordi o lábio inferior quando escutei aquelas palavras.

— E daí? Não diminui o terror da situação. — defendo-me automaticamente.

— Mas podia me ensinar, me contar seu segredo para ir tão bem. — disse Emmeline puxando minhas mãos para as dela, uma verdadeira súplica desesperada.

— Eu não tenho segredo para isso, Emmeline. — eu digo puxando minhas mãos automaticamente, ela me olha parecendo bem irritada com minha reação. — Só fiz o que devia ser feito, assim como todos vocês, talvez tenha sido apenas sorte.

— Talvez você seja Divergente. — sugere Tom Swat com um sorriso idiota no rosto, fico pálida no mesmo instante e minha respiração para mas volta ao normal quando escuto as risadas ao meu redor, é apenas uma piada....uma piada.

— Divergentes não existem. — diz Emmeline parecendo indignada com a simples hipótese da divergência. — São apenas historinhas.

— Claro que não são. — diz Tom transtornado com aquilo. — Eles existem sim, você acha mesmo que são apenas contos? Você é bem idiota.

— Eles são perigosos... — diz Quinn agarrando as próprias pernas, os cabelos deslizando bagunçadamente e os olhos distantes. — É por isso que eles são assassinados.

— Assassinados? — pergunta Emmeline assustada, aquilo era algo totalmente desconhecido para a sociedade de Chicago, nem mesmo eu conseguia lembrar a última vez que vira uma notícia destas mas ela acontecia aqui mesmo....bem debaixo de nossos narizes.

— Mas é claro, eles representam um risco para todos nós. — diz Quinn ceticamente. — Imagine alguém que se encaixe em lugar algum e ao mesmo tempo se em encaixa em mais de um? Não é certo!

— E o que você faria se encontrasse algum Divergente, se é que eles existem…? — questionou Emmeline parecendo bastante absorta no rumo que tomara a conversa.

— Eu? — começa Quinn pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Eu o mataria sem nem mesmo hesitar.


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