Keeping Up With Swan Queen escrita por Sky


Capítulo 8
That One With The Mysterious Fate


Notas iniciais do capítulo

Olá olá...
Boa leitura.



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...

— Tem alguém aqui... – Emma respondeu ao entrar no seu quarto e de Regina, algo não estava certo.

— Deixa de paranoia, não tem ninguém aqui – respondeu Regina se despindo para tomar um banho enquanto Emma olhava pelos lugares do quarto – Vai me acompanhar ou vai ficar aqui? – perguntou indo em direção ao banheiro, a prefeita girou os olhos quando percebeu que Emma ainda parecia perdida com seus pensamentos paranoicos – Meu amor? – chamou novamente.

Quando ouviu as palavras Emma pareceu despertar, balançou a cabeça e começou a tirar a roupa e jogar na cama, quando percebeu onde suas roupas estavam logo tratou de tirar, se Regina visse aquilo iria começar um discurso sobre o quão errado era aquela atitude, a loira parou ao ver algo na cama, um fio de cabelo, teria passado despercebido se os lençóis da cama não fossem brancos e o fio um vermelho vibrante. Emma ouviu Regina lhe chamar novamente, aquele cabelo não era seu e muito menos de Regina, era de Ariel. A xerife respirou fundo e tentou tirar os pensamentos negativos da cabeça.

— O que houve? Meu amor, não tem ninguém aqui. – respondeu Regina enquanto se deliciava com o banho relaxante de banheira – Nossas filhas estão dormindo, está tudo fechado, não tem o que se preocupar. – concluiu. Olhou para a mulher nua parada na porta e fez um sinal com o dedo, chamando-a. Emma lhe deu um sorriso e entrou na banheira.

...

Lily não esperou sua mãe acordar, olhou para o relógio que marcava 06h27 e saiu. Precisava resolver algumas coisas antes de ir para o hospital, andava pelas ruas de Storybrooke como se não quisesse ser reconhecida por alguém, parou na praça da cidade e sentou-se no banco, não havia ninguém na rua. Há essa hora as pessoas estavam acordando, ou se preparando para um dia de trabalho. Olhou para o lado assim que sentiu alguém sentando próximo.

— Eu falei que não podemos ser vistas juntas, o que aconteceu? – Lily tinha um humor péssimo, mas pela manhã ficava ainda pior.

— Não estava na casa dela, aposto que isso não existe Lily – Ariel ignorava qualquer ignorância que vinha daquela mulher.

— Claro que existe, está por lá Ariel, você tem que achar. – respondeu. Seus olhos foram para um homem que passava por elas correndo, provavelmente se exercitando – E como está indo com Regina?

— Quanto a isso... Acho que não vai funcionar, ela é louca por aquela xerife. Não acho uma boa ideia tentar algo com ela, Emma pode me matar sabia?

— Por favor – Lily gargalhou – Emma não faria mal a uma mosca. Esse é o primeiro passo Ariel, você tem que separá-las para eu poder agir, Emma não perdoaria uma traição... – Lily tocou no braço da mulher, como se estivesse lhe encorajando – Mas o mais importante é, encontre aquele maldito destruidor de vidas – a médica levantou-se, mas antes depositou um beijo no rosto da ruiva.

...

— Queridinha, você não acha que está na hora de procurar Mal? – Cruella falava enquanto servia um drink à Lily.

— Vou precisar de um pouco mais de tempo, saber que faço parte de um conto ainda me faz questionar minha sanidade – Cruella gargalhou e tomou um gole de uísque.

— Tome o tempo que precisar, só não tenha rancor de sua mãe, queridinha. Mal, é uma má pessoa? É, uma das piores, mas ela também tem seu lado bom. Abrir mão de você foi a coisa mais difícil que ela fez, e foi para o seu bem... – Lily deu um leve sorriso e bebeu o liquido, logo sua atenção indo para uma bela morena que falava ao telefone.

— NÃO, NÃO E NÃO ARIEL! – Úrsula disse um pouco alto demais ao telefone – Já disse que esses feitiços são perigosos demais, eu não lhe ensinei com essa intenção. Onde você está? Em Boston? Ótimo, também estou aqui. Não, estou ajudando uma velha amiga. Ariel eu vou lhe amaldi – Úrsula grunhiu ao ouvir o toque sinalizando que a sobrinha havia desligado.

— O que aconteceu, minha querida? – Cruella chamou a mulher para sentar ao seu lado, vendo que ela estava bastante estressada.

— Ariel novamente, você acredita que ela ainda não superou esse tal de Eric? Como não consegue achar ele, resolveu usar o feitiço de busca, você sabe como isso é perigoso, da ultima vez que fiz isso fiquei inconsciente por quase um dia – respondeu preocupada.

— Parece que a pequena sereia puxou o lado mal da tia, Triton deve está tão desapontado – comentou Cruella imaginado a reação do homem.

— Isso é impossível. Magia? – comentou Lily em uma mistura de descrença e ansiedade.

— Querida, nada é impossível. Olhe para você, filha de um dragão poderoso, filha de uma das criaturas mais maléficas de todos os reinos. – respondeu Úrsula não dando muita importância para a descrença da mulher – O que faço com essa garota? – se perguntou Úrsula nervosa, levantou-se e saiu da sala.

— Eu volto já – respondeu Cruella para a jovem, levantou-se e foi tentar acalmar sua parceira.

Lily levantou-se e inclinou a cabeça para o lado, apenas para ter certeza de que nenhuma das duas estava por ali. Foi até o sofá onde as mulheres estavam anteriormente e pegou o celular de Úrsula, logo guardando em sua bolsa. Deu um passo para trás ao levar um leve susto quando Cruella apareceu.

— Eu tenho que ir Cruella, emergência – respondeu tentando não mostrar o nervosismo.

— Tudo bem – Cruella abraçou a garota e apertou as bochechas da garota que murmurou algo – Só me prometa que vai pensar no que lhe falei, você deve uma chance a Mal... – Lily concordou e foi até a porta sendo acompanhada pela a mulher – Ah, Úrsula e eu estamos voltando hoje. Boston não é para nós, porém se precisar de algo é só nos ligar.

— Obrigada Cruella, prometo pensar no que me falou – Cruella sorriu e observou a garota entrar no carro.

Assim que entrou no carro Lily pegou o celular de Úrsula e agradeceu aos céus por não ter nenhum bloqueio, foi nas ultimas chamadas e viu o nome Ariel. Lembrou-se das palavras de Úrsula e sobre a magia que ela falou, respirou fundo e começou a digitar uma mensagem, ordenando para que Ariel a encontrasse em um restaurante da cidade em meia hora, imaginou que a garota não iria recusar uma ordem de sua tia, principalmente sua tia sendo Úrsula. Minutos depois o celular da mulher vibrou com uma resposta que dizia que ela estaria lá. Lily sorriu vitoriosa e procurou alguns indícios no celular que mostrasse qual a aparência de Ariel, por sorte achou uma foto de Úrsula abraçada com uma garota de olhos brilhantes e cabelos vermelhos, presumiu ser ela. Jogou o celular da mulher na rua e deu partida no carro.

**

— Ariel? – Lily disse quando se aproximou da mesa onde a figura da mulher estava sentada, era exatamente igual a da foto, porém ainda mais atraente.

— Posso ajudar? – perguntou a ruiva desconfiada, Lily sorriu e sem nenhuma permissão sentou-se diante de Ariel. – Com licença, mas esse lugar já está reservado – respondeu irritada com tamanha audácia.

— Úrsula? Bom , ela não poderá comparecer. – Lily chamou um garçom e pediu um drink, enquanto recebia um olhar confuso da sereia – Mas que educação, essa minha. Eu sou Lilith Page, filha da Maleficent. – Ariel recusou a mão de Lily e tomou um gole de seu vinho.

— O quê? Minha tia mandou a filha de sua amiga até aqui para me impedir? – Ariel gargalhou chamando atenção de algumas pessoas nas outras mesas – Perdeu seu tempo. – Ariel fez menção de levantar-se, porém Lily segurou sua mão sobre a mesa.

— Pelo contrário, acho que podemos nos ajudar – Ariel parou e estudou a mulher a sua frente, Lily sentiu a ruiva baixar a guarda e sorriu.

— Você tem cinco minutos para me convencer.

— Só preciso de um – respondeu confiante – Estarei a sua disposição para tudo que precisar em relação a esse garoto que você tanto quer, não sei como funciona no mundo de vocês, mas aqui é diferente e se esse rapaz estiver por aqui, você vai precisar de alguém como eu – Ariel parou alguns minutos para pensar, a garota a sua frente tinha razão, ela não fazia ideia de como era as coisas nessa terra, achou que sua tia iria ajudá-la já que estava por aqui há algum tempo, mas Úrsula virou as costas para ela – Você não precisa pensar muito para dizer que aceita minha ajuda – comentou vendo que a mulher ainda parecia indecisa.

— Tudo tem um preço, o que quer em troca?

— Apenas sua ajuda, ouvi dizer que você é boa em encontrar pessoas – Lily piscou e Ariel balançou sua cabeça negando.

— Esquece. – Ariel parou de falar quando o garçom apareceu, as duas fizeram o pedido e esperaram o homem desparecer para continuar – Você é filha da Maleficent, não me entenda mal, mas sua mãe não é uma das pessoas mais boas que existe. Você me cheira a problema, não vou ajudar você a arruinar alguma vida.

— Olha quem fala, uma psicopata que quer usar magia para procurar o namoradinho. Se ele fugiu de você querida, boa peça você não é – Ariel estava vermelha de raiva, quem aquela garota pensava que era para falar assim com ela, o sorriso cínico de Lily deixava a garota ainda mais irritada – Mesmo que você consiga de alguma forma encontrar esse rapaz com magia, não terá ideia de como chegar até ele. Creio que você não deve possuir nenhuma magia de teletransporte, pequena sereia. O que me diz?

— Conte-me sua história – pediu a ruiva.

...

— Felicity e Clarke Swan Mills! – a voz de Regina ecoou pela cozinha, Emma olhou imediatamente para as filhas, aquele tom de Regina indicava problemas.

— O que vocês fizeram? – sussurrou Emma enquanto comia suas panquecas. As duas garotinhas pareciam assustadas a ponto de não conseguir responder a pergunta de sua mãe.

— Ótimo, todas reunidas – Regina se aproximou de Emma e deu um rápido beijo em seus lábios, sentindo o gosto forte de canela nos lábios da esposa, não entendia essa mania da xerife em colocar canela em quase toda sua refeição.

— O que houve? – perguntou Emma recebendo olhares zangados das filhas, elas queriam que a sua mãe esquecesse-se do assunto.

— Vocês duas – Regina apontou para as loiras que já tinham um semblante culpado – Gostariam de me explicar por que sua mãe e eu teremos que comparecer a escola amanhã e falar especificamente com a Prof.ª. Hastings? – perguntou sentando-se ao lado de sua esposa, Alison estava brincando em seu cercado na sala, aguardando sua babá.

— Não gostaríamos – respondeu Clarke. Regina girou os olhos ao ver que Emma estava influenciando demais as atitudes de suas filhas, Clarke era uma perfeita Emma.

— Clarkie! – bronqueou Felicity beliscando o braço da irmã, Clarke olhou para a irmã e a empurrou o que desencadeou uma inocente briga entre as duas.

— PAROU! – Emma levantou-se assim como sua voz, as irmãs pararam e pediram desculpas – Respondam sua mãe – pediu Emma em um tom firme, mas não rude.

— O que vocês andam fazendo na sala de aula? – perguntou a prefeita. Felicity olhou para a irmã e sussurrou para que ela respondesse, Clarke balançou a cabeça e limpou a garganta, como se estivesse para dar um discurso importante.

— Somos entediosas e adoramos brincar – respondeu Clarke orgulhosa, Emma gargalhou e Regina tentou esconder o sorriso. Felicity deu uma tapa na cabeça da irmã – FEE!

— Você é burra, Clar! – Emma e Regina apenas observavam a interação das irmãs – Mas mesmo assim te amo – desculpou-se – O que Clarke quis dizer mamãe, é, somos atenciosas e adoramos estudar.

— Espero que seja isso o que a Srta. Hastings diga, agora terminem o café da manhã, minhas encrenqueiras – respondeu a morena carinhosamente para as filhas.

...

— Eu sabia que no fundo você era tão pervertida quanto eu, queridinha – Cruella deixou a fumaça sair de sua boca, logo levando o cigarro a boca novamente.

— Acredite, não existe alguém como você, querida – retrucou Maleficent tomando seu expresso.

— Eu bem sei disso – Úrsula piscou para Cruella, porém ignorou seu pedido de beijo.

— Mas me conta, como ele é? Selvagem, passivo, tímido, insaciável, me conta tudo! – Maleficent girou os olhos com o comentário.

— Ele é muito bom e

— Muito bom? Isso é um eufemismo para terrível. – comentou Cruella recebendo concordância de Úrsula – Não foi bom para você?

— Foi ótimo, satisfeita?

— Mas? – Úrsula sabia que tinha um “mas” ali.

— Mas faltou algo sabe? Ele é um homem encantador, talvez eu tenha apressado as coisas. Casual não é comigo. Quando é assim é ótimo, mas quando tem um laço forte é maravilhoso.

— Se você precisa de um laço é só encomendar na minha loja, querida. Se isso é o problema, trarei em um dia – Cruella jogou o cigarro no chão do parque, não se importando que quase pegou em um garoto que passava.

— Querida, ela está falando de sentimentos – esclareceu Úrsula para a parceira.

— Ah, com Ursinha e eu começou com algo casual e veja como estamos agora, loucas uma pela outra, se fossemos bregas como esses casaizinhos encantados, eu até diria que é amor verdadeiro – Úrsula sorriu ao ouvir o comentário da outra e roubou um beijo, não se importando mais com o cheiro do cigarro.

— Está vendo? É isso que eu quero, alguém que se importe comigo mesmo eu tendo esses diversos defeitos, alguém que sorria do nada apenas porque pensou em mim, alguém que eu ame e por favor, que me ame também. Estou cansada dessa falta de reciprocidade – Cruella e Úrsula se entreolharam, queriam poder fazer algo em relação a isso, mas não sabiam o quê.

— Sabemos o quanto foi difícil para você, Mal. Sabemos também que em algum lugar ai dentro de você, você ainda sofre por causa da ultima vez. Tenho certeza de que o Birutinha ou a Sorvetinho vai fazer você feliz, ou quem sabe os dois, essa modernidade de hoje tudo pode – Maleficent sorriu, tinha sorte de ter aquelas mulheres em sua vida, por mais irritantes que fossem eram sua família.

— Não o chame assim, ele não é louco Cruella, e você estava errada sobre Ingrid.

— Não é isso que diz nos livros, Jeff é birutinha. Errada sobre Ingrid? Duvido. Sei que você morre de vontade de passar a língua naquele Sorvetinho – Úrsula não se segurou e gargalhou enquanto via a amiga ficar vermelha de vergonha.

— Sabe o que precisamos? Da volta das nossas noites, vou marcar com Regina. Precisamos do clube todo para discutir sobre seus pretendentes Mal – comentou Úrsula.

— Regina não tem mais tempo para nós, aquela egoísta.

— Cruella, ela tem filhas, esposa e uma cidade para cuidar, egoísta não é a palavra para ela – defendeu Maleficent sua amiga.

— Não importa, chegamos primeiro na vida dela – respondeu dando de ombros.

...

— Ez? – Zelena estava pronta para deixar seus filhos na escola, quando percebeu algo muito estranho no material do filho – Onde você encontrou isso? – perguntou mostrando um livro, Once Upon a Time.

— Mamãe me deu – respondeu o garoto dando de ombros.

— Eu vou ficar com ele okay? Depois devolvo, meu amor – o garoto não deu muita importância e concordou com a mãe. Zelena sorriu e deu um beijo na bochecha do filho.

— Você achou! – Glinda tomou o livro da mão de sua esposa aliviada por não ter perdido.

— Me devolve – Zelena tentou pegar, mas Glinda virou-se. A ruiva sorriu e beijou a esposa, ao perceber que ela se rendeu ao beijo tomou de sua mão o objeto.

— ECA! – as duas foram interrompidas pela a pequena Karma, odiando ter presenciado a cena – Que nojento – as duas gargalharam.

— Ótimo, mantenha esse pensamento até os trinta anos – respondeu Zelena se referindo ao beijo. Karma seguiu para fora de casa onde seu irmão estava esperando as mães.

— O livro. Eu preciso entregar à Belle, pertence à Rumple – explicou Glinda.

— Lembra-se da ultima vez que vimos esse livro? Há cinco anos? Me diga como estava a ultima página – perguntou Zelena abrindo o livro.

— Sim, as últimas páginas era o final feliz de todos nós, a última página era... – Glinda franziu a testa tentando lembrar exatamente como era – Era Emma e Regina, sim, a última página eram elas duas com a família – Zelena abriu o livro e mostrou o que tinha, antes não havia páginas em branco, agora sim, como se houvesse continuação.

— Há várias páginas em branco e olha isso aqui – Zelena mostrou a última página que fez Glinda levar a mão até o coração, estava espantada.

— O que... O que isso quer dizer, Zel? – perguntou nervosa, ouviu sua filha lhe chamar e olhou para Zelena – O que isso quer dizer, Zelena? – repetiu preocupada.

— Problemas, e dos grandes. Eu vou ficar com isso por enquanto, inventa alguma mentira para Belle – Glinda olhou para Zelena e levou as mãos aos quadris – Mentir uma vez na vida não vai te deixar má, meu amor. Você continuará sendo minha bruxinha boa.

— MAMYYYYYYY – Karma gritou. Glinda respirou fundo, essa noticia certamente havia afetado a bruxa. Zelena deu um selinho na esposa e sussurrou um eu te amo antes de ir até os filhos.

...

— Sabe – Lily estava no carro, a médica estava ofegante – Eu não imaginava isso de você – tentou respirar fundo na esperança de que sua adrenalina diminuísse, olhou para o lado e Ariel estava do mesmo modo.

— Ele mereceu – Ariel olhou para o banco de trás e lá estava Eric, olhos fechados, sangue escorrendo pela boca e nenhum sinal vital – Eu disse que se não fosse comigo, ele não iria ficar com mais ninguém – respondeu sorrindo.

— O que pretende fazer com o corpo? – perguntou Lily.

— Ele vai ficar ótimo na decoração do meu quarto, no fundo do mar – Lily sorriu com a resposta, Ariel seria de grande utilidade. Quando Ariel fez o feitiço de busca logo ficou desacordada, porém Lily conseguiu trazê-la de volta mais rápido do que imaginava, a visão de Ariel as guiaram até o rapaz, onde com a ajuda de Lily, Ariel fez a morte do rapaz parecer um acidente.

— Acredito que você me deve algo – Lily deu partida no carro e seguiu para seu apartamento.

— Claro, a tal de Emma... Eu irei encontrá-la – retrucou girando os olhos, Lily parou o carro e olhou para a garota que parecia confusa.

— Antes de Emma tem alguém que eu preciso que você encontre, por favor...

— Não sei Lily, fazer isso me deixa muito fraca... – Ariel não estava mentindo, Lily levou sua mão até a parte exposta da coxa da ruiva e apertou levemente.

— Por favor... – pediu. Ariel arqueou uma sobrancelha com a atitude da garota e concordou. Lily voltou a dar partida no carro e seguiu para o apartamento.

...

 

Quando chegaram ao apartamento e com excelência conseguiram levar o corpo de Eric sem que ninguém visse de nada, Lily o largou no tapete e foi até Ariel. A ruiva já concentrada começou com o feitiço, falando palavras incompreensíveis enquanto se movimentava como um sonâmbulo, a única coisa que Lily entendia era o nome da pessoa que ela estava à procura sair da boca de Ariel. Minutos depois os olhos de Ariel tornaram-se em uma coloração clara, um verde claro e brilhante que para Lily lhe causava um certo pavor, depois disso a garota caiu no chão, inconsciente. Minutos depois voltando a realidade.

— Eu o encontrei... – conclui a ruiva que tinha a visão embaçada, parecia que iria desmaiar a qualquer momento.

— Toma isso – Lily lhe trouxe um copo d’água, mas a garota recusou – Eu ainda preciso da sua ajuda. Onde ele está? – Ariel levantou-se do chão com dificuldade, recusando o auxilio da médica.

— A duas quadras daqui – respondeu. Lily não pôde acreditar que estava tão próxima do rapaz.

...

— O que você faz aqui?! – quando os olhos de Ariel encontraram os do homem a sua frente, em sincronia os olhos dos dois brilharam, como se fosse uma confirmação de que Ariel havia encontrado o homem de sua visão.

— Você é uma ótima GPS – respondeu Lily para Ariel, a médica voltou para o homem a sua frente e sorriu - Há quanto tempo, Booth. Feliz em me ver? – Lily entrou no apartamento com Ariel, o homem estava deplorável, parecia um sem teto. Estava se perguntado como ele tinha ido de cirurgião renomado à um bêbado suicida.

— Vá embora! – August se aproximou com fúria de Lily, porém Ariel pôs-se a frente da garota – O quê? Agora anda com segurança – o homem gargalhou e foi até uma mesa do centro, colocando mais bebida no copo – O que você quer, Lilith? Ainda me culpar pelo o acontecido com Emma? Esquece garota, da ultima vez que eu tive noticias, ela estava melhor do que nunca.

— Onde ela está, Booth?! Você sabe onde ela está não é?! – Lily tomou o copo do rapaz e atirou na parede, o que fez o homem gargalhar.

— Você nunca vai encontrá-la. – o rapaz parecia ter ouvido a piada mais engraçada da história, não parava de gargalhar, respirou fundo e levou uma mão até o ombro de Lily – Você não ver Emma há o quê? Mais de dez anos, não é? Você nunca vai encontrá-la porque você foi enfeitiçada para nunca poder achá-la – e voltou a gargalhar.

— O QUÊ?! – Lily pegou o homem pela blusa suja e o encurralou sobre a estante de livros.

— Você foi enfeitiçada pelo Senhor das Trevas – August não fazia ideia de que Lily era também de seu mundo, por isso não se importava se o que saia da sua boca fosse insanidade para Lily – Naquele dia em que eu armei tudo, coloquei na sua bebida esse liquido que me foi dado, você jamais poderá encontrar Emma por si só, por isso até agora não a encontrou – Lily o soltou ainda em fúria.

— Talvez eu não posso encontrá-la, mas sei de alguém que pode – respondeu olhando para Ariel.

— Boa sorte com isso – August pegou outro copo e encheu-o de uísque – Mas não fará muita diferença, Emma está melhor do que nunca. Você não tem a mínima chance – sua gargalhada era sarcástica, o que fez Lily querer acabar com a vida do homem na mesma hora.

— Somos como você, Floresta Encantada, rainhas, princesas, fadas, sereias, ogros... Não precisa se incomodar em inventar uma mentira. Eu sou a Pequena Sereia, ela é filha da Maleficent e você, quem é? – perguntou curiosa, August ficou assustado com a confissão, poderia até ser confusão da sua mente por tanto álcool, mas algo lhe dizia que era real.

— Sabia que tinha algo errado com você – respondeu apontando para Lily – Filha de Maleficent? Agora entendo a sua índole – Lily não soube o porquê, mas sentiu uma raiva ao ouvir o comentário sobre sua mãe – Eu sou o Pinóquio, e agora parecemos três loucos com essa conversa.

— Por que fez isso hein? Porque armou tudo? O que você ganharia com isso? – perguntou Ariel sentindo-se obrigada a fazer aquelas perguntas ao rapaz, August deu uma boa olhada na ruiva e sorriu maliciosamente. Depois mudou sua expressão repentinamente ao lembrar-se do acordo que fizera.

— Aquele bastardo! Maldito Rumpelstiltskin. Ele me prometeu que quando tudo acabasse, quando Emma quebrasse a maldição eu poderia ver meu pai novamente – o copo que segurava quebrou em suas mãos com a força que ele havia feito – Eu juro que o mataria se pudesse, ele trancafiou meu pai, ele não me deixa vê-lo. Meu papa... – August começou a chorar ao lembrar-se de seu pai, o motivo pelo qual ele tanto lutou esses anos. Ariel e Lily se entreolharam, e a médica viu uma oportunidade ali.

— August... Nós podemos nos ajudar – o homem levantou seu olhar e negou.

— Não, não confio mais em acordos.

— August, olha para mim. Existe algo que possa mudar isso? Que possa fazer com que você fique novamente com seu pai e eu possa ter uma nova chance, não com Emma... – mentiu, ela sabia muito bem que o rapaz ainda se preocupava com Emma – Mas com minha mãe, assim como você eu fui tirada da única pessoa que me amava de verdade. Como começamos novamente? – Ariel observava tudo de longe, louvando Lily, tinha que admitir que a garota sabia exatamente como entrar na mente de alguém.

— Não, isso é errado. Não posso estragar a vida de todos por causa dos meus desejos – respondeu balançando a cabeça, e levando o copo a boca, tomando o liquido todo.

— Não é, é seu pai. Provavelmente ele deve está sofrendo nas mãos desse tal de Rump-alguma-coisa. Isso não é sobre Emma, é sobre você e seu pai, é sobre minha mãe... – insistiu Lily.

— Meu pai... – a mente do rapaz preencheu com imagens de Rumple possivelmente torturando seu pai – Existe. Existe um modo.

— Desembucha! – Ariel por algum motivo também estava curiosa com aquilo, poderia ter outra chance.

— Existe um livro, onde de alguma forma conta toda a historia dos moradores de Storybrooke, como se fosse um diário que atualizasse a cada dia o que acontece na vida deles, não só o presente, mas também pode mostrar o que está por vir.

— Tem certeza de que você não é aquele Maluco da historia da Alice? Você não está fazendo muito sentido – comentou Ariel perdida naquela conversa, Lily pediu para ela se calar e voltou sua atenção para August.

August ignorou o comentário de Ariel e começou a contar como aquele tal livro poderia ajudá-los. Se alguém ouvisse aquela conversa certamente iria internar os três, era surreal, porém Lily viu uma oportunidade no que o rapaz estava contando, não era como ela esperava, mas ela iria usar, era sua única chance de recomeçar com Emma.

— Isso é loucura – comentou Ariel.

— Essa é a única maneira – concluiu esperançoso por poder ter seu pai novamente.

— Você terá seu pai de volta, e eu... bom, mais uma chance – respondeu confiante – Ariel? Pronta para mais uma busca? – Ariel estava achando aquilo tudo loucura, porém concordou com Lily, iria ajudá-la no que fosse preciso.

...

— Vamos Rubs, será tão divertido. – pedia Emma animada enquanto almoçava com sua melhor amiga.

— Não dar Ems, já falei que nas férias Elsa quer visitar Arendelle – Ruby levou sua mão para pegar umas batatas fritas do prato de Emma, porém a loira deu uma tapa na mão da amiga – Egoísta...

— Na Disneylândia também deve ter o reino de Arendelle – Ruby girou os olhos com o argumento da amiga.

— Não dar Ems, Elsa está falando nessa viajem desde ano passado, se eu adiasse ela iria fazer da minha vida um inferno.

— O máximo que ela pode fazer é deixar você sem sexo por algumas semanas – Emma estava animada com a viajem, e estava contando que Ruby e a família também embarcassem nessa.

— Hum, escolha difícil. – Ruby fez uma cara pensativa, como se estive em dúvida de algo – Semanas sem sexo com minha sexy esposa ou férias com você em um parque de diversões?

— Não é um simples parque de diversões, é o lugar mais feliz do mundo, onde todos os sonhos se tornam realidade. Qual é Ruby? Eu não tive infância, o máximo que cheguei de um parque foi um abandonado onde o carrossel era cavalos sem cabeças e às vezes sem pernas também.

— Não joga esse truque de órfã para mim não. É serio Emmy, não dar. Quem sabe da próxima vez? – Emma balançou a cabeça negando, e Ruby sorriu com a criancice da amiga – Agora me diz como convenceu Regina a ir à Disneylândia?

— Ela vai saber quando chegarmos ao parque e eu tirar a venda dos olhos dela. Ela sabe que vamos fazer uma viajem em família, mas não sabe onde – Ruby gargalhou, daria tudo para poder ver a cara de Regina quando chegasse no lugar, ela simplesmente odiava o lugar, pelo o simples fato de contar todas as historias de forma errada.

— Você gosta de brincar com fogo, hein? – comentou. Ruby sorriu para a mulher que passava ao seu lado, cumprimentando-a – Eu sinto tanto por ela... – disse Ruby para Emma.

— Ingrid? O que aconteceu? – perguntou Emma curiosa.

— Ela tem uma historia sinistra, abriu mão da filha quando ela era recém-nascida. Anos depois a encontrou, mas nunca falou nada, nunca teve coragem de dizer quem ela era.

— Essa historia é um pouco familiar.

— Ainda tem mais, a filha dela está em Storybrooke. Por isso que ela veio para cá, para poder acompanhar mesmo que de longe a filha. Quem deve ser essa garota? – Ruby tinha o pensamento longe, estava tentando encontrar alguém que se encaixasse como filha da mulher. Seus olhos cresceram quando ela teve uma imagem preenchendo seus pensamentos, olhou para Emma e sorriu.

— O quê? Eu não sou filha dela! – respondeu a loira confusa – Espera, não sou, não é Ruby? Minha mãe é Snow e o Charming, certo? Ruby! – Emma estava começando a surtar com aquele olhar da amiga.

— Indo pela lógica, quem é a única pessoa loira, de olhos claros, que veio de outro reino, tem uma historia conflituosa com os pais e possui uma espécie de poder de gelo? – perguntou Ruby animada com sua possível ideia de quem fosse à garota.

— Ingrid – disse Emma dando de ombros, Ruby respirou fundo e pediu outra opção para a amiga. Emma pareceu pensar, viu uma certa loira se aproximar de sua mesa e seus olhos cresceram ao ligar os pontos – ELSA! – disse um pouco alto.

— Exatamente, Elsa é a – Ruby sentiu uma mão tocar seu ombro e sentiu um frio na barriga ao ver que era sua esposa.

— Eu sou a? – perguntou Elsa sorrindo, não entendendo o olhar espantado de Emma e o nervosismo da esposa.

— A criatura mais bela de todos os reinos – Elsa selou seus lábios com Ruby e Emma fez questão de mostrar que ainda estava ali.

— Está na minha hora, tenho que ir. Depois conversamos mais sobre essa... hum... Essa teoria – respondeu Emma levantando-se e saindo. Ruby iria falar algo, mas a loira já estava no meio do caminho.

— Ela sempre faz isso, acha que pode comer de graça todos os dias – disse Ruby girando os olhos, Elsa sentou-se diante da esposa e começou uma conversa.

...

— Duas horas e treze minutos, sol escaldante. – Hook estava detrás de um arbusto, o mesmo que estava na noite anterior. Possuía na mão uma espécie de gravador que achou na loja de Gold. Estava gravando tudo. – Duas horas e nenhum movimento suspeito, o príncipe traidor não voltou, provavelmente foi comprar alguns remedinhos azuis para aguentar.

— O que está fazen – Hook deu um pulo para trás, deixando o gravador cair com o susto que levou.

— Ruivinha! Quer me matar? – o homem apanhou o objeto e o limpou – Estou de guarda, esperando para dar o flagra naqueles dois – o homem viu Snow saindo e virou-se para não ser reconhecido – Hora do show – Hook estava para sair dali, mas Zelena o segurou.

— O que vai fazer?

— Ouvi Cora dizer que iria se encontrar com tal pessoa às três horas, só pode ser ele. Vou entrar na casa e vou ficar escondido para pegá-los no ato – Zelena sabia que era errado, mas apenas deu de ombros.

— Boa sorte, Sherlock – Hook não entendeu a referencia, mas sorriu para ruiva e correu, sabia exatamente como abrir uma porta sem a chave.

...

— Eles estão olhando... – Cruella tentava não olhar muito, mas era impossível. Estava tomando sorvete com Cora enquanto faziam os cálculos de quanto ganharam na ultima venda.

— Querida, para com essa paranoia. Como um bando de anjinhos pode fazer algo com você? – Cora gargalhou, porém Cruella não achou tão engraçado.

— Você vê anjos, eu vejo aprendizes de tinhoso – Cruella deu mais uma olhada no grupo de crianças que conversavam e vez ou outra apontava para a mulher – Olha ali, aquela filha da Verdinha é a líder do movimento, como pode? Tão pouca idade e tão perversa.

— É a minha neta que você está falando – retrucou Cora incomodada com o comentário.

— Aquelas gêmeas também, uma com a mente maligna e a outra adora sair por aí chutando as pessoas, principalmente eu. – Cruella fez contato visual com Felicity que não desviava o olhar, estava desafiando-a. A garotinha com dois dedos apontou para seus próprios olhos e depois para Cruella, como se estivesse dizendo que estava de olho nela – Está vendo!? Eles estão planejando minha queda, não sabem do que sou capaz.

— Cruella! São crianças, e você não vai fazer nada contra eles. Principalmente contra meus netos, que é boa parte daquele grupinho – as crianças estavam com Ariel e Belle que condenavam o grupo.

— Ótimo, está aqui – Zelena apareceu e logo Cora fechou o notebook que estava na mesa – Como pôde fazer isso, mamãe? Hook é um bom rapaz.

— Do que está falando, querida? – perguntou sem entender nada.

— Você está traindo-o e ainda por cima com Charming?! – sussurrou a ruiva, Cruella abriu a boca em espanto e olhou para a amiga.

— Depois eu sou a pervertida! Como conseguiu? Charming parece bem devoto da Snow, eu até tentei ver a espada encantada dele, mas ele surtou – Cora ignorou o comentário da amiga e continuou a olhar para a filha.

— Que ideia, Zelena! Eu jamais faria isso. De onde tirou isso?

— Hook acha que você o traiu, a seguiu ontem e viu você saindo tarde da casa do Charming então ligou os pontos. Agora ele está infiltrado na casa de Snow, esperando algum dos dois aparecer, realmente espero que seja você a primeira a aparecer, mamãe. Se for o Charming pode acontecer alguma coisa pior – Cora levantou-se preocupada e já ia sumir em fumaça, mas Cruella a interrompeu.

— Espera, quero ir também. – pediu olhando para a mais velha – Como é? Só seguro em você e desapareço também? – Cora girou os olhos e as três desapareceram.

...

Snow ouviu um barulho vindo do quarto e sorriu, agradeceu por Neal está em alguma aula adicional. Estava louca para experimentar os novos brinquedos com o marido e aquele momento parecia a hora exata, foi se despindo enquanto andava até o quarto, pegou o chicote que havia deixado dentro de uma mala na sala. Estava apenas de lingerie quando abriu a porta do quarto.

— Não meu amor, não quero dormir... – Snow viu que o rapaz estava todo coberto, sorriu maliciosamente e chicoteou bem no que presumiu ser o traseiro do homem, Hook sentiu uma lágrima sair do olho quando sentiu a dor incomodar seu traseiro, mas não falou nada, achava que Snow iria embora se ele fingisse está dormindo – Vamos meu amor... – Snow sussurrou e mais uma vez chicoteou no mesmo lugar, com mais força.

— AI! – Hook deu um pulo para fora da cama enquanto passava sua mão na parte de trás, tentando tirar a dor causada por Snow.

— HOOK? O QUE FAZ AQUI? – Snow pegou o lençol e se cobriu, sentindo-se completamente envergonhada.

— O QUE DEU EM VOCÊ MULHER!? BATER NO MARIDO, ESTÁ LOUCA!? ISSO DÓI – choramingou Hook, Snow tinha quase certeza de que viu lágrimas nos olhos do homem.

— O QUE ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA?!

— HOOK?! SNOW?! – Cora apareceu do nada no quarto, acompanhada de Cruella e Zelena.

— MAIS O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – perguntou Snow confusa, irritada.

— Vejo que recuperou o corpo de antes, Snow Red – Cruella comentou ao ver que Snow não estava com a pele branca e sim em diversos tons de vermelho.

— EU VIM AQUI PARA DAR UM FLAGRA, NÃO EM VOCÊ, LOUCA DO CHICOTE. NA MINHA ESPOSA E NO SEU MARIDO, QUE ESTÃO DE TRAIRAGEM. – respondeu ainda sentindo a dor em seu traseiro.

— Querido, eu jamais poderia trair você. Por que faria isso? – respondeu Cora sorrindo com a ideia do marido. Snow não estava entendendo nada só queria que todos saíssem.

— Ontem vimos você saindo daqui, mamãe. Não negue! – Zelena se impôs, estava do lado de Hook se sua mãe realmente estivesse traindo o pirata.

— Eu não estou traindo... – afirmou Cora.

— CORA NÃO ESTÁ TRAINDO VOCÊ. ELA E CRUELLA SÃO DONAS DE UM SEXSHOP E ESTAVAM ME FAZENDO UMA VISITA COM OS PRODUTOS. FELIZ? VOCÊ NÃO ESTÁ SENDO TRAIDO – todos olharam para Snow. Zelena e Hook completamente surpresos e Cruella e Cora irritadas por a mulher ter entregado as duas.

— Mas você tem uma boca abençoada, queridinha. Por que não abre um jornal e conta todos os podres dos moradores de Storybrooke? – comentou Cruella com todo o sarcasmo que tinha naquele momento, estava preocupada com Cora. Snow não se sentia culpada por dizer, sua vergonha era maior do que qualquer preocupação.

— Sexshop? Então não está me traindo? – perguntou sorridente.

— Claro que não. Mas espera, não está chateado por isso? Quero dizer... Sexshop?

— Minha mulher não está me traindo e trabalha com algo relacionado a sexo, não... Nem um pouco chateado, agora tem que prometer que vai usar alguns brinquedinhos comigo, só não chicote – Cora gargalhou e beijou o homem.

— Snow. Sorria – Zelena tirou uma foto da garota e gargalhou – Regina vai adorar ver isso.

— Cuidado... Quem fala demais morre cedo – ameaçou Cruella, Zelena franziu a testa com o que ouvira.

— O que? Agora faz parte de alguma gangue, Cruella? – perguntou a ruiva gargalhando, Cruella sorriu e piscou para Zelena.

— TODOS FORA DA MINHA CASA, AGORA! – ordenou Snow. E em um passe de mágica desapareceram.

...

— Preciso falar com você – Zelena passou direto e entrou no escritório, parou achando algo estranho – Costumava ter uma porta no seu escritório, não era? – Zelena olhou para trás para ver se estava enganada, mas não.

— Falar o quê? – Regina não deixou que aquela conversa da porta se estendesse, sabia que sairia vários comentários maldosos.

— Hum, nada de mais, sabe? Perguntar como você está, como está as crianças e o casamento e O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO SE APROXIMANDO DAQUELA PIRANHA DO MAR? – Regina parou o que estava lendo e sua atenção foi para Zelena, querendo entender as ultimas palavras dela.

— Podemos não começar isso? Nos últimos dias houve uma discussão sobre isso, não quero me estressar novamente, principalmente com você.

— Olha aqui Regina, você não acha estranho todo mundo ter a mesma opinião sobre essa garota e você ser a única do contra? Você não está sempre certa, Rainha – Zelena jogou o livro na mesa, e depois voltou a olhar para Regina – Sua mesa não era de vidro? – perguntou achando estranho aquela mesa de madeira.

— Por céus! O que tem de errado com essa pobre criatura? – perguntou Regina. Zelena folheou o livro e mostrou uma página especifica para a prefeita – O que significa isso, Zelena? – perguntou estranhando aquela página, sentiu um calafrio percorrer seu corpo, aquele maldito calafrio que a assombrou quando algo de ruim aconteceu, cinco anos atrás. – O que é isso? – perguntou novamente.

— Seu destino.


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Notas finais do capítulo

...?
Bjors