A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal.
Eu quero me desculpar primeiramente pela demora (que não vem sendo novidade) mas, eu estudo e preciso me focar as vezes nele, portanto, quando posso eu escrevo. Quero agradecer as meninas que comentaram: Tinkerhell, Fane Eleni e a Mackenzie Denally, vocês são ótimas, maravilhosas, obrigada por tirarem um tempinho para deixar o comentário. Adoro vocês !!
Eu peço desculpas também pelos erros ortográficos e gramaticais que existirem dentro desse capitulo.

Eu espero que gostem desse capítulo.



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Eles caminhavam até um amplo espaço, um carro preto estava estacionado junto a homens ao seu lado.

— Onde vai me levar ? – Encarou o homem.

— Lugar nenhum. – Respondeu calmo, encarando o auto-móvel. – Preparada para o seu presente ? – A olhou.

— Acaba logo com isso. – Respirou fundo e abaixou seu olhar.

Clark se afastou dela e caminhou até o carro, ele abriu a quarta porta da direita e sorriu.

— Pode sair. – Sussurrou e Stella apenas observava a cena curiosa.

Ele estendeu sua mão que foi aceita. Aos poucos, a garotinha de cabelos divididos em chiquinhas saiu do carro, com sua boneca nos braços e seu uniforme escolar no corpo, ainda bem arrumado. Os olhos de Stella reagiram surpresos, mas já ardiam em lagrimas, ela podia sentir o desespero aflorar sua pele, sua respiração pesou e seu coração bateu tão rápido que parecia querer sair pra fora, ela via o rostinho amado e preferido dela.

— Lucy. – Sussurrou aflita.

A menina olhou para o homem que apontou para a detetive que estava estática. Ela abriu um sorriso gigante e rapidamente soltou a mão do homem que não conhecia, ela correu em direção a madrinha.

 –Madrinha. – Gritou enquanto feliz ia em sua direção.

Stella sentiu suas pernas fraquejarem ao vê-la vindo em sua direção, ela apenas se ajoelhou e  recebeu o caloroso abraço cheio de amor e saudades daquela que por quem era capaz de tudo. Lucy agarrou seu pescoço e permaneceu abraçada, sorrindo sem saber a verdade. Já Stella encarava Clark do outro lado, com suas lagrimas escorrendo.

— Alguém te machucou ? – Sussurrou para a menina. Stella se afastou e segurou seu rostinho. – Você está bem, meu amor ?

— Sim. – Prontamente, ela respondeu. – O policial me disse que você tinha mandado me buscar. – Toda alegre, ela sorria. – Por que está chorando, dinda ? – Segurou o rosto de Stella.

Stella sorriu sem mostrar seus dentes.

— Não é nada, bonequinha, é de felicidade.  – A chamou por um dos apelidos carinhos.

— Por que não fomos para o laboratório com o padrinho e meus pais ou na sua casa, madrinha ? – A duvida encarando aquele lugar a fazia tão inocente.

— Lucy... – Tentou, mas, seus olhinhos a impediam. – Eu estou tão feliz por ver você. – Acariciou seu rostinho, escondendo a verdade.

— Eu também, madrinha. – A abraçou de novo. – O papai disse que não sabia quando você voltava; que bom que a senhora não demorou. – Os olhos de Stella pesavam sobre o chão. – Eu estava morrendo de saudades.

— Eu também estava. – Concordou levando seu olhar a Richard que começou a se deslocar vindo em sua direção. 

Stella apenas a puxou para si e ele parou no meio do caminho, sendo escoltado por seus homens a cada passo.

— Estava morrendo de saudades. – Abraçada a menina, ela acariciou suas costinhas. 

Um pouco distante, Clark sorria para Stella que tinha algumas lagrimas escorrendo pela sua face.

...

Lindsay estava parada na sala que era de Stella, ela olhava em seu celular a foto de chamada de Stella que junto com Lucy faziam caretas engraçadas. Ela sorriu e apertou em ligar, colocando a chamada no viva-voz, ela apenas aumentou o volume para ouvir a mensagem.

“ – Oiee, a tia Stella não pode falar agora então deixe seu recado e ela te liga de volta mais tarde. Tchauzinho.”  – A voz de sua filha fez suas lagrimas escorrerem.

Lindsay largou seu celular sobre a mesa e cobriu seu rosto. Ela sentia as lagrimas molhar suas mãos, seus soluços começavam a ficar mais forte, ela suspirou nervosa quando sentiu alguém abraça-la.

— Stella não vai deixar nada acontecer á ela. – A voz de Jess chegou aos ouvidos da amiga.

— Eu sei que não. – Levantou a cabeça. – Eu quero elas de volta, Jess. – Sussurrou.

— Eu também quero. – Se afastou.

Lindsay e Jess se olharam.

— Flack já sabe ? – Indagou mais calma.

— Eu não sei. – Respondeu séria. – Foi emitido o alerta, então, provavelmente.

— Você sabe que Stella odiaria isso, não sabe ?

— Eu sei, mas, não dava mais, Linds. Não daquele jeito. – Negou e encarou as janelas da sala, tendo a vista de tantos prédios, sua mente viajou.

“Seus olhos se abriram de vagar, a luz que batia em seu rosto parecia que iria mata-lo. A dor de cabeça estava insuportável e seu corpo estava dolorido, como se tivesse sido atropelado, ele se deu conta que estava no chão, no meio da sua sala, ele se levantou com cuidado e viu os porta retratos todos no chão, estilhaçados.

— Droga ! – Murmurou quando viu a foto favorita de Jess quebrada. A foto do ultimo aniversário da grega na cidade, onde Jessica e Lindsay abraçava Stella.

Ficando de pé, ele cambaleou pela tontura repentina e ao se equilibrar  fechou os olhos por conta da luz que atravessava as janelas. Ao abrir os olhos, deu de cara com Jess virada para a janela, de costas pra ele.

— Sua cabeça está doendo ? – A voz dela indagou a pergunta mais obvia que alguém pode fazer para a outra, quando passa dos limites na bebida. – Tem aspirinas no balcão da cozinha.

— Jess. – Chamou e ela se virou.

Pronta para o trabalho, ela segurava um xicara de café.

— Eu sinto muito, eu não bebi muito, eu juro. – Ela riu nervosa e ele soube identifica-lo entre tantos outros que Jess conseguia dar.

—  Foi possível ver que não ontem, ou melhor, hoje de madrugada quando você chegou quebrando tudo e cheirando a álcool e perfume barato. – Ela deixou a caneca na mesa de centro.  – Chega, Flack ! – Suspirou.

— Eu prometo que não vai se repetir.

— Você me prometeu isso há uma semana quando precisou do James e do Brooke te deixar aqui porque você arrumou briga com alguém em um bar vagabundo onde os dois faziam a  ronda, bar que por acaso fica em bairro cheio de traficantes. – Franziu seu cenho. – Você tem noção de onde você vai ? – Indagou com a mesma expressão.

— Eu juro que eu vou parar. – Ele deu a volta com dificuldade e ficou frente a frente com ela. – Eu estou passando por um momento difícil, com a Stell ... – Tentou se explicar.

— Não ouse. – O interrompeu.  – Eu tentei entender essa desculpa nas outras vezes, mas, então eu percebi que não é só você quem está passando por esse momento, somos todos nós que éramos próximos dela, então não ouse culpa-la ou culpar o sequestro pela sua embriaguez e as decisões que toma no meio dela. Isso não cola, Flack !

— Eu não estou culpando ela, eu só quero que você entenda.

— Qual é Flack ?! Entender mais o que ? – O encarou furiosa. – Eu entendo que é difícil porque eu estou perdendo alguém também, aliás, todos estão. Eu estou perdendo uma das minhas melhores amigas, uma quase irmã; Sid e Susan a filha que eles nunca tiveram e finalmente tem e que eles amam muito; Danny e Lindsay estão perdendo aquela que sempre torceu e ajudou eles a ficarem juntos, a mulher que sempre ajudou e nunca desacreditou em ambos em sentindo profissional e muito menos pessoal, eles estão perdendo a madrinha da filha deles, sabe como isso é difícil quando se tem uma criancinha que é tão ligada a madrinha ? Imagina como vai ser pra eles terem que dizer a Lucy que ela talvez não veja mais a madrinha porque ela está morta ?! Sheldon e Adam estão perdendo a pessoa que fez de tudo por eles nos momentos mais precisos. Estamos todos perdendo a nossa melhor amiga.– Flack abaixou sua cabeça. – E o Mac está perdendo a mulher que ele ama, a mulher que ele deixou escapar por uma besteira. Ele perdeu, Flack, a mulher que ele amava por ser tão idiota. – Deixou um soluço e as lagrimas escaparem.

— Jess... – Ele tentou, mas, ela novamente foi mais rápida.

— Acho que vocês dois agora tem mais alguma coisa em comum. – Ele rapidamente a olhou. – Eu já disse isso no começo e espero que entenda o sentindo dessa vez. Chega, Flack !!

Jess caminhou em direção a cozinha sendo seguida por ele.

— Está terminando comigo ?

— Estou. – Afirmou e limpou as lagrimas. – Agora você pode beber e ficar a vontade com as mulheres, sejam elas prostitutas ou não.

— Amor, você não pode fazer isso comigo.

— Não posso ? – O encarou confusa.

— Não existe mulheres, Jess.

— Não é essa a questão, Donald. – Alterada ela balançava sua cabeça.

— É a bebida ? Eu vou parar, eu te juro. – Seus olhos lacrimejavam. – Eu te amo.

— É melhor darmos um tempo. – Disse decidida. – Eu já peguei algumas coisas, minhas malas estão no meu carro, eu vou ... – Ele a interrompeu abraçando-a. – Flack. – Suspirou.

— Não faz isso. – Implorou se ajoelhando, agarrado a sua cintura – Eu não consigo sem você.

Jessica se afastou dele, ela olhou em seus olhos e deixou as suas lagrimas escorrerem.

— Eu não vou conseguir com você, Flack ! Não vou.  – Sussurrou limpando as lagrimas dele. – Eu vou pedir para Linds vir buscar o resto das minhas coisas. – Terminou a frase que falaria antes. – Eu vou dizer ao capitão que vai chegar atrasado.

Jess se desvencilhou do homem que tinha sua aparecia oposta da normal e caminhou até a porta do apartamento que iria deixar pra trás. Antes que saísse, ela se voltou.

— Tome as aspirinas e sua cabeça vai melhorar, tome um banho e um café e sua aparência também vai melhorar. – Desenhou um sorriso. – Até daqui a pouco, Flack ! “

...

— Jessica ? – Lindsay a trouxe de volta. – Eu fiz você lembrar, me desculpa !! – Lamentou vendo a amiga já limpar as lagrimas.

— Não precisa se desculpar. – Negou e respirou fundo. – Eu estou bem. – Sorriu e seu celular apitou, a detetive o pegou e encarou a tela. – Eu preciso ir trabalhar, você vai ficar bem ? – Repetiu a pergunta.  – Eu posso pedir para outra pessoa ir, se quiser que eu fique aqui.

— Não, pode ir. – Desenhou um sorriso. – Eu vou ficar bem, vou ir ajudar o Sheldon e o Adam com aquele bilhete.

— Tem certeza ?

— Tenho sim. – Garantiu. – Vai que o dever chama a grande Angell.

Jess se levantou e caminhou até a amiga, despedindo-se dela com um abraço e um beijo em sua testa, saindo em seguida para seu chamado. Lindsay suspirou ao ver a amiga entrar no elevador. Assim que as portas de um se fecharam, as do outro se abriram dando passagem a Jo que andava apressada até sua direção.

— Oi, eu acabei de saber. – Se sentou onde Jess estava.

— Ele quer atingi-la, machuca-la e eu sei que não existe outra forma que não a Lucy. – Encarou a chefe.

— Stella não deixaria ninguém machuca-la, Lindsay. – Jo repetiu a frase de Jess.

— É isso que me preocupa mais. – Encarou seu telefone. – Eu sei que Stella jamais permitiria que eles sequer se aproximassem da minha filha, ela seria capaz de tudo para proteger Lucy, Jo. Tudo. – Olhou para a chefe. – Inclusive, inclusive... – O choro a impedia de completar a frase.

— Dar a vida dela. – Completou a morena.

Lindsay concordou.

— Eu não sei se consigo perder outra melhor amiga de uma forma violenta, ainda mais sabendo que ela deu a vida pela minha filha. – Fungou.

— Vamos acha-las, Lindsay, antes que ele pense em fazer qualquer coisa. – Sorriu. – Eu soube do bilhete, ele está com quem ?

— Com o Adam e o Sheldon. – Informou. – Eu estava indo lá, ajuda-los.

— Não quer ir pra casa ?

— Não posso. – Negou. – Eu preciso achar minha filha e minha melhor amiga e se eu for para casa, não estarei fazendo isso.

— Claro ! – Concordou.

...

Stella segurava Lucy no colo enquanto caminhava em direção a onde estava momentos atrás. Ao adentrar dentro do quarto todo sujo, Lucy levantou sua cabeça e olhou Stella.  Os homens deram espaço para ela entrar, o sangue no chão ainda estava secando.

— Onde estamos, tia ? – Sussurrou em seu ouvido.

— Clark vem vê-las depois. – Avisou um dos capangas.

Stella se virou e apenas concordou. Com Lucy ali teria que se controlar, Clark era descontrolado emocionalmente, cada minuto estava diferente, podia levar uma resposta dela de boa, passivamente e no outro minuto, podia ser agressivo, levando a bater ou machuca-la, e ela não podia e nem iria colocar a vida daquela garotinha em risco.

O homem fechou a porta e Stella colocou Lucy no chão. A menina olhava para o lugar, ao olhar para o chão pode ver o liquido vermelho, ela abriu os olhos.

— Madrinha, o que é aquilo ? – Indagou a Stella que olhou para a poça e voltou rapidamente a encara-la.

— Senta aqui, meu amor. – Apontou para o colchão, onde se sentou.

A garotinha obedeceu e sentou ao lado da madrinha, encarando-a curiosa. Stella a olhou bem, analisando e matando a saudade que sentia daquela visão, era tão diferente ve-la pessoalmente. A grega respirou fundo e buscou as palavras certas para explicar.

— Você confia na madrinha ? – Pegou sua mãozinha, a menina balançou a cabeça positivamente. – Você sabe que o trabalho da madrinha é pegar pessoas más, que machucam as outras.

— Igual meu pai e minha mãe. – Comparou. – Ah e o padrinho, os tios Sheldon e Adam. – Stella sorriu. – E a tia Jessica e o tio Don.

— Isso mesmo, igual á eles. – Confirmou. – Existia um homem muito, muito mal na cidade que tia morava e ele estava machucando muitas pessoas, então, a madrinha precisava pega-lo e prende-lo, para que não fizesse mais coisas erradas, mas, esse homem ele era muito esperto e tinha muitos colegas, pessoas que o ajudavam a fazer as coisas erradas, que machucavam muito as outras pessoas.

— As pessoas ficaram bem ? – Perguntou sem jeito.

— É... elas, elas, ficaram. – Gaguejou. – Por isso, a madrinha queria pega-lo, para não machucar mais ninguém. – Stella parou por alguns segundos e admirando-a, esticou seus braços. – Vem aqui comigo.

Lucy rapidamente foi para cima de Stella, sentando em seu colo. Stella envolveu seus braços ao redor dela, ela queria chorar, mas, conseguia conter.

— Esse homem mal, ele não gosta de pessoas boas e ele não queria ser preso, por isso, ele me pegou e me trouxe para cá.

— Para machucar você também ? – Lucy colocou a mão no rosto dela. – Ele fez isso ? – Apontou para as marcações roxeadas.

— Fez, mas, está tudo bem. – Acariciou seu rostinho. – Lembra do que eu te disse quando caiu no parque e não parava de chorar? – Ela acenou positivamente.

— A gente é forte. – Repetiu a frase, com seu jeito errado.

Stella segurou as mãos dela e depositou um beijo, sorrindo em seguida.

— Isso mesmo. – Concordou – Nós somos fortes e vai ficar tudo bem ! Okay?! – Lucy concordou. – Como você cresceu, meu amor ?! – Desviou o assunto, despistando-a.

— Sabia que meu pai agora me mede na porta do meu quarto ? – Contou animada. – Tem vários risquinhos e eu cresci três.

— Eu sabia, dá para notar. – Sorriu. – Daqui a pouco, eu não vou conseguir mais pegar você no colo de tão grande que está ficando.

— O padrinho também disse isso. Eu fiz um desenho nosso, ele colocou na mesa dele, madrinha, junto com a sua foto.

— Minha foto ? – A encarou curiosa.

— É, tem duas, uma da gente junto e outra sua. – Falou normalmente mexendo na boneca. – Ahhhhh e agora tem meu desenho. – Abriu o sorriso, mostrando a janelinha do dente.

— Onde foi parar seu dente ? – Fingiu surpresa e ela riu.

— A fada do dentes levou e me trouxe dez dólares. – Mostrou o valor com as mãos. – Ele está no meu cofrinho.

— Dez dólares ? Isso é muito dinheiro.

— Uhummm. – Concordou e Stella sorriu da careta feita por ela.

— Eu senti sua falta.

— Eu também, madrinha. – Abraçou-a. – Posso te perguntar uma coisa ? – A soltou no mesmo instante.

— Você sempre pode. – Tocou em seu nariz.

— Minha mãe disse que não podia por que era ind... inde... – Tencionava, até olhar para Stella confusa.

— Indelicado ? – Sugeriu  e ela concordou.

— Ela disse que era indelicado, além de que era assunto de gente grande. – Revirou os olhos na ultima parte, lembrando a Stella, o pai da garotinha.

— Qual é a pergunta ?

— Você e o padrinho brigaram ? – Surpreendeu Stella. – Vocês não se gostam mais ? Por que ?

— De onde você tirou isso ? – Perguntou uma Stella surpresa.

— Você foi embora e o padrinho ficou triste, ele não fala mais o seu nome e um dia quando a senhora ligou para minha mãe, ele saiu da sala rapidinho e não quis ver você pelo celular dela. – Narrou os fatos séria. Stella suspirou.  – Você não gosta mais dele ? – A olhou curiosa.

Stella viu no fundo daquele olhar um medo pela resposta esperada.

— Ele devia estar ocupado naquele dia e é claro que eu gosto do padrinho. – Lucy sorriu. – Eu sempre vou gostar dele, somos amigos. Ele é e sempre vai ser o meu melhor amigo.

— Mas, não é para serem amigos. – Suspirou. – Era para vocês namorar, casar igual meus pais. – Respirou frustrada. – O papai fica com a mamãe, a tia Jess fica com o tio Don e a madrinha fica com o padrinho, quem se gosta tem ficar junto não é ?!

Stella parou por alguns segundos.

— Lucy... – Pronunciou, mas, ela interrompeu.

— E o padrinho não está mais com a Chris, então agora dá para vocês casarem.

— Quem te disse isso ?

— Eu ouvi o meu pai contar para minha mãe e depois eu ouvi a conversa da tia Jess com a minha mãe. Ele gosta de você, madrinha, você gosta dele e pronto ! Podem ficar juntos.

— Você precisa parar de ouvir as conversas das pessoas, principalmente quando a tia Jessica estiver nela.  

— Mas, foi sem querer, eu juro. – Fez um biquinho.

— Eu sei que foi. – Sorriu acariciando seu rostinho. – Mas, as coisas não tão fáceis assim e eu não posso ficar com o padrinho. Eu sempre fiz tudo o que você quis, por que eu amo você e faço qualquer coisa por você, mas, isso eu não posso fazer. – O olhar triste de Lucy a machucou. – Mas, somos amigos e seus padrinhos, amamos você como seus pais e sempre, sem sombras de duvidas, faríamos tudo por você, para salva-la e faze-la sorrir. Eu adoro seu sorriso. – Lucy tinha seu rosto fechado. – Ainda mais agora, sem um dentinho, está mais linda que nunca, sabia ?!

— O padrinho diz isso tudo que você disse.

— Viu ?! – Tocou em seu nariz. – Nós sempre vamos estar juntos, graças a você. – Sorriu ao ver a expressão dela mudar para curiosidade.

— Graças a mim ? – Apontou para si.

— É, a você. – Segurou seu rostinho com suas mãos. – Você é uma das maiores conexões que existe entre mim e o Mac. Se algum dia você precisar de mim, eu vou estar lá e eu sei que se você precisar dele, ele também vai estar, mas, eu tenho certeza que se você precisar da gente juntos lá por você, nós vamos sem pensar por um segundo em dizer a palavra não. Amamos você, entendeu ?! Você sempre vai ter a gente junto, se é o que você quer e vamos estar bem assim, tudo bem ?

Lucy parecia pensar na resposta, depois de longos segundos ela sorriu.

— Tudo. – Concordou. – Eu te amo, dinda. – Acariciou o rosto de Stella que fechou os olhos sentindo as mãozinhas macias dela.

Stella virou o rosto e segurou-as, beijando-as.  

— Eu também amo você. – Sussurrou. – Agora, me dá outro abraço, um bem gostoso, porque eu estava morrendo de saudades da minha princesinha – Abriu os braços, aguardando o gesto.

Lucy apenas abriu seu maior sorriso e pulou para abraça-la. Stella a segurou em seus braços e abraçou-a, esperando se esvaziar de toda dor que vinha sofrendo, não importava o quão dolorido seu corpo ou sua mente podia estar, o abraço daquela que ela considerava uma filha, curava tudo e não causava nenhum outro sentimento, que não a saudade e o amor que ela guardava e ela tanto gostava de sentir.


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Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please !

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar ! Fantasminhas, apareçam !! Também preciso de vocês.


Beijos ♥ até o próximo.