A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pelos erros de digitação, por qualquer erro de escrita que tiver.
Agradeço de coração a todos os comentários, prometo que tentarei responder a todos o mais breve que eu conseguir.
Eu espero que vocês gostem !



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O homem adentrou dentro do local com seus dois capangas, Stella ainda estava com o corpo de Josh nos braços. Ela ergueu o olhar e viu ele a encarando.

— O que você quer ? – Questionou irritada.

— Eu preciso me livrar do corpo; já faz uma hora que ele morreu.

A expressão dela mudou. Ela ficou em silêncio por alguns segundos encarando o corpo.

— O que você vai fazer com ele ? – Seus olhos vermelhos ameaçavam a chorar novamente.

Clark respirou fundo e caminhou até ela, ele se agachou perto do corpo e a encarou.

— Eles vão queimar em um lugar bem distante daqui. – Informou.

Stella prendeu o choro e negou.

— Entregue a Nova Orleans. – Pediu.

— Você acha mesmo que Nova Orleans vai se importar com ele ? – Questionou-a. – Ele traiu a corporação.

Stella novamente negou e encarou o homem em seus braços.

— Faça com que chegue até Anthony Keller.

— Seu namorado ? – Arqueou suas sobrancelhas. – Stella, por favor.

— Anthony era amigo do Josh, ele nunca permitiria que o corpo dele fosse assim jogado em qualquer lugar. – Sussurrou. – Mesmo depois do que ele fez.

Clark se virou e encarou os dois homens que se mantinham sérios. Ele se voltou pra Stella e por segundos avaliou seu pedido mentalmente, a briga sobre fazer ou não fazer estava empatada.

— Por favor. – Suplicou.

Clark suspirou e concordou, trazendo a tona o suspiro aliviado de Stella. Ele se levantou e sinalizou para os dois homens atrás dele, que se aproximaram e pegaram o corpo do homem retirando do local. Stella se olhou e viu-se coberta  com o sangue o amigo.

— Eu tenho um presente pra você. – Voltou a se aproximar dela.

— Eu não quero nada que venha de você. – Com dificuldade se levantou. – A não ser que você me de a minha liberdade. – Se virou para ele.

— A sua liberdade é a morte, Stella. – Calmo, ele mantinha o olhar fixo.

— E a minha morte é a sua sentença. – Disse se sentando no colchão que ocultava o objeto que Josh deixara. – Agora me deixa em paz !! – Desviou o olhar dele.

Ela ainda conseguiu ouvir um pequeno riso silencioso da parte dele, mas, continuou encarando o pedaço de chão sujo. Clark limpou a garganta.

— Lucy Monroe Messer. Esse nome significa muito pra você, não é ?! – Stella levantou seu olhar agilmente, mas, se manteve calada. – Pelo seu olhar, significa muito mais do que eu pensei. – Concordou e se virou pronto para caminhar até a porta.

— Não se atreva chegar perto dela.  

Ele mandou um beijo, seguida de uma pequena piscada e saiu batendo a porta e a deixando só.

Stella esperou alguns minutos, certificando-se que ele não voltaria, ela ergueu um pedaço suficiente do colchão onde se sentava e viu o cabo de uma Glock 9mm, , ela deixou um pouco do seu alivio e apreensão serem presentes.

...

Na sala de reunião os detetives estavam reunidos ao redor da grande e larga mesa redonda, a TV de tela plana mostrava em slides diferentes fotos do bilhete achado por Christine.

— Eu joguei as digitais encontradas no CODIS, mas, não obtive sucesso, então tentei outros sistemas e achei apenas em um. – Lindsay colocou as folhas que segurava na mesa. – No banco de dados da policia de Nova Orleans, Joshua George Evans, detetive da homicídios, as digitais são dele.

— Ele trabalhava com a Stella ? – Sheldon indagou olhando para os amigos.

Mac e Quinn trocaram olhares, ela limpou sua garganta e teve as atenções.

— Ele foi expulso da policia por traição, ele ajudava Richard Clark dando á ele acesso as informações da policia sobre os casos no qual, o próprio Clark era o assassino. – Quinn resumiu a história.

— Além de vicio em jogos e drogas. – Jessica entrou na sala com papeis em mãos.  – Ontem pela manhã houve algumas apreensões em cassinos clandestinos aqui em Nova York, e hoje pela manhã eu recebi algumas imagens de um dos cassinos que existiam câmeras, poucos aliás, mas está aqui, o homem de blusa xadrez  em uma mesa é ele jogando. – Entregou a Mac. – O dono cassino foi interrogado, ele disse que JE, como era conhecido frequentava o cassino há algumas semanas e já devia sete mil dólares ,sem contar aos outros jogadores, o dono do cassino soltou também que Joshua  fazia uso de drogas como cocaína e anfetamina, além das longas doses de bebidas. O cara passou de policial para um viciado. – Afastou uma cadeira e se sentou.

— Eu não entendo. – Lindsay murmurou. – Ele quer se vingar da Stell ?

— Eu não levaria isso em conta. – Quinn discordou. – Existiam boatos dentro do laboratório de Nova Orleans, que indicavam que Joshua era apaixonado por Stella. – Mencionou a ultima parte dando uma leve olhada para Mac. – Eu não acredito que ele tenha feito isso por raiva ou vingança.

— Ele pode ter se declarado e não foi correspondido. Sabemos que muitos casos são por isso, talvez ele no momento de rejeição decidiu ajudar o Clark, para se vingar ou se sentir bem. – Sheldon encarou os amigos.

— Não. – Lindsay negou. – Stella teria nos contado e outra, Stella estava saindo com alguém. – Mac suspirou silenciosamente. 

— Que por acaso era um dos melhores amigos de Joshua. – Quinn interviu. – E conhecendo Josh, ele nunca faria nada para atrapalhar a possivel chance de relacionamento de um dos melhores amigos dele, eu diria que ele até ajudou eles a começarem a sair. 

— Então  por que ? – Adam com sua famosa expressão confusa jogou a pergunta. 

— Ele se tornou um viciado. – Jessica se ajeitou na cadeira e teve atenções. – Existem milhares de histórias de policiais que acabaram se perdendo em mundos errados e perderem a noção pelo vicio em bebidas, drogas, jogos. – Suspirou. 

— Onde quer chegar, Jessica ? – Mac indagou.

— Richard Clark carrega em sua ficha a manipulação certo, detetive Shelby ? – Encarou Quinn que confirmou. – Evans fazia uso de drogas, o que destruiu a sua consciência levando ele a trair o departamento, os amigos. Ele perdeu tudo ! – Encarou Mac. – Carreira, amigos, a sua “paixão” como a detetive mesmo contou sobre seus sentimentos pela Stella.

— Isso pode nos levar a loucura de jogar tudo para o ar. – Lindsay interveio seguindo o pensamento da amiga.

— E quando alguém oferece algo para quem já perdeu muita coisa e não tem mais nada, a resposta não é difícil ser ouvida. – Jessica completou.

— Ele se tornou fraco. – Adam olhava para Jess que apenas concordou.

— Por que ele mandaria um bilhete para gente através da Christine ? – Sheldon olhou para Mac. – Não faz sentido algum o bilhete dele, são apenas números.

Mac pegou o saquinho plástico que continha guardado o pedaço de papel e analisou atentamente cada detalhe.

— Talvez ele esteja tentando ajudar a encontra-la. – Quinn palpitou.

— Não tem logica esse bilhete. – Suspirou Lindsay.

— Lindsay ! – A voz de Danny alta assustou a todos.

O homem loiro entrou pálido dentro da sala, seu celular estava tremendo junto com sua mão. A mulher se ergueu e foi de encontro ao marido.

— O que foi, Danny ? Você está pálido ! – Ela colocou suas mãos sobre o marido. – Você está sentindo bem, querido ? O que foi, Daniel ? – Assustada.

— Eu acabei de receber uma ligação. – Ele buscava forças. – Da escola da Lucy, Linds.

— O que houve ? – Preocupada. – Ela está passando mal, caiu e se machucou ?

Ele negou, deixando-a aflita.

— FALA, DANIEL. – Se alterou.

— Ela sumiu. – A encarou. – Ela desapareceu da escola.

Lindsay bambeou para trás sendo aparada por Sheldon e Jessica. Ela sentiu sua visão escurecer, ela se sentou em uma cadeira tentando se manter calma, ela se esforçava para respirar.

— Como assim sumiu ? – Encarou o marido.

— Eles não sabem explicar, eu já gritei e surtei com eles pelo telefone. – Passou a mão pelo rosto. – Eles caçaram ela pela escola inteira, acionaram a policia e Flack já está lá.

— Não, não – Balançou sua cabeça. – Minha filha não.

Mac sentia seu coração pesar, ele se apoiou na mesa  e fechou os olhos, aquilo não podia estar acontecendo.

“ – Eu ouvi ele dizendo para me levarem até o local combinado e avisarem a policia de um telefone publico, depois irem ao ponto combinado, que lá estaria o pacote, pediu para terem cuidado – A voz de Christine parecia sussurrar em seus ouvidos.”

— Desgraçado. – Praguejou alto, recebendo as atenções.

Mac suspirou e pegou o bilhete.

— Foi ele ! – Acusou Mac e Lindsay se levantou. – Ele pegou a Lucy.

— Mas, por que ele pegaria a Lucy ? – Adam encarou Mac.

— Ele quer machucar a Stella, tanto fisicamente quanto psicologicamente, ele deve ter descoberto que ela era afilhada dela. – Quinn olhou para o tecnico.

— E quem melhor que a Lucy para atingir, Stella Bonasera ! – Jessica constatou. – Ela faz tudo pela Lucy, tudo.

— Inclusive dar a vida. - Mac sussurrou alto. 

Os olhares assustados da equipe chegaram até Mac que sentia seu sangue ferver.

— Eu preciso da minha filha, Mac - Ela sussurrou e se aproximou dele.

— Eu sei, Linds e eu prometo que vou acha-la, nem que pra isso eu tenha que destruir essa cidade.

— Adam e Sheldon, descubram o que significa esses números. Eu quero toda atenção nesse bilhete, ninguém sai daqui enquanto não descobrirmos onde a Lucy e a Stella está. – Ordenou e saiu da sala.

Lindsay começou  a chorar e rapidamente foi abraçada por Danny que assim como a esposa chorava. Jessica rapidamente saiu da sala enquanto Sheldon e Adam pegaram o bilhete e foram trabalhar, era possível ver a raiva em cada um.

...

Stella levantou sua cabeça quando ouviu o barulho da porta. O rosto do homem tinha um sorriso enorme. Richard Clark se aproximou dela.

— Eu tenho duas noticias para você. – Se agachou. – Uma boa e outra ruim. Qual você quer ouvir primeiro ?

Stella permaneceu em silêncio, irritando-o. Ele suspirou.

— Tudo bem. Eu decido por você. – Se levantou.

De um lado para o outro, o olhar dela acompanhava seus passos.

— A ruim é que infelizmente o corpo do Josh não vai ser possível chegar em Nova Orleans, por tanto, vai ser queimado longe daqui.

— O que ? Por que ?

— Porque graças ao seu amigo, o FBI bloqueou qualquer entrada ou saída dessa cidade miserável. – Visivelmente nervoso.

— Estamos em Nova York ? – Seus olhos lacrimejaram.

— É, estamos. – Ela fechou os olhos e deixou um leve sorriso escapar. – Está feliz por estar aqui ? – Indagou se aproximando.

Stella abriu os olhos.

— Colocaram o FBI atrás de você ? – Stella sorriu sarcástica. – Você sabe que está ferrado, não sabe ?! Você é um homem morto. – Riu.

Ele agarrou seu rosto com força e a puxou para perto do seu próprio.

— Eu não me importo de  morrer, contanto que te leve junto. – Lhe deu um selinho rápido e largou seu rosto agora com marcas.

Stella passou o dorso da mão sobre sua boca limpando qualquer vestígio dele sobre sua pele.

— Ainda tem a noticia boa. – Sorriu vendo ela limpar sua boca. – E te garanto que essa noticia vai te deixar feliz.

— Eu já te disse, a única coisa que pode me deixar feliz é você morto.

Uma batida na porta interrompeu o  momento. Clark se virou e viu um dos capangas, com um simples gesto, o homem entrou segurando uma mochila.

 – Aqui está o que pediu. – Lhe entregou.

Ele concordou positivamente e da mesma forma que entrou, silenciosamente saiu. Clark olhou para Stella.

— Toma. – Jogou para a mesma.

— O que é isso ? – O olhava confusa.

— Ai dentro tem tudo o que mulher precisa para estar apresentável. Se arrume, eu vou te dar privacidade. – Se virou para sair.

— Eu não quero. – Negou. – Eu não vou fazer nada.

— Stella, apenas faça ! – Ordenou. – Se em cinco minutos não estiver apresentável, meus homens vão fazer isso para você e eu te garanto que não vai querer isso, ou vai ? – Indagou sério.

— Por que ?

— Você vai saber. – Disse e caminhou para fora do quarto.

Stella abriu a mochila e conseguiu visualizar roupas dobradas, ela retirou da bolsa uma calça preta como a que usava, uma camiseta básica cinza e uma sapatilha da mesma cor que a calça.

— O que ? – Sussurrou confusa para si mesma.

Ela encarou a porta, com medo não ousou desafiar a palavra dele, ele era psicopata e tinha acabado de matar a sangue frio alguém, como se fosse um inseto. Rapidamente ela desfez da sua roupa úmida e toda suja de sangue, ela necessitava sair daquele lugar, daquela situação, precisava de um banho decente, sem pressa, sem medos e sem estar se afogando. Com mais rapidez do que tirou, ela se vestiu.

E como prometido, em cinco minutos ele estava de volta. Seu lábios se esticaram ao ve-la.

— Você ficou ótima. – Elogiou.

— Onde conseguiu essas roupas ?

— Era da Karen. – Deu ombros. – Até nas medidas vocês se parecem, será que vocês duas são parecidas em uma outra coisa também ? – Provocou secando seu corpo.

Ele caminhou em sua direção, quanto mais passos ele dava se aproximando, mais ela andava para trás. Ao sentir a parede em suas costas, seu sangue congelou.  Bem pertinho dela, ele agarrou seu pescoço apertando-o e fechou os olhos e respirou fundo,  apreciando seu cheiro.

— Você é tão parecida com ela. – Falou calmo.

— Eu sei disso. – Respondeu com dificuldade 

Ele abriu os olhos e sorriu ao ver o medo nos olhos dela. Ele se afastou e ela soltou o ar, ela respirou fundo algumas vezes e passou suas mãos pelo pescoço.

— Vamos dar uma volta, eu tenho algo para lhe mostrar. – Sorriu.

— E se eu não quiser ?

— Eu peço para os meus homens virem aqui pegar você. – Desfez o sorriso e caminhou  em direção a porta, mas, parando no meio do caminho e se virando para a mesma – É isso o que você quer ? Ir acorrentada ?  – Arqueou as sobrancelhas. – Vamos logo !! – Apressou-a.

Stella contrariada caminhou até ele que deu seu braço para que ela entrelaçasse o dela, o que foi negado. Ele riu discretamente.

— Tudo bem, eu não vou forçar. – Sussurrou. – Estou de bom humor. – Novamente lançou a ela uma piscadela.

— Você é doente. – Sussurrou com lagrimas prontas para saírem.

— Eu já sei disso, Stella. – Sussurrou de volta. – Vamos que o presente não pode esperar. – Abriu a porta.


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Notas finais do capítulo

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