Além da vida escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 37
Volta ao Mundo


Notas iniciais do capítulo

Depois de vários dias sem postar, voltei com um capitulo especial e espero que gostem.
A partir de hoje entramos na reta final da saga.

Musica do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=wM-XhQeFzW4



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Pov. Lanna:

–Tem absoluta certeza que você está bem? - Lukas questionou enquanto embargávamos no avião real em direção ao primeiro destino da nossa lua de mel.

–Acho que isso aqui irá tranquiliza-lo.- disse tirando um envelope de carta e entregando para ele.

–O que é isso? - ele questionou confuso com o envelope nas mãos.

–Os resultados do meu checkup. Decide fazer um depois que voltamos a ser humanos.- disse antes de me sentar na poltrona indicada pela aeromoça.

–Segundo eles você está muito bem de saúde.

–E não estou gravida.- disse assim que Lukas se sentou ao meu lado.

–Eu sei, mas...- ele começou a dizer e eu o interrompi.

–Mas você queria que eu estivesse.

–Sim.

–E vou estar assim que cumprir sua promessa. Afinal, não tivemos uma lua de mel do jeito que planejamos. Que tal, se esquecêssemos a nossa ideia de ter filhos por enquanto e apenas aproveitar esse ano que passaremos viajando? - sugeri e Lukas sorriu suave.

Havíamos escolhido 12 lugares no mundo que ainda não havíamos ido, incluindo os lugares que ele havia escrito em seu diário, e iriamos passar um mês em cada um deles.

–É uma excelente ideia afinal, você acabou de fazer 19 anos e eu 18. Acho que devemos aproveitar a nossa juventude.- ele segredou e concordei antes de me inclinar para beijá-lo.

–E qual será nosso primeiro destino, meu anjo? - questionei com minha testa colada a de Lukas.

–Lembra-se do diário no qual escrevi os lugares que você deveria visitar se eu morresse? - ele questionou acariciando meu cabelo de leve.

–Lembro.

–Bom, o primeiro lugar era Florença. Mas como já moramos lá pularemos para o lugar de número dois.

–Que seria?

–Holanda.- Lukas sussurrou e sorri antes de voltarmos a nos beijar.

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Desembargarmos na capital da Holanda, Amsterdã, por volta do meio dia.

O clima da cidade estava quente e ensolarado, segundo Lukas havíamos chegado na época em que as tulipas, símbolo do país, estavam desabrochando.

Assim que saímos do aeroporto fomos direto para o local onde ficaríamos durante nossa estadia na Holanda, claro que tivemos que trazer três seguranças que trabalhariam disfarçados, uma exigência do parlamento que tentamos evitar sem sucesso, mas a presença deles não iria atrapalhar nossa lua de mel.

–Nossa.- sussurrei maravilhada assim que avistei a casa- barco na qual ficaríamos.

–É linda não é, amor? Com ela poderemos ir para qualquer lugar, assim que cansarmos da paisagem.

–Posso ver por dentro? - questionei animada e Lukas concordou antes de entramos na casa.

Apesar de estarmos em um barco fiquei encantado ao perceber que por dentro ele se parecia com uma casa, em todos os aspectos.

–Está do seu agrado, majestade? - Lukas questionou atrás de mim e virei para vê-lo.

–Está sim. E o que temos na programação para hoje, meu rei? - questionei me aproximando dele.

–Bom...Podíamos fazer um tour pelos museus daqui, tenho certeza que você irá adorar. Depois podemos ir até a biblioteca pública, que é incrível.- Lukas começou a listar e sorri antes de ficar na ponta dos pés para beijá-lo.

–Você quer mesmo passar o dia todo andando de um lado para o outro, quando pode ficar na cama comigo?!- ofereci sedutora e Lukas mordeu o lábio inferior de leve ponderando.

–Podemos fazer isso outro dia.- ele sussurrou e concordei antes de nos beijar feitos dois loucos.

Só conseguimos passear pela cidade depois de uma semana de clausura em nossa casa- barco. E não poderíamos ser julgados, afinal sempre que ficávamos juntos perdíamos a noção do tempo, mas devo dizer que conhecer Amsterdã foi maravilhoso.

A cidade era incrível, havia inúmeros museus, mas houve dois que fui inúmeras vezes com Lukas durante nossa estadia no país, foi o Museu de Van Gogh, que continha a maior coleção de pinturas de Van Gogh, e a Casa de Anne Frank, edifício no qual ela e sua família com mais outras quatro pessoas judias se esconderam durante os anos de ocupação dos nazistas aos países baixos durante a segunda guerra mundial. Esse foi o local que me emocionou muito.

Havíamos passado dias incríveis na Holanda, e para finalizar nossa viagem pelo país decidimos fazer um passeio de bicicleta por uma estrada que dava direto para um dos mais belos campos de tulipas do país.

–É lindo.- sussurrei encantada admirando o campo colorido assim que nos sentamos no chão para recuperarmos o folego após nosso passeio.

–Isso nos faz pensar no quanto a natureza pode ser encantadora.- Lukas sussurrou ao meu lado antes de tomar um pouco de agua.

–Isso é verdade.- sussurrei antes de virar para vê-lo.

–O que foi? - ele questionou sem jeito e sorri antes de afastar uma mecha de cabelo da sua testa.

–Eu te amo, e a cada dia me apaixono ainda mais por você. Tudo que mais desejo na vida e poder passar o resto dos meus dias ao seu lado, meu amor.- surrei acariciando seu rosto de leve.

Lukas sorriu suave antes de segurar a minha mão que acariciava seu rosto, e me olhar nos olhos com todo amor e devoção que ele sentia por mim desde o primeiro momento que nos vimos.

–E nós iremos amor. Por que todos os nossos pecados do passado foram perdoados, e agora podemos viver o nosso amor sem medo de sermos separados. Ninguém mais irá nos separar. E eu te amo muito.- Lukas disse me olhando nos olhos antes de nos beijarmos.

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Chegamos na Rússia durante o inverno, o qual me fez sofrer um pouco mesmo tendo o aquecedor da casa no máximo.

–Aqui está meu anjo, isso irá aquecê-la um pouco.- Lukas disse me entregando uma xicara de chocolate quente, a qual ele levantou de madrugada para fazer, já que eu não parava de tremer de frio.

–Como você não consegui ficar com frio? - sussurrei tremula enquanto ele me ajudava a segurar a xicara.

–Estou acostumado ao clima daqui. Passei três anos morando em Moscou para fazer minha pós quando fiz minha faculdade de medicina.- ele explicou enquanto me envolvia em seus braços, aquecendo-me com o calor do seu corpo.

–Entendo.- sussurrei antes de tomar um pouco do meu chocolate quente.

–E namorei alguém aqui sim, ou melhor, estava meio enrolando, o nome dela era Olga.

–Não perguntei nada.- disse sem importância e ele sorriu.

–Sei disso, mas o seu olhar perguntou.

–E ela era bonita? - questionei curiosa enquanto tomava minha bebida e ele sorriu.

–Era. Olga era modelo.

–E você gostava dela?

–Claro que não amor. O que tínhamos era apenas um contrato de satisfação mutua, nada mais do que isso.- Lukas assegurou e virei confusa para vê-lo.

–Quanto mais sei sobre o seu passado, mas fico assombrada pela forma que Nicolas era parecido com você quando mais novo. Mesmo sem saber de nada.

–Imagina eu, quando via o “desfile” de namoradas do nosso filho, pela nossa casa.- ele comentou e rimos.

–Mas acho que nosso filho, só repetiu meus passos por que estava procurando alguém que o fizesse inteiro, da mesma forma que eu procurei durante anos.

–E assim como você, ele parou no momento em que encontrou aquela que o completasse.- disse olhando em seus olhos verdes e Lukas concordou.

–Sabe, meu anjo, minha temporada por aqui foi muito produtiva. Aprendi inúmeras coisas entre elas, foi como aquecer alguém, se quiser posso te mostrar? - Lukas sugeriu cheio de segundas intenções e sorri antes de lhe entregar minha xicara, que ele colocou em cima do criado mudo.

–O segredo meu bem, é usar o calor do seu corpo para aquecer a outra pessoa.- ele sussurrou enquanto distribuía uma trilha de beijos por meu pescoço que me fez arfar.

Sem dizer mais nada Lukas me puxou com cuidado para o seu colo, onde envolvi meus braços em seu pescoço antes de nos beijarmos apaixonadamente.

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Depois que havia me acostumado com a temperatura podemos sair para visitar alguns lugares turístico que estavam no meu guia.

–Para onde estamos indo?- questionei confusa assim que começamos a caminhar por uma rua que não estava no meu roteiro.

–Conversei com sua mãe, e ela me pediu para trazê-la aqui. Afinal, você tem direito de saber quem eram seus antepassados.- Lukas me explicou antes de entramos em um prédio que parecia um museu.

–Bem vindos ao museu dos Valerievich, e é uma honra receber uma descendente deles em nosso museu.- uma moça disse suave assim que entramos.

Confusa olhei para Lukas sem saber o que fazer.

–Pode fazer todas as perguntas que quiser amor, Natalya é uma especialista nos Valerievich.- ele me encorajou e respire fundo antes de começar a fazer inúmeras perguntas a Natalya que sempre me respondia com um sorriso no rosto.

Em uma tarde fiquei sabendo que meu tataravô era considerado um dos melhores Czares do país, pois ele sempre se preocupava com o bem estar do seu povo, se dedicando de corpo e alma ao seu posto. Ele só se casou com minha tataravó pois começou a ser pressionado por todos para que tivesse herdeiros, então decidiu escolher para sua esposa a amiga de sua irmã. Na Época foi um escândalo já que minha tataravó não possuía nenhuma ligação com a nobreza, mas alguns diziam que no momento em que o meu tataravô a viu ele soube que ela era a mulher certa.

E segundo alguns relatos históricos, os dois se amavam muito e tiveram oito filhos.

–Gostou de saber sobre a sua família? - Lukas questionou assim que saímos do museu de mãos dadas.

–Sim. Agora me sinto uma pessoa completa, pois sei quais são as minhas origens.

–Que bom que você gostou. Que tal se fossemos almoçar agora? - Lukas sugeriu e concordei pois, estava faminta.

Pov. Nicolas:

Meus pais estavam fora há oito meses, e mesmo nos falando todos os dias não deixava de sentir a falta de ambos, principalmente do meu pai, já que exercer o cargo de governante provisório de Florença estava me deixando exausto.

Eu não tinha tempo para nada, mal via minha esposa acordada e tive que deixar a minha empresa aos cuidados do meu vice que sempre me atualizava sobre tudo.

–Pai, não acredito que o senhor ainda não terminou de trabalhar.- Harry disse serio assim que abriu a porta do escritório do meu pai, no qual estava trabalhando, e me surpreendeu falando ao telefone com o primeiro ministro da Alemanha.

Harry havia vindo de Perugia para o jantar de aniversário da mãe, para o qual estava atrasado.

–Filho, a situação está complicada. Mas prometo terminar logo.- assegurei assim que afastei o telefone da minha orelha.

–Tudo bem, vou dizer para a mamãe.- ele disse antes de sair da sala enquanto eu voltava a falar com o primeiro ministro.

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–Nicolas? - ouvi Leah me chamar e levantei a cabeça da mesa meio confuso enquanto a via entrar na sala usando um vestido rosa claro que possuía um laço embaixo do seu busto, que valorizava sua barriga de oito meses.

Havíamos descoberto que Leah estava gravida algumas semanas depois que meus pais estavam em lua de mel. Nós dois ficamos completamente felizes com a notícia e quando descobrimos que seriamos pais de gêmeas idênticas fiquei extremamente emocionado e realizado, pois sempre quis ter uma filha apesar de amar meu filho.

–Sim.- sussurrei com a voz sonolenta e ela sorriu enquanto eu gemia envergonhado por ter dormindo de novo.- Por quanto tempo dormi?

–Acho que o jantar inteiro.- ela disse suave enquanto se aproximava de mim e a olhei cheio de culpa.

–Me desculpe, amor.- sussurrei com vergonha enquanto me levantava e caminhava em sua direção.

–Está tudo bem, meu amor. Não fiquei zangada por você ter perdido meu jantar de aniversário.

– Juro que tenho tentado estar mais ao seu lado, mas sempre surge algum problema de última hora que me obriga a ficar longe. Me desculpe por estar sendo um péssimo marido.- implorei e Leah sorriu suave antes de acariciar meu rosto de leve.

–Você jamais será um péssimo marido, e não se preocupe por que entendo a sua ausência. E até guarde uma dança para você.- ela segredou antes de tocar em seu celular que logo começou a tocar uma música suave.

Sorri com amor antes de oferecer minha mão a Leah que logo veio para os meus braços.

–Eu te amo.- sussurrei olhando em seus olhos enquanto dançávamos sem pressa.

–Eu também te amo.- Leah sussurrou e a beijei com todo amor que sentia por ela antes de voltarmos a dançar sem pressa pelo escritório do meu pai.


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