A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores.
Fiz um capítulo enorme como desculpas pela eterna demora.
Eu peço desculpas por quaisquer erros de gramatica ou de ortografia, ou os dois que houver dentro do capítulo.
Eu espero que gostem ! Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/637402/chapter/24

Era um apartamento pequeno no Bronx onde o faxineiro morava. Quem abriu a porta havia sido uma garotinha que logo correu chamando pelo seu avô, assim que Mac se identificou como policial. O homem alto, de pele negra e marcada pelas rugas visíveis, de barba e cabelos grisalhos, aparentava sessenta anos para cima; olhava rosto por rosto de pessoa em sua sala. Ele esticou sua mão em direção a Mac, lhe dando um chaveiro com uma pequena chave pendurada.

— Como o senhor e o senhor Joshua Evans se conheceram ? – Mac pegou a chave e o encarou.

— Vamos ao mesmo grupo de apoio.

— Grupo de apoio ? – Jessica o olhou curiosa.

— Alcoólicos anônimos. – Suspirou. – Eu sou um ex alcoolatra e foi assim que conheci o George ou Joshua, ele passou a frequentar as reuniões. – Jessica assentiu.

— Há quanto tempo ele frequenta as reuniões ? – Jo o indagou.

— Há algumas semanas, diria umas três. – Pensativo. – É,  faz quase um mês que ele está participando do grupo. – Recordou-se.

— Ele ia em todas ?

— Sim. – Respondeu prontamente. – São dois dias por semana e ele nunca faltou em nenhuma desde que começou a frequentar, mesmo sendo difícil, ele parecia determinado a acabar com o vicio, mesmo indo por obrigação.

— Obrigação ? Quem o obrigava a ir ? – Mac encarou o homem.

— Pelo que ele me contou, havia uma mulher, acho que era uma namorada dele.

— Ele mencionou nomes ?

O homem parou por alguns segundos, tentando se lembrar de algo, ele buscava á fundo qualquer coisa que o homem que havia conhecido a pouco tempo teria dito a ele.

— Eu não sei. – Incerto. – Eu acho que era Ester, ela tinha um apelido bem diferente.

— Stell ? – Sussurrou Mac. – O nome era esse ? – Indagou. – Stella ?

Jo e Jess trocaram olhares.

— É, eu acho que é isso mesmo. – Afirmou. – Ele falou que o nome dela lembrava a estrela e que era por ela que ele estava se tratando.

— Essa tal Stella o obrigou a ir nas reuniões ? – Russ pela primeira vez se colocou na conversa.

— Eu não sei se ela estava obrigando ele, na verdade, pra mim, ele estava fazendo por ela e não para ela. – Russ concordou.

— Ele falou algo mais sobre ela ? – Mac o olhava.

— Ele não era de falar muito sobre ela, mas, pelo pouco que ele me contou, parece que ele havia feito algo ruim e magoado ela, e ele  tinha medo dela nunca o perdoa-lo, por isso, ele estava frequentando as reuniões. Acho que essa foi a única forma que ele encontrou de ter o perdão da moça.

— Então, ele fazia como uma forma redenção ? – Ele encarou Jess.

— É, como uma redenção. – Concordou.

— Ele te disse algo quando entregou a chave ? – Jo tomou sua atenção.

— Ele me disse que eu era a única pessoa que não o odiava e que ele confiava, ele me pediu para guardar até que um homem com as descrições dele viesse buscar – Apontou para Mac. – Eu estranhei, não quis pegar no começo, mas, logo depois ele me contou e convenceu que era para a policia da cidade e que eu estaria guardado algo que é importante para vocês.

— Quando ele te deu ela ? – Russ tinha suas mãos enfiadas em seus bolsos. – Ele estava diferente no dia, como, por exemplo: nervoso ou aflito, com medo ?

— Ele me deu as chaves há poucos dias, na ultimas reunião, ele me entregou e ele parecia um pouco nervoso, ansioso, mas, também aliviado. – Relatou se lembrando do dia.

— Ele te disse mais alguma coisa, senhor Kurt ? – Jo o indagou.

— Não, há não ser para eu me cuidar e continuar firme na minha jornada. – Desenhou um sorriso. – É uma pena que ele esteja morto, ele era um cara bacana. – Lamentou seguida de um suspiro. – Eu sinto muito, detetives, eu queria poder ajudar mais, mas, ele não disse mais nada, quando eu perguntei se estava tudo bem, ele apenas disse que sim, então se despediu e foi embora como em qualquer outro dia. Me desculpem.

— Está tudo bem, o senhor nos ajudou muito guardando a chave, a cidade agradece e eu e meu laboratório também. – Mac garantiu calmo. – Obrigado, senhor Kurt.  – Esticou sua mão ao senhor que aceitou.

— O FBI agradece pela ajuda, senhor Kurt. Tenha uma boa noite. – Russ se virou e se retirou junto com Jo e Jessica já que seus agentes ficara na porta.

Mac analisou a chave e se retirou juntamente com os demais, acompanhados pelo dono da casa até a porta.  Ele caminhou até seu carro, onde Jo e Jessica o esperavam.

— Seguimos para a estação ? – Jo o olhou.

Mac olhou para a amiga e concordou, dando partida em seguida. Jo então, avisou o FBI do próximo destino.

...

Chegando na Estação Central, Mac andava praticamente correndo com Jo e Jessica tentando acompanha-lo. Russ e seus agentes havia ido pela outra entrada onde encontraria o capitão da policia que insistiu por noticias de Jessica a cada segundo. Era de madrugada já, poucas pessoas aguardavam sentadas, algumas distraídas em telefones, outras cochilavam, algumas liam algum jornal antigo ou livro.

— Taylor. – Uma voz chamou sua atenção. – Detetives. – Cumprimentou Jo e Jessica que acenaram.

— Capitão Turner. – Identificou o homem. – Não sabia que iria vir para cá.

— Bom, eu preciso saber de tudo, cada novidade desse caso. É minha obrigação dar boas noticias as pessoas dessa cidade que tem interesse em saber sobre a detetive Bonasera.– Mac soltou um riso nervoso.

— Você se lembra, certo ?! – O homem o olhou com um ar curioso. – Ela foi sua aluna na academia, você foi inspetor dela durante toda a época dela de policial. – Recordou.

— É claro que eu me lembro. – Concordou. – Uma das minhas melhores alunas, a primeira da turma, não foi atoa que quando o antigo secretario da segurança me procurou junto com Sinclair para indicar alguém a sub supervisor do laboratório criminalístico que seria criado na cidade, eu indiquei ela com o maior orgulho que um professor pode sentir. Ela era a minha estrela em ascensão, Taylor. – Sorriu.

— Então, por favor, capitão Turner, não trate ela como um simples um caso, onde você precisa colocar o seu na reta primeiro porque ... “as pessoas” – Gesticulou. – Querem saber do caso, porque cá entre nós, sabemos que você está preocupado com qual vai o posicionamento das manchetes de amanhã cedo e como seu nome vai sair nela. – Sussurrou.

— Mac. – Jo o chamou e ele a olhou. – O armário.

— Eu me preocupo com esse caso, Taylor. – Ele encarava Mac. – Stella nunca mereceu estar nas mãos desse homem, ninguém nunca mereceu isso. Talvez você esteja certo em parte sobre as manchetes de amanhã, eu preocupo com isso. – Mac respirou fundo. – Eu me preocupo em ter ler que ela está morta e que eu falhei juntamente com meus homens em salva-la. – Jessica e Jo se olharam, o homem de terno se aproximou de Mac. – E eu sei que você mais do que ninguém dessa cidade inteira, tem a mesma preocupação que eu. – Sussurrou. – Acredito que no seu caso, não existe só a preocupação, mas, existe o medo também. – Se afastou.

Ele se virou para Jessica, depois de revezar seus olhares entre ela e Jo, ele finalmente focou na policial.

— Qualquer novidade, me avise, Angell. – Pediu.

— Claro, senhor. – Prontamente concordou.

O homem deu um ultimo olhar para Mac e depois de um simples cumprimento de despedida com os agentes, ele se virou e se retirou juntamente com seus policiais. Mac se viu sendo observado por todos; Jessica e Jo, Russ e seus agentes, ele se virou e caminhou em direção aos armários.

— Vamos. – Russ seguiu ele.

...

Destrancando o armário foi possível ouvir um barulho quando por dentro, foi aberto. Mac abriu a porta destrancada sob olhares, ele olhava dentro da pequena cabine de ferro, ele se virou para as amigas. Jessica se aproximou e encarou o armário, seu cenho franziu confuso.

— Não tem nada aqui !!! – Exclamou nervosa.  – Que palhaçada é essa ? – Encarou Mac.

— O que ? – Jo se aproximou surpresa junto com Russ.

Mac passou a mão pelo seu rosto nervoso, com a aflição ali do seu lado, ele suspirou silenciosamente, até seus olhos se encontrarem com a porta do armário aberta.

— Espera. – Ele se aproximou mais. Ele pegou seu celular e ligou a lanterna, clareando mais.

Mac apontou o celular para a pequena portinha, iluminando-a ainda mais. Em preto, algumas coisas pareciam ser desenhadas. Mac analisava aquilo tanto quanto seus amigos.

— O que diabos é isso ? – Jess  indagou.

— Parece que está em outra língua. – Jo encarava os traços.

— Como vamos saber que foi ele ? – Russ encarou elas. – Pode ter sido qualquer pessoa, um marginal qualquer que desenhou em um armário, não é novidade, é vandalismo. 

— É grego. – Sussurrou  Mac e foi encarado no mesmo minuto pelos três. – É uma mensagem em grego. – Confirmou.

— Tem certeza ? – Jo dividiu seu olhar entre o amigo e a mensagem.

— Tenho. – Confirmou. – Eu já vi Stella escrever uma carta para um antigo professor dela em grego. – Lembrou. – Precisamos saber o que diz aqui. – Suspirou.

— Será que foi ele ? – Jess encarava Mac.

— Por que ele trancaria um armário sem nada e faria tudo o que fez para acharmos a chave dele ? – Jo olhou a policial.

O barulho de foto foi ouvido.

— Eu vou enviar para o Adam traduzir, seja lá o que for, vamos descobrir.

— De volta ao laboratório ? – Russ olhava para Mac.

— É, de volta a ele. – Concordou.

— Eu irei na frente, quero passar algumas ordens a minha equipe. – Mac acenou positivamente e ele saiu. – Querida. – Sussurrou ao passar por Jo, dando um olhar e um pequeno sorriso, como de costume.

— O que fazemos agora, Mac ? – Jessica olhou para o homem.

Mac trancou a porta e guardou chave.

— Voltamos ao laboratório, precisamos descobrir o que é isso. – Jess balançou a cabeça positivamente. – Jo, consegue falar com o FBI para que fique de olho no sistema de câmeras ?! – Mac discretamente apontou para cima.

 – Claro, eu ligar para o Russ e pedir para ele falar com os técnicos dele.

— Eu não quero que percam o olhar dessa estação,  se mais alguém tentar abrir esse armário, saberemos quem foi. – Jo retirou o celular do bolso e se afastou.

— Só espero que ele não esteja brincando com a gente, Mac. – Mac a olhou.

— Ele não estaria morto se estivesse, Jess. – Jessica desviou o olhar dele.

...

Ele conseguia sentir seu coração bater forte, acelerado a cada passo que dava em meio aquela escuridão. Mac Taylor não sabia onde estava ,mas, sabia por quem procurava com aquela arma em mãos apontada para frente, seus nervos estavam a flor da pele, sua ansiedade e seu medo gritavam pela primeira vez em uma invasão.

— Mac. – A voz chorosa chegou até seus ouvidos. – Mac, é você ? – Ela perguntava.

Ele parou e olhou para os lados, ele não enxergava nada além do escuro.

— Stella ? – Chamou quando a voz sessou.

Por alguns segundos, ela se calou e ele ainda desesperado voltou a andar em direção reta, atento a qualquer ruído ou voz.

— Mac, por favor. – O sussurrou ecoou pelo lugar. – Ele vai me matar, Mac, me ajuda, não me deixa com ele. – O imploro fez com que ele fechasse os olhos.

A cada pequeno barulho que ele ouvia fazia com seu desespero crescesse, ele esqueceu tudo e começou a correr, correr sem rumo ou direção, apenas correu quando o tiro alto chegou até ele. Ele sentia seu coração queimar junto com seu rosto enquanto as lagrimas caiam.

Tudo mudou rapidamente, quando ele parou em frente a uma porta, sem qualquer duvida ou espera, ele  girou a maçaneta e abriu a porta escancaradamente, mas, ele sentiu ao fazer tal ação, seus joelhos rapidamente ficaram fracos e a dor o atingiu profundamente, o desespero que antes presente aumentou o tamanho e praticamente o dominou.

Ele conseguia vê-la, era ela, a sua Stella estava lá jogada no chão, não estava tão escuro como antes, era claramente algum lugar abandonado e tinha luzes que piscavam de segundos em segundos. Ele instintivamente olhou para o chão e viu o sangue escorrer até ele, ele não esperou mais e correu até ela, parando e começando a andar vagarosamente quando estava a poucos centímetros dela.

Pálida, totalmente sem cor, com olhos fechados e  com um buraco em seu peito esquerdo. Ele balançou a cabeça negativamente e agachou até a mesma.

— Não, não, não. – Ele segurou seu rosto enquanto ajoelhado a olhava de cima a baixo. – Stella, fala comigo. – Pediu chorando. – Sou eu, o Mac, por favor, fala comigo.

Mac segurava o corpo dela, trazendo para si. Ele olhou fixamente para o ferimento que estava rumo ao seu coração e todo o sangue que sujava ela, ele fechou os olhos e abraçou o corpo da amiga.

— Mac ? – O sussurro fez ele rapidamente se afastar e abrir seus olhos.

Os olhos azuis totalmente encharcados de lagrimas se encontraram com os verdes que lentamente se abriam. Ele sorriu em meio as suas próprias lagrimas.

— Você está viva. – Ele comemorou. – Eu tive tanto medo de te perder, Stell. – Alisou o rosto dela.

— Mac. – Sua voz era baixa e falha, não havia o animo nem na voz e nem no olhar. – Por que ? – Ela indagou.

Ele a encarou curioso, na tentativa de adivinhar o que ela queria saber somente pelo seu olhar sem vida, como antes era fácil e ele fazia.

— Porque você não veio antes ? – Uma lagrima escorreu pelos olhos dela. – Porque não me salvou antes disso ? – Falava fraca.

Mac sentiu seu coração que por um momento ficou aliviado de vê-la, se quebrar novamente.

— Eu... – Chorando. – Eu tentei, Stell. – Justificou- se.

— Eu esperei por você. – Ela tossiu – Como você pode, Mac ? Como você pode me deixar aqui ?

Ele balançou a cabeça negativamente desesperado, ele respirou fundo e acariciou os cabelos dela descendo para o rosto e em seguida, se inclinando para depositar um beijo em sua testa que ficou molhada pelas lagrimas.

— Me perdoa ? – Encarou seus olhos. – Eu sinto muito, Stella, eu tentei tantas vezes te encontrar e nunca consegui, eu falhei ... me perdoa?! Eu amo você – Ela novamente tossiu.

— Me ama ? – Era possível ver a falta de ar que ela começava a sentir. Ela balançou sua cabeça discordando das palavras. – Você não me ama, você me abandonou aqui. – Sussurrou.

Ele sentia algo sendo destruido, dentro dele estava tudo tão dolorido e as palavras dela, suas afirmações, machucavam ainda mais.

— Stell... – Sussurrou o nome dela.

— Eu nunca vou perdoar você. – Ela falava séria. – Você me matou, Mac. – Chorou. – Como pode fazer isso ?  Como pode me matar dessa forma ? Eu pensei que se importasse comigo.– As lagrimas de Mac caiam sobre ela. – Você é tão egoísta, Taylor. Eu odeio você. – Era definitivo, um tiro parecia ter o acertado. 

Os olhos verdes apagados se fecharam, ele a balançou desesperado, ainda tentando acorda-la, mas, nada acontecia. Ele encostou sua testa na dela e abraçou-a.

— Fala comigo, por favor. Não me deixa, Stell. – Sussurrou em meio as lagrimas.

...

Ele acordou assustado, olhando para todos os lados. Sua sala estava vazia, ele havia pegado no sono e tudo não passara de um pesadelo, mais um deles. Ele colocou as mãos sobre seu rosto, cobrindo-o  por completo, ele suspirou aliviado.  Mac se virou para a vista e percebeu que o sol dava sinais de que estava chegando para mais um dia, ele olhou para trás e viu que o relógio apontava quatro e pouco da manhã.

— Eu preciso achar você. – Olhou para o quadro da Stella antes de voltar e encarar sua vista. – Eu vou achar você, nem que eu tenha que destruir essa cidade.

— Mac. – A voz alta de Jo entrando chamou sua atenção, virando-se para a porta. – Adam está te chamando, eles conseguiu traduzir.

Mac saiu da sua sala tão rápido, em segundos ele já estava na sala do técnico. Ele encontrou a dupla, Sheldon e Adam juntos, ele viu os copos de café espalhados pela sala, junto com uma lousa e várias coisas em grego.

— Oi Mac. – Sheldon o encarou dando um gole no café.

— Chefe. – Adam nem sequer virou, concentrado em seu computador, ele apertava as teclas tão rápido.

— Vocês não pararam por um tempo como eu mandei ? – Ele indagou lembrando que havia pedido para ambos darem uma pequena pausa, para descansar.

— Estamos bem, chefe. – Adam assegurou.

— Não se preocupe, Mac. – Sheldon disse. – A gente pode descansar depois, mas, no momento, achar a nossa amiga é  a nossa prioridade. – Mac desenhou um sorriso de canto.

— Obrigado. – Agradeceu. – Então ,o que conseguiram descobrir ?

— Temos duas noticias. – Sheldon deu um ultimo gole no copo de café e então seguiu para o quadro branco – Uma boa e a outra não tão boa quanto a primeira.

Mac dividiu o olhar entre os dois.

— A boa é que; se lembra da foto que mandou para o Adam ? – Ele concordou. – Estava realmente em grego, mas, o que pensamos que seria fácil se tornou um pouco difícil.

— Primeiro tentamos todo tipo de tradutor e não conseguimos traduzir absolutamente nada. – Adam tomou as atenções.  – Então, fomos pelo método antigo e tradicional.

— Como assim ? – Jo arqueou uma de sua sobrancelhas.

— Livros e dicionários gregos. – Sheldon apontou para a pilha de livros. – Tentamos encaixar as formas com as dos livros, letra por letra. Aprendemos quase todo o alfabeto grego  – Ele encarou a lousa branca que estava preenchida pelas cores: azul, vermelho e preto. –  Mas, nada batia com o bilhete, nenhuma letra ou palavra desses livros combinavam com as da foto – Sheldon continuou a explicação. – Então, eu e o Adam procuramos mais livros e achamos um outro bem diferente. – Caminhou até a pilha de livros e pegando um deles. – Numerais gregos  – Mostrou aos amigos.

— E vocês conseguiram decifrar as escritas ? – Mac se aproximou deles.

— Conseguimos. – Adam respondeu.

Sheldon virou a lousa branca que estava apoiada em um suporte, na outra parte em branco havia a real escrita que tinha sido fotografada por Mac no armário e em baixo, uma série de números.

— Eram números, Mac. – Sheldon o encarava. – Por isso não conseguimos antes, não eram palavras, ele deixou vários números em grego. – Mac analisava o quadro atento. – E ai entra a segunda noticia. – Mac o encarou. – Eu e o Adam não conseguimos encaixar esses números em nenhum lugar que possa nos ajudar.

— Tentamos achar algo relacionado entre ele e esse números, entre a Stella, mas, nada bate, Mac. – Adam suspirou ao final da sua frase.

Mac passou a mão pelo rosto, ele concordou frustrado voltando a olhar os números escritos na lousa. Jo, Sheldon e Adam observavam o amigo que caminhou para bem perto do quadro.

— Tem que ser alguma coisa ! – Jo caminhou até Adam. – Vamos tentar de novo, vamos avaliar os números e procurar o que pode significar. – Sheldon concordou.

— O pessoal de Nova Orleans pode saber de algo. – Adam sugeriu e Mac o olhou. – Ou não.

— Você pode estar certo, Adam. – Jo concordou olhando para Mac. – Eu vou fazer contato com Rosalie Stone. – Avisou. – Eles podem nos ajudar e estão a disposição nossa, eles conheciam Joshua e a Stella.

— Também conhecíamos ela. – Mac murmurou.

A feição do homem era séria, ele encarava Jo que respirou fundo. Sheldon e Adam se olharam.

— Vamos pegar mais café. – Sheldon e Adam se retiraram da sala.

Mac se virou para a lousa, ficando de costas para a amiga.

— Mac. – Jo se aproximou. – Eu sei que tudo você não quer agora é ter que lidar com ele, mas, Quinn disse que ele e Joshua eram melhores amigos, talvez ele consiga nos ajudar. Rosalie e Anthony conheciam aquele homem como ninguém e se esses números significavam algo para Evans, eles vão saber e poder ... – Jo tentava convence-lo do certo quando foi parada por ele.

— Espera Jo. – Ele ergueu a mão enquanto analisava os quadros.

Jo se calou, Mac se virou para ela e desenhou um sorriso, ele se voltou para os números e novamente analisou eles.

— O que foi ? – Ela ficou ao lado dele. – No que você está pensando ?

Mac respirou fundo e olhou para ela.

— Acho que descobri o que são esses números. – Ela arqueou as sobrancelhas.

— O que ? – Ela o olhava intrigada.

— Chame o Adam e o Sheldon, podemos ter conseguido a localização exata da Stella, Jo.

— O que são os números ? – Ela insistiu.

— Algo genial. – Encarou os números.

— Mac, eu e o Adam pensamos em algo. – Sheldon entrou na sala. – Pode ser só uma possibilidade, mas... – Mac interrompeu.

— Coordenadas geográficas ?! – Arqueou as sobrancelhas. – Latitude e longitude.

— Como você .... ? – Adam olhou o chefe curioso.

— Eu me lembro que eu vi no jornal algo relacionado a um crime em Nova Orleans, um assassino escondeu os corpos e a policia conseguiu encontra-los através de coordenadas. – Sheldon concordou.

— Foi na segunda semana da Stella. – Sheldon lembrou que a amiga havia relatado a história em uma conversa com a equipe através do celular de Lindsay. – Ela contou para gente, se lembra ?! – Olhou para Adam.

O técnico pensou por alguns segundos até concordar, recordando-se do dia.

— É, ela estava na nova sala e estava super animada com a cidade, com os crimes. – Adam desenhou um sorriso.

Mac conseguia ver ela dentro da sua mente, a empolgação da mesma com o novo trabalho e as aventuras que acharia nele, ele ainda se lembrava da animação dela em trocar de sala e de quando comprou o seu apartamento, ele conseguia nitidamente ver o sorriso desenhado nos lábios dela.

— O que estamos esperando ?! – Jo olhou para os três. – Vamos localiza-la. – Sorriu.

— Chame o FBI, Jo. – Mac pediu. – Eu quero que vocês dois parem e descansem. – Olhou para os dois amigos.

— Sem chance nenhuma. – Sheldon negou.

— É a Stell, Mac. – Adam protestou. – Vamos acha-la primeiro e descansar depois.

— É o que ela faria por nós. – Sheldon sorriu.

— De qualquer modo, eu vou chamar dois técnicos do FBI para ajudar vocês. – Jo falou e ambos concordaram. – Eu vou informar ao Russ a nova possível descoberta.

— E eu vou ajuda-los. – Decidiu assim Mac. – E tem mais uma coisa; essa pode ser uma chance única e não vamos desperdiça-la. Eu não quero ninguém além da nossa equipe sabendo sobre as possíveis coordenadas, apenas nós, Russ Josephson e os dois técnicos. – Adam e Sheldon concordaram.

Jo concordou e saiu da sala rapidamente. No corredor, ainda de longe viu as portas se abrindo e de lá saindo um rosto conhecido, parecendo perdida. Jo caminhou para mais perto, calmamente se aproximou da mulher de cabelos curtos: Lindsay Messer.

— Lindsay. – Chamou sua atenção. – O que faz aqui ?

— Eu não consegui dormi. – Ela sorriu discreta. – Eu acordei e não consegui mais voltar a dormir, estou com uma sensação estranha, Jo. – Suspirou. – Então, deixei Lucy com o Danny dormindo e vim para cá. – Ela olhava para os lados, parecendo procurar por algo.

Jo conseguiu reparar em seus olhos avermelhados.

— Você está bem ? – Indagou com a mão em seu ombro.

Lindsay encarou ela e por alguns segundos, permaneceu calada.

— É, eu acho sim.  – Quebrou o silencio.

— Quer conversar ? – Lindsay respirou fundo e concordou.

...

As duas foram até a copa, sentadas em uma mesa, Jo colocou um pouco de café para amiga como ela havia pedido e pegou um pouco de chá para sí. Lindsay pegou a xicara e deu um longo gole no liquido preto.

— Eu sonhei com o  funeral. – Revelou encarando o café parado. – Ela estava morta, presa dentro daquele caixão, eu tentei acorda-la tantas vezes. – Jo estendeu sua mão para Lindsay que aceitou. – Lucy disse que ela está machucada. Ele machucou ela, Jo e vai mata-la. – O desespero cresceu na voz embargada dela.

— Lindsay, foi só um sonho. – Consolou a amiga. – Ela vai ficar bem, vamos acha-la.

Lindsay negou com a cabeça e tentou respirar fundo.

— Eu estou sentindo. – Olhou para Jo e tentou se acalmar. – Eu nunca deveria ter apoiado a ida dela para aquela maldita cidade.

— Não, Lindsay, não se culpe. – Jo apertou levemente sua mão. – Você não poderia fazer nada, não tinha como impedi-la de ir.

— Ela me perguntou se deveria ir, ela estava com medo de deixar a gente, de deixar o Mac. – Desviou o olhar. – Quando ela decidiu ir, eu sabia que era por causa do Mac e da Peyton, eu nunca tentei convence-la a ficar, achava que até seria melhor ela sair da cidade, conhecer novos mundos e pessoas, talvez conheceria alguém e se apaixonaria.

— Lindsay, olha pra mim. – Mandou.

Lindsay relutou por alguns segundos, mas, se rendeu a ordem e a olhou com seus olhos transbordando de lagrimas.

— Você não é culpada, nem você, nem o Mac ou qualquer pessoa dessa equipe que ache que falhou com a Stella, em protege-la. – Lindsay negou com a cabeça, discordando daquilo. – Só existe um culpado nisso tudo e ele é um psicopata que quando isso tudo acabar vai pagar por isso.  – Apertou sua mão. – O nome dele é Richard Clark, lembra ?! – Ela concordou. – Para de se condenar, eu tenho certeza que Stella não gostaria de ver isso.

— Ah Jo. – Suspirou e recolheu suas mãos e colocou-as em seu rosto, cobrindo-o;

— Temos novidades, estamos caminhando bem. – Avisou.

Lindsay descobriu o rosto e a encarou.

— Começou desde a tradução do bilhete encontrado com Christine. – Jo explicou. – Joshua está tentado nos ajudar, ou pelo menos estava, ele foi encontrado morto carbonizado. – Os olhos castanhos claros reagiram surpresos. –  O bilhete nos levou até um faxineiro que tinha uma chave de um armário na rodoviária, e nesse armário tinha um outro recado escrito em grego na porta e tudo indica que pode ser coordenadas geográficas.

A Messer se calou por alguns segundos.

— Quem está trabalhando nisso ? – Analisou Jo.

— Sheldon e Adam, agora o Mac está lá com eles. – A loura de cabelos curtos concordou. – Eu vou conversar com Russ e pedir que dois técnicos vá lá ajuda-los. Mac não quer que ninguém fora nossa equipe saiba disso.

— Eu vou ajudar eles. – Ela disse determinada.

— Lindsay, não é melhor você ir para casa ? Com a sua filha ?

— É uma possibilidade, Jo. – Argumentou. – Eu não vou ficar parada em casa enquanto posso estar aqui ajudando a encontra-la, eu não vou perder minha amiga, não posso, Jo. – Suspirou. – Ela prometeu que seria a madrinha da minha filha e que nunca faltaria e eu preciso traze-la de volta para lembra-la disso. – Jo sorriu.

Lindsay devolveu o sorriso pequeno e saiu da sala em disparada a nova chance de encontrar sua melhor amiga. Jo permaneceu por alguns segundos sentada, olhando para o outro lado da sala. Através das grandes paredes de vidro, ela podia ver o sol nascendo e começando a iluminar a cidade


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please !

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar ! Fantasminhas, apareçam !! Também preciso de vocês, por favor.

Beijos ♥ até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A New Chance." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.