A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ! Tudo bem ?
Espero que sim !
Mais um capitulo quentinho para vocês e esse vem com uma boa surpresa no final ;)
Eu espero que vocês gostem desse capitulo que me deu tanto trabalho para escrever ! Falta de imaginação, gente, acontece viu ?! Me desculpem do mesmo jeito, ta ?!
Eu peço desculpas também pelos erros, vocês já sabem né ?! Eu corrigi mas as vezes escapa uns errinhos.
Agora sem mais delongas: Uma boa leitura, pessoal !
PS: Irei responder todos os comentários atrasados, juro.



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Mac subiu os degraus da escada e sem demora tocou a campainha, já havia esperado bastante em seu carro estacionado em frente à casa. Minutos depois, as luzes de fora foram acesas e a porta foi aberta, a cara de espanto do dono não surpreendeu Mac.

— Mac, o que você está fazendo aqui? – Indagava com a cara amassada de sono. 

— Precisamos conversar, Sinclair. 

— Está de madrugada, Mac. – Ele passou a mão pelo rosto. – Não pode esperar até amanhecer?

Mac não pensou duas vezes em dar uma resposta, ele apenas invadiu a casa passando pelo dono sem nem se importar ou ser convidado. Ele caminhou pelo corredor iluminado e sem prestar muita atenção olhou atento o interior da casa, o espaço aberto onde entrou era aconchegante e muito bem mobiliado de forma rustica e tons escuros. Ele conseguiu ouvir som da porta sendo fechada e de passos vindo em sua direção. Sinclair parou entrada da sala e acendeu o resto das luzes.

— O que aconteceu? – Ele se virou e viu Sinclair parado o olhando confuso. – É algo com a Bonasera ? – Desceu os dois degraus da sala.

— Não é com ela, mas, é sobre ela. – Sinclair franziu o cenho. – O depoimento do Clark foi recolhido, ele confessou tudo, todo plano e tortura. – O homem se aproximava.

— Isso é ótimo! – Felicitou. – Ele vai pagar caro pelo que fez, uma perpetua o aguarda. – Mac concordou. – Mas, eu imagino que isso não é tudo, certo ?!

Mac negou.

— Ele também confessou uma segunda participação nisso tudo, alguém que desde o inicio pagava ele para machucar e por fim matar Stella. 

— O que ?! – Sussurrou surpreso. – Ele disse nome? – Mac assentiu. – Você está me assustando, Mac! Quem?

— O capitão James Turner. – O choque tomou conta do rosto de Sinclair que estava boquiaberto. – Ele sabia de tudo desde o começo, ele achou Clark enquanto ele ainda estava em Jersey e pagou para continuar com aquilo, para torturar ela e no fim matá-la. – Os olhos de Sinclair pareciam que iria saltar para fora. – Era por isso que nunca conseguíamos nada! Ele sumia com qualquer novidade que pudesse levar a gente até o Clark ... – Ele apontou o dedo em direção a Sinclair. – E tudo isso por sua culpa.

— Espera ai! Minha? – Sinclair o olhava indignado. – Eu nunca soube disso, eu não tenho nada a ver com o Clark e nem com esse plano de revolta do Turner! – Tentou justificar-se. – Mac, eu estou tão surpreso quanto você de saber que o James está envolvido nessa sujeira.

— Mas eu não estou surpreso. – Balançou a cabeça negativa. – Eu sempre soube o que pessoas como você e ele eram capazes de fazer por um cargo, por poder.

— O que? – Sussurrou sem entender.

— Turner queria ela morta por causa do cargo que você queria tirar dele e dar a Stella. – Sinclair murmurou a palavra “droga” – Tudo por um maldito cargo! Clark confessou sobre isso e próprio Turner disse que não deixaria você arruinar tudo, quer dizer, você e ela, certo ?! Porque pelo que parece, existe um acordo entre vocês dois.

— Mac... – Ele abriu a boca, mas, Mac o interrompeu.

— Que acordo é esse? – O questionou.

Sinclair se calou por alguns segundos, irritando o detetive.

— Eu sinto muito, Mac, mas, isso é um assunto meu com a Bonasera. – Mac franziu o cenho chocado.

— Sério, Sinclair ?! – Ironizou. – Olha onde esse assunto levou ela! – Jogou as palavras com raiva.

— Eu sei que está com raiva e tem todo direito de estar, mas, não venha na minha casa em plena madrugada me culpar por algo que eu não fiz e por ainda honrar o resto da minha promessa de manter você longe desse assunto. – Dessa vez o dedo do homem estava apontado para Mac enquanto falava nervoso. – Stella Bonasera decidiu te manter fora dessa parte, apenas entenda  e aceite isso.

— Droga, Sinclair!  Que acordo foi esse? – Insistiu com os dentes cerrados e maxilar travado.

— Eu já te disse... – A paciência de Mac estava se esgotando e era visível.

— ELA ESTÁ EM COMA! – Gritou bravo.

Os olhos de Sinclair reagiram assustados. Mac respirou fundo por alguns segundos, ele passou a mão sobre seu rosto.

— Sinclair, por favor. – Pediu mais calmo. – Você vai ter que falar para o FBI, por que não pra mim também ?! Eu preciso saber... Que acordo foi esse? – Repetiu a pergunta.

Sinclair o olhou por frações de minutos.

— Era uma promessa.

Parados no meio da sala, separados por um curto espaço, Sinclair respirou fundo.

— Que promessa era essa? Era de traze-la de volta?

— Sim. – Afirmou. – Na nossa última conversa antes dela partir, eu prometi que assim que Nova Orleans já estivesse estabilizada e tivesse superado a catástrofe, eu a traria pra Nova York novamente.

— Por que? Por que você faria isso?

— Stella sempre foi uma das melhores do departamento, você sabe da confiança que eu tinha nela. Stella era dedicada ao laboratório e grande parte daquele lugar só é o que é graças a você e ela. – As palavras de reconhecimento vindo de Sinclair surpreendeu Mac. – Perder ela nunca esteve nos meus planos ou escolhas e quando eu repassei o convite de Nova Orleans a ela, eu tinha a certeza que ela recusaria, o que claramente não aconteceu. – Negou. – Ela me pediu um tempo para pensar, alguns dias e eu dei! No dia da resposta, ela aceitou para minha grande surpresa.

— Surpresa ?! Foi você quem a indicou para o cargo. – A acusação partiu involuntária.

— Eu não a indiquei! Eu repassei o nome dos melhores do meu laboratório como havia sido solicitado pelo comissário da polícia. – Se explicou. – O seu nome e o de Daniel Messer estavam na lista tanto quanto o da Bonasera, mas, foi ela quem eles escolheram e convidaram. – Mac estava perplexo com a revelação nunca feita antes. – Existiam outros nomes de detetives de outros laboratórios, eu nunca imaginei que eles realmente escolheriam logo o de Nova York, que eles iriam escolher logo o nome Stella Bonasera.

Sinclair caminhou até uma das poltronas e se sentou, apontando para uma segunda enquanto olhava Mac. O detetive caminhou até o assento e fez o sugerido.

— Na nossa última reunião, ela estava diferente, parecia triste... – Suspirou. – Eu nunca havia visto ela daquele jeito, mas, não entendia o porquê, afinal, foi ela quem decidiu aceitar. – Ele ergueu os ombros. – Mas de qualquer forma, eu me lembro que algo em mim insistia para fazer a promessa, talvez a consideração por todos os anos em que ela esteve ali, eu não sei. – Ele falou confuso.

Mac observava Sinclair, ele nunca havia visto aquele homem daquele jeito, ele pela primeira vez podia sentir a verdade saindo de suas palavras. 

— Então eu a fiz! Eu prometi que a traria de volta um dia, mas, eu nunca pensei que Turner fosse capaz de algo assim, ele sempre jogou sujo é verdade, mas matá-la ...  – Ele parou e respirou fundo. – Eu realmente sinto muito, Mac, eu nunca pensei que ele chegaria a esse ponto.

— Ela concordou em voltar? Ela sabia que você estava tentando traze-la de volta?

— Não, quero dizer, no dia que eu fiz a promessa, ela concordou e agradeceu, mas, ela não sabia que eu estava tentando traze-la de volta, eu queria resolver tudo antes de criar expectativas, queria que estivesse tudo de acordo para então poder falar com ela.

Depois que Sinclair terminou sua última frase, o silencio se juntou aos dois homens. Mac desviou o olhar para o chão enquanto Sinclair olhava o detetive, totalmente sérios e calados, se arrastaram dessa forma por minutos.

— Eu quero todos os podres daquele desgraçado! – Mac voltou seu olhar a ele. – Eu quero que ele morra dentro da prisão, eu quero tudo que ajude o FBI a manda-lo para o inferno junto com Clark e você vai me ajudar nisso.

A raiva era claramente notável em seu tom de voz, em seus olhos azuis. Sinclair apenas assentiu positivamente.

— Então, comece pelo meu escritório. – Ele aconselhou Mac pacificamente.

Mac o interrogou apenas com o olhar.

— Na minha mesa, ultima gaveta do lado esquerdo, ela é trancada. – Ele se levantou. – Eu já volto.

Sinclair saiu rapidamente da sala e subiu as escadas deixando Mac confuso, mas, tão rápido quanto saíra ele voltou.

— Aqui está a chave. – Deu a Mac o que buscou no andar de cima. – Existem documentos que o próprio Turner me entregou pedindo que guardasse, são grandes provas contra ele.

— Do que estamos falando exatamente?

— São denúncias de mulheres, denúncias essas que ele deu um jeito de faze-las sumirem antes mesmo de serem registradas! Além de alguns recibos de propina, alguns feitos e outros recebidos por ele.

— Denúncias de mulheres? – Olhou desconfiado.

— É isso mesmo que está pensando. – Sussurrou afirmativo. – Não são apenas contra o James, Mac, existem outros nomes de policiais e políticos envolvidos, todos bem protegidos pelo Turner.

— O seu nome está lá?

— Não. – Negou prontamente. – Eu juro.

— Sinclair, você sabe que isso vai chegar em você qualquer jeito, não é ?! Sabe que vai ser acusado e sabe também o porque!

— Eu sei disso. – Concordou. – Uma investigação contra Turner vai ser aberta e vão cavar fundo, eles vão me achar de qualquer forma, eu não estou nesses documentos... – Suspirou. – Mas eu tenho meus pecados e eles vão aparecer.

Mac não sabia o que falar, pela primeira vez ele não estava apenas se calando por Sinclair ser seu chefe, ele realmente não tinha palavras. Sinclair fez uma expressão pensativa, causando mais curiosidade em Mac.

— Algum problema? – Ele negou.

— Pelo contrário, acho que sei onde mais o FBI pode procurar sobre Turner. – Mac arqueou as sobrancelhas. – Diga a eles para procurarem por Camille Zelner.

— Espera... – Ele olhou desconfiado. – A esposa do senador Eric Zelner?

— Não só isso, ela também é a amante do Turner, diferente da esposa dele, a Camille sabia das coisas que ele fazia, ele confiava nela pra tudo, Mac e se tem alguém que pode dar ao FBI mais provas contra James, esse alguém definitivamente é ela.

— E por que acha que ela vai entregar o Turner?

— A Camille não é burra, nunca foi! Apesar do caso dela com o Turner existir há anos, ela nunca arriscaria perder a vida de rainha que o senador proporciona a ela, o FBI só precisa pressiona-la nesse exato ponto, conhecendo ela como eu conheço e sabendo do contrato antenupcial dela, ela vai abrir a boca rápido com medo do marido descobrir qualquer coisa sobre seu amante.

— Por que está fazendo isso?

— Você sabe o porquê. – E Mac realmente sabia. – Isso vai ser a minha redenção. 

Sinclair e Mac se cumprimentaram com o aperto de mãos.

— Obrigado, Sinclair. – Agradeceu.

...

Do outro lado da rua encostado em seu carro parado ele se dividia em acompanhar o sol nascer entre os arranha-céus e ao entra e sai do seu laboratório, cada agente uniformizado com as famosas jaquetas pretas com a pequena abreviação em amarelo saia com uma caixa em mãos, levando-as diretamente para o veículo preto estacionado em frente ao edifício. Mac suspirou e imaginou o final de tudo aquilo com Clark e Turner presos, além dos outros nomes envolvidos em crimes protegidos pelo capitão.

...

Ele observou pelo vidro o homem se despedir de Stella e sair do quarto amparado por Rosalie que também se despediu da sua amiga em coma. O olhar que foi cruzado entre os dois do lado de fora do quarto era cheio de tensão e ciúmes de ambas as partes, Anthony tinha seus olhos tão vermelhos quanto os de Rosalie Stone que desenhou um sorriso curto e o cumprimentou em silencio, apenas assentindo para Mac.

O detetive acompanhou os visitantes entrarem no elevador e sumirem do seu campo de visão. Mac se voltou para a imagem de Stella dentro do quarto, ele inspirou profundamente e com calma soltou o que foi preso em seus pulmões e através daquele vidro ele conseguiu ver o peito dela se mover no mesmo ritmo que o seu.

...

Alguns dias depois.

...

“Ele colocou as mãos protegidas pelas luvas no bolso do casaco antes de sair completamente da cobertura, era uma tentativa de se proteger do frio que fazia naquela época tão brilhante quanto a própria cidade. Caminhou até o banco onde ela estava sentada de costas para ele, o frio e a neve não parecia incomoda-la nenhum pouco.

— O que faz perdida aqui fora? – Se aproximou do banco.

— Só pensando um pouco. – Respondeu em um tom calmo.

Mac se sentou no banco ficando mais próximo de Stella Bonasera que contemplava um espaço amplo e vazio totalmente preenchido pelos flocos de neve.

— E prefere fazer isso no frio? – Arqueou as sobrancelhas. – Uau!  Vocês mulheres são bem exigentes até mesmo quando vão pensar. – Ele viu os lábios dela se esticarem por alguns segundos. – Você está bem?

Stella o olhou e sorriu meiga.

— Sim, eu estou bem.

— Tem certeza? – Ela assentiu.

Mac deslizou seu corpo para mais perto da grega e a mesma passou seu braço ao redor do braço dele, ficando assim unidos em meio aquele frio.

— Eu adoro a neve. – Ela sussurrou. – Eu amava brincar nela, todos os dias eu fazia bonecos e anjinhos nesse mesmo quintal. – Encostou a cabeça no ombro dele. – E Nova York fica ainda mais linda nessa época com suas luzes habituais e as de Natal, sem contar que todos ficam mais solidários e carinhosos. É lindo! – Mac sorriu. – E se você ousar me ligar em meio a madrugada e nesse frio para trabalhar, eu juro, Mac Taylor... – Ela voltou a olha-lo. – Eu te mato! – Foi impossível ele não rir. – E isso não é engraçado, Mac. – Deu um leve tapa em seu peito antes de voltar a apoiar sua cabeça nele.

— Vamos ver, Bonasera! Vamos ver. – Ela deu um leve empurrão nele.

Mac sorriu e afastou seu braço que estava entrelaçado ao dela, passando-o assim ao redor da detetive e abraçando-a naquele frio de Nova York. “

...

A foto para qual ele olhava fixamente era a segunda lembrança daquela noite de véspera de natal, os dois juntos com a equipe e com as crianças do orfanato onde ela havia crescido. Pela decima vez ele voltava a olhar aquelas fotos e por mais que ele soubesse cada detalhe de cada imagem, ele nunca se cansava de olhar para o rosto dela onde sempre havia um belo sorriso desenhado.

Mac deslizou a foto e passou para a segunda imagem da pequena pilha e a foto unicamente com ela e com uma Lucy um pouco menor o fez sorrir. Elas estavam abraçadas, os bracinhos da pequena Messer estava envolto ao pescoço da madrinha e seus dedinhos estavam em meios aos seus cachos, seus rostos estavam colados um ao outro enquanto sorriam para a câmera com seus olhos verdes brilhantes.  

Mac interrompeu o momento das fotos e desviou o olhar para a mulher à sua frente, seu rosto tinha uma expressão tão serena quanto aquela noite fria lá fora, não havia mais marcas ou quaisquer sinais em seu rosto que indicasse que ela havia sido torturada por meses. Mac tocou na mão dela e acariciou com carinho.

...

“– Ela está bem?  – Mac olhou ela pelo lado de fora.

— O quadro clinico dela está perfeitamente estável. – O homem de jaleco o encarava.  – A melhora dela foi significativa nesses últimos dias. – Concordou. – Desde a segunda semana, Stella vem evoluindo de uma forma excelente, seus esforços respiratórios começaram devagar e tivemos algumas dúvidas, mas ela nos surpreendeu e os exames que fizemos hoje nos deu a certeza de que talvez ela esteja pronta novamente.

— O que isso quer dizer? – Indagou confuso.

— Quer dizer que Stella pode estar pronta para voltar. – Aubrey sorriu.  

— Estão me dizendo que ela vai acordar?

— Nós vamos retirar os tubos e suspender o sedativo. – Anunciou e Mac se encheu de esperanças. – Apenas os remédios necessários permanecerão no prontuário dela, alguns analgésicos que serão aplicados em caso dela apresentar qualquer sinal de dor ou incomodo.

— Mas ela vai acordar, certo ?!

— Sim, ela irá. – Mac soltou seu ar aliviado junto de um sorriso e a olhou dormindo.

— E quando vai ser isso? – Voltou a encarar os médicos.

— Essa pergunta só ela pode responder. – O médico a olhou. – Tudo depende de como o organismo dela reage as medicações, a forma como metaboliza tudo. – Ele voltou a olhar Mac. – Mas com a suspensão do sedativo, ela pode acordar a qualquer minuto.

Mac assentiu.

— O que o senhor e o resto da família dela precisam ter em mente agora é que o pior já passou e ela está fora de riscos!

— Obrigado. – Agradeceu.

— Disponha. – O médico consentiu.  – É meu trabalho. Me deem licença. – Ele se afastou.

Aubrey sorriu abertamente para Mac que olhou imediatamente para Stella, a medica o acompanhou e observou sua paciente por alguns instantes.

— Você está bem? – Indagou olhando para Mac.

— Está brincando ?! Ela vai voltar, Aubrey!  – Ele olhou para médica e sorriu. – Melhor do que isso apenas quando eu ver os olhos dela abertos e ouvir a voz dela novamente.

Aubrey sorriu para ele por alguns segundos enquanto o olhava de forma fixa e intrigante.

— O que?

— Nada. – Ela negou. – Eu preciso ir, tenho alguns pacientes no 24º andar para visitar. – Se afastou. – Até mais, Mac.

— Até mais.

Ele a viu se afastar alguns passos e imediatamente olhou para a grega.

— Não deixe-a escapar dessa vez. – A voz o fez novamente voltar seu olhar em direção a Aubrey. – Uma segunda chance dessa, você não vai ter mais! Então agarre-a e não solte mais

Ela desenhou um sorrisinho e voltou a caminhar rumo ao corredor do hospital. “

...

 Mac estava lá esperando por ela! Ela só precisava acordar e ele sabia que ela faria isso a qualquer instante, mas, tudo o que ele podia fazer enquanto não acontecia era se manter ao lado dela. A trajetória de todos aqueles dias na UTI ao lado dela em coma passou pela sua mente, as noites longas que ele passava velando seu sono, os dias sempre pareciam ser um pouco mais curtos, mas, ainda eram tão carregados de medos quanto as noites.

— Quando você quiser, tá bom ?! – Sussurrou e segurou a mão dela. – Eu estou aqui e vou continuar o tempo que for preciso, todo o tempo que necessário. – Depositou um beijo no dorso da mão quente dela. – Até você me mandar embora. – Murmurou triste ao pensar naquela possibilidade.

...

“Mac saiu do elevador e ao passar pelos corredores de vidros em busca de Sheldon, uma imagem o fez esquecer rapidamente do detetive. Stella estava de costas com um bebe nos braços que ele sabia bem identificar, ela voltou a virar-se e deu a Mac a chance de ver seu sorriso sincero e feliz. Automaticamente ele se aproximou da sala da parceira e sorriu ao ver Stella fazer uma careta e logo em seguida rir e para sua surpresa o bebe riu junto.

— Essa é a minha nova detetive? – Entrou na sala.

— Oi Mac. – Ela o olhou. – Se é a sua nova detetive não sei, mas que é a princesinha da minha vida, ela é. – Lucy soltou um gritinho. – É, você é. – Tocou o nariz dela com a pontinha do dedo.

— Me diz que você não sequestrou ela e fez da sua sala o seu esconderijo. – Ela riu e ele se aproximou.

— Não. – Ele chegou perto dela. – Mas, eu estou preparado tudo para o dia. – Ele sorriu. – Lindsay veio trazer a carteira do Danny e deixou ela aqui comigo enquanto isso.

Lucy com seus três meses se agitou ao ver o padrinho de perto, ela que estava com a mão na boca tirou e mexeu seus bracinhos, sorrindo em seguida.

— Pelo jeito ela aprendeu um novo truque para encantar as pessoas. – Deu o dedo para afilhada brincar.

— É incrível, não é ?! – Stella o olhava. – É a coisa mais linda desse mundo. – Beijou a cabecinha da bebe.

— Se quiser, eu te dou cobertura e você foge com ela. – Stella riu. – Que tal Canadá?

— O que você acha da Grécia? Muito obvio, não é ?! – Ela entrou na brincadeira e ele riu. – Eu amo ela, Mac. – Abraçou a bebe. – Meu melhor presente de aniversário.

— Droga! – Murmurou. – E eu achando que daria o seu melhor presente esse ano. – Ela sorriu.

— Não seja bobo. – Deu leve tapa em seu braço. – Quer segurar ela? – Ofereceu.

— Você sabe que sou péssimo.

— Você não é péssimo. – Negou. – Só não tem o jeito ainda.

Stella afastou a bebe e ajudou Mac a pegar Lucy com cuidado. A cena definitivamente chamava a atenção dos técnicos e técnicas que passavam pela sala.

— É só questão de pratica. – Sussurrou ao ver o amigo com a bebe.

Lucy pareceu adorar o colo e deitou a cabecinha no peito do padrinho, arrancando o melhor sorriso de Stella e do detetive.

— Acho que alguém gostou do colo do padrinho.

— É um dos meus dons. As mulheres me adoram. – Ele brincou.

— Menos, Mac, por favor. – Ela o olhava divertida. – Essa sala é pequena demais para o tamanho da sua modéstia. – Ele sorriu para ela.

 Lucy soltou alguns gritinhos.

— Viu ?! Até ela concorda. – Stella fez um carinho nas costas afilhada.

Lucy ergueu sua cabecinha novamente e olhou para a madrinha, seus bracinhos em sua direção foram tão claros quantos palavras que ela ainda não conseguia dizer.

— As mulheres podem até te adorar, Taylor. – Stella concordou. – Mas, a Lucy ama a madrinha dela, não é, bebe? – Mac sorriu e a devolveu para Stella.

— Está certo! Você ganhou essa batalha... – Mac a admirou dar um beijinho em Lucy. – Mas não a guerra, Bonasera, não a guerra. – Stella riu.

Stella ergueu a bebe para o alto e ela deu um risinho, Stella diminuiu as distancias aos poucos e devagarinho trouxe Lucy para mais perto e no fim, a poucos centímetros da bebe ela brincou com Lucy fazendo uma careta. A grega finalmente encerrou qualquer distância e deu um beijinho na testa da bebe que sorriu junto com o padrinho que observava aquela cena com o coração alegre tão quanto sua expressão. “

  ...

Seus olhos se encheram de lagrimas e ele desviou seu olhar para cima, tentando controlar as lagrimas antes que pudessem rolar pelo seu rosto. Mac soltou sua respiração lentamente e se manteve no controlado para não desabar ao lado dela.

— A Lucy também está te esperando, ok?!  – Sussurrou e apertou a mão dela. – Ela está louca para te ver, está cheia de novidades e quer te contar todas pessoalmente e eu sei que você vai adorar ouvi-la, eu tenho certeza disso! – Ele desenhou um sorriso. – Ela te fez desenhos todos os dias e eles estão aqui juntos com a Becky te fazendo companhia. – Olhou para um canto do quarto cheio dos presentes da afilhada. – Ela é completamente louca por você, sempre foi e eu tenho a leve sensação de que vai sempre ser. – Voltou a olhar emocionado a amiga. – E ela não está errada em ser porque você é uma das melhores pessoas desse mundo e eu sei que não poderia existir pessoa melhor para ser a madrinha daquela garotinha do que você... – Mac tentou se controlar novamente. – Você é incrível, Stella Bonasera, completamente incrível. – Ele sorriu com lagrimas nos olhos.

Mac abaixou a cabeça e se manteve assim por alguns segundos, era mais uma das tentativas para se controlar e não desmoronar em lagrimas ao lado dela. Mac sentiu as lagrimas caírem e ele respirou fundo, mas algo fez seu coração parar no mesmo instante em que soltou o ar que antes estava preso em seus pulmões.

Rapidamente ele olhou para sua mão e ele olhou para rosto dela.

— Stell. – A chamou já com um sorriso. – Se você pode me ouvir, faz de novo e prova que não foi delírio da minha cabeça, por favor. – Acariciou sua mão.

Alguns segundos depois sua mão sentiu um leve aperto e ele riu em meio algumas lagrimas. Ele beijou a mão dela e fechou os olhos por alguns segundos, quando veio o terceiro aperto ele abriu os olhos e antes que pudesse tomar a atitude de correr até as enfermeiras, seus olhos completamente cheios de lagrimas trombaram com os verdes abrindo e fechando lentamente.

— Você acordou! – Ele sorriu. – Você voltou, Stell. – Sussurrou.

Mac fez um carinho em seus cabelos e ela respirou fundo silenciosamente com seus olhos pesados. Mac prensou seus lábios um contra outro e sorriu em meio as lagrimas, tentando conter o resto.

— Seja bem vinda de volta, Bonasera. – Ele disse.

Ela pela primeira vez desenhou um sorriso discreto em seu rosto. Stella fechou os olhos por alguns segundos e apertou a mão dele, quando voltou a abri-los abriu a boca.

— Sentiu minha falta, Taylor? – Ela indagou com a voz quase inaudível.

Ele riu e consentiu.


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Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please !

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar ! Fantasminhas, apareçam !! Também preciso de vocês, por favor.

Beijos ♥ até o próximo.