Keeping Up With Swan Queen escrita por Sky


Capítulo 19
That One With The Memories


Notas iniciais do capítulo

Olá olá...
Boa leitura.



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...

— Então? Como ela está? – perguntou Zelena preocupada, sabia que sua irmã nutria sentimentos por Emma e aquela noticia certamente tinha destruído a Rainha.

— Você a conhece querida, ela não vai admitir que está errada. – disse Cora respirando fundo tentando tirar toda aquela tensão de seus ombros – Emma não é como a mãe, isso é claro. Ela jamais faria algo contra nós, ela realmente gosta de Regina – comentou sentando-se ao lado de sua outra filha.

— Onde ela deve ter ido? – perguntou Glinda se referindo a Emma.

— Se quiser eu posso encontrá-la – ofereceu-se Úrsula percebendo que aquela loira era importante para a família.

— Não querida, você já fez o bastante. Obrigada por ter encontrado as crianças, Emma certamente está agradecida por isso – agradeceu Cora – Você pode ir se quiser.

— Não, ainda faltam duas garotinhas e um rapaz chamado Henry. Só irei quando eles aparecerem, aproveito para ficar aqui e tentar conversar com Regina – Insistiu Úrsula. Cruella girou os olhos e grunhiu, achava que Úrsula já havia acabado seu trabalho ali para elas enfim irem para outro lugar.

— Você deveria descansar mamãe, foi um dia longo... – sugeriu a ruiva beijando o rosto da mãe.

— Não minha querida. Essa confusão toda só me tirou o sono, vocês deveriam descansar. Sintam-se em casa, todas vocês – disse Cora com o pensamento longe. Todas ali pareciam ter perdido o sono, continuaram na grande sala. Zelena e Glinda estavam caladas, Glinda descansando sua cabeça no ombro da ruiva. Cruella e Úrsula conversam em outro canto do cômodo.

— Achei que precisaria – Cora levantou seu olhar e sorriu ao ver o pirata lhe oferecendo uma xícara com chá – Está tudo bem? – perguntou ao ver Cora preocupada, a mulher pegou a xícara e Hook sentou-se ao lado da mulher.

— Bom, descobrimos que Emma é filha de Snow White. Regina ficou uma fera ao saber disso e expulsou Emma do castelo, ou melhor, de nossas vidas, agora minha filha está chorando até adormecer e Emma está por aí... Então acho que a resposta para sua pergunta é: não, não está nada bem – a mulher tomou gole daquele chá e fechou os olhos por alguns segundos.

— Sinto muito, se tiver algo que eu possa fazer para ajudar...

— Não há nada querido, mas agradeço sua gentileza. O que precisamos agora é que Emma reapareça e Regina se desculpe com ela, mas acho que ambas as coisas não irão acontecer – Hook segurou a mão da mulher e olhou em seus olhos, queria que ela entendesse que o que ele estava prestes a dizer era verdade.

— Vai ficar tudo bem. Eu vi o modo com aquelas duas se olham, são bem obvias. A loirinha vai voltar... – Cora sorriu em agradecimento.

— E as crianças como estão? – perguntou a mulher se dando conta que elas não estavam ali.

— Dormiram. Não se preocupe...

...

— Charming?! – Snow parou seu cavalo ao ver que o marido não a acompanhava mais – Por que parou? – perguntou preocupada.

— Preciso encontrar minha filha, você viu o jeito que ela desapareceu. Ela não deve está muito longe – respondeu preocupado.

— Nossa filha. – corrigiu – Eu vou com você – disse já fazendo seu cavalo mudar de direção.

— Não! Você já fez o bastante por hoje Snow, tenho certeza de que você é a ultima pessoa que Emma quer ver nesse momento.

— Quer saber? Não me importo. Regina há essa hora já deve ter mordido aquela maçã, quando eu recuperar todo o Reino Emma vai voltar para mim.

— Como você tem tanta certeza de que isso vai acontecer Snow? Se me lembro bem eu consegui quebrar a maldição uma vez, quem garante que alguma pessoa não fará o mesmo com Regina? – Snow gargalhou ao ouvir seu marido, era a coisa mais absurda que ela já havia escutado.

— Você é meu amor verdadeiro Charming, apenas um beijo de amor verdadeiro quebrará a maldição. Não há ninguém para Regina, ela ficará assim pela eternidade.

— Quem é você? E o que fez com minha esposa? – Charming estava decepcionado com sua esposa, não conseguia ver a mulher que ele se apaixonou a primeira vista – Você ficou tão obcecada por Regina que acabou se tornando uma versão pior dela...

— Charming... – Snow nunca viu nos olhos do marido decepção, mas naquele momento olhando para ela, Snow conseguiu ver.

— Volte para o Reino, eu irei procurar por Emma e não se atreva a me seguir! – ordenou fazendo seu cavalo correr para direção oposta da mulher. Snow por alguns segundos ficou estática, sem saber o que fazer e se perguntando se o que havia feito realmente tinha valido a pena.

...

Rumple viu o raio de sol entrar por sua enorme janela e então percebeu que havia passado a noite trabalhando naquela poção, sorriu ao ver o liquido vermelho borbulhar no frasco de vidro, finalmente havia terminado. Gargalhou com seu feito o que fez todos acordarem.

— Nossa, por quanto tempo dormimos? – perguntou Henry sem saber exatamente quando havia adormecido, apenas lembrava que Rumple havia tirado um pouco de sangue dele e depois tudo era borrão.

— Para um garoto que se diz corajoso, você não lida muito bem com sangue não é verdade? – perguntou Rumple gargalhando ao lembrar que o garoto havia desmaiado após ver o sangue.

— Hen... Estou com fome – sussurrou Clarke para o irmão, Belle ouviu e sorriu.

— Irei fazer o café da manhã – respondeu levantando-se do sofá.

— Não, não, não. O acordou era eu entregar a poção e vocês sumirem da minha frente. – Rumple pegou o frasco e entregou para Henry – Aqui está, agora cumpram a parte de vocês.

— Mas Rumple... As crianças estão com fome, prometo que depois do café da manhã iremos embora – argumentou Belle com pena das crianças que obviamente estavam famintas, o homem olhou para Lexa e cedeu ao pedido, fazendo Belle sorrir.

Em menos de trinta minutos a mesa já estava posta, café, suco, chá, frutas, pão e bolo, um banquete oferecido por Rumpelstiltskin, nem ele mesmo estava acreditando que havia deixado Belle fazer isso. Henry aproveitou que Belle e Rumple pareciam discutir algo e derramou duas gotas da poção em duas xícaras de chá, estava torcendo para que duas gotas fossem o bastante, ou melhor, ele estava torcendo para aquilo realmente dar certo.

— Belle faz o melhor chá que já provei em toda minha vida – comentou Henry levando duas xícaras para os dois mais velhos.

— Vocês poderiam acelerar? Já não aguento a presença de todos vocês – comentou Rumple impaciente. Henry grunhiu algo e acompanhou Rumple.

— Qual é Rumple? Não faça essa desfeita com Belle, você sabe como ela é sensível. Aposto que você não quer vê-la triste – Rumple olhou para o rapaz insistente e depois para Belle, o homem girou os olhos e tomou a xícara da mão do rapaz deixando cair um pouco de chá no chão.

Belle sorriu ao ver a cena e tomou seu chá ao mesmo tempo em que Rumple. Clarke, Lexa e Henry observavam o casal, estavam esperançosos, aquele simples gole de chá estava demorando demais para terminar. Rumple deixou sua xícara cair no chão, o homem ajoelhou-se e levou as mãos a cabeça, parecia que havia um time de futebol chutando sua cabeça, o homem gritava escandalosamente, Clarke segurou Lexa que estava para correr para seu pai. Henry se perguntou se Rumple havia o enganado, se ele havia feito algo além da poção, se ele teve a intenção de envenena-lo, Belle não se movia, havia uma luz em torno da mulher e isso a impedia de fazer algo. Foi então que o grito acabou e aquele monstro que antes assustava com aquela pele de crocodilo havia sumido, ali de joelhos e parecendo bastante exausto havia um homem com pele normal, cabelos finos, o monstro havia sumido.

— Rumple... – Rumple levantou seu olhar, estava ofegante. – Rumple! – Belle correu e abraçou o homem, as crianças ainda se mantinham afastadas.

— Belle? Você... Você está aqui – Henry sorriu ao ver o abraço do casal, o abraço se desfez quando Rumple pôde finalmente se dar conta do que estava acontecendo – Lexa... Minha pequena – Lexa já tinha lágrimas nos olhos quando correu para abraçar seu pai.

— Está tudo bem meu amor... – disse Belle abraçando também sua filha.

— É, parece que a poção deu certo – comentou Henry sorrindo vitorioso. Rumple levantou-se e foi até o rapaz.

— Vocês nos salvou, Henry. Você conseguiu – Rumple abraçou o garoto, orgulhoso por o que ele fez.

— Há quanto tempo isso aconteceu? Parece que estamos aqui há uma vida – comentou Belle ainda ao lado da filha.

— Não sei ao certo, quase um mês – respondeu Henry não tendo o tempo preciso.

— Aria, onde está Aria?! – perguntou Rumple preocupado com sua outra filha.

— Não se preocupe, o importante nesse momento é levar essa poção a todos os outros. – explicou Henry não vendo a hora de acabar com isso tudo.

— Viu Lex? Tudo está bem agora, você também é uma salvadora – comentou Clarke para a amiga, Lexa sorriu e abraçou a loira.

— Ah não... – disse Rumple se dando conta de algo.

— O que foi, Rumple? – perguntou Belle preocupada.

— Regina...

— O que aconteceu com minha mãe? – perguntou o garoto não gostando da expressão do homem.

— Há alguns dias Snow me procurou, ela estava atrás de uma maçã envenenada... – explicou. Henry entendeu exatamente o que havia acontecido – É tarde demais, Regina já caiu na armadilha.

— Não! Teremos que ir até lá, minha mãe Emma precisa acordá-la! – disse Henry preocupado.

— Henry... – Rumple tentou se aproximar – Regina pode não ter o mesmo tempo que Snow teve, se em vinte horas a maldição não for quebrada, Regina ficará em um sono profundo para sempre, nem mesmo o beijo será possível acordá-la – explicou.

— Hen... Mamãe vai morrer? – perguntou Clarke apavorada.

— Não Clarkie, ela não vai – respondeu Henry deixando sua voz sair um pouco quebrada – Nos leve até lá Rumple, precisamos resolver isso – Rumple concordou.

...

— Wow! Por que não fui convidada para essa festa? – todos olharam para Maleficent que parecia espantada com tantos rostos desconhecidos.

— O que está fazendo aqui Maleficent? – perguntou Zelena sem paciência para aquela mulher.

— Algumas pessoas estão querendo falar com você – Maleficent apontou para os novos amigos ao seu lado. Elsa, Ingrid, Neal, Ruby, Aria, Ezra e um boneco de neve.

— Mas o que

— Onde está minha mãe?! – todos agora olharam para trás ao ver um rapaz preocupado olhando para eles assustado.

— MAIS O QUE RAIOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! ISSO AQUI É UMA PROPRIEDADE PRIVADA. DESAPAREÇAM TODOS ANTES QUE EU ENFIE MEU GANCHO NO ESTÔMAGO DE CADA UM... MENOS NOS DAS CRIANÇAS – dessa vez foi Hook a chamar atenção.

— Rumple? É você? – perguntou Zelena olhando bem para aquele homem.

— Calados! – ordenou Rumple. O homem com um movimento da mão fez todos ficarem lado a lado, pareciam presos, mas nada os prendiam.

— O que está fazendo velhote? Me solta! – ordenou Cruella não sabendo por que não conseguia se mover.

— Não temos nada a ver com isso, Senhor – disse Elsa completamente assustada com aquilo.

— Henry, você e Belle vão procurar por Cora e a façam beber – Rumple jogou um frasco pequeno para o garoto, enquanto segurava o maior. - Clarke e Lexa, procurem o restante das crianças – ordenou. E ali estava o homem olhando para cada um, exatamente nessa ordem: Úrsula, Cruella, Glinda, Zelena, Maleficent, Ingrid, Ruby, Elsa, Hook e até Olaf havia caído nessa. Aria, Ezra e Neal foram procurar o restante das crianças com as duas amigas.

— O que vai fazer? Nos matar? – perguntou Maleficent desafiando-o.

— Por mais que eu tenha vontade de tirar a vida de alguns de vocês... – Rumple olhou para Cruella pelo o comentário que ela havia feito antes – Não irei. Só enfeiticei vocês porque isso aqui estava uma bagunça – respondeu abrindo o frasco – Vocês irão beber uma gota disso.

— Você acha mesmo que eu vou beber qualquer coisa vinda de você, velhote traiçoeiro – Rumple fez um movimento fechando a mão e a voz de Cruella havia sumido.

— Ainda não entendo como você a aguenta Úrsula – comentou girando os olhos – Isso não é veneno, se eu quisesse matar vocês eu já teria feito em um piscar de olhos.

— Eu deveria ter ficado em Arendelle, vocês desse reino são mal educados – resmungou Olaf. Hook deu um grito se assustando, até onde sabia bonecos de neve não falavam.

— Você fala – disse assustado – Por favor, me troca de lugar... Ele está me dando medo – pediu Hook querendo se afastar de Olaf, mas não conseguindo se mover.

— Papa? – Rumple olhou para trás e viu sua filha com todas as outras crianças.

— Essas crianças são nossos filhos, eu sei que pode parecer loucura, mas é verdade. Fomos amaldiçoados e perdemos a memoria voltando para Floresta Encantada e esquecendo-se de tudo o que um dia vivemos em outra Terra. Quando cada um se encontrou não foi por simples coincidência, foi o destino trazendo-os de volta para quem pertence. Ruby e Elsa. Glinda e Zelena. Úrsula e Cruella. Cora e Hook – todos se entreolharam e não falaram nada, estavam em estado de choque.

— Você está se metendo com minha mãe, pirata maldito?! – perguntou Zelena deixando transparecer sua fúria na voz.

— Okay, já chega. Tenho muito que fazer. Se vocês tentarem cuspir ou relutar para tomar isso eu juro que arranco o coração de cada um sem pensar duas vezes – ameaçou apenas para os adultos ouvirem. Rumple devolveu a voz de Cruella e depois foi levando o frasco à boca de cada um, e obedientemente cada um tomou um gole daquele liquido, menos Olaf.

Rumple se afastou um pouco e esperou fazer o efeito, uma luz tomou conta daquele lugar. O homem sorriu vendo que havia dado certo, desfez seu feitiço sobre eles e conseguiram finalmente se mover. A primeira reação foi correr para os filhos, abraçando-os.

— Hum... Sabia que vocês iriam ficar juntinhas. – disse Cruella olhando para a amiga e Ingrid – Sorvetinho te achou até em outro reino hein? – implicou Cruella.

Maleficent girou os olhos, quando olhou para Ingrid tomou um leve susto ao ver quão próxima a mulher estava dela. A próxima coisa que sentiu foi os braços da loira envolverem seu pescoço e os lábios colidirem com os seus, Ingrid havia esperado tempo demais. Dessa vez ela não iria esperar outra maldição para fazer algo.

**

— Vocês estão bem? Alguém fez algo? – perguntou Elsa checando seus filhos.

— Está tudo bem mamãe. Eu tomei conta de tudo – respondeu Oliver confiante. Ruby bagunçou o cabelo do filho e o abraçou.

— Tia C tomou conta de mim, mamãe. Ela me ama, só não diz... – Elsa gargalhou e abraçou sua filha, logo sentindo os braços de Ruby abraçando-as.

— Nada irá nos separar novamente – prometeu Ruby para sua família.

**

— E você meu pequeno herói, conseguiu trazer Ingrid e Elsa para esse Reino. Estou tão orgulhosa de você – disse Zelena plantando um beijo em Ezra.

— Céus! Ninguém nunca mais irá tirar vocês de mim – garantiu Glinda já chorando. Karma abraçou sua mãe e plantou um beijo em seu rosto.

— Está tudo bem agora – garantiu Zelena para a família.

**

— Ei, não fiquem triste minhas princesinhas. A mãe de vocês está dormindo e a outra saiu para um ar fresco, vovô Hook está aqui para vocês... – respondeu Hook abraçando as duas loirinhas Swan Mills.

— Posso chamar você também de vovô Hook? – Hook deu outro grito chamando atenção de todos.

— Você não, bonequinho de neve vodoo – respondeu fazendo as gêmeas gargalharem.

— Killian? – Hook levantou seu olhar e foi até o homem que o chamou – Preciso que você distraia as crianças, por favor. – pediu Rumple.

— O que aconteceu? – perguntou preocupado.

— Só mantenha as crianças entretidas, confie em mim – Hook não questionou e concordou.

— OKAY. TODAS AS CRIANÇAS QUE FOREM ATÉ ESSE TAMANHO – Hook levou sua mão até a altura da perna – ME ACOMPANHEM, MENOS BONECOS AMALDIÇOADOS! – as crianças correram para Hook e Olaf devagarzinho acompanhou aquele bando.

**

Um grito ecoou por todo o castelo deixando os adultos apavorados.

— MAMÃE! – disse Zelena correndo em busca de sua mãe. Rumple já sabia o que poderia ser e assim como os outros acompanhou os gritos ensurdecedores.

**

— Regina! Acorda! Meu amor, acorda... – pedia Cora deixando suas lágrimas caírem sem se importar.

— O que aconteceu?! – Zelena correu para mais perto e viu o motivo. Regina parecia morta.

— Ela foi envenenada, Snow a envenenou com uma maçã... – explicou Rumple.

— Mais que vadiazinha, fez Regina provar do próprio veneno... – observou Cruella.

— O que estamos fazendo parados?! Precisamos fazer minha irmã acordar... Ela tem que acordar! – Zelena estava nervosa, tanto quanto sua própria mãe.

— Um beijo de amor verdadeiro, minha mãe Emma tem que acordá-la – explicou Henry – Onde ela está?

— Ela sumiu. Não sabemos onde ela está – explicou Glinda.

— Eu posso tentar encontrá-la – respondeu Úrsula.

— Não. Sua busca requer tempo e isso não temos. Essa maldição é mais perigosa. Se a maldição não for quebrada em até vinte horas... Regina não voltará mais. – Cora voltou a chorar com aquela terrível noticia.

— Nós iremos encontrar Emma, estamos em um número grande. Iremos encontrá-la – garantiu Ruby preocupada com aquela situação.

— Ela está certa. Vamos! – ordenou Maleficent e todos saíram alvoraçados em busca da Salvadora. Deixando apenas Cora, Henry, Rumple e Belle.

— Minha querida, vai ficar tudo bem – respondeu Rumple confortando Cora, a mulher não deixava as mãos de sua filha, esperava que a qualquer momento aqueles olhos fossem se abrir.

— Você não sabe disso! Você tem garantia disso, eu posso perder minha filha... E não posso fazer nada a respeito – lamentou sentindo-se inútil.

— É Emma, Cora. Você duvida que tudo ficará bem? – argumentou Belle não recebendo nada além de mais choro da mais velha. Belle então ouviu o choro de Alison e a pegou – Está tudo bem - dizia Belle balançando a garotinha - Vou entrega-la á Hook, volto logo.

...

Emma atirava pedra no lago e observava atentamente quando quicava na água e afundava, ela fazia como se fosse uma espécie de robô programada para fazer aquilo. Ela tinha consciência de que sentia algo por Regina, mas só soube o quanto quando viu e ouviu o que a Rainha havia falado para ela, o olhar desapontado, as palavras cortantes magoaram mais do que qualquer outra coisa. Emma sempre gostou de se mostrar forte para os outros, sempre que chorava esperava ir para cama e deixar as lágrimas no travesseiro, chorava em silêncio sem que ninguém soubesse, naquele momento ela não ligava para as pessoas que passavam e lhe davam olhares curiosos ao vê-la chorando, ela só queria tirar aquela dor de seu peito e deixar as lágrimas saírem era um começo.

— Você sempre foi boa em se esconder – Emma imediatamente levantou-se e apontou sua espada para o não-tão-estranho – Vejo que aprendeu direitinho minhas técnicas – disse pegando a espada.

— O que está fazendo aqui? – perguntou Emma sem dar muita importância.

— Me perdoe por ontem, querida. Eu só estava ali porque eu não queria que nada acontecesse com sua mãe...

— Ela não é minha mãe. – respondeu. Charming respirou fundo e sentou-se na pedra ao lado da filha.

— Ela sempre será sua mãe... – Emma pareceu não ouvir aquilo – O que você estava fazendo no castelo de Regina? – Emma não respondeu – Eu vi o modo como você olhava para ela, e como ela ficou arrasada ao saber que você é filha de Snow.

— Aonde você quer chegar, pai? – perguntou impaciente.

— Você a ama, não é mesmo? – o sorriso no rosto do homem fez Emma se questionar se ele estava debochando dela.

— O que isso importa agora? Ela nunca vai me perdoar por ser filha de Snow, se ela soubesse que eu não tive escolha... – Charming ignorou a implicância de Emma com sua esposa.

— Não importa o que eu acho ou o que sua mãe pensa. Se você a ama tem que lutar por isso, acha que amar é fácil? Não é Emma, você tem que lutar por ele, tem que mostrar que merece isso. E se tem uma coisa que os Charmings fazem melhor é lutar por quem se ama – Emma olhou para o pai assustada com aquele discurso, o homem sorriu e trouxe a garota para um abraço. – Eu amo você minha filha, quero que você seja feliz não importa com quem, contanto que você esteja feliz – Emma abraçou o pai e deixou algumas lágrimas caírem.

— EMMA! CÉUS! FINALMENTE – Ruby ofegava como se tivesse corrido uma maratona – Você precisa ir até o castelo.

— Ruby você está me assustando. O que houve? – perguntou Emma. Charming sabia o que estava para sair da boca de Ruby, mas preferiu ficar calado.

— Regina, a envenenaram... – Emma sentiu todo seu corpo tremer sem ao menos mexer um musculo – Emma, você tem que ajudá-la.

...

— Ela não vai chegar a tempo, temos que fazer algo! – respondeu Henry andando de um lado para outro.

— Se acalma Henry, só está deixando sua avó mais preocupada – sussurrou Belle para o garoto.

...

Emma pensava em tanta coisa, que pareciam borrões. Ela poderia desaparecer ali com sua mágica, mas estava tão atordoada com a noticia que se esqueceu desse seu pequeno poder. Subiu em Ruby que estava em forma de lobo e seguiu para o castelo, sua respiração era pesada, sua cabeça mantinha a imagem de Regina e como se a Rainha pudesse ouvir, ela repetia: “Vai ficar tudo bem Regina, estou chegando”. Emma olhou para o horizonte e viu aquela enorme bola descendo sobre as colinas, o sol estava se pondo, em volta tudo parecia normal, mas dentro daquela destemida princesa havia um terremoto de sentimentos, esperança, ansiedade, medo, angústia...

— VAMOS RUBY! VAMOS! – ordenou Emma gritando.

Estavam indo tão rápido que as lágrimas que Emma deixava cair por medo de não conseguir chegar a tempo eram secadas pelo o vento que estapeava seu rosto.

“Por favor, Regina, aguente firme. Eu preciso que você aguente firme e me espere, eu vou salvar você. Você não pode me abandonar agora que eu encontrei você... não pode”

Era o constante pensamento de Emma. Ruby parou na porta do castelo e Emma desceu da amiga, Emma correu, correu o mais rápido que suas pernas poderiam aguentar, o coração batia mais rápido a cada degrau que subia, não sabia se era por cansaço ou por ansiedade, naquele momento não importava muito, ela poderia ter um ataque cardíaco depois, mas antes ela teria que salvar Regina, suas mãos suavam e ela sentiu um frio no estomago quando ouviu um grito vindo de um dos quartos.

— Não... Não... – Emma correu com medo do que fosse encontrar, aquele grito cortou mais profundo que uma faca.

...

— É tarde demais... – disse Rumple assustando. Cora gritou e o homem tentou tirar Cora de perto de Regina.

— Não, não é. Ela precisa de um beijo de amor verdadeiro, assim como eu precisei quando fui envenenado – Henry saiu do lado de Belle e foi até sua mãe – Isso pode dar certo... – Henry sentou-se na cama ao lado do corpo de sua mãe e beijou a testa da mulher deixando seus lábios por cinco segundos, mas nada aconteceu. O garoto não aguentou e quebro ali mesmo, sua mãe havia partido. Foi quando novamente Cora gritou, dessa vez um grito mais desesperador.

Segundos depois os olhos de Regina se abriram mecanicamente, suas pálpebras bateram diversas vezes, ela respirava como se estivesse acabado de ser tirada de um mar onde estava sendo afogada, todos olharam para mulher, quando os olhos de Regina pararam em Henry a mulher o abraçou, parecia uma eternidade desde que o vira.

— Henry! – disse abraçando o garoto. Henry agora chorava por sua mãe está viva.

— Regina! – Cora correu e abraçou sua filha.

— Você lembra? – perguntou o garoto olhando para sua mãe.

— De tudo meu amor, eu me lembro de tudo – respondeu sorrindo deixando as lágrimas descerem.

...

Emma abriu a porta imediatamente depois dos gritos, viu Cora e o garoto Henry próximos da cama. Assustou-se ao ver Belle ali, e quanto ao outro homem ela não se importava. Cora sorriu com Henry e os dois saíram da cama, mostrando Regina, Emma fechou os olhos por uns segundos agradecendo por a mulher está acordada, Emma sorria como uma boba... Regina estava viva, estava viva e olhava para ela sem ódio algum, dessa vez os olhos da Rainha gritavam outra coisa.

Regina levantou-se da cama e correu, pulou sobre Emma prendendo suas pernas em volta da cintura da loira. Emma estava surpresa com aquilo e até um pouco sem graça por tanta gente observando.

— Majest – Emma estava para falar, mas Regina logo interrompeu. Seus lábios como imas se atraíram, por apenas um segundo Emma hesitou, mas no segundo seguinte ela já estava entregue aquele beijo. O beijo era lento, porém intenso. Algo que você só via em histórias fictícias, Emma nunca queria soltar os lábios de Regina, suas mãos seguravam a mulher sem deixar que a Rainha tivesse dúvida de que estava segura. Quando lentamente, sem o querer de ambas, as duas se separaram, Regina sorriu e manteve sua testa colada em Emma, não estava pronta para soltá-la.

— Você... Você me encontrou – disse Regina vendo os olhos fechados de Emma. Emma havia encontrando-a, no momento em que se conheceram naquele baile. Regina esperou pacientemente para ver aquele par de esmeraldas a sua frente e quando Emma abriu os olhos, a morena sorriu.

— Você duvidou disso? – perguntou Emma olhando fixamente para Regina, ela se lembrava, agora se lembrava de tudo. Regina negou, ela sabia que Emma de algum modo saberia o caminho de casa – Você nunca mais tem que se preocupar. Eu sempre irei te encontrar – afirmou.

— Você promete? – sussurrou voltando a aproximar seus lábios dos da loira, nunca desviando seus olhos.

— Eu prometo. – respondeu voltando a capturar os lábios da mulher. Os três que estavam no quarto resolveram dar alguns momentos para o casal, saíram dali sorrindo. Emma finalmente depois daquela fase de esquecimento conseguiu achar a harmonia perfeita para os seus batimentos, exatamente ali, próximo de Regina era onde ela sempre deveria permanecer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Já esperavam por isso ne?
Ah, a fic não acaba aqui não viu...ainda têm mais capitulos.
Bjors