Pov. Bryan:

As férias de verão finalmente haviam chegado e meus pais decidiram que passaríamos nossas férias em La push, pois eles iriam inaugurar uma escola profissionalizante fundada por minha mãe e meu tio.

–Sorria filho, você não está indo para a forca.- mamãe pediu me olhando pelo espelho do retrovisor enquanto meu pai dirigia.

–Por que não pude ficar em casa, afinal não tenho nada a ver com esse projeto.- disse de mau humor e minha mãe suspirou.

–Bryan, essa é a nossa chance de passar algum tempo juntos. Daqui a pouco Isla irá para a faculdade e você se casará e não teremos mais tempo para estarmos juntos como antes.

–Mãe, eu entendo. Agora, sobre eu me casar, isso não vai acontecer.- disse convicto e os dois riram.

–Não diga uma coisa dessas filho. Quando encontramos a nossa metade é quando nos sentimos inteiros de verdade.- meu pai disse sábio e revirei os olhos fazendo-os rir.- Às vezes me perguntou para quem você puxou esse horror a compromissos.

–Talvez para a minha tia e madrinha Leah.- disse dando de ombros e os dois sorriram antes de voltarem sua atenção para a estrada.

Não demorou muito até chegarmos a casa de vovó Sue que já estava na porta a nossa espera.

–Vovó.- Isla disse amorosa assim que desceu do carro e correu para abraçar nossa avó.

–Como você está linda querida.

–Obrigada vó.

–E essa velha avó, não ganha um abraço do seu neto, não? - minha avó questionou se separando de Isla e sorri antes de abraça-la.

–Você está lindo querido.

–Obrigado vó.

–Que tal se entrássemos, acabei de fazer um bolo de laranja com cobertura de açúcar.

–Hum.- eu, Isla, papai e mamãe murmuramos famintos e vovó sorriu antes de entramos.

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–Então, quer dizer que Harry casou.- minha avó disse enquanto jantávamos.- E ele está feliz?

Minha avó não pode ir ao casamento do meu primo pois estava doente, e foi para isso que viemos, além da inauguração da escola, pois queríamos ver se ela estava bem.

– Sim mãe. Odeio admitir, mas Ava o faz feliz.- minha madrinha disse triste e meu padrinho revirou os olhos.

Meus padrinhos haviam chegado para a inauguração da escola no dia anterior, já que ambos eram idealizadores e bem feitores assim como meus pais.

–Amor, já conversamos sobre isso, e o importante é que nosso filho está feliz. Não acha? - meu padrinho questionou e minha madrinha concordou.

–Sei disso, mas Harry é meu único filho. Será difícil me acostumar com ele longe.

–É só o começo filha, depois você se acostumará. E você Bryan, pretende se casar quando? - minha avó questionou e acabei engasgando com minha comida.

–Bebi isso, mano.- Isla disse preocupada enquanto me dava um copo de agua.

–Obrigado Is.- disse e tossi um pouco após tomar minha agua.

–E então Bryan?

–Vó, não quero casar. Nunca fui romântico a esse ponto.

–Todo mundo precisa de um amor filho, é a única coisa que nos fazer sentir frágeis e fortes amo mesmo tempo.

–Não quero ofender vó, mas não quero me sentir desse jeito.

–Nunca diga nunca meu filho. Não vê sua tia Leah?! Ela vivia dizendo que odiava os Cullen, e agora é casada com um deles.- minha avó disse e todos riram.

–E sou completamente apaixonada e feliz por ele.- minha madrinha disse apaixonada antes de beijar meu padrinho.

–O amor surge aonde menos esperamos Bryan. E sinto que o seu está próximo.- minha avó disse enigmática e bati na mesa fazendo todos rirem.

–Podemos mudar de assunto? - pedi nervoso enquanto todos ainda riam de mim.

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Enquanto minha família recepcionava a todos decide ir para o bar tomar um drinque por que a noite seria difícil. Afinal, não gostava de La Push, pois todos me tratavam e me olhavam como um tipo de aberração científica.

Quando era pequeno e vinha visitar minha avó nenhuma das crianças da tribo brincavam comigo ou com Harry, por que tinham medo de que as machucássemos e isso era algo que jamais esqueceria na vida.

Mas meus pensamentos mudaram de rumo assim que alguém esbarrou em mim perto do bar, derrubando toda a sua bebida em minha roupa.

–Me desculpe.- uma moça disse nervosa enquanto me olhava sem graça.

Mas assim que olhei seus olhos castanhos senti algo estranho tomar conta de mim me deixando sem chão.

–Que bom que encontrei vocês dois juntos, assim posso apresentá-los.- minha mãe disse amorosa enquanto ficava ao meu lado.

–Bryan, está é Helena Abbot a diretora da fundação. Helena, esse é o meu filho mais velho, Bryan.- mamãe disse nos apresentando e Helena sorriu.

–É um prazer conhece-lo, e me desculpe por seu paletó. Faço questão de pagar o estrago.- ela disse envergonhada e não disse uma palavra.

Parecia que minha voz havia sumido assim como minha capacidade de pensar, tudo que conseguia fazer era olhar para ela.

–Bryan? Bryan Lukas Cullen Clearwater? - minha mãe questionou estalando os dedos na frente do meu rosto me tirando do transe.

–Sim? - sussurrei atordoado e ela me olhou curiosa.

–Por acaso você bebeu demais filho?

–Claro que não mãe. Por que?

–Por que tem algo de estranho em você.

–Não tem nada mãe. Só estou cansado.- desconversei antes de lhe dá um beijo na bochecha e sair correndo de perto de Helena.

–Atende Harry.- pedi desesperado ao telefone assim que entrei no meu quarto.

–O que houve Bryan? - Harry questionou sonolento do outro lado da linha, e só depois de ouvir sua voz percebi que devia ser madrugada na Itália.

–Desculpe se te acordei, mas o assunto é sério e estou desesperado.- disse angustiado ao telefone.

–Aconteceu alguma coisa com meus pais? Ou com a nossa família?

–Não. Estão todos bem.- assegurei e ele respirou aliviado.- Harry, acho que estou doente. Ou louco.

–Do que você está falando Bryan? - ele questionou confuso e ouvi a voz de Ava ao fundo.

–Aconteceu alguma coisa amor? - ouvi ela questionar sonolenta a Harry.

–Não querida, só vou sair para conversar com o Bryan. Mas volte a dormir.- ouvi Harry pedir antes dele voltar a falar comigo.- Voltando ao nosso assunto, como assim você está doente? Pensei que nunca ficássemos doentes?!

–Eu também, mas você é médico primo, talvez possa me ajudar.- pedi desesperado e ele concordou antes perguntar o que eu estava sentindo.- E então, é grave?

–Para você com certeza.- Harry disse antes de sorrir.

–Qual é Harry, para de brincadeira. Por acaso vou ter que fazer meu testamento com urgência? - questionei apavorado ele gargalhou.- Harry.

–Tudo bem. No ponto de vista medico não há nada de errado com você.

–Graças a Deus.

–Mas do ponto de vista sobrenatural da nossa família, você teve aquela coisa que começa com i e termina com g.- ele cantarolou suave e parei de respirar.- Meus parabéns priminho, quem foi a felizarda?

–Isso não tem graça Harry.

–Não estou brincando Bryan. Você está sentindo a mesma coisa que senti quando tive um imprinting por minha mulher.

–Isso não pode ser verdade. Não tem como desimprintar? - questionei desesperado e meu primo suspirou cansado.

–Você acha que se tivesse eu estaria falando com você agora?! Claro que não tem, por que se tivesse minha mãe não teria ficado com meu pai. Agora deixa de ser imaturo e siga seu destino.- meu primo disse e gemi angustiado.

–Harry, não quero ficar amarrado a alguém a minha vida toda. Não quero ter que dormir só com uma pessoa pela minha vida toda, isso é tortura.- disse desesperado e ele suspirou.

–Se eu não tivesse nascido primeiro, diria que fomos trocados na maternidade. Por que você está agindo como o meu pai quando jovem. E estar apaixonado não é tão ruim assim, sua vida tem mais sentindo quando amamos, e dormir apenas com a mulher que amamos é maravilhoso Bryan.

–Você não está apto a me dá concelhos Harry, afinal ainda está sob os feitos da lua de mel.

–Então, por que você ligou? - ele questionou curioso e não soube o que dizer.

–Há quer saber, se você não pode me ajudar a desimprintar volta para sua mulher, e tenha uma boa noite.- disse antes de desligar meu celular.

Meu primo podia não saber como desimprintar, mas eu iria descobrir um jeito.

Há se ia.