Divergent escrita por GG


Capítulo 13
XII


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores!
Como estão? Desta vez decidi postar no meio da semana pois nunca faço isso, vamos ver se isso me ajuda a conseguir mais leitores. Bem, quero agradecer por todo carinho, elogios e apoio nos reviews, vocês são realmente incríveis. E também venho pedir que leiam minha nova fanfic, ela está nas categorias A Seleção e Jogos Vorazes, deixarei o link aqui para vocês, nas notas finais.
Obrigada e boa leitura ♥



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Fragmentos.

Só consigo me lembrar de alguns fragmentos do que aconteceu noite passada. É como se eu tivesse algumas peças para montar um grande quebra-cabeças mas algumas delas ainda estivessem faltando, perdidas em minha mente, vagando lenta e demoradamente apenas para me torturarem ainda mais.

— Bom dia, bela adormecida. — é a primeira coisa que escuto naquela manhã. A minha cabeça dói desgraçadamente quando eu tento me levantar da cadeira giratória onde estou sentada. Há algumas cordas envolvendo-me e me prendendo aqui.

Ergo o rosto para encarar aquele que fala comigo. É ele, claro que é ele, quem mais seria? Meu estômago revira e por alguns instantes eu penso que receberei o mesmo fim de River e Mabel, talvez seja isso. Meus olhos ardem e sinto que se eu não me contiver, irei chorar, e não quero chorar.

— Me solta. — eu digo, sei que é a coisa mais clichê e idiota a ser dita num momento daqueles mas meu cérebro parece estar processando tudo ainda.

Ele ri demoradamente, aquela risada que você deixa sua cabeça ir para trás e para frente, que você delicia-se com o momento que está vivenciando, é exatamente isso que ele está fazendo.

— Não está presa. — ele declara enquanto seus dedos acariciam lentamente todo o meu rosto, eu sinto um tremor na barriga, chama-se medo, nojo, repulsa, horror e tudo de pior que existe.

— Tire as mãos de mim, você é nojento! — eu digo sem pensar nas minhas palavras, realmente não deveria xingá-lo abertamente, eu posso ter problemas futuramente mas só se eu conseguir sair daqui, onde quer que eu esteja.

— E você é linda. — ele diz e seus dedos fazem uma pausa dramática em meus lábios, um sorriso se abrindo em seu rosto. — Seria tão mais fácil se você não dificultasse as coisas, minha querida.

— Eu não sou sua! Tampouco sua querida!— eu digo exaltadamente, o seu sorriso diminui mas não se desfaz, isso me irrita ainda mais, se é que isso é realmente possível.

— Claro que é, mas ainda não aceitou. — ele diz e vira-se de costas, ouço o barulho de teclas e tento me aproximar dele com a cadeira para ver o que ele está fazendo, mas não preciso me arrastar com a cadeira, ele me empurra para frente do monitor.

— Nunca serei sua. — eu digo decididamente.

— Sabe o que é isso aqui? — ele pergunta quietamente quando abre uma janela no computador, tento entender mas não consigo, nunca mexi em um computador, sei apenas o básico. Mas sinto a curiosidade me invadir, ele percebe e o sorriso aumenta ainda mais. — São seus registros.

— Meus....registros? — novamente o tremor atravessa o meu corpo por inteiro. Ele sabe, ele sabe, ele sabe que eu sou Divergente.

— Exato. — ele diz balançando positivamente a cabeça. — E sabe o que eu descobri sobre você? Que alguém alterou os resultados do seu teste de aptidão.

— Isso não é possível, nem lógico, e nem mesmo tem motivos. — eu digo agindo naturalmente, ele rola os olhos e volta a me encarar.

— Ora, querida, não tem motivo para.....

— Eu disse pra não me chamar de querida, seu infeliz! — eu grito perdendo o controle mais uma vez. Realmente, aquela estava sendo uma manhã conturbada, ou então seria tarde conturbada? Noite? Eu nem mesmo sabia o horário ao certo.

— Está bem, mas logo vamos mudar isso. — ele diz e seus dedos puxam o meu queixo, ele sorri. — Mas por enquanto, vou aceitar isso.

— Me solte, está bem? Eu finjo que nada disso aconteceu, sei lá, finjo que você não é esse psicopata que é e....

— Soltar você? — ele indaga soando ofendido. — Nunca esteve presa, Lena!

— Como explica as cordas, então?

— São para proteger você de si mesma. — ele explica como se fosse a coisa mais óbvia, então puxa-me para mais perto da tela, para que eu possa realmente enxergar, ali estão algumas anotações sobre minha Divergência, provavelmente feitas por ele mesmo. — Está vendo isso?

Eu fico calada, recusando-me a dizer qualquer coisa que me comprometa mais.

— São registros familiares. — ele diz quase rosnando, e aponta o dedo na direção da minha árvore genealógica. — Ele é seu irmão, e seu nome é Magdalena, Magdalena Eaton. O mais ridículo é que ele tentou alterar essas informações, as informações estavam adulteradas mas eu já esperava por algo desse gênero em algum momento, sempre tem algum idiota tentando esconder as coisas, e por isso instalei alguns programas que podem acabar identificando essas mudanças, mesmo que não sejam totalmente seguros....

E é aí que eu realmente me desespero, não me importaria tanto com uma morte trágica para mim mas quando ele aponta o nome "Tobias Eaton" o meu coração dispara, é como se eu estivesse tendo todos os meus segredos revelados, e pior, os de Tobias também. Seguro as lágrimas mais uma vez, meus olhos devem estar brilhando pois estão marejados.

— O que diabos você quer? — eu interrogo me encolhendo na cadeira giratória.

— Oh, uma abnegada usando palavras vulgares. — ele diz ironicamente, os dedos tamborilando irritantemente na mesa.

— O que você quer? Diga!

— Está irritada, hm. — ele diz dando voltas ao redor da cadeira. É isso que ele quer, me deixar mais irritada ainda, começo a me debater na cadeira e ele ri alto. — Isso é patético.

— Me solta! — eu grito a plenos pulmões.

— Não gaste o seu fôlego, ninguém irá ouvi-la lá fora. — ele diz com aquele sorriso pretensioso. Ele remexe em uma caixa e trás uma agulha com um líquido dentro, eu começo a me desesperar mais uma vez, o que isso significa? Será que é algum soro para Divergentes, ou coisa assim? Tenho que ganhar tempo, distraí-lo.

— Como eu vim parar aqui?

— Ah, bem, isso? — ele indaga enquanto coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e sorri, é como se ele pensasse que eu gosto dele, mas ele é apenas um maníaco, Eric não tem sentimentos. — Eu não podia trazê-la, levantaria muitas suspeitas, então eu paguei um de meus antigos companheiros de iniciação, não direi quem é.

— Ele me machucou... — digo apenas para continuar fazendo falar algo, qualquer coisa, não importa quão banal seja.

— Sinto muito, mas tenho certeza de que se não fosse assim, você nem estaria aqui. — ele coloca a seringa na mesa e deixa seus dedos acariciarem meu rosto, eu tenho vontade de me jogar de costas no chão, com cadeira e tudo, de fazer qualquer coisa para não sentir esse maldito toque, me dá ânsia de vômito, repulsa, horror....

— Por favor, me deixe ir embora.... — eu digo com os olhos marejados.

— Vê essa gracinha? — ele pergunta ignorando-me prontamente, seus olhos estão fixados roboticamente na seringa com um líquido bem esquisito. — Fui instruído pelos meus adoráveis superiores a aplicá-la assim que encontrasse um Divergente, sem pestanejar.

— O que... o que ela provoca?

— Morte instantânea, querida. — ele diz acariciando meus cabelos com os dedos, aperto meus olhos.

— Se vai me matar, mate logo. — eu digo rigidamente, ele larga a seringa na mesa e me encara, como se estivesse ofendido com as minhas palavras, ele me puxa pelo queixo. Nossos rostos a poucos centímetros de distância.

— Eu nunca a mataria. — ele diz e solta o meu rosto abruptamente. — Não percebe isso?

— A única coisa que eu consigo perceber é que estou sendo mantida a força aqui, eu só quero ir embora. — digo derrotadamente.

— Logo, logo voltará a sua rotina normal. — ele promete solenemente. — Mas antes precisa fazer uma promessa, a não ser que queira que todos saibam sobre o passado de seu irmão, sobre o seu, e o fato de você ser Divergente, querida.

Se ele não disse sobre a Divergência de Tobias, então ele não sabe... Contudo eu não posso arriscar nada, não posso deixar que ele nos exponha, mesmo que não seja totalmente. Eu terei que aceitar quaisquer condições, sejam lá quais forem.

— Mas antes deve lembrar que a palavra é uma das coisas mais importantes de uma pessoa e ainda há os nossos segredinhos, claro. — ele disse. — Quero que prometa que, quando eu precisar, irá me prestar um favorzinho.

— O quê...?

— Não direi.

— Então como prometer?

— Simplesmente prometa, ou então.... — ele disse.

— Eu prometo. — eu digo e naquele instante eu faço um verdadeiro pacto com o diabo, Eric.


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Notas finais do capítulo

Agora sobre minha nova fanfic, a sinopse é a seguinte:
Katniss é uma Seis, ganha a vida trabalhando em empregos provisórios, é empregada doméstica na casa dos mais ricos na maior parte do tempo mas também dedica seu tempo em saídas clandestinas além da cerca, para caçar e manter a sua família, já que seu salário nunca é o suficiente. Mas tudo muda quando ela aceita, por pressão da mãe e irmã mais nova, preencher o formulário para A Seleção do príncipe Peeta, filho mais velho do Rei e da Rainha de Panem, seus pais precisam de uma princesa já que os seus três filhos mais velhos foram mortos por rebeldes recentemente e o trono precisa pertencer a Peeta, o remanescente, sem contar o seu irmão mais jovem. E é assim que a vida de Katniss muda completamente.

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